01x15 - Brasil e surpresas

Conto de escritor.sincero como (Seguir)

Parte da série Felipe e Guilherme - Amor em Londres

Guilherme estava determinado em viajar para o Brasil. Ele discutiu com os pais e Celestina. Felipe preferiu ficar de fora da conversa para não influenciar o namorado. Leopold queria que o filho começasse o tratamento logo, mas Guilherme queria aproveitar a saúde que ainda possuía.

Guilherme: - Pai vai ser uma semana apenas. Eu prometo.

Leopold: - Você está ouvindo o que esse menino está falando?

Anastácia: - Filho, pense bem.

Guilherme: - Estou pensando. E a cada minuto que a gente passa enrolando aqui é pior.

Leopold: - Você não vai.

Anastácia: - Calma amor. Não vamos nos alterar.

Guilherme: (chorando) – Pai, mãe. Eu só tenho seis meses. Eu não quero passar o tempo que me resta preso em uma cama de hospital. Deixa eu ir para Porto Estrela. Rever a minha cidade, antes…

Leopold: - Antes de que?

Guilherme: (respirando fundo) – Antes do tratamento. Por favor. Por favor.

Leopold: - Você não vai sozinho. Nós vamos.

Guilherme: - Pai. Eu tô bem. Vou tomar os remédios. Não tem motivos para se preocupar.

Anastácia: - Querido. Queremos o melhor para você.

Guilherme: - Eu sei mãe, eu sei pai, mas vocês não podem parar a vida de vocês por minha causa. Vai eu, o Felipe e a Celestina. Vocês fiquem aqui para cuidar dos meus irmãos.

Leopold: (ofegante) – Ok. Se você quer desse jeito. (saindo)

Anastácia: (abraçando Guilherme) – Ele está preocupado.

Guilherme: - Eu sei mãe. Todos estão, mas eu que tenho uma bomba relógio na cabeça, lembra?

Anastácia: - Não fala desse jeito. (beijando o filho) – Deixa eu preparar as coisas da viagem.

Pela primeira vez Guilherme se animou com algo. Ele contou para Felipe as novidades. Os dois partiriam no dia seguinte para o Brasil. Guilherme escondeu do namorado, mas pediu passagens na primeira classe. E ele também tinha mais uma surpresa para o namorado que contaria apenas no final de semana. Celestina também ficou animada, afinal ela amava o Brasil.

Guilherme: - Pegou todas as coisas?

Felipe: - Sim. Peguei. Passaporte, documentos, os presentes da minha família. Tá tudo aqui.

Kaity: - Oi. (entrando)

Nariko: - Estão prontos?

Paris: - Que inveja. Queria ir para o Brasil, mas agora como sou uma órfã…

Guilherme: - Para de ser boba. O teu pai ainda não entrou em contato?

Paris: - E nem vai entrar… eu conheço o meu pai. Nada vai mudar aquela cabeça dura, mas pena pra ele que perdeu uma filha maravilhosa.

Felipe: - Tchubis.

Tchubis: (entra no quarto latindo)

Felipe: (agachando) – Ei. Fica bonzinho aqui.

Tchubis: - Eu sempre sou bom. (abanando o rabo)

Guilherme: (baixando) – Tchau meu amor. Vou ficar com saudades. (abraçando o cachorro)

Tchubis: - Não vai. Não vai. Vou me sentir muito só. Fica. (lambendo Guilherme)

Guilherme: - Prometo que não vamos demorar, muito. O Kiran e a Kiara logo estarão aqui. Você vai ter muita companhia.

Tchubis: - Puxa não vão. (latindo)

Felipe: - Juro que as vezes eu sinto esse cachorro falar.

Nariko, Paris e Kaity: (rindo)

Felipe: (oferecendo a mão para Guilherme) – Vamos? A Celestina tá esperando.

Guilherme: - Vamos. (se apoiando em Guilherme e levantando)

Guilherme e Felipe voltaram ao aeroporto pela primeira vez desde o acidente no dia em que chegaram. Felipe ficou impressionado que parte do aeroporto já estava funcionando normalmente.

