01x17 - O GRANDE DIA

Conto de escritor.sincero como (Seguir)

Parte da série Felipe e Guilherme - Amor em Londres

Guilherme estava devastado, ele não queria aceitar o fato de que seus cabeços caíram por causa do tratamento. Ele se sentiu feito, o tratamento o deixava sem forças, nem lágrimas ele tinha mais para chorar. A família do rapaz segurou a barra, mas os médicos deram uma péssima notícia.

Leopold: - Como assim?

Anastácia: - O tratamento não estava funcionando?

Felipe: - Não pode ser. Não.. ele… ele não vai morrer. (lagrimando) – O senhor precisa fazer alguma coisa.

Médico: - Eu queria fazer, mas o tratamento só está diminuindo as chances do Guilherme. O tumor se multiplicou. Podemos fazer a retirada dos que apareceram agora, mas vai ser apenas questão de tempo para que novos apareçam.

Leopold: - Meu Deus. Eu preciso de mais tempo. Quanto o senhor precisa para desenvolver outro estudo?

Médico: - Sr. Thompson. Não se trata de dinheiro. Eu também sou pai e não quero nem imaginar qual o tamanho da dor que você está sentido…. Eu só tenho um conselho… aproveite a companhia do seu filho.

Leopold: (segurando a mão de Anastácia)

Anastácia: - Quanto tempo?

Leopold: - Eu não quero saber… (tentando se levantar, mas sendo impedido pela esposa)

Anastácia: - Espera. Mas eu quero e não vou conseguir sozinha.

Médico: (respirando fundo) – Bem… uns 2 meses e meio.

Leopold: (chorando) – Desculpa.

Médico: - Não se preocupe. (pegando no ombro de Leopold)

Felipe: - Eu… eu… eu… (saindo do consultório)

Leopold: - Felipe?! (indo atrás do rapaz)

Felipe: (sentando na sarjeta do hospital e chorando)

Leopold: (sentando ao lado de Felipe)

Felipe: - Ele está tão confiante no tratamento. O que vamos fazer?

Leopold: - Eu não sei… tem tanta coisa que eu queria dizer para o Guilherme, Felipe. Dizer que eu lamento por tudo o que eu fiz para ele, dizer que ele é meu filho amado… como… como eu vou compensar anos de exclusão em apenas dois meses?

Felipe: - O senhor tem tempo mais que suficiente. O Guilherme ama o senhor. E ele sabe que é amado. Qual pai aceitaria o namorado do filho de braços abertos? O senhor apoiou o nosso casamento… o senhor é um pai que comete erros e tenta corrigi-los.

Leopold: - Vou tirar o Kiran e a Kiara do internato. Esse é o último ano deles lá. Não quero cometer os mesmos erros. Não quero.

Felipe: - E eu? Como vou ficar sem o amor da minha vida?

Leopold: - Sinto muito filho. (abraçando Felipe)

Felipe: - Eu não sei o que fazer….

Leopold: - Estamos todos aqui… um para apoiar o outro….

Felipe: - Obrigado, senhor.

Naquela fria manhã, Kaity decidiu enfrentar sua rival para que a mesma confessasse para Dylan que a gravidez não passava de uma mentira. Rebecca pareceu até que tranquila quando foi confrontada por Kaity.

Rebecca: - Você está louca…. Eu estou grávida do Dylan. Aceite isso.

Kaity: - Você está mentindo. Eu te vi pegando uma barriga da loja para grávidas. Como pode?

Rebecca: - Garota. O que eu te fiz? Porque você me odeia tanto? (forçando um choro)

Kaity: - Você está tentando chorar?

Rebecca: (rindo e mudando de expressão) – As minhas lágrimas só caem para quem merece.

Kaity: - Você….

Rebecca: - Tá. Que gênio. Você até que demorou para descobrir a verdade. Sua idiota. (empurrando Kaity)

Kaity: - Para. Não quero brigar. Só quero que você conte a verdade.

Rebecca: (jogando Kaity no chão) – Mas eu quero. Sua vadia desgraçada. (batendo em Kaity)

Dylan: (entrando na sala)

Kaity: (Acerta um tapa em Rebecca)

Dylan: - O que significa isso?

Rebecca: (chorando) - Me ajuda. Essa louca me atacou. Ela começou a falar coisas sem sentido. Socorro. (tentando levantar com dificuldade)

Dylan: - Kaity? (parecendo bem decepcionado)

Kaity: (levantando) – Ela está mentindo. A barriga dela nem é de verdade.

Rebecca: (chorando) – Dylan. Ela chegou aqui falando coisas sem nexo. Me ajuda. (abraçando Dylan) – Ela disse que arrancaria meu bebê com as próprias mãos. (chorando mais ainda)

Kaity: - Dylan? Você…

Dylan: - Kaity. Acho melhor você sair. Depois conversamos.

Rebecca: - Eu preciso me sentar. Me ajuda. (se apoiando em Dylan)

Kaity: (com lágrimas nos olhos) – Dylan.

Rebecca: - Dylan, tira essa menina daqui. Por favor.

Dylan: - Calma, Rebecca.

Rebecca: - Por favor… (chorando)

Kaity: - Dylan? (decepcionada)

Dylan: (ajudando Rebecca) – Depois Kaity.

Kaity: (saindo do apartamento de Dylan)

Rebecca: - Ela me machucou. Eu preciso de uma água com açúcar.

Dylan: - Eu.. er… vou fazer. (desconcertado com a situação e indo até a cozinha)

Rebecca: - Tá vendo, vadia? Mexeu com a mulher errada. (rindo e arrumando a barriga falsa) – Fica quietinho meu amor.

Felipe vagou pelas ruas de Londres naquela tarde. Ele não queria encarar o Guilherme, não naquele momento. O rapaz viu vários casais apaixonados em um Parque. Ele sentou perto de uma fonte e ficou observando as coisas ao seu redor, o pipoqueiro que sorria para todos os clientes, uma senhora que alimentava os pontos e uma criança que brincava com bolhas de sabão. Felipe estava tão distraído que nem viu um senhor cedo sentar ao seu lado.

Roger: - Uma ótima tarde, né?

Felipe: - Oi?

Roger: - Eu disse que é uma ótima tarde.

Felipe: - É….

Roger: - Você não parece tão animado meu jovem. Algum problema?

Felipe: - Vou perder o amor da minha vida.

Roger: - Complicado. Vocês jovens se apaixonam muito rápido hoje.

Felipe: - É. Isso é verdade.

Roger: - E porque você acha que essa moça é o grande amor de sua vida?

Felipe: - Er… não é uma moça.

