01x18 - TE AMAREI PARA SEMPRE - FINAL

Conto de escritor.sincero como (Seguir)

Parte da série Felipe e Guilherme - Amor em Londres

Guilherme recebeu alta do hospital. Ele não continuaria o tratamento, após uma conversa séria com seus pais e esposo, Guilherme decidiu aproveitar os últimos dias de sua vida ao lado de pessoas queridas. Foram dias tenebrosos, para alguns Guilherme estava desistindo de lutar, outros entenderam a opção. Felipe ficou ao lado do esposo, mesmo sabendo das dolorosas consequências.

Felipe: (entrando com uma bandeja) – Boa dia dorminhoco.

Guilherme: - Bom dia. Já estava acordado tá…

Felipe: - Eu sei. Por isso eu vim. (colocando a bandeja no suporte e levando para perto de Guilherme) – Hoje o Alfred caprichou. (servindo café para Guilherme)

Guilherme: - Eu vou sentir saudade disso…

Felipe: - A gente já acordou que esse não é um tema para o café da manhã.

Guilherme: - Tudo bem. (pegando a xícara e tomando) – Ah. E o seu projeto final do curso?

Felipe: - Entrego a redação essa semana.

Guilherme: - Sabia que eu já fiz a redação?

Felipe: - Sério?

Guilherme: - Sim. No início era apenas a redação, então o George decidiu incluir as entrevistas e apresentação.

Felipe: - Não está sendo fácil. A apresentação vai ser a pior de todas… eu tô morrendo de medo… preciso desse diploma.

Guilherme: - Qual é. Você é casado com o dono dessa escola… indiretamente é claro, já pensou você com o meu pai? (fazendo cara de nojo)

Felipe: - Não. Nem vem. Quero conseguir por que eu estudei e batalhei por isso.

Guilherme: - Tá bom. Não tá mais aqui quem falou. E onde vamos comemorar?

Felipe: - As meninas querem fazer uma festa a fantasia no apê da Nariko. Para alguns amigos só.

Guilherme: - Sério? Preciso escolher uma fantasia, então…

Felipe: - Só que nós não vamos.

Guilherme: - Porquê?

Felipe: - Por que… primeiro… você está doente… e…. e… segundo… você precisa descansar….

Guilherme: - Qual é. Eu estou bem. E não é um monstro que está sugando toda a minha vitalidade que vai impedir.

Felipe: - Gui…

Guilherme: - Está decidido. Hoje vou ligar para uma empresa de fantasia. E vamos combinando.

Felipe: - Você… (parecendo irritado e respirando fundo) - Sorte sua que eu preciso terminar o meu projeto. (beijando Guilherme e saindo)

Guilherme: - Ninguém vai discutir com um moribundo né? (pegando na cabeça de Tchubirubas)

Tchubirubas: (latindo) – Eu já comi um moribundo. (abanando o rabo)

Guilherme: - Quer um bacon? (dando comida para o cachorro)

Tchubirubas: - Humanos… tão bobinhos. (comendo)

Nariko e Kaity também batiam cabeça com os últimos trabalhos da escola. A japonesinha também procurava por cursos de fotografia nas universidades de Londres. Kaity por outro lado queria voltar para sua casa, ela sentia falta da família e amigos.

Kaity: - Eu vou usar uma dessas roupas. (mostrando dois vestidos para Nariko)

Nariko: - O vestido azul. Com certeza. Ele ilumina seus olhos.

Kaity: - Eu me sinto tão culpada, sabia. (colocando as roupas em cima da cama)

Nariko: - Por causa do Guilherme?

Kaity: (sentando ao lado da amiga) – Sim. É tão ruim falar de morte, ainda mais quando se trata de alguém que a gente conhece e ama.

Nariko: - Eu te entendo.

Kaity: - Eu conversei com meus pais e vou esticar mais um tempo aqui em Londres. Eu queria perguntar se…

Nariko: - O que?

Kaity: - Queria perguntar se posso ficar um tempo no seu apartamento?

Nariko: (colocando as roupas na cama) – Claro. (abraçando Kaity) – Eu vou adorar.

Kaity: - Eu quero estar aqui quando o Guilherme… (respirando)

Nariko: - Eu entendo minha querida. Vamos ficar e dar apoio ao nosso amigo Felipe e para a família do Guilherme.

Dylan estava arrasado. Ele começou a beber além do normal. Felipe ficou de o encontrar em seu aparamento para que ele o ajudasse na apresentação. O estado do apê de Dylan era catastrófico.

Dylan: - Pode entrar.

Felipe: (olhando em volta) – Dylan? O que aconteceu aqui? Um furacão?

Dylan: Um furacão chamado Kaity.

Felipe: - Você estava bebendo? Numa quarta-feira? (pegando várias garrafas e jogando no lixo) – Sério?

Dylan: - É a única forma de esquecer.

Felipe: - Esquecer? Esquecer? Qual é? A Kaity tá saudável. Ela tá aqui. Você errou… você… pisou feio na bola com ela, mas… ela te ama. E você sabe disso. Agora para de se lamentar. Vire homem e vá atrás dela. (dando um tapa na casa de Dylan)

Dylan: - Uau. (pegando no rosto)

Felipe: - Quer outro?

Dylan: - Não. O que foi isso?

Felipe: - Acontece quando seu esposo tem um tumor que vai matá-lo em menos de um mês. (sentando no sofá, mas levantando por causa de uma garrafa) – Essa doeu.

Dylan: - Preciso me recompor mesmo. Você é meu melhor amigo nessa maldita cidade e precisa de mim.

Felipe: - Preciso mesmo. Olha o meu discurso para a apresentação. (entregando um papel para Dylan)

Naquela tarde, uma forte chuva caiu sob Londres. Paris havia começado a fazer uma loja online, afinal ela não queria ficar parada, e apesar de ter dinheiro, ele simplesmente não caia do céu. Mas uma visita inesperada mudou completamente seus planos.

(campainha tocando)

Paris: (analisando várias roupas) – Que droga. (abrindo a porta)

Philys: (com cara de poucos amigos)

Paris: - Mãe? O que a senhora está fazendo aqui?

Philys: (entrando) – Vim lhe buscar.

Paris: - Oi?

Philys: - Você já provou seu ponto de vista. Já brincou com esse rapaz… agora vamos.

Paris: - A senhora é completamento louca. Eu não vou sair daqui.

Philys: (olhando em volta com desdem) – Olha para essa espelunca. Sem mordomia ou empregados.

Paris: - Eu não preciso de um empregado para ser feliz mãe. Será que a senhora não pode entender isso?

Philys: - Paris. Quem está louca aqui é você. Você sabe que isso pode ser um adeus, né?

Paris: - Eu já dei adeus a vocês há muito tempo. Eu não posso ficar ao lado de dois racistas… eu não sou assim.

Philys: - Ótimo. Segunda-feira os advogados vão te procurar.

Paris: - Vocês vão fazer o que? Se divorciar de mim?

Philys: - Quase isso. Você vai abrir mão da sua herança. Eu sei que você tem uma poupança, mas até quando esse dinheiro vai ser suficiente para você? E mande um abraço para o seu namorado. (saindo)

Paris: (fechando a porta e sentando no sofá) – O que foi isso?

Os alunos da escola de intercâmbio estavam atarefados, a maioria ainda corria contra o tempo para a sua apresentação. Naquela segunda-feira chuvosa as apresentações iniciaram. Felipe não seria o Felipe se não fizesse alguma coisa errada.

Felipe: (dormindo)

Guilherme: (acordando e olhando o celular) – Felipe? (cutucando o esposo) – Felipe.

Felipe: - O que é? (resmungando algumas palavras)

Guilherme: - Você está atrasado.

Felipe: (pulando da cama) – Como assim? Não é possível. (pegando o celular) – Eu coloquei pra carregar. Droga. Não estava conectando na tomada. Droga. Droga. (pegando o celular de Guilherme) – Tenho 15 minutos para chegar. (trocando de roupa em tempo record e beijando Guilherme) – Te amo. (saindo correndo)

Tchubirubas: (entrando no quarto e pulando na cama) – Cade os bacons?

Guilherme: - Você tá muito lascado se for morar sozinho com o Felipe. (pegando no cabelo do Tchubirubas) – Pobre cachorro.

Felipe saiu correndo da casa de Guilherme. Ele desceu as escadas desesperado e conseguiu pegar um táxi. A chuva não dava trégua. Enquanto isso na escola, Nariko e Kaity se preocupavam com suas respectivas apresentações. Elas decoraram tudo direitinho e se juntaram aos outros alunos.

Nariko: - Vai dar tudo certo, né?

Kaity: - Vai sim. A gente vai arrasar. Eu acho. Eu estou bem? Pode ser sincera.

Nariko: - Você sabe que eles vão analisar o teu conteúdo, né?

Kaity: - Sei lá. Estou tão confusa.

Felipe: (passado correndo pelas amigas)

Kaity e Nariko: (se olham)

Felipe: (volta correndo) – Eu perdi? Eu perdi a apresentação?

Kaity: - Ainda não começou. A chuva atrasou a programação.

Felipe: (sentando no chão) – Ufa. Pensei que tinha perdido. Obrigado Deus.

Nariko e Kaity: (se olham e riem)

Kaity: - Só você mesmo.

Nariko: - Vamos para a biblioteca. Eles vão anunciar a ordem de apresentação.

John e Wallace acordaram tarde naquela segunda, mas não queriam sair da cama. Eles ficaram se olhando e tocando. John se sentiu sortudo por ter aquele homem em sua vida, mas como sempre a vida dá um jeito de bagunçar tudo.