Felipe: - Se fosse no Brasil esse aeroporto já estava fechado.

Guilherme: - Sim.

Celestina: - É tudo tão grande. Dá para se perder aqui.

Kaity: - Eu me perdi quando cheguei aqui.

Nariko: - O de Tókio é muito maior.

Paris: - Queria ir no Free Shop.

Guilherme: - Então meninas. É isso.

Paris: - Meus amores. (abraçando Guilherme) – Um ótimo voo para vocês e… (abraçando Felipe) – Voltem sãos e salvos.

A despedida nem sempre é difícil, mas aquilo era momentâneo. Felipe ficou com os olhos vermelhos ao pensar que poderia se despedir do grande amor de sua vida, mas aquela viagem era para ser de alegria, então ele logo se recompôs.

Guilherme: - É bom, né?

Felipe: - O quê?

Guilherme: - Chegar no aeroporto cedo. (rindo)

Celestina: - Ei, Felipe. Pelo menos dessa vez você não caiu de um morro. (rindo)

Felipe: - Podem bagunçar. Eu mereço. Eu mereço. (rindo)

Felipe ficou impressionado com a primeira classe. Celestin logo se acomodou em sua poltrona, ela viajaria sozinha. Os comissários de bordo começaram a preparar os passageiros para decolar. Felipe ficou brincando com os dispositivos de sua poltrona.

Felipe: - Espera. A gente precisa tirar uma foto. (pegando a câmera e registrando o momento)

Guilherme: - Bobo.

Felipe: (gravando Guilherme) – Estou aqui com Guilherme Thompson, o namorado mais lindo do mundo. E eu não estou falando isso por que ele conseguiu essas poltronas na primeira classe. Eu digo isso porque ele é o amor da minha vida.

Guilherme: (sorrindo)

Felipe: - Você é perfeito. Eu te amo. (beijando o namorado)

Guilherme: - Você tá filmando o nosso beijo?

Felipe: - Sim. Para mostrar no dia do nosso casamento. (rindo)

Guilherme: - Você casaria comigo?

Felipe: - Claro que sim, Guilherme. Claro que só depois da faculdade. Ainda vamos ter muito tempo para isso. Você vai ver.

Guilherme: - Claro. Vamos sim.

A viagem correu de forma tranquila. Felipe deu um mini vexame quando a comida chegou, mas tirando isso nada demais aconteceu. Guilherme sentiu um pouco de desconforto e logo tomou os medicamentos. Ele dormiu nos braços de Felipe que aproveitou para filmar o momento. Depois de quase 10 horas de viagem, o trio desembarcou em Porto Estrela.

Felipe: - Senti falta disso. (olhando em volta)

Guilherme: - Você não avisou a tua mãe, né?

Felipe: - Não. Eu quero fazer uma surpresa.

Celestina: - Vamos para casa. Vocês tomam um banho e vão visitar a mãe do Felipe, certo?

Felipe e Guilherme: - Sim.

Eles pegaram um táxi e Felipe reconheceu a rua onde ficava o apartamento de Guilherme. O jovem trabalhou como porteiro em um dos edifícios. Eles subiram e Guilherme fez um pequeno tour pelo apartamento. Celestina seguiu para o seu quarto, e Guilherme mostrou o quarto para Felipe.

Felipe: - Sua casa é linda. Tudo bem arrumado, você fez um ótimo trabalho.

Guilherme: - Sim, mas é a nossa casa.

Felipe: - Amor. Isso é seu. Eu não tenho nada, mas vou ter e vamos conquistar muitas coisas.

Guilherme: - E que tal se eu te mostrar o banheiro? (tirando a camiseta do seu namorado)

Felipe: - Boa ideia.

Cada vez que Felipe fazia sexo com Guilherme, ele se sentia mais perto do parceiro. Eles transaram três vezes naquela tarde. Eles deitaram a acabaram cochilando. Felipe acordou com o toque de Guilherme que admirava o namorado dormindo.

Felipe: - Bom dia?