Roger: - Oh, entendi. Perdão. Ele deve ser um rapaz de sorte, mas porque você vai perdê-lo?

Felipe: - Ele vai morrer. Ele descobriu que tem um tumor inoperável.

Roger: - Nossa. Sinto muito filho. Sei muito bem o que é perder o grande amor de sua vida. Fomos casados durante 41 anos.

Felipe: - Ela deve ter sido uma mulher de sorte.

Roger: - Oh… não era uma moça. (rindo)

Felipe: (rindo)

Roger: - Tirei um sorriso de você? Acho que estou no caminho certo.

Felipe: - Como sabe que eu ri? O senhor não é cego?

Roger: - Ah. É verdade. Os óculos escuros e a bengala. É verdade… sou cego. (rindo)

Felipe: - O que houve com o seu parceiro?

Roger: - Aquela bicha alcoólatra caiu da escada e quebrou o pescoço. Ele não ouviu.

Felipe: - Ele era deficiente visual?

Roger: - Oh, não. O James tinha um olho de águia. Ele era praticamente meu cão guia.

Felipe: - Vocês deveriam ser felizes.

Roger: - Ele fez cada dia da minha vida ser horrível.

Felipe: - Jura.

Roger: - Sim. Nos conhecemos na marinha em 1970. Fomos para muitas missões juntos, depois quando decidimos sair, afinal naquela época dois homens juntos, ainda mais na marinha era praticamente proibido. A gente lutou muito, principalmente contra nossas famílias, mas conseguimos ficar juntos por 40 anos. E o viado ousou ir antes de mim.

Felipe: - É uma história e tanto. Pelo menos o senhor, apesar de toda a adversidade conseguiu ficar por muito tempo ao lado do seu amor.

Roger: - E o que você está fazendo aqui? (batendo com a bengala na cabeça de Felipe)

Felipe: - Au. (coçando a cabeça)

Roger: - Vai ficar junto ao seu namorado. Agora.

Felipe: - Tá bom. (levantando e indo embora)

Kaity contou para as amigas o que havia acontecido. Elas ficaram bravas, principalmente com Dylan, por que ele acreditou nas mentiras de Rebecca. Naruko e Paris tentaram ir até o dormitório de Dylan, mas viram um lado de Kaity que até o momento estava escondido, a vadia vingativa.

Nariko: - Você tem certeza que deseja fazer isso?

Paris: - É verdade. Até eu estou com pena dela.

Kaity: - Ela me humilhou… na frente do Dylan. E aquele desgraçado ficou do lado dela. (falando em Russo) – Bastardo.

Nariko: - Isso foi um palavrão?

Paris: - No mundo da Kaity… talvez…. (rindo)

Kaity: (rindo) – Ela vai me pagar muito caro. Só quero saber se vocês vão me ajudar?

Paris: - Estou dentro. (levantando uma taça de vinho)

Nariko: - Tenho outra opção? Vi a Kaity vingativa e não quero ser inimiga dela.

Kaity: - Ótimo.

Leopold foi até a escola de Kiran e Kiara, o pai dos gêmeos explicou para o diretor toda a história de Guilherme e pediu para afastar os filhos do colégio naquele momento tão delicado. Os gêmeos foram chamados até a diretoria, no início ficaram com medo, principalmente quando viram o pai.

Kiara: - Aprontamos alguma coisa?

Kiran: - Pai, coloquei só um pouco de pimenta. Eu juro.

Diretor: (olha desconfiado para a professora que se retira da sala)

Leopold: - Calma crianças. Não é isso. Vou levá-los para casa.

Kiara: - Para casa? Aconteceu algo?

Leopold: - Não. Está tudo bem. Apenas que esse ano vamos ter mudanças lá em casa.

Kiran: - Você e a mamãe se separaram? (assustado)

Leopold: - Não meu amor. Eu e sua mãe estamos ótimos. Apenas vão ao dormitório e peguem suas coisas.

Kiara: - Tudo?

Leopold: - Só o principal. Depois alguém pega o resto aqui.

Kiran e Kiara: (saem correndo)

Diretor: - Não é fácil, né?

Leopold: - Agora me diz… como contar para duas crianças que o irmão mais velho deles vai morrer?

Diretor: (abaixa a cabeça)

John andava extra atarefado nas empresas de Leopold. Ele estava gerenciado sete empresas no total, de vários seguimentos. Eram reuniões eternas e pouco tempo para respirar. Ele pegou uma limousine para ir a um encontro com acionistas, apesar da pouca idade, John era uma fera em negociar. Ele desceu do carro e esbarrou com alguém conhecido.

Nick: - Olha só.

John: - Como? (levantando a sobrancelha)

Nick: - Você fica um gato quando tá com raiva.

John: - Eu não estou com raiva… eu…. Eu não vou perder tempo com você.

Nick: (segurando forte no braço de John)

John: (conseguindo se soltar) – Você perdeu a noção do perigo?

Nick: - Esqueci dos seus dotes de luta.

John: - O que você está fazendo aqui?

Nick: - Reencontrar um velho amigo, oras. Ou esqueceu de tudo o que vivemos? Conseguiu destruir o casal?

John: - Estou em outra.

Nick: - Olha só. Quem te viu, quem te vê. Nunca pensei que você desistiria.

Paris e Wallace: (passem pelas ruas de Londres e avistam John e Nick)

Paris: - Que merda. (puxando Wallace e se escondendo atrás de um arbusto)

Wallace: - Quem é aquele com John?

Paris: - Um ladrãozinho de merda. Vamos temos que chegar mais perto. (indo para trás de um carro e conseguindo escutar toda a conversa)

Wallace: (correndo, ficando atrás de Paris e sussurrando) – Precisamos fazer algo?

Paris: (faz sinal de silêncio)

Nick: - Você tá enrolando demais… conta… você não quer ser aquele John de antes?

John: - Digamos que encontrei o meu caminho.

Nick: - Encontrou seu caminho? John… somos os caras malvados. Você está realmente gostando de jogar dentro das regras?

John: - Nunca joguei fora delas. Você que tem uma visão deturpada do que é certo e errado. Agora me conta que inferno você está fazendo aqui?

Nick: - Três meses… bom comportamento… essas coisas…

John: - Seu ladranzinho safado. Era para você está preso.

Nick: - Qual é… ainda temos chance. Eu faço você ficar com o Guilherme… é isso que você quer?

John: - Que Guilherme? O Guilherme é meu amigo… faz parte do meu passado.

Nick: - O que fizeram com você?

Nick: - Vai dizer que não estava com saudades? Lembra quando eu te dava umas estocadas no meu dormitório.