(campainha tocando)

Wallace: - Ah, não.

John: - Quem será em uma hora dessas? (pegando no celular) – Bem… já passou das 10h.

Wallace: - Deixa eu ir atender. (abrindo a porta)

Jenny: - Olá, pai.

Wallace: - Jenny? O que você está fazendo aqui?

Jenny: (sorrindo e entrando) – Eu não posso visitar mais o meu pai? (colocando a mochila em cima do sofá e indo em direção a cozinha)

John: (beijando a nuca de Wallace) – Tá tenso.

Wallace: - Tem algo que eu preciso te contar e…

John: - O que foi?

Wallace: - Eu… eu…

Jenny: - Vocês poderiam vestir as roupas? Sou uma garota de 12 anos e… não pega bem. (sentando no sofá e ligando a TV)

John: - Eu… ela tá certa. (indo para o quarto)

Wallace: (indo atrás de John) – Eu posso explicar.

John: - Ela é sua filha? (colocando a camiseta)

Wallace: - Sim. Ela é. Eu engravidei a primeira menina com quem transei.

John: - E você transou com quantos anos? (enquanto vestia a roupa)

Wallace: - 14.

John: - Nossa. Eu… (celular tocando) – Uma mensagem do Sr. Thompson. Eu preciso ir. (beijando Wallace e saindo)

O coração de Felipe parecia que ia sair pela boca. Ele foi chamado para a entrevista com um dos professores. O corredor parecia ter dobrado de tamanho, o jovem entregou a redação para professor.

Professor: - Você sabe como funciona?

Felipe: - Tenho uma ideia.

Professor: - Ótimo. Quero que você faça sua apresentação.

Felipe: (levantando) – Ok.

A apresentação de Felipe correu dentro do esperado, ele falou sobre sua experiência em Londres, o encontro com Guilherme e a difícil batalha que os dois vão enfrentar, o professor até riu em alguns momentos. A entrevista foi a terceira etapa da avaliação, e o esposo de Guilherme passou com louvor.

Professor: - Então terminamos.

Felipe: - É isso?

Professor: - Sim. Isso é tudo. Amanhã a sua nota estará no mural da escola. Por favor. (olhando na lista) – Chame o Hiro Orishua.

Felipe: - Pode deixar. (saindo)

Ao sair da sala, Felipe esbarrou em John. Ele convidou o 'amigo' para tomar um café. Eles seguiram para refeitório. Lá, John explicou para Felipe o motivo de tanta preocupação.

John: - Ele tem uma filha. Tipo…. Eu não sei o que fazer.

Felipe: - Você o ama?

John: - Sim. A cada dia mais.

Felipe: - Relava a filha dele.

John: - Falar é fácil.

Felipe: - Pode ser se você complicar.

John: - Quem diria. Eu pedindo conselho de você. O inferno deve tá congelado. (rindo)

Felipe: - Sabe. Eu nunca imaginei que seríamos amigos, mas… fico feliz por saber que posso conversar com você.

John: - É. Eu sei que fui um ridículo, mas também fico feliz que posso ser um amigo para você. Não queria ficar velho e com rancor, sabe?

Felipe: - E quanto a sua situação com o Wallace… bem… a filha é dele, né? Não significa que você tem responsabilidades com ela. Curta seu namorado, apenas isso.

John: - Você tem razão.

Felipe: - O casamento muda a gente. (rindo)

Guilherme queria esquecer sua doença, então ele começou a focar em outras coisas, como por exemplo, a festa de Nariko. Ele chamou um profissional para desenvolver uma fantasia para o evento.

Ben: - Temos essas opções.

Guilherme: - Não. Não. Não. Não.

Ben: - Você tem alguma coisa em mente?

Guilherme: - Queria que fossem super-heróis, sabe. É assim que eu vejo meu marido.

Ben: - Você é casado?

Guilherme: (mostrando as alianças) – Hum rum.

Ben: - Tão novo. (rindo sem graça)

Guilherme: - E queria algo que combinasse com a minha cadeira de rodas.

Ben: - Hum. Estou começando a ter uma ideia. (rindo)

Guilherme: - Me conta.

Os jovens se reuniram para comentar as expectativas sobre os testes. Nariko e Kaity estavam satisfeitas com o trabalho que mostraram. Felipe chegou minutos depois segurando um copo de café.

Kaity: - Hum. Ainda deu tempo de tomar um café.

Felipe: )levantando o copo) – Cortesia do John.

Nariko: - Estão muito amigos.

Felipe: - E estamos. (soltando um riso sem graça) – Sabe. O John é legal afinal das contas.

Nariko: - As pessoas mudam, né? (cutucando Kaity)

Kaity: - Ah não. Felipe. Me ajuda. A Nariko é do time Dylan.

Felipe: - Eu também sou… (tomando o café) – Qual é. Ele errou e está arrependido. Você vai deixar um cara tão bacana escapar assim? Sabe, depois que ele morrer…

Kaity: - Credo Felipe. Para de ser mórbido.

Felipe: - É a realidade. Ah… Nariko…. Eu e o Guilherme vamos para a festa.

Nariko: - Que massa. Ainda não coloquei móveis por causa da festa, mas é um flat maravilhoso. E espaçoso. Não esqueçam, a festa será às 20h. E terá muito álcool.

Felipe: - Tudo bem.

Qual jovem não gosta de festa? Eles se preparam todo, principalmente se aquele paquera estará lá. Nariko queria que o evento fosse o máximo, principalmente por causa de Guilherme. Ela sabia que qualquer momento com os amigos seria valioso.

Nariko (vestida de gatinha sexy): - Dylan.

Dylan (vestido de capitão américa) – Oi? (saindo de dentro do quarto)

Nariko: - Cadê o álcool? Os convidados vão chegar daqui a pouco.

Dylan: - Já estão no camburão. Espero que dê tempo de gelar.

Kaity: (vestida de chapeuzinho vermelho) – Os salgadinhos estão aqui. Vou colocar nas tigelas. (passando direto)

Dylan: - Oi para você também.

Nariko: - Calma Capitão. A noite não acabou.

Wong: (vestido de Pirata) – As bebidas geladas chegaram. (olhando Nariko) – Que gatinha.

Nariko: - Obrigada. (ajudando Wong) – Acho que isso vai dar até as outras gelarem.

Felipe: (vestido de Cyclop dos X-men) – Olá.

Dylan: - É o encontro da Marvel?!

Guilherme: (entrando com uma cadeira de roda motorizada e vestido de Professor Xavier dos X-men) – Alguém precisa controlar esses heróis.

Nariko: - Guilherme. (abraçando o amigo e sentando na cadeira de rodas) – Me leva até a mesa?

Guilherme: - É pra já. (guiando a amiga na cadeira)

Kaity: - Oi meninos. (colocando os salgadinhos na mesa) – Essas tigelas vão ser suficientes. Oi, Guilherme? (abraçando o amigo)

Nariko: - Está tudo pronto. Agora só esperar o pessoal chegar.

Paris: (vestida de Britney com uma cobra falsa no pescoço) – Olá queridos. A rainha chegou.

Kaity: - Adorei o look.

Paris: - O seu também não está ruim, mas podemos melhorar. Nariko tem uma tesoura na sua casa?

Nariko: - No quarto. Vem.

Paris: (beijando Guilherme no rosto) – Eu já volto gatinho. Deixa eu ajudar essa alma. (indo para o quarto com Nariko e Kaity)

Felipe: (se abaixando perto de Guilherme) – Você tá confortável? Se quiser ir me avisa.

Guilherme: - Eu tô ótimo. (beijando o namorado)

Felipe: (beijando Guilherme com intensidade)

John: (vestido de Mickey) - Vão para um motel.

Felipe, Guilherme, Wong e Dylan: (começam a rir de John)

John: - Podem rir. Vão. Riam.

Felipe: - Você tá muito fofo de Mickey. O Wallace vem de Pato Donald?

Wallace: (vestido de Pato Donald) – Oi pessoal.

Felipe, Guilherme, John, Wong e Dylan: (começam a rir de Wallace)

Wallace: - Ué?

Paris: - Senhoras e senhores.

(todos olham para Paris)

Paris: - Com apenas uma tesoura… eu disse uma tesoura… eu… (fingindo choro) – Consegui uma das minhas mais belas obras… Nariko, por favor. Apresento a vocês, a Chapeuzinho Sexy.

Kaity: (entrando com uma versão mais curta de sua fantasia)

Dylan, Wallace e Wong: - Uau.

Paris: - Bem… alguns rapazes gostaram.

Kaity: - Gente. Parem de encarar.

Nariko: - Você se acostuma.

(alguns convidados chegam)

Nariko: - Deixa eu atender o pessoal, com licença.

A festa finalmente começou. Álcool. Em todas as formas. Até mesmo em gelatina. Todos beberam, até mesmo Guilherme, escondido de Felipe, mas bebeu. As coisas começaram a ficar mais quentes, e vários casais começaram a se pegar.

Paris: (muito bêbada, mas de boa) - Ela ainda tá com raiva de você?

Dylan: (bêbado) - Está. Eu sou um babaca. A Kaity é perfeita… não faz nada de errado. Eu tive que pisar a bola.

Kaity: (bêbada e dançando na pista)

Paris: (indo até Kaity e a beijando)

Dylan: - Puta que pariu. (rindo)

Felipe: (morto de bêbado, tropeçando e levantando) – Caralho. Elas estão se beijando.