Guilherme: - Boa noite. São 20h. A Celestina fez uma jantinha pra gente e foi dormir. Ela falou que estava morta.

Felipe: - A gente vai na casa da minha mãe amanhã?

Guilherme: - Você quer ir hoje, né?

Felipe: - Sim. Geralmente dia de domingo ela chega às 21h da igreja.

Guilherme: - Então… pera aí. Já sei. A gente janta e vai na casa de vocês.

Felipe trouxe três malas com roupas e brinquedos para os irmãos. Eles tiveram dificuldade em colocar tudo no táxi, mas Guilherme solicitou um com a mala grande. Ao contrário de Felipe, Guilherme nunca passou perto de seu bairro. Ele na verdade não reconhecia nada. A mãe de Felipe estava chegando perto da rua de casa, quando um táxi parou ao seu lado.

Felipe: (baixando o vidro) – Vai pra onde gatona?

Maria: (virando) – Me respeite e….

Felipe: - Oi. (saindo do táxi)

Maria: (com os olhos vermelhos, toca no rosto de Felipe) – Meu… meu… Felipe. (abraçando o filho)

Felipe: (chorando e abraçando a mãe) – Mãezinha. A senhora está linda.

Maria: - Meu filho. Seu curso já acabou? Meu Deus. Você tá tão magrinho.

Felipe: - Não mãe. Vem. (entrando no táxi)

Maria: (entrando) – Com licença.

Felipe: - Mãe. Esse é o Guilherme, meu namorado.

Taxista: (arregala os olhos, mas disfarça)

Maria: - Então, você é responsável por colocar esse menino nos eixos? (passando por cima de Felipe para abraçar Guilherme)

Guilherme: (abraçando Maria) – Sim.

Felipe: - Podemos deixar os abraços para depois. (rindo)

Sim. Apesar de amar muito Guilherme, Felipe se sentia feliz em estar em casa. A rua que ele passou a maior parte de sua vida, a casa onde ele viveu muitas dificuldades com a família. Estava tudo ali. Guilherme ficou feliz ao ver onde o namorado morava.

Felipe: - Deixa eu logo te falar. A casa é um ovo.

Guilherme: - Felipe. Não precisa justificar nada. (sorrindo)

Maria: - É aqui moço. (saindo do táxi sem falar nada)

Felipe: (rindo)

Guilherme: - O que foi?

Felipe: - Ela vai tentar arrumar a casa. Ela deixa meus irmãos aqui, e eles transformam tudo num inferno.

Guilherme: - Não ri dela. Vai tirar as malas, que eu pago o táxi.

Felipe: - Deixa que essa eu pago amor. (tirando o dinheiro e entregando para o taxista)

Felipe tirou todas as malas do carro. De repente quatro jovens apareceram e começaram a fazer muitas perguntas para Felipe. Guilherme começou a rir ao ver o namorado ser atacado por perguntas.

Steffany: - Você conheceu a Lady Gaga?

Frederico: - Comprou um carrinho de controle remoto?

Nina: - O avião balançou muito?

Rodrigo: - Então? (indo em direção a Guilherme) – Você que é o famoso Guilherme?

Guilherme: - Sim. E você é o Rodrigo, né? Vi algumas fotos tua.

Rodrigo: - Sim. Obrigado. Por cuidar do Felipe.

Guilherme: - De nada.

Felipe: - Levem essa mala para dentro de casa. (indo até Rodrigo e o abraçando)

Rodrigo: - Pensei que você não fosse mais voltar.

Felipe: - Para. Vocês são o meu lar. Eu sempre vou voltar. (olhando para Guilherme) – Mesmo trazendo mais um agregado para essa família.

Rodrigo: - A Dona Maria Clara está desesperada tentando limpar a casa. (rindo)

Felipe: - Vamos entrar? Tá ficando tarde.

Guilherme: - Vamos sim. Vocês na frente.

A casa de Felipe era muito simples, ele ficou com muita, mais muita vergonha de Guilherme. Assim como a sua mãe. Os menores ficaram vendo os presentes. Guilherme havia separado tudo em sacolas com os nomes de cada um, assim não haveria problema ou brigas.