John: - Escuta aqui… e escuta bem que eu vou te falar apenas uma vez. Você não tem espaço na minha vida… você é um monte de merda, um verme. Eu olho para você e vejo apenas uma pessoa sem futuro. Estou numa ótima fase da minha vida, não tenta estragar ela. E lembre-se. (segurando o braço de Nick com muita força) – Eu sei muito bem como me defender. (saindo)

Nick: - Eu não tenho para onde ir. Qual é… eu posso te ajudar. Sei quem são teus inimigos… sei como derrubar todos eles… tive muito tempo para pensar… eu…. Eu… vamos lá… somos uma dupla… lembra quando fizemos o Felipe trabalhar na casa dos pais do Guilherme…. Ou quando a gente….

John: (gritando) – Chega. Me arrependo tanto… eu sei o que fiz foi errado, mas naquele momento eu achava que os motivos eram certos… fui um tolo.

Nick: - Seu desgraçado medroso.

John: - Você fez sua escolha. E infelizmente deixou se seduzir por tão pouco. Acho que isso é uma forma da vida te dizer… vai se fuder. (indo embora)

Nick: (pegando um ferro que estava no chão e correndo em direção a John)

Paris: (gritando) – John!!!

John: (virando e conseguindo desviar do golpe)

Wallace: (correndo em direção a John) – Fique longe dele.

Nick: (rindo) – Meu Deus. Você é patético John. Completamente. Me trocou por esse cara aí?

Paris: - Sai daqui… ou…. Ou… eu ligo para a polícia.

John: (entregando a pasta com documentos para Wallace, tirando o casaco e entregando para Paris)

Wallace: - O que você vai fazer?

Paris: - John… você sabe que está descendo ao nível dele, né?

John: - Ninguém mexe com o meu namorado. (erguendo os punhos da camisa) – E fora que eu quero fazer isso há três meses.

Nick: - Olha só. O viadinho tá criando culhões?

John acertou o primeiro soco cheio em Nick. O mal caráter não se amedrontou e acertou outro em John que sorriu e cuspiu o sangue. Eles começaram uma sessão de socos, John também usou alguns golpes de jiu-jitsu. Algumas pessoas se aglomeravam perto, alguns tiravam fotos e outros apenas ficavam comentando.

John: - Você até que está forte para quem estava na cadeia? (limpando o sangue do nariz e um pouco cansado)

Nick: - Posso te perguntar uma coisa. (cansado) – Porque diabos você não está suado?

John: - Anos de treinamento. (acertando mais um soco em Nick)

Nick: (cai no chão e dá uma rasteira em John)

John: (se desequilibra e cai no chão)

Nick: (tira uma foca do bolso e ataca John)

Wallace: - Cuidado!

Nick: (um objeto acerta Nick e ele cai para trás)

Wallace: (jogando as coisas de John no chão e correndo em direção a John) – Você está bem?

John: - Por um segundo eu pensei que ele tinha me furado.

Wallace: (chorando e beijando a boa de John) – Eu te amo.

John: - Eu também te amo.

Wallace: - Você está horrível. Tá todo quebrado.

John: - Valeu. Vou pensar duas vezes antes de defender a tua honra.

Wallace: - Mas o que aconteceu?

Paris: (juntando a bolsa do chão) – Depois vocês me agradecem. (passando em cima de Nick que estava desmaiado no chão)

Wallace: - Mas como?

Paris: (abrindo a bolsa) – Nunca subestime o poder da bolsa de uma mulher. (tirando uma pedra de dentro) – Você pode ficar impressionado.

John: (levantando com dificuldade) – Ele acabou comigo. Preciso treinar mais.

Wallace: - Você fica tão másculo falando assim.

Paris: - Depois dessa… esse otário ganhou uma nova passagem para a prisão. Vou falar com o meu tio transferir esse bacaca para bem longe. (pegando o celular e ligando)

Wallace: - Ei. Obrigado por me defender. E por me chamar de namorado.

John: - Eu sou um babaca, Wallace. É esse cara que você quer namorar?

Wallace: (tirando um espelho de sua mochila e mostrando o reflexo de John) – Quero namorar esse babaca aqui. John, todos temos um passado, mas como o nome mesmo diz… já passou. Precisamos olhar para o futuro. (olhando para o rosto de John) – Sério. Precisamos te levar para o hospital agora. Acho que ele quebrou o teu nariz…

John: - Sério? Merda. (indo até Nick e o chutando) – Verme.

Paris: - Vão para o hospital. Eu fico com a bela adormecida aqui. Os policiais vão chegar a qualquer instante.

No hospital, John fez alguns exames e precisou colocar o nariz no lugar, o procedimento foi incomodo, mas rápido. Ele precisou também levar pontos no supercílio. Ele encontrou Anastácia que o levou com Wallace até o quarto de Guilherme.

Guilherme: - Nossa. Alguém que teve um dia pior que o meu.

John e Wallace: (sentando)

John: (rindo sem graça) – Cortesia do Nick.

Guilherme: - Nick? Mentira? Caramba.

Wallace: - Mas o John também bateu muito nele.

Guilherme: - Você sabe que eu detesto violência, mas o que ele falou?

John: - Ele mexeu com o meu namorado. (pegando na mão de Wallace)

Guilherme: - Sério? Que bom. Nossa… eu fico muito feliz.

John: - E como estão os preparativos para o grande casamento?

Guilherme: - A minha mãe está preparando tudo. Inclusive… Wallace… eu sei que te conheço a muito tempo, eu pediria isso para algum advogado da empresa do meu pai, mas… será que você poderia fazer a cerimônia?

John: (olhando para Wallace)

Wallace: - Bem… é…. (olhando para John)

John: - Por mim está tudo bem..

Wallace: - Bem. Então, acho que posso sim. (sorrindo)

John: (pegando na mão de Wallace e apertando forte) – Vai ser uma bela cerimônia.

Guilherme: - Estou nervoso. Ainda mais agora que estou careca.

Wallace: - Isso é um detalhe. Você é o noivo mais fofo que eu já vi.

Guilherme: - Espero que seja.

John: - E o Felipe?

Guilherme: - Ainda não apareceu hoje. A minha mãe precisou ir correndo para casa. Vocês podem ficar mais um pouco se quiserem.

John: - Claro que ficamos. Nada melhor de que conversar com amigos. (tirando o casaco)

Wallace: - Eu odeio ternos. Acho que é o único problema da minha profissão. (tirando o paletó, colocando no cabideiro e subindo as mangas da camisa) – Olha. (pegando o controle do videogame) – Vamos uma partida?

John: (pegando um controle e entregando para Guilherme) - Quero ver se vocês são bons jogadores.