Dylan: - Em Inglês, por favor.

Felipe: - Não tenho tradução para o que estou sentindo.

Kaity: - Amiga. Você tá louca. (empurrando Paris)

Paris: - O Dylan disse que você é perfeita… não seja uma babaca. Vai ficar com o teu homem.

Dylan: (se aproximando de Kaity e a beijando) – Desculpa… desculpa por ser um péssimo namorado. Eu quero melhorar e…

Kaity: - Cala a boca. (beijando Dylan)

Guilherme: (tonto) – Eu amo o amor hétero.

Felipe: - Não é melhor que o nosso. (sentando na cadeira e beijando Guilherme) – Me leva daqui Xavier.

Nariko: (muito bebada) – Eu amo vocês. (abraçando os amigos)

Paris: - Abraço em grupo… que brega. (abraçando os amigos)

Guilherme e Felipe: (se juntando ao grupo)

Wong: (desmaiado no sofá)

Enquanto os amigos demonstravam seu amor, John levou Wallace para uma área mais reservada e queria conversar. O funcionário de Leopold amava o namorado, mas queria ter certeza de que nada mudaria por causa de Jenny.

John:(bêbado moderado) - Desculpa pela forma como eu agi mais cedo. Eu quero conhecer a Jenny. Ela faz parte da sua vida, né?

Wallace: (bêbado) - Te amo. (beijando John)

John: (Tirando a fantasia de Wallace) – Vem Pato Donald. (puxando Wallace para um colchão)

Wallace: (imitando um pato gritando)

Toda vez que olho nos seus olhos

Eu sinto algo estranho

Mas toda vez que eu tento tocar você

Você corre de mim

Como posso estar perto de você

Isto é tudo que eu quero fazer

Você nunca deve ter medo do meu amor

Sem você eu estava bem

Só quero estar ao seu lado

Você deveria estar confiando em mim

E se entregando a mim

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Felipe: (sentado no colo de Guilherme e olhando nos olhos dele)

Guilherme: - Ei. Te amo. Obrigado por tudo viu. (beijando Felipe)

Felipe: - Eu que te amo. E eu que preciso te agradecer. Você é tudo na minha vida. (beijando Guilherme)

Paris: - Ei. Olhem ali. (apontando para Dylan e Kaity que se beijavam) - Eu sou foda.

Felipe: - Você é.

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Deixe-me tomar o seu coração, uh oh oh oh oh

Deixe-me ser a sua protetora

Deixe as minhas mão em torno de você esta noite, uh oh oh oh oh

Você não pode negar

Você e eu juntos oh oh

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Wallace e John transam apaixonadamente. O braço direito do pai de Guilherme amava seu namorado, mas tinha dúvidas quanto a filha dele. Eles terminaram e ficaram se acariciando por alguns minutos.

Wallace: - Eu sei que o fato de eu ter uma filha te deixou preocupado...

John: - Desculpa. Eu fui um babaca. Nada vai mudar. Quer dizer... só o fato de eu ter que conhecer a Jenny.

Wallace: - Sério?

John: - Sim. (beijando o namorado)

Wallace: - Obrigado. Ei... já sumimos por muito tempo. Vamos voltar para a festa?

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Quando apaixonado eu estava perdido

E eu nem sabia o meu nome

Agora você está de volta

Então, o que mais eu posso fazer

Meu amor não lhe dirá mentiras

Por você eu me comprometeria

Ninguém nunca me viu fazer isso antes

Então, por favor, deixe eu me expressar

Sem você eu sou uma confusão

Você deveria estar confiando em mim

Guilherme acordou passando mal naquela manhã, mas não falou nada. Aquele era o dia da formatura de Felipe. Todos estavam na expectativa daquele momento, afinal esse era o grande dia de Felipe. Guilherme entrou no banheiro e começou a vomitar, ele se assustou quando viu sangue. Sozinho, o jovem chorou copiosamente. Ele sabia que a cada dia sua vida estava sumindo.

Felipe: (batendo na porta do banheiro) – Amor? Tá tudo bem?

Guilherme: (se recompondo e desligando a água do chuveiro) – Sim amor. Estou ótimo.

Felipe: - Sua mãe me chamou lá na sala. Vou descer e já volto. Vai se arrumando, tá?

Guilherme: - Pode deixar. (levantando e se olhando no espelho)

Nariko também não esperava a hora de receber o diploma, afinal eles batalharam muito por aquilo. Ela e Wong decidiram estrear todos os cômodos do apartamento, mas apesar da alegria, a japonesinha se sentia triste pelo amigo.

Nariko: - Me sinto tão culpada…. (acariciando o peito de Wong)

Wong: - Fica assim não. O Guilherme não gostaria de ver vocês tristes, pelo menos não hoje.

Nariko: Fico pensando no Felipe. Ele vai ficar despedaçado.

Wong: - Ele ama muito o Guilherme, né?

Nariko: - Demais.

Wong: - Tá quase na hora. Vamos?

A formatura aconteceu na área externa da Escola de Intercâmbio. O jardim estava impecável. Felipe chegou acompanhado de Guilherme, Leopold, Anastácia, Tchubirubas, Celestina, Alfred, Kiran e Kiara. Infelizmente, a família de Keity não pode participar do evento, mas mandaram uma mensagem para a filha. Os pais de Nariko participaram através de uma transmissão pelo msn. A cerimônia iniciou e Felipe se lembrou de tudo que viveu para chegar naquele momento. Das horas de estudo, do trabalho que fez, dos amigos que cativou e de Guilherme que o ajudou em toda caminhada.

Felipe: - Obrigado Deus.

Todos se emocionaram com a formatura. Aquele foi um momento de celebração para todos os estudantes. Enquanto Felipe comemorava, Anastácia percebeu que Guilherme estava agindo de forma estranha.

Anastácia: - Tá tudo bem?

Guilherme: - Até que tá. Digo… a vida vai me privar de tudo isso.

Anastácia: (tentando não chorar) – Filho. Eu sinto muito.

Guilherme: - Não quero ir como um covarde sabe?

Anastácia: - E você não vai.

Guilherme: - Mãe. Promete que vai cuidar dele? { olhando para Felipe)

Anastácia: - Prometo.

Guilherme: - Quero que ele tenha uma vida maravilhosa. Que vai ser bem sucedido. Quero que ele tenha oportunidades.

Anastácia: (pegando no ombro de Guilherme) – Claro que sim.

Leopold: - Atrapalhando o momento mãe e filho?

Anastácia: - Claro que não.

Leopold: - O Alfred foi à frente, organizar a surpresa dos formandos.

Felipe se aproximou de Guilherme e lhe deu um beijo bastante demorado. O jovem ficou sem ar e perguntou o motivo do beijo.

Felipe: - Porque eu não quero nem por um segundo que você esqueça do quanto eu te amo.

Nariko: - Oi, meninos. Então? Onde vamos celebrar?

Felipe: - O pai do Guilherme pediu para nos direcionarmos ao apartamento.

Nariko: - Tá bom, mas vou com vocês, o Wong sumiu.

Kaity: - Vou sentir tantas saudades daqui.

Nariko: - Ei, reunião na casa do Guilherme.

Kaity: - Eu topo, o meu namorado me abandonou de qualquer jeito.

Guilherme: - Você decidiu perdoar de vez o Dylan?

Kaity: - Sim, mas ele ainda tá em condicional. (rindo)

Anastácia: - Crianças? Vamos...

Wong, Dylan e Alfred, organizaram todo o lanche da comemoração. Fotos dos formandos estavam espalhadas por todo o lugar. Felipe, Kaity e Nariko se assustaram quando viram que era uma festa para eles. Paris chegou atrasada, como de costume, e deu um abraço apertado em todos os amigos.

Paris: - Eu queria tanto ter ido, mas a vida adulta é muito difícil.

Leopold: - Eu que o diga. (abraçando a esposa)

Felipe: - Pelo menos você está aqui. Celebrando a nossa vitória. E aproveitando esse momento... que tantas pessoas que eu amo estão no mesmo lugar, eu gostaria de propor um brinde. (pegando uma taça)

Paris: - Espera aí. (enchendo o copo) – Agora pode fazer.

(Todos rindo)

Felipe: - Bem. Quero agradecer a todos os envolvidos na nossa caminhada. Eu, Nariko e Kaity, não conseguiriam sem a ajuda de vocês. Também quero agradecer ao amor da minha vida por toda a paciência, obrigado. Espero que seja mais um passo para uma vida maravilhosa. (erguendo a taça) – Saúde. (tomando)

Todos: (saúde)

Guilherme: - Eu também gostaria de falar alguma coisa. (falando bem baixo)

Todos: (rindo e conversando)

Guilherme: - Amor. (sem forças, tenta chamar a atenção de Felipe)

Felipe: (conversando com Anastácia e Leopold)

Guilherme: (coração acelerando) – Eu... eu... eu... (falando baixo)

Tchubirubas: (chega perto de Guilherme e começa a latir) – Ele tá passando mal.

Guilherme: (desmaia)

O hospital havia se tornado parte da vida daquela família. Naquela sábado chovia bastante em Londres. Os corredores daquele lugar pareciam frios. John chegou apressado no hospital, nem se importou com a chuva que caia naquele lugar.

John: - Como ele está?

Felipe: - Eles não falam nada. Ele... ele... (chorando)

John: (abraçando Felipe) – Calma. Você precisa se manter firme agora.

Felipe: - Eu não sei se consigo.

Nariko: - Eu me sinto tão impotente.

Dylan: - Fico pensando nos pais do Guilherme.