Maria: - Desculpe, se eu soubesse…

Guilherme: - Dona Maria. Não precisa se incomodar. Eu sou uma pessoa sem frescuras. (tirando um presente da sacola). - Ah, minha mãe pediu para lhe entregar isso.

Maria: - Não precisava.

Felipe: - Abre mãe.

Maria: (abrindo) – Olha que lindo. Uma gargantilha e brincos. Adorei.

Rodrigo: - Felipe! Valeu pelo tênis brother. Agora as gatinhas não vão resistir. (rindo) – O casaco tá maneiro também.

Frederico: - Mãe! O Felipe trouxe um videogame.

Felipe: - Isso é para dividir hein. Nada de briga. Tem quatro controles.

Nina: - Adorei os vestidos.

Steffany: - O perfume da Lady Gaga. (passando o perfume)

Guilherme ficou muito feliz ao encontrar a família de Felipe. Por outro lado, quem não ficou nada feliz ao descobrir tudo foi John. Ele sentiu que estava perdendo terreno para Felipe. John foi até a casa dos Thompsons para pegar um documento e encontrou Tchubirubas.

Tchubirubas: (latindo)

John: - Que foi? Cachorro feio.

Paris: - Sabia que faz mal falar sozinho?

John: - Nossa que susto. Tá fazendo o que aqui?

Paris: - Fui no dormitório do Felipe pegar as coisas do Tchubirubas. E você? Arquitetando qual plano diabólico?

John: - Nem sempre.

Paris: - Entendi. (saindo)

John: - Ei. É muito errado querer ter um final feliz?

Paris: (voltando) – Bem. Depende dos meios que você faz isso. Olha, John. A sua história com a do Guilherme já passou. Acabou muito antes do Felipe aparecer. Você é jovem, inteligente, poderia namorar qualquer pessoa da Inglaterra. Não vou mentir… você é lindo. Deveria usar essas qualidades para superar o Guilherme e achar o seu final feliz. Você pode. Agora já pensou na situação do Felipe? O Guilherme vai morrer… e ele vai ficar sozinho. Isso sim é perder o grande amor de sua vida. (se emocionando)

John: - Dentro todos… você é a única que não tem medo de mim.

Paris: - Eu sou poderosa querido. (rindo)

John: - Quer sair pra beber hoje a noite?

Paris: - Pera aí. (fingindo limpar os ouvidos) – O que você disse?

John: - Não me faça repetir. Quer ou não quer?

Paris: - Quero. Estou precisando beber muito hoje.

Enquanto Guilherme conversa com Rodrigo, o irmão mais velho de Felipe, e Maria, Felipe colocava os irmão mais novos para dormir. Ele sentia falta disso. Eles conversaram um pouco e não demorou muito para todos dormirem. Ele voltou e encontrou todos rindo na cozinha.

Guilherme: - E tudo explodiu. (rindo)

Felipe: - Qual é a piada?

Maria: (levantando) – Eu fiquei tão preocupada quando apareceu no Jornal a explosão no aeroporto.

Felipe: - Foi tenso. (com um semblante triste)

Maria: - Aconteceu algo filho?

Felipe: (olhando para Guilherme) – Er…

Guilherme: - Eu vou morrer em seis meses.

Rodrigo e Maria: (olham assustados para Guilherme)

Maria: - Como assim?

Guilherme contou toda a história para a família de Felipe. Eles ouviram incrédulos cada palavra. Maria pegou na mão de Guilherme e o abraçou. Um abraço sincero e duradouro. Rodrigo abraçou Felipe que começou a chorar.

Rodrigo: - E existe algum plano? Em Grey's Anatomy sempre tem um…

Guilherme: - Existe sim… uma droga experimental, mas… não tem nem 2% de chance.

Maria: - Os teus pais… eu nem imagino se fosse com um dos meus. (chorando)

Guilherme: - Desculpa… desculpa… jogar isso em cima de vocês. (saindo da casa)

Felipe: (indo atrás de Guilherme)

Maria: (pegando no braço do filho) – Eu posso?