Guilherme: - Depois não quero te ver chorando.

Leite, torrada e mel

torna um Sábado chuvoso num ensolarado, he-he-hey

Leite, torrada e um pouco de café

faz desaparecer do dia as coisas que você odeia

você realmente odeia

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Felipe: (entrando com uma bandeja com guloseimas) - Ei. Começaram uma jogatina sem mim?

Guilherme: - Ei. Você está chegou a tempo para ver a detonação de um casal.

Wallace: - É sorte de principiante.

John: - Eu estou com os olhos inchados. Não tenho culpa.

Felipe: - E o que foi isso? (colocando a bandeja na mesa)

John: - As feridas de uma vingança. Quando eu te contar... (rindo)

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As notícias da manhã passam lentamente por mim

Eu tento não analisar

mas não é que ele me surpreendeu desta vez

Não me surpreendeu?

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Kiran: - Ele o que?

Kiara: - Não pode ser. (abraçando a mãe)

Leopold: - Ele precisa que sejamos forte querida.

Anastácia: - Seu irmão vai precisar de todos nós.

Kiran: - Eu não quero perder o Guilherme. Não. (abraçando o pai)

Kiara: - Vocês levaram ele no médico? Eles não podem fazer nada... eles.... (chorando)

Anastácia: (olhando para Leopold)

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(Aqui vem ele)

Trazendo um pouquinho de amor, querido

Levando embora a dor aqui de dentro

Corrigir

é tudo o que me importa

É tudo que eu quero na vida

Leite, torrada e mel Não é engraçado

como as coisas às vezes parecem tão claras

e tão próximas?

Os sonhos que sonho

meu favorito pensamento de desejo

Oh, ele marcou cada lugar

cada lugar

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Kaity: (chorando)

Nariko e Paris: (entrando no dormitório dela)

Nariko: - Acho que precisamos de chocolate e sorvete.

Paris: - E um filme de terror dos anos 80.

Kaity: - Obrigada meninas.

Nariko: - Afinal, a gente precisa falar sobre o plano contra a vadia número 1.

Paris: - Esse filme tem ótimas ideias. (rindo)

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Amor verdadeiro pode cair do céu

Você nunca sabe o que encontrar

mas não é que ele me surpreendeu desta vez

Não me surpreendeu?

(Aqui vem ele)

Trazendo um pouquinho de amor, querido

Levando embora a dor aqui de dentro

Corrigir

é tudo o que me importa

É tudo que eu quero na vida

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Guilherme: (abraçando Felipe) - Eu estou feio, né? Por isso que você passou o dia fora?

Felipe: - Não. Você é o homem mais lindo do mundo. Eu tive que resolver uns problemas. Conheci um senhor muito legal hoje.

Guilherme: - Sério?

Felipe: - Uma figura. (rindo e ficando sério) - Guilherme, eu já te disse umas três milhões de vezes, te amo. Careca, gordo ou travestido, esse último até que é uma boa ideia.

Guilherme: (rindo e batendo em Felipe) - Safado.

Felipe: (levantando da cama, trancando a porta do quarto e deitando novamente) - Falando em safado. Quero te namorar um pouco. (beijando Guilherme)

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(Aqui vem ele)

Oh deixe um pouquinho de amor, baby

Sentir que você está ficando perto de mim

é tudo o que me importa

É onde eu quero estar

Oh deixe um pouquinho de amor, baby

Corrigir

Sentir que você está ficando perto de mim

é tudo o que me importa

É onde eu quero estar

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Guarda: - Olha só quem voltou. Rapaz te acertaram bastante hein?

Nick: - Idiotas. Vão me pagar bem caro.

Guarda: (olhando os documentos) - Caramba. Esse aqui vai para a prisão de São Edmundo.

Nick: - Onde diabos fica essa cidade?!

Guarda: (rindo) - Você vai gostar de lá. (pegando Nick)

Nick: - Não. Espera... por favor... não... me deixa aqui seu monte de banha. (atacando o guarda)

Guarda: (imobilizando Nick) - Esses vão ser os 10 piores anos da tua vida rapaz. Eu vou garantir isso. (arrastando Nick)

Nick: - Não!!! Não!!!

(companhia da casa dos Thompson tocando)

Alfred: (atendendo)

Malody: - O Leopold se encontra?

Leopold: - Malody?

Malody: - Sinto muito meu irmão.

Dorothy: (entrando)

Leopold: - Mãe?!

Dorothy: - Quer me falar que história é essa de casamento?!

Dorothy Thompson não conseguia entender como o filho fazia todas as vontades do neto. Ela sabia sobre o tumor de Guilherme, mas achava uma vergonha o casamento entre Guilherme e Felipe. Leopold mais uma vez ficou decepcionado com o comportamento da mãe.

Dorothy: - O que as pessoas vão dizer? O Guilherme precisa é se concentrar na cura para esse tumor.

Leopold: - Mãe, a vida é dele.

Dorothy: - Não. O sobrenome Thompson tem mais de 300 anos. Eu não vou deixar esse garoto manchar nossa reputação.

Leopold: - Mãe. Nem sei porque estamos tendo essa conversa. A senhora não entende?

Dorothy: - E nem quero saber. Eu quero ver o Guilherme.

Leopold: - Não acho uma boa ideia.

Dorothy: - Quero ver como estão tratando meu neto….

Leopold: - Agora a senhora está preocupada?

Dorothy: - Claro que me preocupo. Quero saber se esse menino tem um tumor mesmo ou é….

Leopold: - Ou é o que? (levantando)

Dorothy: - Você sabe.

Melody: - Mãe pare.

Dorothy: - Cala a boca sua inútil. E me leva daqui.

Sim, a mãe de Leopold estava irada com a ideia de dois homens se casarem sem sua família. Mas o pai de Guilherme continuaria a apoiar o filho, não importava mais nada. Naquela tarde, Felipe e Dylan foram até um alfaiate, o quase ex namorado de Kaity seria o padrinho de Felipe.

Dylan: - Obrigado por me convidar.

Felipe: - Para. Tirando o Guilherme… tipo… você é o meu melhor amigo aqui dessa cidade. Sei que a gente não fica conversando toda hora igual as meninas, mas tenho muita consideração por você.

Dylan: - Obrigado Felipe. Isso é muito importante.

Felipe: - E me conta… como foi essa confusão com a Kaity e a Rebecca?

Dylan: (sentando) – Cara… eu não sei o que pensar. Eu peguei as duas brigando… tipo… a Kaity não é de confusão e acabou batendo em uma mulher grávida.

Felipe: - A Kaity fez isso?