Wong: - Eu também. É de cortar o coração. Sabe... é a primeira vez que alguém próximo de mim vai morrer. (ficando com os olhos vermelhos) – Eu... eu vou até o banheiro, com licença. (saindo)

Dylan: (deixa uma lágrima escorrer no seu rosto)

Kaity: (limpando o rosto do namorado) – Pelo menos... ele... ele pode se despedir. Sabe que o Felipe vai ficar bem, a família está unida.

Nariko: - Verdade.

O médico chamou os pais de Guilherme para seu escritório. Infelizmente, as notícias não eram nada boas. O tumor de Guilherme havia crescido muito, e ninguém sabia se o jovem acordaria ou não. Leopold se desesperou e chorou copiosamente. Guilherme respirava com ajuda de aparelhos, e recebeu a visita rápida de seus amigos.

Anastácia: - Meu filhinho. Te amo. (beijando a testa de Guilherme)

Leopold: - Eu sinto muito filhinho. Desculpa se o papai fez algo pra você.

Nariko: (se abraçou com Wang)

Kaity: - Chorava de mãos dadas com Dylan.

Celestina: (passava as mãos na cabeça de Guilherme) – Eu te conheço desde menino, né? Obrigado por existir na minha vida.

Felipe: (sentado ao lado da cama, apenas chorava)

John: (estava com os olhos vermelhos, mas evitou chorar na frente de Leopold)

Felipe pediu para dormir naquela noite ao lado do namorado. Nariko chegou em casa, pegou uma dos cartões de memória de sua câmera, e começou a editar alguns vídeos, na maior parte do tempo, ela precisava parar para se recompor. Kaity pegou seus pertences na escola de intercâmbio e se mudou para a casa de Nariko.

Kaity: (chorando enquanto olhava para uma fotografia)

Nariko: - Amiga. (sentando ao lado de Kaity)

Kaity: (mostrando a foto) – Essa foi uma das primeiras fotos que tiramos juntos. Nunca vou esquecer vocês. (abraçando Nariko) – Obrigado por ser a minha melhor amiga.

Nariko: - Eu que agradeço. E não importa a distância... a gente sempre terá uma a outra.

Kaity: - Sim. Sempre teremos uma a outra. (abraçando Nariko)

Felipe estava abraçado com Guilherme, ele sentia o coração do esposo bater, mas sabia que seria por pouco tempo. Felipe lembrou de todos os bons momentos que passou ao lado de Guilherme, a viagem no avião, a explosão do aeroporto, os beijos, caricias e o sexo.

Felipe: (com os olhos vermelhos) – Você é lindo até mesmo morrendo. Eu fui o cara mais sortudo, pude te conhecer, amar você. Desculpa por não poder salvar você. Eu queria fazer alguma coisa, mas não sei. (chorando) – Me perdoa, Guilherme.

Leopold: (pegando no ombro de Felipe) – Eu me sinto da mesma forma. Eu não posso salvar o meu filho. Eu não posso.

Felipe: (levantando e abraçando o sogro)

Leopold: (se recompondo) – Desculpa. Eu não queria te atrapalhar, mas não conseguia ficar em casa.

Felipe: - O senhor não está atrapalhando. Eu... eu estava...

Leopold: - Conversando com o Guilherme. Eu sei. Eu posso?

Felipe: - Pode. Eu vou deixar o senhor mais a vontade. Vou pegar um café para nós. (saindo)

Leopold senta ao lado de Guilherme e pega na mão do filho. Ele sabe que no início foi muito duro com Guilherme, principalmente por muitas coisas que falou. O som dos aparelhos deixava Leopold tenso, ele não gostava da idéia de pensar na morte, e ali estava ele, de mãos dadas com o filho que estava prestes a morrer.

Leopold: - Desculpa. Desculpa se o papai foi um idiota. Eu esperava que você crescesse e tivesse seus filhos para ver como é. A gente só quer o melhor para vocês, se eu tive alguma reação negativa na época que você se assumiu foi por pura ignorância. Lembro que eu chorei muito, mas a sua mãe fez eu pesquisar sobre o assunto. (rindo e chorando) – Eu fiquei tão preocupado com o que as outras pessoas iriam falar, que esqueci o principal filho, você. Graças a Deus, eu tive tempo de me redimir. Só queria ter a oportunidade de dizer que eu te amo. (apertando firme a mão de Guilherme) – Eu te amo filho. Volta pra gente. Tem tanta coisa que eu quero dizer. (chorando)

Guilherme: - Ai.

Leopold: (assustado) – Guilherme?

Guilherme: - Pai? O que aconteceu? (com a voz baixa)

Leopold: (sem saber o que fazer) – Fi...filho... espera aí. (correndo até o corredor) – Um médico!

Felipe: (correndo) - O que aconteceu?

Leopold: - Ele acordou. Vá lá. (indo até a sala do médico)

Sim, Guilherme acordou para a alegria da família, mas nem tudo eram flores. O jovem estava cego, o tumor aumento do tumor causou várias seqüelas em Guilherme, e uma delas foi a perda da visão. Todos choraram muito com a notícia, o jovem estava assustado, mas não queria deixar transparecer para a família.

Médico: - Infelizmente isso vai só piorar. Muitos pacientes melhoram milagrosamente antes de... antes de...

Leopold: - Antes de morrer. Mas o Guilherme não está melhor...

Felipe: - Acho que ele veio se despedir. (com lágrimas nos olhos)

Anastácia: (chorando)

Celestina, o que podemos falar dela? Uma mulher que surgiu na vida dos Thompsons como um anjo. Sempre protegeu o Guilherme, mesmo nos momentos de tribulações. A mulher estava ciente que o ‘filho’ poderia ir embora em qualquer momento.

Celestina: - Filho. Acho que a minha missão aqui está quase se cumprindo. Você cresceu, e como cresceu, virou um homem lindo, uma pessoa do bem. Eu não tenho mais o que fazer aqui sem você. Eu sei que o Felipe vai ficar bem, ele se inspira tanto em você. Espero que você faça uma boa passagem.

Guilherme: (acordando) – Quem... Celestina?

Celestina: - Sou eu filho. (pegando na mão de Guilherme)

Guilherme: – Você disse algo?

Celestina: - Não.

Guilherme: - Cadê o pessoal?

Celestina: - Foram tomar café. Já voltam.

Guilherme: - Desculpa por preocupar vocês.

Celestina: - Não fale bobagens. Isso é culpa dessa doença, não sua.

Guilherme: - Preciso te contar uma coisa. Eu escrevi meu testamento... (rindo) – Desculpa, mas eu pareço um velho falando assim. Enfim, eu deixei uma boa quantia em dinheiro para você, e a casa de praia de Porto Estrela. Sei que você adora aquele lugar. Você não está desamparada. Meu pai também vai te ajudar. Você cuidou tanto de mim, agora é a nossa vez de retribuir.

Celestina: - Eu não preciso de tudo isso. Eu sou feliz com o que tenho.

Guilherme: - Faça isso por mim, por favor. (apertando a mão de Celestina)

Celestina: - Tudo bem. (cruzando os dedos) – Eu faço.

Guilherme não podia ver, mas sentia todo o amor que recebia das visitas. Até os primos que não tinha muito contato foram o visitar, alguns tios, porém a avó do jovem não compareceu. Na verdade, o jovem nem se ligou a esse detalhe. Felipe decidiu levar Tchubirubas para o hospital. O cachorro ficou muito feliz quando viu Guilherme.

Guilherme: - Garoto bonzinho. Ei. Fica aqui entre nós... cuida do Felipe, ta?

Tchubirubas: (lambendo Guilherme) – Você precisa ir né? (chorando) – Obrigado por tudo. Eu sempre serei grato.

Guilherme: - Eu sei. Vou sentir saudades de você. O único e melhor cachorro que eu tive na vida.

Kiran: (correndo) – Guilherme.

Kiara: - Guilherme.

Guilherme: - Olha só.

Kiran: - Eu não quero que você vá. (abraçando o irmão)

Kiara: - Não é justo. A mamãe nos contou tudo. Eu não entendo. (abraçando Guilherme)

Guilherme: - Meus amores. (beijando os irmãos) – Faz parte da vida. Agora a mamãe e o papai vão precisar bastante de vocês. Espero que vocês sejam bonzinhos e sempre obedeçam eles, por favor.

Kiara: - A gente promete.

Kiran: - Eu prometo.

Anastácia: - Agora vamos deixar o Guilherme descansar?

Kiran: (abraçando Guilherme e o beijando no rosto) – Te amo.

Guilherme: - Também te amo pequeno.

Kiara: - Te amo. (abraçando forte o irmão)

Guilherme: - Também te amo.

Anastácia: - Vamos. (levando os filhos)

Guilherme: - Deixa o Tchubis ficar um pouco mais. (pegando no cachorro)

Tchubirubas: (lambendo Guilherme) – Isso mesmo.

Paris não queria visitar o amigo. Ela ainda não estava preparada para perder o Guilherme. A jovem pegou um álbum e lembrou de todos os momentos que havia passado ao lado do amigo. Eles se conheceram na escola e não se desgrudaram mais.

8 anos antes

Jimmy: - Você é um maricas, Guilherme. (empurrando Guilherme)

Paris: - Ei. (pegando o braço de Jimmy e dando um golpe de jiu-jitsu) – Quem é o mariquinha agora?

Jimmy: - Me solta garota. Eu não quero te bater.

Paris: (dando um mata leão em Jimmy) – Você me bater?! Agora me fala... quem é o maricas? (apertando forte)

Jimmy: - Eu sou o maricas. Eu sou.