Felipe: - Claro, mãezinha.

Rodrigo: (pegando no ombro do irmão)

Guilherme não foi muito longe, já era tarde e ele ficou com medo. Ele ficou escorado vendo o bairro de Felipe, Maria chegou e ficou ao lado do jovem. Guilherme começou a chorar e pediu mais uma vez desculpa da mãe de Felipe.

Guilherme: - Falei aqui sem pensar. Agora a senhora vai pensar que eu sou um garoto mimado….

Maria: - Quando eu conheci o pai do Felipe… eu pensei que tinha achado a sorte grande. Ele era carinhoso e atencioso, então os meus filhos nasceram e a gente foi se distanciando. Com isso, o homem que eu pensei que conhecia começou a desaparecer. Ele começou a ficar violento, me batia sem qualquer piedade. (chorando) – Ele…

Guilherme: - O Felipe me contou. (pegando nas duas mãos de Maria) – Ele foi um monstro.

Maria: - Guilherme, o Felipe, ele… ele já sofreu muito nessa vida. E você trouxe muita alegria para o meu filho. Assim que ele entrou em casa, eu percebi que havia algo de errado. Eu senti isso quando o pai dele começou a fazer aquelas barbaridades. Só te digo uma coisa meu filho… aproveita… aproveita esse tempo que você tem. Seja feliz… faça o Felipe feliz.

Guilherme: - Eu vou. Eu prometo. (abraçando Maria)

Felipe: - Então? Quer conversar sobre a história de você ser preso? O que aconteceu?

Rodrigo: - Eu… desculpa cara. Você é um ótimo irmão, eu só dou trabalho e…

Felipe: - Não é bem assim, Rodrigo. Você é um bom irmão, mas está perdido. Precisa se encontrar. Eu estudo e me mato de trabalhar que é para dar a vocês um futuro melhor.

Rodrigo: - Obrigado cara e… sinto muito pelo seu namorado.

Maria: (entrando) – Pronto. Voltamos.

Guilherme: (com os olhos vermelhos e sorrindo)

Maria: - Felipe… sabe o que eu fiz?

Felipe: - O que?

Maria: - Aquela torta de frango que você tanto ama.

Felipe: - Sério?! Eu quero.

Guilherme: - (Rindo) – Dona Maria… digo… Maria queria saber se o Guilherme foi sempre comilão e desastrado desse jeito.

Rodrigo e Maria: - Sempre.

Felipe: - Ei!

Paris foi até o apartamento de John. Ela riu quando viu o rapaz sair de casa. Ele queria ir para a balada de terno e gravata. Paris decidiu ajudar o colega para ele não fazer feito na balada.

Paris: - Sério, John. Onde estão as tuas roupas de verdade?

John: - Aí no guarda-roupa.

Paris: (gargalhando)

John: - Não entendo qual é a graça? Veio rir na minha cara? É isso?

Paris: - Ei. Relaxa. É que parece que tudo foi comprado em uma loja de idosos. (pegando algumas peças) – Mas acho que consigo fazer um milagre aqui.

John: - Cuidado para não amassar.

Paris: (pensando e fazendo caras engraçadas) – Já sei. Vai com esse look aqui. (entregando as roupas para John) – Vai rápido… se troca.

John: - Ok. (se trocando)

Paris: (trocando mensagens com Steve e rindo)

John: - Tá rindo de mim novamente?

Paris: - Cala boca. Nem tudo é sobre você. Ainda não terminou?

John: - Já. Promete que não vai rir?

Paris: - Prometo.

John: (saindo)

Paris: (com a boca aberta)

John: - Que foi?! (olhando no espelho) – Nossa. Quanta diferença.

Paris: - Se você não fosse gay e parcialmente maligno eu pularia em cima de você.

John: - Obrigado. Eu acho.