Dylan: - Fez. Eu tive que ficar do lado da Rebecca… afinal…

Felipe: - Ela é a mãe do seu filho…. Se você quiser… eu… eu posso conversar com ela e…

Dylan: - Não, Felipe. Você tem seus problemas… eu não quero acabar com o pouco tempo que você tem ao lado do Guilherme.

Felipe: - (respirando fundo)

Jean: - Mas que homens lindos?! Quem é o noivo?

Felipe: (levantando a mão)

Jean: - Venha. Fique aqui. (apontando para um tablado) – Tire o casado e vamos tirar suas medidas.

Felipe: (tirando o casaco e subindo no tablado)

Jean: (pegando uma fita de medir) – Vamos lá.

Dylan: (rindo)

Jean: - Calma bonitão americano… depois é você.

Felipe: (rindo de Dylan)

Depois de tirar as medidas, os dois seguiram para o hospital. Dylan decidiu visitar Guilherme que também tinha acabado de receber uma pessoa da equipe de Jean para a confecção do fraque para o casamento. Anastácia fazia a escolha de vários detalhes do casamento que aconteceria na praia, uma das muitas propriedades de sua família.

Anastácia: - Acho que devemos ter apenas frutos do mar.

Paris: - E os convidados que forem alérgicos?

Anastácia: - Bem pensando querida. Vamos ter frutos do mar e carne. (anotando na agenda)

Paris: - Como vai ser na praia, imaginei que a gente podia ter uma decoração meio floral, sabe, uma coisa bem havaiana. O que acha Guilherme?

Guilherme: - Bem… eu queria algo mais simples. Nada muito chamativo.

Paris: - Mas é o teu sonho. A gente só quer torná-lo realidade. (erguendo as mãos)

Guilherme: - Tudo bem.

Felipe e Dylan: (entrando)

Paris: (olhando o relógio) – Nossa. Eu preciso encontrar a Kaity.

Guilherme: - Mãe… eu queria um suco.

Anastácia: - Eu vou pegar. Olá meninos. E como foi a prova do fraque?

Felipe: - Ele anotou minhas medidas.

Paris: (guardando as coisas na bolsa) – Gente. Eu vejo vocês depois. Tchau. (saindo do quarto)

Felipe: - Nossa? O que deu nela?

Anastácia: - É a mesma Paris de sempre. Vou pegar um suco para o Guilherme. (saindo)

Felipe: - Ei. Sabe de uma coisa que descobri hoje?

Dylan: (ficando vermelho) – Felipe, não.

Guilherme: - O que?

Dylan: - Nada não.

Guilherme: - Agora fiquei curioso. O que você descobriu amor?

Felipe: - Que a bunda do Dylan é 20 centímetros maiores que a minha.

Guilherme: (rindo)

Dylan: (ficando mais vermelho ainda) – Isso foi o que o Jean disse. Eu não acredito nisso. Eu nem tenho bunda.

Felipe: - Quem não tem bunda aqui sou eu. Depois dessa humilhação, hein. (rindo)

Dylan: - (rindo)

Paris encontrou com Nariko e Kaity na Escola de Intercâmbio. Elas começaram a bolar o plano para desmascarar a Rebecca. Ao mesmo tempo, as três começaram a falar sobre os vestidos que usariam para o casamento de Felipe e Guilherme.

Kaity: - Eu estou branca como um papel. Acho que vou em um salão, sabe, aqueles que fazem bronzeado artificial.

Nariko: - Podemos ir todas. O que vocês acham?

Paris: - Eu estou dentro. Quero fazer um bronzeado brasileiro.

Nariko e Kaity: (se olham)

Paris: - É aquele bronzeado que deixa apenas uma pequena marca lá em baixo. (rindo)

Nariko: - Acho que não vou ser tão radical assim. Posso assustar o Wong.

Kaity: - Eu acho uma boa.

Paris: - Você quer fazer esse também?

Kaity: - Quero. Vou procurar aqui no google. (digitando)

Paris: - Vamos ficar lindíssimas.

Dorothy queria fazer alguma coisa para impedir o casamento de Guilherme e Felipe. Para desafiar a mãe, Leopold mandou convidar todos os membros da família. Ela ficou possessa quando viu o convite, tão possessa que rasgou.

Dorothy: - Eu não vou permitir que o meu neto se case com outro homem.

Vladimir: - A senhora mandou me chamar?

Dorothy: - Preciso ir em um lugar.

Vladimir: - Quer que eu avise a senhorita Malody?

Dorothy: - Não. E quero meu talão de cheques.

Vladimir: - Vou pegar senhora.

Paris e Kaity decidiram começar o plano para pegar Rebecca. Elas ficaram de olho na americana para saber a rotina dela. Com o trajeto marcado, as amigas iniciaram o plano para desmascarar a falsa grávida.

Nariko: - Acho que a gente poderia fazer isso da forma direta. Tirar a roupa dela.

Paris: - Vamos fazer de uma forma divertida, afinal ela precisa aprender a lição.

Kaity: - Sim. Ela me humilhou na frente do Dylan.

Nariko e Paris: - Vamos lá.

Sim. O trio começou a armar o plano para destruir o golpe de Rebecca. O plano era simples, derrubar a rival de Kaity em um lago e gravar tudo. Nariko precisou pegar o equipamento no hospital, porque Guilherme havia emprestado e preparou tudo para o flagra.

Rebecca: (andando na praça)

Paris: (falando no celular) – Ela está na Praça Girassol. Kaity, ela está perto do lago. Acho que em cinco minutos já pode.

Rebecca: (olhando para o lago)

Kaity: (respirando fundo e empurrando Rebecca)

Rebecca: (caindo no lago)

Paris: (rindo e se aproximando)

Kaity: - Meu Deus? Será que ela tá bem?

Nariko: (filmando)

Rebecca: (emergindo) – O que foi isso? (saindo toda encharcada do lago e olhando para Kaity) – Foi você? Sua desgraçada.

Kaity: - Porque você quer me separar do Dylan?

Rebecca: - Você vai me pagar bem caro! (quase agredindo Kaity)

Paris: - Ei, garota? Cadê a tua barriga? Desceu pelo vestido?

Rebecca: (percebendo que não estava com a barriga) – Não.. meu bebê…

Kaity: (rindo) – Para de ser ridícula. Não tem bebê e você sabe disso. (agarrando o braço de Rebecca) – Eu vou fazer com você o que deveria ter feito a tempos. (dando um tapa em Rebecca)

Rapaz: - Briga de garotas!!!! (gritando e chamando a atenção dos guardas)

(Rebecca e Kaity brigam no praça e são separadas pelos guardas)

Rebecca: - Me solta. (guarda levando Rebecca)

Kaity: - Paris. Chama o Dylan. (sendo levada por outro guarda)

Duas moças chamaram a atenção da delegacia. Elas foram colocadas em cadeiras separadas, Rebecca era a mais agressiva, após prestarem esclarecimento as duas foram liberadas.