Paris: (saindo de cima do garoto) – Ótimo. (ajudando Guilherme se levantar e o beijando na boca)

Guilherme: (beijando Paris)

Paris: - Vamos. (pegando na mão de Guilherme e o levando embora)

Sim. A forma como Guilherme e Paris se tornaram amigos foi bem peculiar, eles se tornaram grandes companheiros. Steve chegou em casa e encontrou a noiva deitada sobre um monte de fotos. A situação era grave, uma vez que Paris tomou sozinha dois potes de sorvete.

Steve: - Vamos. Levanta.

Paris: - Eu não quero. Eu não vou.

Steve: - Ele é o teu melhor amigo. Você precisa estar ao lado dele.

Paris: - Você parou para pensar que ele não vai estar no meu casamento? Ele não vai ser o padrinho?

Steve: - Paris. Amor. (sentando ao lado da noiva) – Ele precisa de você. E não tem muito tempo. Ele quer você lá.

Paris: - Eu não sei. (levantando e indo até o quarto)

John. John foi um dos primeiros namorados de Guilherme. Eles ficaram juntos por pouco tempo, mas foi o suficiente para o empregado de Leopold se apaixonar. Ele fez muitas coisas para tentar conquistar o amor de Guilherme, mas resolveu desistir para buscar a própria felicidade.

John: - Eu ainda não gosto desse cachorro.

Tchubirubas: (rosnando)

Guilherme: - Ele é um amor.

John: - Guilherme. Vim te pedir desculpas. Eu sei que não fui um ex-namorado muito saudável, mas quero que saiba que você me fez muito feliz.

Guilherme: - Fico feliz em ouvir isso. Eu sei que sou inesquecível. (brincando)

John: - Bobo. Sempre um bobo. (abraçando Guilherme)

Guilherme: - E cuida bem do Wallace. Ele é um cara muito legal.

John: - Eu vou.

Nariko e Kaity choraram bastante ao encontrar Guilherme. Elas que conheceram o jovem através de Felipe não conseguiam suportar a idéia de ele morrer. Eles ficaram conversando por horas.

Guilherme: - Meninas obrigado. Vocês foram demais.

Nariko: - Vamos ficar um pouco lá fora. Os meninos estão lá também. Mandaram um abraço.

Kaity: - Sim, Guilherme. Obrigado por ensinar muitas coisas boas para gente. E, por ter sido um amor... até... até o fim.

Guilherme: - Vocês tiveram notícias da Paris?

Kaity: - Não. Ele deve tá vindo.

Nariko: - Sim.

Guilherme: - Kaity? Posso ficar sozinho com a Nariko?

Kaity: - Claro. Vou lá com o Felipe. (abraçando Guilherme e o beijando na testa) – Te amo. (saindo chorando)

Nariko: - Eu fiz tudo o que você me pediu.

Guilherme: - Eu deixei uma carta com a Celestina. Você vai seguir tudo que está lá, ta?

Nariko: - Sim. (abraçando Guilherme) – Te amo demais.

Já pensou como é para um pai perder o filho? Anastácia e Leopold estavam desolados, eles receberam mensagens de vários amigos e familiares, mas nada conseguia diminuir aquela dor. Eles pediram um momento a sós com o filho mais velho.

Leopold: - Você... você pode fazer um tratamento... algo diferente.

Guilherme: - Pai. Olha pra mim. Eu estou acabado. Eu não agüento mais. (chorando)

Anastácia: (chorando) – Se eu pudesse... eu trocaria de lugar com você.

Guilherme: - Eu sei disso. Mãe, pai. Tomem de conta dos meus irmãos. Eles são tão especiais. Fiquem juntos deles. Apóiem eles de todas as formas, não importa o que.

Anastácia: - Nós vamos.

Leopold: - Eu prometo que vou amor. (pegando na mão do filho)

Guilherme: - Eu deixei a minha herança... para o Felipe e a Celestina, mas queria que vocês os ajudassem a gerenciar tudo. Pai, mãe... (chorando) – Vocês não sabem como os dois foram especiais na minha. Eu quero que eles tenham tudo. Ajudem o Felipe a entrar em uma boa universidade, a gente nunca chegou a conversar sobre isso, mas sei que ele quer fazer uma. A Celestina merece descasar depois de me acompanhar por 18 anos.

Leopold: - Nós vamos cuidar de todos.

Guilherme: - Também deixei coisas para os meus amigos, só para eles lembrarem de mim.

Anastácia: - Você precisa descansar. Não precisa se preocupar com essas coisas.

Guilherme: - Eu sei, mas preciso.

Leopold: (beijando o filho e começando a chorar) – Você está sendo muito valente. Obrigado por me ensinar a ser uma pessoa melhor.

Felipe estava cansado, principalmente por ver o marido sofrer daquele jeito. Ele entrou no quarto, e deitou ao lado de Guilherme. Eles ficaram deitados por quase 20 minutos, em silêncio.

Guilherme: - Eu nunca te agradeci.

Felipe: - Por quê?

Guilherme: - Por você me deixar sentar ao seu lado no avião. Lembra que o bebê vomitou e a aeromoça pediu para eu sentar ao seu lado. Você foi tão gentil comigo...

Felipe: (chorando) – Eu fui, né? Fique tão bobão quando você me deu confiança.

Guilherme: - Pensei... meu Deus... como alguém pode ser tão desastrado? (rindo e tossindo)

Felipe: - Vou sentir muita falta de você. Do seu cheiro. Da sua voz. Da sua parceria. Eu não sei se vou me apaixonar por alguém.

Guilherme: - Não fale isso. Você tem 19 anos. Precisa encontrar alguém, que te ame, que respeite e te faça feliz.

Felipe: - Queria ver você na minha situação.

Guilherme: - Só me prometa que vai ser feliz?

Felipe: - É algo muito difícil de prometer. Eu te amo. (beijando o rosto de Guilherme e deitando com a cabeça encostada no peito do namorado) – Posso ficar assim?

Guilherme: - Pode.

Felipe: (chorando)

Guilherme estava cansado, os médicos precisaram colocar o aparelho de oxigênio nele. Os pais não saíram do lado dele, assim como Felipe e Tchubirubas. Celestina ficou cuidando de Kiran e Kiara. De repente, os aparelhos começaram a apitar, todos se levantaram.

Guilherme: - (respirando com dificuldade) – Pai, mãe, Felipe... obrigado...

(Nariko, Wong, Dylan, John, Steve, Kaity entram atrás de Paris)

Steve: - Amor...

Nariko: - Paris.

Paris: (abrindo a porta com toda força) – Espera. (pegando nas mãos de Guilherme) – Não vai, por favor. Eu preciso tanto de você. Quero que você participe do meu casamento. Tenho tantas dúvidas sobre isso. Não pode me deixar. (chorando)

Guilherme: - Paris. Minha... minha vadia preferida. (tossindo) – Olha em volta.

Paris: (olhando para os amigos e a família de Guilherme)

Guilherme: - Você não está sozinha. Nunca estará. De alguma forma... eu... eu sempre vou estar com você...

Felipe: (chorando e segurando a mão de Guilherme) – Eu te amo.

Guilherme: - A melhor parte é que eu também não estou sozinho. (fechando os olhos) – Estou com vocês.... só estou cansado... eu... vou... dormir....

Anastácia: (chorando abraçada com Leopold)

==

Boa noite, boa noite

Já é hora de dormir

A lua está vigiando

Você e seus sonhos

Boa noite, boa noite

Meu pequeno doce

Amanhã seus olhos

Eles irão acender o sol

==

Felipe: - Não. Por favor. Guilherme. (chorando)

Paris: (abraçando Steve)

Nariko e Wong: (chorando abraçados)

Kaity e Dylan: (abraçados)

Kaity: - Deus. (chorando)

Dylan: (chorando) – Calma amor.

===

Mas boa noite, boa noite

Doc]

e sonhos por enquanto

Desça para dormir

No seu travesseiro de nuvens

Boa noite, boa noite

Meu doce amigo

Aventuras de amanhãs

Em breve começarão

As aventuras de amanhã

Em breve começarão

===

Celestina: (olhando para a lua no céu) – Vá em paz meu filho. (chorando)

Felipe: - Adeus, meu amor. Te amarei para sempre!

Guilherme: - Acorda. (soprando no rosto de Felipe)

Felipe: (acordando assustado) – Guilherme.

Felipe levantando sabendo que todo o pesadelo pelo qual estava passando era real. Ele se olhou no espelho e começou a chorar. Tudo lembrava o Guilherme. Celestina havia passado um terno para o jovem. Ele vestiu meio a contragosto, e desceu para a sala e sentou no sofá. Tchubirubas se alinhou e deitou ao lado de Felipe, encostando sua cabeça nas pernas do jovem.

Kiran: (também senta no sofá e encosta a cabeça no ombro de Felipe)

John: - Felipe. Eu preciso da sua ajuda.

Felipe: - Ei, cuida do Tchubis? (olhando para Kiran) – Ele precisa que você seja forte, tá?

Kiran: - Tá bom. (pegando na cabeça de Tchubis)

Felipe: - O que houve?

John: - O Leopold... ele... se nega a ir.

Felipe: - Como assim? Ele precisa, o Guilherme era filho dele.

John: - A Anastácia precisou ir à igreja para preparar tudo, e o pai do Guilherme nem saiu da cama. E, o pior, está bêbado. Não sei o que fazer.

Felipe: - Ajude a mãe de Guilherme. Já é difícil para ela, imagina fazer tudo isso. Eu cuido do Leopold.

John: (pegando no ombro de Felipe e o abraçando)

Felipe: (ficando vermelho) – John.

John: - Sinto muito. De verdade. (abraçando Felipe mais forte ainda)

Felipe: - Obrigado.

Leopold se sentia culpado. Ele queria mais tempo com o filho, mas não havia conseguido. O pai de Guilherme passou a madrugada bebendo. Felipe o encontrou falando sozinho.

Leopold: - Eu não queria... eu... eu não queria.

Felipe: - Leopold?

Leopold: - Querido. Se junte a nós. (olhando para a cadeira vazia) – Guilherme? Não vai oferecer um café para o seu marido?

Felipe: - Senhor... (lagrimando)

Leopold: - Eu estava falando com o Guilherme, Felipe. Sabe... esse ano acho que vou tirar uma folga da empresa e vamos todos viajar. O que acha?

Felipe: - Eu... eu...

Leopold: - (rindo) – Guilherme. Vocês não vão ficar no mesmo quarto. Não quero imaginar o que vocês vão fazer. (esticando a mão) – Oh, meu filho. Que bom, eu também estou adorando esse tempo de qualidade. Sabe, uma das coisas que eu mais me arrependo foi não ter sido um pai melhor para você. (chorando) – Desculpa... por ter te chamado de viado. Eu me arrependo tanto.

Felipe: (balançando os ombros de Leopold) – Chega. Chega. O Guilherme está morto. Ele morreu. O senhor foi o melhor pai que ele poderia ter, mas agora sua família precisa do senhor. Chega de remoer o passado. A dona Anastácia está sofrendo, Kiran e Kiara, também. Eu estou sofrendo. (chorando)

Leopold: - (olhando para frente e vendo Guilherme sumir lentamente) – Guilherme. (chorando) – Meu Deus... meu filho.

Felipe levou Leopold para tomar banho, depois ajudou o sogro a se vestir. O pai de Guilherme não falou nada. Eles desceram e encontraram Anastácia na cozinha.

Anastácia: - O John está na funerária. Vamos para a igreja?

A família Thompson seguiu para a igreja. Eles chegaram e se posicionaram na primeira fileira, não demorou muito e o local começou a ficar lotado. Eles tiveram que atender todos, Felipe preferiu ficar mais distante.

Kaity: - Oi.

Felipe: - Oi. (abraçando a amiga)

Dylan: - Meu amigo. Não sei o que te falar. (abraçando Felipe e Kaity)

Felipe: - Nem eu. (se afastando e limpando as lágrimas)

Nariko: - Queridos. Felipe. (abraçando o amigo)

Wong: - Oi, gente.

Paris: - Felipe! (abraçando Felipe e chorando copiosamente)

O corpo de Guilherme chegou. Todos começaram a chorar. Felipe não agüentou e se aproximou do caixão. Ele começou a acariciar a rosto do namorado, alguns parentes de Guilherme ficaram desconfortáveis com a cena. John começou as homenagens, e perguntou se alguém da família gostaria de fazer um discurso.

Leopold: - Eu.

Anastácia: - Tem certeza?

Felipe: - O senhor não precisa fazer isso.

Leopold: (olhando para a esposa e Felipe) – Tenho. (levantando)

Felipe: - Ok.

Leopold: (levantando e indo até o púlpito da igreja) – Olá? Sabe... eu... eu... sempre ouvi aquela frase: “Um filho deve enterrar um pai, mas um pai não deve enterrar o filho”, mas nunca pensei que eu viveria ela. O meu filho era homossexual, e casado com o Felipe, que também é como um filho para mim. Eu sempre vivi num mundo de aparências, e quando encontrei a minha esposa... ela... ela me salvou. Quando eu descobri que o Guilherme era gay.. eu... eu pirei. Fui muito injusto com ele. (respirando fundo) – Depois de um tempo, vi que o meu filho continuava ali. Ele era tão lindo, e eu nunca tinha reparado nisso. (chorando) – Eu tinha um filho lindo, inteligente e gay. E, graças aos céus, pude ficar ao lado dele nos últimos momentos. (indo até o caixão e beijando o rosto do filho) – Te amo. Te amo muito.

(todos aplaudindo)

Todos seguiram para o cemitério. O Padre fez as últimas considerações, e aos poucos, as pessoas foram embora. Ficaram apenas os parentes e amigos próximos de Guilherme. Eles ficaram contemplando a foto do jovem que foi registrada pela Nariko.

Felipe: - Ele era tão lindo. Eu queria dizer umas palavras, mas esperei todos irem embora... por que... só vocês entendiam o meu amor por ele.

Anastácia: - Pode falar querido.

Leopold: - Fale filho.

Felipe: (tirando um papel amassado do bolso) – Bem... (respirando fundo) – Eu nunca fui um garoto de sorte. Poucos sabem, mas meu pai abusava de mim... pensava que isso era algo que eu tinha que esquecer, mas eu percebi que na verdade preciso enfrentar. Isso aconteceu durante quatro anos da minha vida, e por causa disso... eu... parei de confiar nas pessoas. Passei um tempo na Febem, que é uma instituição que cuida de menores delinqüentes, por que eu assumi a culpa da morte do meu pai.

Nariko: (chorando e abraçando Wong)

Paris: (sentando no chão)

Felipe: - A minha supervisora... ela falou de uma bolsa de estudo para um curso de inglês, em Londres. Eu nunca pensei que fosse possível, com muito custo fiz a inscrição e para a minha surpresa eu passei. (rindo e chorando) – Como sempre, tive que correr para me inscrever. E correr no dia que vim para Londres também. Eu... o cara mais azarado do mundo, indo para a Europa. Jamais pensei que isso aconteceria comigo. Conheci o Guilherme e a minha vida deu um giro de 360º graus. Me apaixonei pela pessoa dele, muito antes de saber de quem ele era filho. Eu amei o Guilherme com todas as forças do meu ser, e parte do Felipe que chegou em Londres está enterrado aqui. (chorando e se aproximando do caixão) – Amor. Obrigado por tudo. Por me ensinar a ser uma pessoa melhor, a ser um homem melhor. Obrigado por transformar um azarado no cara mais sortudo do mundo.

(Todos aplaudindo)

Duas semanas depois

Advogado: - Olá. Sejam bem vindos. Estamos aqui nesta tarde para fazer a leitura do testamento de Guilherme Thompson Ramos. (pegando um envelope e abrindo) – Chamei aqui apenas os interessados, além de um segundo advogado para questões de protocolo. (lendo os documentos) – A quantia em dinheiro na conta de Guilherme é de dois milhões euros. Ele também possuía três imóveis, dois no Brasil, na cidade de Porto Estrela, e um em Londres. Guilherme também é detentor de 30% das ações das empresas Thompson. Vamos lá.

Anastácia: (segurando a mão de Leopold)

Advogado: - Para os meus pais, Anastácia e Leopold Thompson, deixo meus 30% nas corporações Thompson. Já para a minha querida e amada, Celestina, deixo uma propriedade localizada na literal de Porto Estrela, a casa está avaliada em 500 mil reais, além de uma conta no valor de 500 mil euros. Para Felipe Oliveira Thompson, Guilherme deixou uma propriedade localizada na cidade de Porto Estrela, no valor de 1,5 milhão de reais, além de uma conta no valor de 1,5 milhão de euros.

Felipe: (levantando) – Isso... isso... é demais pra mim. (saindo)

Anastácia: (saindo atrás do jovem)

Felipe: (olhando pela janela) – Eu nunca pedi isso... o Guilherme sabe.

Anastácia: - Querido. Você merece isso e muito mais. O Guilherme, ele queria isso. Você é um menino tão especial, cheio de luz. O Guilherme também nunca ganhou nada de mão beijada. Ele soube investir todo o dinheiro que recebia, nem eu sabia que o patrimônio dele estava nesse valor. Você e a Celestina merecem.

Felipe: - Eu sinto tanta falta dele. (chorando) – Eu escuto a voz dele... antes de acordar... eu...

Anastácia: - Venha cá. (abraçando Felipe) – Todos nós estamos sofrendo.

Felipe: (abraçando Anastácia e chorando) – Eu quero ser forte, mas, não consigo.

Anastácia: - Precisamos ficar unidos. Todos nós.

Leopold: - O advogado nos liberou.

Celestina: - O Guilherme foi muito generoso. Do jeito como sempre foi.

Leopold: (pegando no ombro de Felipe) – Vamos superar isso. Hora de ir para casa.

Felipe sentia um enjôo constante. Sabe aquela sensação de ter perdido algo? O Felipe sabia. Ele ficou reflexivo por muitos dias, continuou trabalhando na escola de intercâmbio. O jovem não queria voltar ao Brasil para não perder as lembranças que tinha com Guilherme. Nariko se preparava para entrar na universidade. Ela recebeu uma encomenda. Wong se surpreendeu ao ver uma caixa grande.

Wong: - Isso é da faculdade?

Nariko: - Não. (abrindo a caixa encontrando uma carta) – Hum. (lendo a carta e chorando)

Wong: - O que foi? (levantando e indo até Nariko)

Nariko: - É do Guilherme.

“Querida Nariko,

Quero agradecer tudo o que você fez por mim nos últimos meses. Você foi uma peça fundamental para tudo o que o Felipe vai viver. Lembro que uma vez fomos ao shopping, e você ficou babando numa equipamento fotográfico. Eu sei que essa arte é de suma importância para você, nunca perca esse amor pela fotografia. Com muito amor, Guilherme”

Wong: - Uau. (sentando) – Isso é aquela câmera?