Rebecca: - Viu o que você fez idiota?!

Kaity: - Eu não fiz nada. A culpa é sua. Se tivesse sido verdadeira.

Dylan: - O que significa isso?

Rebecca: (chorando e abraçando Dylan) – Dylan. Ela me atacou. Por causa dela nós perdemos o nosso bebê.

Dylan: (segurando os braços de Rebecca) – Você é doente garota. Eu vi o vídeo. Você estava usando uma barriga falsa. Como eu fui um palhaço. Você volta para os Estados Unidos essa noite.

Rebecca: (aos prantos) - Dylan… por favor. Acredita em mim. Ela matou o nosso filho.

Guarda: - Algum problema aqui?

Dylan: - Não mais. (celular tocando) – Alô? Sim. Ela está aqui. (entregando o celular para Rebecca)

Rebecca: - Alô? (chorando) – Pai? (ficando desesperada) – Pai esse vídeo é uma montagem… pai… não, por favor… (chorando) – Aiiiii…… pai não faz isso…. Eu vou… eu prometo…. Mas não quero voltar para aquele lugar. Por favor. (chorando)

Paris, Nariko e Kaity: (assistem a cena assustadas)

Dylan: - Vamos para minha casa Rebecca. Você vai ter muito tempo para pensar no que fez. (levando Rebecca da delegia)

Paris: - Que mulher louca.

Nariko: - Uau. (pegando no ombro de Kaity) – Feliz?

Kaity: - Não. (respirando fundo)

Felipe bebia um pouco água no corredor do hospital. Ele na verdade adorava aquela água. De repente, o jovem encontra Dorothy e seu capanga. Mesmo tenso, Felipe tenta manter um diálogo com a avó de seu noivo.

Dorothy: - Escuta aqui rapaz. Eu tenho uma oferta para você.

Anastácia e Leopold: (percebem que Dorothy e Felipe conversam)

Anastácia: - O que será?

Leopold: - Ali daquele canto podemos ouvir.

Anastácia: - Isso é bisbilhotar.

Leopold: (puxando Anastácia) – Vamos logo.

Felipe: - Eu não estou entendendo.

Dorothy: - Será que tem alguém nessa espelunca que fale espanhol?

Felipe: - Eu sou brasileiro, e falo português.

Dorothy: - Não interessa. Veja bem. A minha família é uma das mais tradicionais da Inglaterra. O meu neto não pode casar com você. É preciso deixar tudo em seu lugar.

Felipe: - A senhora não tem poder para decidir isso.

Dorothy: - Querido. Eu fiz uma pesquisa. A herança do Guilherme está valendo Três milhões de Euros. Isso vai ser um dinheiro fácil que vai cair na tua mão, mas e se eu dobrar essa quantia? Você aceita seis milhões de euros para voltar ao Brasil? Eu sei que a sua família ficaria muito feliz com isso. A Dona Maria precisa desse dinheiro, né?

Felipe: (pensando)

Anastácia e Leopold: (olhando abismados a cena)

Felipe: (rindo)

Dorothy: - Isso é um sim?

Felipe: - Para a senhora tudo tem a ver com status e dinheiro, né? A senhora pelo menos foi com o Guilherme? Falou com seu neto? Perguntou se ele está bem? A senhora falou com seu filho? Quis saber se ele está precisando de alguma coisa, mas quando eu digo precisar não é de dinheiro, é de um abraço… um abraço de mãe. O Seu Leopold está devastado… ele vai perder o filho… e a senhora vem tentar estragar a única coisa que vai fazer o seu neto feliz?

Dorothy: - Você? Você fazer alguém do nível do Guilherme feliz? (rindo) – Isso é um absurdo. Eu dobro o valor para 10 Milhões de euros.

Guilherme: - Sério vovó? (andando com a ajuda de Celestina)

Dorothy e Felipe: - Guilherme?

Guilherme: - Sério mesmo? Por quê? Qual o problema em eu ser gay? Isso não vai mudar em nada.

Anastácia: (tentando sair do esconderijo)

Leopold: (segurando a esposa) – Espera.

Guilherme: - A senhora sabia que o tio Brendan é viciado em jogos? E que o primo Rodolf foi preso por roubar roupas? A senhora sabia que sua família não é perfeita?

Dorothy: - Mas nenhum deles é homossexual. Nenhum deles é uma aberração. Olha só para você. (olhando Guilherme dos pés a cabeça) – Você é patético. Ainda bem que vai morrer, pode até sujar o nome da nossa família, mas logo será esquecido….

Felipe: (pegando na mão de Guilherme) – Cala boca.

Anastácia: (corre e dá um tapa em Dorothy) – Nunca mais ouse dizer algo assim para qualquer um dos meus filhos.

Leopold: - A senhora é completamente louca. Saia daqui.

Vladimir: (amparando Dorothy)

Dorothy: (rindo) – Tá vendo? Isso que eu ganho por tentar ser uma boa mãe a avó. (pegando no rosto)

Anastácia: - Saia daqui. Ou eu juro por Deus que não respondo por mim.

Dorothy: - Olha só… mais uma pessoa do terceiro mundo falando comigo.

Anastácia: - Qual é Dodo. Não esqueça que o pai da favelada aqui ajudou muito você a continuar com esse império… ou eu preciso lembrar quem ajudou vocês durante a crise?

Dorothy: (levantando uma sobrancelha) – Quer saber… se quiser casar… case. Seja feliz. Eu não duvido nada que esse rapaz está casando com Guilherme por pena. Vamos Vladimir. Não fico mais nenhum segundo nesse hospital. (saindo)

Felipe: (abraçando Guilherme que começa a chorar) – Não duvide por um segundo do meu amor por você. Eu te amo Guilherme Thompson. Eu te amo mais que tudo.

Anastácia: (sendo abraçada por Leopold) – Desculpa…

Leopold: - Por quê?

Anastácia: - Por dar um tapa no rosto da sua mãe.

Celestina: - A senhora acertou bem na cara dela.

Leopold: (começa a rir)

(todos começam a rir no meio do corredor)

Leopold: - Você é a pessoa mais incrível desse mundo. (beijando a esposa)

Uma semana se passou e os preparativos para o casamento de Guilherme e Felipe estava a todo vapor. Leopold chamou o noivo de seu filho para bater um papo. Eles estavam de carro passeando pelas ruas de Londres.