Nariko: - Sim.

Kaity: (entrando chorando) – Gente. O Guilherme deixou um presente para mim.

Nariko: - Sério?

Kaity: - Amiga. Eu não vou embora de Londres. Vou estudar aqui. A Fundação Thompson me deu uma bolsa de estudos para qualquer curso que eu quiser. Vou para a minha cidade para me preparar e volto ano que vem. (abraçando a amiga)

Nariko: - Estou tão feliz. Também recebi um presente. (mostrando o equipamento)

Kaity: - É aquele equipamento que você queria?

Nariko: (chorando) – Sim.

Kaity: - O Dylan está vindo. Ele está muito feliz também.

Paris chegou em casa e encontrou uma caixa grande na sala. Ela abriu e eram vários papéis.

“Paris,

Minha irmã de outra mãe. Quero te agradecer por sempre me defender. Sinto muito não poder ir ao seu casamento. Sei que é importante. Quero deixar meu presente de casamento, adiantado, mas você sabe os motivos. Segue um cheque com um capital inicial para sua empresa. Te amo”

Naquela tarde, Felipe também recebeu uma encomenda. Era pequena. Ele abriu e o conteúdo era um DVD. Não havia nada, carta ou recado, estava escrito apenas: “Veja-me”.

Felipe: (colocando o DVD e assistindo ao vídeo) – O quê?

Guilherme: - Oi...

Felipe: (chorando)

Guilherme: - Estranho, né? Vamos lá. Felipe. Eu sei que você deve tá morrendo de saudades, bem, deve ser pretensão minha, mas eu acho que você está. (rindo) – Querido. Estou aqui para pedir a você que não perca o foco, não esqueça que você tem outras pessoas que precisam de você. A sua mãe e os seus irmãos. Lembra o dobrado que você cortou para enviar dinheiro para eles? Lembra da carinha deles quando eles receberam os presentes? Você é a única esperança que eles têm. Dê para eles o melhor. Eu quero que você estude, se forme, trabalhe. Eu sempre quis ter uma casa cheia de vida e pessoas, leve sua família para a nossa casa no Brasil. Faça o meu desejo ser realizado. Amor. Se você estiver assistindo isso... significa que eu não estou ai do seu lado, mas não pense em nenhum segundo que eu te abandonei. Eu torço pelo seu sucesso. Quero que você seja um homem de bem, tenha muito sucesso, se apaixone, case, tenha filhos. Tenha uma vida plena, amor, não desista de viver. Faça isso por mim. Te amo demais. (desligando a câmera)

Felipe: (chorando copiosamente) – Eu não posso desistir. Você tem razão amor. Você sempre tem. (levantando)

Quando perco a fé,

Fico sem controle

E me sinto mal, sem esperança

E ao meu redor,

A inveja vai, fazendo

as pessoas se odiarem mais.

Anastácia: - Para o Brazil?!

Felipe: - Sim. Está na hora. O Guilherme tem razão. Eu preciso seguir.

Leopold: - Você tem certeza?

Felipe: - Tenho.

Anastácia: (abraçando Felipe) – Vamos sentir muita saudade.

Felipe: - Eu também. Vocês vão ser sempre a minha família. Não importa o que aconteça.

Leopold: - E você sempre poderá contar conosco. As portas estarão sempre abertas. E quero que você traga sua família para ficar uns dias aqui. Será um prazer para nós.

Me sinto só,(me sinto só)

Mas sei que não estou (Mas sei que não estou)

Pois levo você no pensamento

Meu medo se vai, (Meu medo se vai)

Recupero a fé, (Recupero a fé,

E sinto que algum dia

ainda vou te ver

Cedo ou Tarde (Cedo ou Tarde

Felipe: - Quero agradecer a vocês. (erguendo um copo) – Obrigado por sempre estarem ao meu lado, mesmo com tudo o que aconteceu.

Nariko, Kaity, Wong, Dylan, Paris, Steve, John e Wallace: (levantando os copos)

Nariko: - Acho que todos nós vamos visitar o Brasil nas férias.

Kaity: - Eu vou adorar.

Paris: - É lindo. Um lugar maravilhoso, e claro que todos nós vamos.

Steve: - Vamos mesmo. Porque eu e a Paris vamos casar lá. Em homenagem ao Guilherme.

Nariko: - Mentira! Eu não acredito. Vamos para o Brasil.

Dylan: - (tentando falar em Português) – Vamo fala brasileiru.

Felipe: (rindo)

John: - Vou cuidar pessoalmente de todos os detalhes.

Wallace: - Vou preparar todas as minhas sungas.

Felipe: - Vocês são bobos. (rindo

Cedo ou tarde

A gente vai se encontrar,

Tenho certeza, numa bem melhor.

Sei que quando canto você pode me escutar.

Você me faz querer viver,

E o que é nosso,

Está guardado

em mim e em você

E apenas isso bastaFelipe: - Vamos Celestina! (saindo do táxi)

Celestina: - Menino, calma. Ainda faltam três horas para o voo. Acha que eu ia deixar a gente atrasar? Vamos despachar as malas.

ALGUNS MINUTOS DEPOIS

Felipe: - Verdade. (olhando em volta) – Tantas lembranças.

Celestina: (pegando no ombro de Felipe) – Seu notebook está aí?

Felipe: - Sim. (tirando da mochila)

Celestina: (entregando um DVD para Felipe)

Felipe: - Isso é?!

Celestina: - Sim. Assiste. Vou comprar um caféMe sinto só,(me sinto só)

Mas sei que não estou(Mas sei que não estou)

Pois levo você no pensamento

Meu medo se vai,(Meu medo se vai)

Recupero a fé, (Recupero a fé,

E sinto que algum dia ainda vou te ver

Cedo ou Tarde (Cedo ou Tarde

Guilherme: - Oi. Se você está assistindo esse vídeo. É porque tomou a decisão certa. Felipe, eu sei que você é forte, inteligente e sonhador, nunca perca essas características. Eu lembro do Felipe que eu conheci, desastrado e ansioso, e olha só para você agora, evoluiu tanto. E eu fico feliz por ter feito parte disso, sempre serei um pedaço de você, não importa o que aconteça. Estude, faça por onde e brilhe. Eu quero que meu marido ajude as pessoas, possa ser feliz e não pare de sonhar. Você não se livrou de mim, ainda tenho algumas surpresas para você. Ah, e eu me certifiquei com a Celestina que você não iria chegar atrasado. (sorrindo) – Te amo.

Felipe: (sorrindo) – Te amo.

Celestina: (pegando no ombro de Felipe) – Vamos?

Felipe: (respirando fundo) – VamosCedo ou tarde

A gente vai se encontrar,

Tenho certeza, numa bem melhor.

Sei que quando canto você pode me escutar.

Cedo ou tarde

A gente vai se encontrar,

Tenho certeza, numa bem melhor.

Sei que quando canto você pode me escutar

PORTO ESTRELA – SETE ANOS DEPOIS

Diretor: - É com muito prazer que eu chamo o orador da 55ª turma de Medicina da Universidade Federal de Porto Estrela, Felipe Ramos Thompson.

(Todos aplaudindo)

Felipe: - Boa noite. Nossa. Nem acredito que conseguimos. Mas sinto muito dizer gente, isso é apenas o início. Agora cada um segue o seu caminho, somos doutores, estamos aptos a ajudar ao próximo. Não vou dizer que foi fácil, para nenhum de nós. Trabalhamos duro para chegar até aqui. Perdemos muitas coisas, mas ganhamos o dobro. Devemos agradecer as nossas famílias, pais, irmãos, e também aquela família que a vida nos dá, aquela família que mora a 10 horas daqui e estão nos vendo aqui hoje...

Sim. Felipe decidiu seguir uma carreira nobre, ser médico. Sua mãe fez uma festa na casa da praia. Ah, antes que eu me esqueça, a Celestina passou todos os bens que ganhou para o nome do jovem, e simplesmente desapareceu. Leopold lamentou muito o sumiço dela, mas sabia que a ex-babá de seu filho estava bem.

Maria: - Está gostando da festa?

Felipe: - Sim, mãezinha. Obrigado. (abraçando a mãe) – Eu vou falar com meus amigos.

Paris: - Amigo.

Felipe: - E essa barriga? (pegando na barriga de Paris)

Paris: - Não agüento mais. Quero que esse alien saia de mim.

Steve: - Ei. Não fale assim do meu filho.

Felipe: - E a empresa?

Steve: - Ótimo. O Wallace é um ótimo sócio.

Wallace: - Ouvi meu nome?

Steve: - Estava falando sobre o ótimo sócio que eu arrumei.

Wallace: - Isso é verdade. Queremos expandir os negócios... quem sabe não escolhemos o Brasil?

John: - Pela amor de Deus! Esses dois quando se unem só falam de trabalho. (abraçando Wallace)

Felipe: - E como foi a lua de mel?

John: - Ótima.

Jenny: - Pai. Eu vou sair com os irmãos do Felipe.

Wallace: - Cuidado.

John: - Ela disse pai. Pode ir filhinha. Cuidado.

Jenny: - Obrigado. (saindo)

Felipe: - Que fofo. Quem diria hein? Você é pai.

John: - O amor muda a gente. (beijando Wallace)

Felipe: - A Nariko e a Kaity não chegaram ainda?

Paris: - Do jeito que o Dylan dirige... (apontando) – Olha. A dona Anastácia.