Leopold: - Sabe de uma coisa? Eu não te disse, mas fiquei muito feliz pelas coisas que você disse para a minha mãe. Juro que se você não aceitasse, eu pegaria os 10 milhões. (rindo)

Felipe: - Senhor… eu sou de uma área pobre de Porto Estrela. A minha família passa necessidade, mas nem por isso eu sou uma pessoa mal careter. Eu sei que as coisas boas virão, mas por causa do meu esforço. O Guilherme ele é… por mais que pareça estranho falar isso para o senhor… ele é o homem da minha vida. E meu coração é resgado cada vez que eu lembro que eu não vou ter ele ao meu lado.

Leopold: (encostando o carro)

Felipe: - Que hotel é esse?!

Leopold: - Você vai ver. (saindo) – Vamos? (entregando a chave ao manobrista)

Felipe: (saindo do carro)

Leopold: - Sabe, Felipe. Pensei bastante e um presente para te dar. Na verdade, sou péssimo para dar presente, mas eu pensei bastante. O que te faria feliz?

Felipe: - Senhor? (entrando no hotel com Leopold)

Leopold: - Esse é um dos meus prédios favoritos.

Gerente: - Sr. Thompson.

Leopold: - Eles estão esperando?

Gerente: - Sim. Me acompanhem.

Felipe: - Quem está nos esperando? (acompanhando Leopold e o gerente do hotel)

Gerente: - Eles estão aqui. (abrindo a porta)

Leopold: (pegando no ombro de Felipe) – Meu presente de casamento.

Felipe: (com os olhos cheios de lágrimas) – Mãe…. (correndo e abraçando a mãe)

Maria: - Meu filho.

Felipe: - Como? Onde? Quando? (olhando para Leopold)

Leopold: - Acho que você deveria ter toda sua família aqui para o casamento. (pegando no ombro de Felipe e falando em inglês) – Isso vale mais que 10 milhões.

Felipe: (olhando para mãe) – Verdade.

Leopold: - Já volto. Com licença. (saindo)

Frederico, Steffany, Nina e Rodrigo: - Felipe!!! (abraçando o irmão)

Felipe: - Eu não acredito. Todos vocês?! Caramba. Estou muito feliz.

Sim. Leopold deu um presente para Felipe. A chance de ter a família perto em um momento tão importante. A família de Felipe conheceu parte de Londres naquela tarde, o guia turístico foi Leopold. Depois eles seguiram para o hospital.

Guilherme: - Eu sabia.

Felipe: - Você sabia? E não me contou nada.

Guilherme: - A culpa foi dele. (apontando para Leopold)

Anastácia: - Felipe. Decidimos que era importante ter sua família aqui. Conversamos com alguns amigos e conseguimos os passaportes.

Maria: - É uma honra para nós. (pegando na mão de Guilherme)

Dylan se livrou de Rebecca, mas continuava com um grande problema. Kaity estava o evitando. A jovem ficou magoada com a atitude do ex-namorado. O rapaz decidiu aproveitar o ensaio do casamento para falar com ela, mas, mesmo assim, era um toco atrás do outro.

Paris: - Eu gosto da perseverança dele.

Wong: - Eu também.

Nariko: - A Kaity bem que poderia perdoar ele, né? Ele já pagou.

Felipe: - É uma decisão dela.

Wallace: - Olá?

John: - Oi. Está tudo pronto?

Felipe: - Eu acho que sim. O Leopold foi pegar o Guilherme. Devem chegar a qualquer momento.

Wallace: - Esse lugar é incrível.

O ensaio do casamento aconteceu de forma tranquila. O pôr-do-sol naquele lugar era o mais bonito de todos, Maria chorou várias durante o ensaio. Ele ficava feliz ao ver o filho que passou por tantos problema superando tudo. Guilherme se olhou no espelho e ficou horrorizado com o que viu. Ele teve um ataque de pânico.

Leopold: - Calma. (Abraçando o filho)

Guilherme: - A vovó tinha razão pai, o Guilherme está casando comigo por pena. Eu estou feio…careca... pareço um monstro. Eu não mais casar.

Leopold: - Relaxa filho. O Felipe te ama. Ele te ama.

Felipe: (ouvindo tudo e saindo do quarto)

O grande dia chegou, Guilherme acordou com uma carta de Felipe.

“Meu amor,

Quero honrar as tradições do casamento. Só vou ver o meu noivo no altar. Estou muito ansioso para me tornar seu esposo. Te amo!”

Guilherme adorou o recado e beijou o papel. Celestina apareceu com um café da manhã reforçado para que o jovem pudesse ter energia durante todo o dia. Ele parecia muito alegre, principalmente por que não tomaria o remédio naquela manhã.

Celestina: - Quem diria que eu viveria para ver o meu bebê casar.

Guilherme: - Para… eu tô emotivo hoje.

Celestina: - Você fez muito bem em escolher o Felipe.

Guilherme: - O cupido mandou bem, né? Acertou a flecha com todo a força.

Celestina: - E quem disse que cupido usa flecha?

Guilherme: - Todo mundo.

Na casa de Guilherme, o caos estava instaurado. Todo mundo decidiu se arrumar lá, o lugar até pareceu pequeno. Anastácia encontrou o marido amarrando o cadarço do sapato no quarto. Ela o ajudou e sentou ao seu lado.

Anastácia: - Eu não imagino como isso está sendo para você. Eu sei que lá no fundo você luta contra isso.

Leopold: - Eu demorei, mas aprendi a minha lição. Só queria ter aproveitado mais com o Guilherme. A minha mãe….

Anastácia: - Não. Você não tem nada a ver com aquela mulher. Você e a Malody são boas pessoas, Leopold. Eu te amo e te admiro a cada dia mais. (beijando o marido)

Leopold: - Obrigado. (chorando) – Eu te amo tanto.

A tarde passou correndo. Wong e Dylan ajudaram Guilherme a vestir o fraque. Até aquele momento ninguém conseguia falar com o Felipe. Ele havia sumido. Maria conseguiu aprontar seus filhos e seguiu para o lugar da cerimônia.

Guilherme: - Assim fica bom?

Dylan: - Se eu fosse gay eu super te pegaria.

Wong: - Sim, Guilherme. Você é como um super imã gay. (rindo)

Guilherme: (jogando uma toalha em direção aos amigos) – Calem a boca.

Leopold: - Com licença? Eu posso roubar meu filho por um segundo?

Leopold levou Guilherme até o último andar do prédio, cinco andares a cima de onde aconteceria a cerimônia. Ele havia construído um império, mas desistiria de tudo para ter a saúde do filho de volta.