Felipe: - Com licença.

Anastácia: (abraçando Felipe) – Que cerimônia linda.

Leopold: - Nossa. Quanto tempo que não venho aqui. Você deixou tudo do jeito que está.

Anastácia: - Sua família está fazendo um ótimo trabalho.

Kiran: - Felipe! (abraçando Felipe)

Felipe: - Caramba. Vocês estão grande.

Kiara: - Oi? (abraçando Felipe)

Kiran: - Desculpa perder a cerimônia, mas perdemos o voo. A culpa da Kiara, claro.

Kiara: - Mentira.

Felipe: - Tudo bem. Isso acontece comigo sempre. Espero que gostem de churrasco.

Kiran: - Adoro.

Kiara: - Cadê o Tchubis?

Felipe: - Ah, o velhinho? Está no quarto. Descansando.

Kiara: - Posso ir lá?

Felipe: - Claro.

Kiara: - Com licença.

Anastácia: - Querido. (entregando um DVD para o Felipe)

Felipe: - Esse Guilherme. Esse já é o quinto.

Leopold: - Ele é cheio de surpresas.

Kiran: - Podemos comer?!

Anastácia: - Vamos queridos. Com licença, Felipe.

Felipe: - Aproveitem. (olhando para o DVD)

Nariko: - Graças a Deus. Quase não chegamos. (abraçando Felipe)

Felipe: - Se perderam?

Kaity: - Nada. O Dylan que é lento mesmo.

Felipe: (rindo)

Wong: - Parecia uma lesma.

Dylan: - Silêncio, japonês.

Kaity: - Amigo. Tenho uma novidade e queria pedir um favor. Será que podíamos usar a tua casa de praia para fazermos uma sessão de fotos?

Felipe: - Pelo visto suas peças de roupas vão bombar agora, né?

Kaity: - Sim. Ainda mais com uma renomada fotografa que eu contratei. (abraçando Nariko)

Nariko: - As fotos vão ficar lindas. Será que a Paris vai aprovar?

Paris: - Já está aprovado vadias. Esse lugar é maravilhoso.

Nariko: - Paris e sua delicadeza sutil. Tenho pena do meu sobrinho.

Felipe: (sorrindo) – Gente. Vou precisar subir agora. Obrigado por tudo. Podem comer, não fiquem tímidos.

Kiara: - O Tchubis continuando lindo. Um idoso lindo.

Felipe: - Obrigado. Ele tá lá em cima?

Kiara: - Sim. Com licença.

Felipe: (entrando no quarto) – E ai velhote!

Tchubirubas: - Cala a boca. E para com essa barulheira toda.

Felipe: - Desculpa, viu. (passando a mão na cabeça de Tchubirubas) – Ah, sabe quem me deu um presente?

Tchubirubas: - Não estou interessado. Brincadeira, quem?

Felipe: - O Guilherme.

Tchubirubas: (chorando para subir na cama)

Felipe: (subindo Tchubirubas) – Tá pesado, hein.

Tchubirubas: - E tú tá feio. (rosnado)

Felipe: (pegando o notbook e abrindo o DVD)

Guilherme: - Oiiii! (vestido com um chapéu e festa) – Olha quem se formou! Sabe que eu adoraria estar ao seu lado nesse momento. Já faz quanto tempo?

Felipe: - Sete anos. (rindo) – Ele era tão lindo.

Guilherme: - Bem. Agora você já está formado e espero eu que namorando com alguém. O Tchubis tá vivo ou já posso encontrá-lo? A Paris continua maluca? O John já assumiu a empresa do papai? A Nariko é uma fotógrafa famosa? O Dylan e a Kaity casaram? Meus pais estão bem? Meus irmãos grande? São tantas perguntas. Você é privilegiado Felipe, e deve passar isso para outras pessoas. Não importa qual seja a sua profissão, por favor, contribua. Existem tantas pessoas que necessitam de ajuda. Te amo muito. Demais.

Felipe: (chorando) – Estão todos bem. Todos bem meu amor.

ALGUMAS SEMANAS DEPOIS

Felipe: (falando no telefone) – Não mãe. O Tchubis precisa tomar esse remédio duas vezes ao dia. Sim. Pelo bumbum. Eu ensinei o Rodrigo. Ele sabe. Tá. Vou entrar no avião agora. Mãe. São três semanas. Não se preocupe. Eu sei mãe. Eu não preciso de férias, eu preciso ajudar essas pessoas. O terremoto no México foi horrível. Tá. Te amo. (Entrando no avião do exército brasileiro)

Capitão: - Alguém viu o soldado Ribeiro?!

Felipe: - Boa tarde. Doutor Thompson.

Capitão: - Pode entrar doutor. Pode sentar em qualquer assento.

Felipe: (colocando mochila no compartimento e sentando e começa a ler um livro do Harry Potter)

Ribeiro: (entrando correndo no avião) – Desculpa, Capitão. Acordei tarde.

Capitão: - Senta logo. (gritando) – Atenção! Vamos decolar.

Felipe: (olhando pela janela)

Ribeiro: - Capitão. O soldado Peixoto tá passando mal.

Peixoto: (vomitando)

Ribeiro: - Credo que nojo! (conseguindo levantar antes de ser acertado pelo vômito)

Capitão: - Puta que pariu! Senta em outro lugar Ribeiro.

Ribeiro: - Esse lugar tá ocupado?

Felipe: - Não. Pode sentar. (sem olhar para o rapaz)

Ribeiro: - Caraca. Harry Potter.

Felipe: (olhando para Ribeiro)

Ribeiro: (mostrando o mesmo livro) – Que coincidência.

Felipe: - Estou relendo pela quarta vez.

Ribeiro: - E eu relendo em inglês. Ganhei. (rindo) – Prazer. Me chamo Lucas Ribeiro.

Felipe: (apertando na mão de Lucas) – Felipe Thompson.

Ribeiro: - Nunca te vi no quartel.

Felipe: - Sou médico.

Ribeiro: - Que legal. Se precisar de alguma coisa. (rindo)

Felipe: - Pode deixar.

Celestina: (escrevendo em uma carta) - A vida é cheia de surpresa. A gente ganha, a gente perde, mas não podemos viver sem amor. Alguns casos de amor acabam em tragédia, outros duram por anos. É. O meu trabalho realmente não é fácil, eu vejo o amor florecer, e às vezes, o vejo morrer também. Eu cuidei com muito carinho do Guilherme, caso contrário, sua vida não teria amor algum. Esse foi o meu trabalho por 18 anos. Agora estou cuidando de outras pessoas, que são igualmente especiais para mim. E quem sou eu? Sou um cúpido.

Amaro: - Com licença.

Celestina: - Boa tarde Amaro.

Amaro: - Celestina. Seu novo trabalho vai ser no México. (entregando um papel para Celestina.

Celestina: (abrindo) – Olha. Dessa vez vou ser uma enfermeira brasileira. (mudando de forma e rosto)

Amaro: - Ficou muito bela, Celestina.

Amanda: - Não me chamo mais Celestina. Sou Amanda. (sumindo)

Amaro: - Boa sorte, Amanda.

Amanda: (andando no corredor de um avião) – Olha só. Quanto tempo Felipe. (empurrando a cabeça de Felipe que dormia para o lado)

Felipe: (dormindo, sua cabeça encosta no ombro de Lucas)

Lucas: (acorda, olha para o lado e sorri)

Capitão: - Você é do hospital?

Amanda: - Sim, capitão. Estou meio enjoada. Será que pode sentar comigo?

Capitão: - Claro. Me siga.

Amanda: (olhando para trás) - Bem rapazes. Apertem os cintos. E se preparem. (piscando)

Fim -

GENTE, QUER AGRADECER AQUI TODOS QUE ACOMPANHARAM ESSA HISTÓRIA. TENHO OUTROS ROMANCES AQUI, COMO POR EXEMPLO, O AMOR DE PESO 2 QUE ESTÁ EM SUA SEGUNDA TEMPORADA.SE VOCÊ ACOMPANHA MEUS CONTOS, EU GOSTARIA QUE VOCÊ COMENTASSE PARA EU SABER A SUA OPINIÃO. OBRIGAD POR ACOMPANHAREM!

Comentários

Há 3 comentários.

Por caiquef em 2020-02-03 22:53:28
Amei sinceramente o melhor de todos que já li
Por Nickbell em 2018-08-03 01:41:07
Oh my god!!! Que conto lindo amei, chorei muito tbm pela morte de Guilherme mas como a vida é cheia de amor sem sentido uma hora você acha que encontrou o grande amor e por uma doença ou algum ocorrido perde tudo e acha que isto é o fim mas a vida sempre te dá uma nova oportunidade para sempre lutar e seguir atrás de seus objetivos... Desde o começo sempre venho lendo os episódios deste conto tinha dias que adormecia e até chegava a imaginar algumas partes que tinha lido mas quem diria que uma catástrofes iria acontecer neste lindo contos mas caro escrito o senhor está de parabéns fez um excelente trabalho em escrever algo tão significativo assim, fico aguardando um próximo contos obrigado por compartilhar algo belo assim...
Por EsquiloVerde em 2018-06-25 17:49:29
Puta que pariu, cara! Eu nunca chorei lendo um conto. E o seu me fez chorar muito, muito mesmo. A história é realmente linda. Eu sei que critiquei sua forma de escrever nos capítulos iniciais. Me perdoe por isso. Não tenho palavras pra descrever o quanto estou emocionado. Pode ter certeza de que vc conquistou um fã! Parabéns! Mil vezes Parabéns!