Guilherme: - O que estamos fazendo aqui?

Leopold: - Quando você era pequeno… eu te trazia aqui para você dormir. A sua mãe ficava louca quando via você aqui.

Guilherme: - Eu sempre gostei daqui. Lembro que vinha quando o senhor estava trabalhando aqui.

Leopold: - Verdade. Você ficava naquele canto com vários brinquedos. (rindo)

Guilherme: - Pai, obrigado… obrigado por não desistir de mim.

Leopold: - Não, Guilherme. (pegando na mão do filho) – Eu que te agradeço por não desistir de mim. Eu sempre te amei, mesmo quando achava que te odiava. Você é meu filho, um dos tesouros mais preciosos que tenho nesse mundo. (beijando a testa do filho)

Guilherme: - Pai. (chorando e abraçando Leopold)

Leopold: (chorando e abraçando Guilherme fortemente)

Guilherme: - Mesmo que o meu tempo com o senhor acabe… o senhor ainda tem o Kiran e a Kiara. Eles vão precisar muito do senhor.

Leopold: - Eu sei. E já estou trabalhando nisso.

Guilherme: - Acho que devemos ir. Estou pronto. (pegando na mão do pai)

Leopold: - Eu não preciso te levar no altar não, né?

Guilherme: (rindo) – Não pai. Não.

Leopold: - Eu ia… eu ia de boa.

O grande momento chegou. Todos estavam lindos, o Guilherme principalmente. O nervosismo era visível. Leopold ficou a todo momento ao lado do filho. Os mestres de cerimônia eram Paris e John, que estava muito feliz ao ver Wallace como juiz de paz. As mães dos noivos também capricharam na produção. Nariko, Wong, Kaity e Dylan esperavam para entrar com Felipe.

Dylan: - Fala comigo, por favor…

Kaity: - Você me machucou muito. Eu só quero um tempo. Respeite isso.

Paris: (olhando para o relógio) – Ligou para ele?

John: - Ele disse que está subindo. Calma.

Paris: - Meu primeiro evento não pode dar errado.

John: - Que evento?

Paris: - Ele chegou. Vamos. Vamos todos em formação.

John: - Eu vou preparar a música. (indo para o outro lado)

Nariko, Wong, Dylan e Kaity: (se posicionam para entrar)

(notas de piano anunciam o começo da carimônia)

É pouco dizer

Que é você a minha outra metade

É pouco dizer

Que daria a vida, meu destino

E algo a mais

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Nariko e Dylan: (entram)

Kaity e Wong: (entram)

Felipe entra muito nervoso, tropeça no tapete, mas não cai. Ele está usando um boné. Paris faz sinal para ele tirar. Guilherme não esconde a emoção e começa a chorar. Leopold e Anastácia dão as mãos. Maria choroa muito e os irmãos de Felipe registram tudo. Felipe se aproxima de Guilherme, pega em sua mão e beija. Paris mais uma vez faz um sinal para Felipe tirar o boné.

Felipe: (tira o boné)

(Todos se surpreendem)

Felipe: - Gostou?

Guilherme: (sorrindo e chorando ao mesmo tempo) - Você está louco? (Passando a mão na cabeça de Felipe que está careca também)

Felipe: - Você não é feio Guilherme. Não deixe ninguém te falar o contrário disso. (olhando para Wallace) - Pode começar.

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Já não me alcançam as palavras não

Pra lhe explicar o que eu sinto

E tudo o que você está causando em mim

E até no frio eu sinto o seu calor

E tudo é doce quando está em sua voz

E se vem de você

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A cerimônia foi linda, John ficou muito orgulhoso de Wallace. O rapaz realmente disse coisas lindas sobre o amor entre dois homens. Leopold bem que tentou, mas chorou em alguns momentos. Anastácia precisou dar vários lenços para o esposo.

Wallace: - Agora... o momento das alianças.

Tchubirubas: (entra com uma roupinha feita sob medida)

Felipe: (baixa e pega as alianças) - Vamos lá... Wallace... antes de me casar com esse pedaço de mal caminho... eu... eu preciso dizer algumas coisas.

Guilherme: - (sorrindo)

Wallace: - Claro. Pode sim.

Felipe: - Quero dizer para este homem parado aqui na minha frente. Eu te amo. Não consigo nem descrever o misto de emoções que eu sinto sobre você, Guilherme. A gente passou por tantas coisas juntos. E sob esse lindo pôr do sol... eu quero dizer que você é a pessoa mais importante que eu conheci. Você pegou aquele menino desastrado e inseguro... e transformou em um homem. Você não tem noção do que fez por mim. (tocando no rosto de Guilherme) - Eu não sei o que o futuro nos reserva, mas saiba que eu vou te amar até o final.

Wallace: - E você, Guilherme? Deseja dizer algo?

Guilherme: - Bem... Felipe. Eu te amo. A nossa história começou de uma forma tão incomum, não imagino o restinho da vida que eu tenho sem você. Você me ensinou a ser forte, se eu estou enfrentando essa doença de cabeça erguida é por sua causa. Seu sorriso é a coisa mais linda que eu vi, e quero que seja uma das recordações que vou levar comigo. O brilho dos seus olhos... (respirando fundo) - Nossa. Seus olhos conseguem me desarmar completamente. Eu fico feliz em casar com você... principalmente com pessoas tão queridas. (olhando para os amigos e familiares) - Somos poucos, mas aqui existe amor. E é esse sentimento... é esse momento que quero levar comigo. (pegando nas mãos de Felipe)

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Vou te provar, te fazer sentir

Que cada dia eu volto a te escolher

Por que me dá seu amor sem medida

Vou dividir a minha única vida

Com você

Wallace: - Agora. Vamos a troca de alianças. Felipe... pega a aliança e diga depois de mim...

Felipe: - Guilherme... eu te aceito agora...

Guilherme: - Como meu esposo... prometo te honrar...

Felipe: - Prometo te amar... ser fiel a você...

Guilherme: - Na pobreza e na riqueza...

Felipe: - Na saúde e na doença...

Guilherme: - Na alegria e tristeza...

Guilherme e Felipe: - Até que a morte nos separe.

Wallace: - Eu os declaro marido e marido. Agora o momento que todos estavam esperando... o grande beijo.

Guilherme e Felipe: (se beijam)

Comentários

Há 1 comentários.

Por EsquiloVerde em 2018-06-24 14:59:06
Esse é o fim??? Aaaahhh não! Pelo amor de Deus, diz que tem continuação e que as coisas vão melhorar pra eles!