Felipe comeu bem naquela madrugada, quando ele voltou para casa de Guilherme ele precisou ir ao banheiro. Guilherme ficou preocupado com seu namorado, então pediu para Celestina fazer um chá.

Felipe: - Desculpa, viu. Eu que deveria cuidar de você.

Guilherme: - Relaxa amor. Ainda tenho um tempo sobrando.

Felipe: - E o que achou da minha família? A minha casa é simples, né?

Guilherme: - É sim. E é na simplicidade que mora a verdadeira beleza. Você não deveria ter vergonha da sua casa. Ela pode não ser luxuosa, mas nem todo o dinheiro do mundo pode pagar a felicidade que existe lá.

Felipe: - Eu já disse que te amo?

Guilherme: - Sim, mas é bom saber isso toda hora.

Felipe: - Te amo. (beijando Guilherme)

Paris e John decidiram ir a um Karaokê, local que reunia duas coisas boas: música e bebida. Eles passaram a noite toda cantando, Paris nunca imaginou que se divertiria com John. A dupla ficou muito louca.

Paris: (rindo) – E o idiota do meu pai que é um racista do inferno não quer falar comigo.

John: (rindo) – Que mal. Mas não ganha de mim. O cara que sou apaixonado está no Brasil. (chorando de tanto rir) – E ele vai morrer. E desde que terminamos eu tenho sido um completo babaca.

Paris: (rindo) – Porque somos tão fodidos?

John: (servindo mais bebida para ele e Paris) – Não sei. (respirando fundo) – Mas precisamos juntar os pedaços e seguir.

Paris: - John. (pegando no ombro de John) – Obrigada.

John: - Porque?

Paris: - Por ser uma ótima companhia. (erguendo a taça) – Um brinde.

John: - Um brinde. As novas amizades. (sorrindo)

Moça: - Com licença. (olhando para John) – Como se chama?

John: - John. Algum problema?

Moça: (rindo) – Meu amigo. (apontando para um homem bonito do outro lado do bar) – Ele queria que eu te entregasse o cartão dele.

John: - Não precisa.

Paris: - Precisa sim. (pegando o cartão das mãos da mulher) – Ele vai ligar. Obrigada.

Moça: (saindo)

John: - Paris.

Paris: - Olha. Wallace Jones…. Advogado. Já é um começo. Gato e advogado. (entregando o cartão para John)

John: - Obrigado.

A semana passou voando. Felipe e Guilherme aproveitaram cada minuto no Brasil. Foram ao cinema, lanchonetes que gostavam de ir em Porto Estrela, baladas e até mesmo fizeram uma massagem juntos. Felipe aproveitou também para matar a saudade da família e amigos. Dona Maria organizou uma festinha para celebrar a visita do filho. Ela fez todos os pratos favoritos de Felipe.

Guilherme: - Acho que você engordou uns 4 quilos nessa viagem. (rindo)

Felipe: - Sim. Adoro a comida da minha mãe.

Guilherme: - É muito saborosa mesmo.

Felipe: - Está preparado para o tratamento?

Guilherme: - Eu não quero me encher de esperanças.

Felipe: - Não podemos desistir. Essa é a nossa única chance. E estarei ao seu lado em cada etapa.

Guilherme: - Mesmo quando tiver que limpar o meu bumbum? (rindo sem graça)

Felipe: - Mesmo tendo que fazer isso.

Guilherme: (olhando para Rodrigo dançando com a namorada) – Desculpa não poder te dar aquilo.

Felipe: - Aquilo o que?

Guilherme: - Uma vida normal. Sem doenças.

Felipe: (levantando e oferecendo a mão para Guilherme)

Guilherme: - Mas você não dança ou canta… lembra?

Felipe: - Por você eu faço qualquer coisa lindo. Dança comigo?!

Guilherme: - Claro.

Amanhã eu vou revelar

Depois eu penso em aprender

Daqui a uns dias eu vou dizer

O que me faz querer gritar

No mês que vem tudo vai melhorar

Só mais alguns anos e o mundo vai mudar

Ainda temos tempo até tudo explodir

Quem sabe quanto vai durar

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Felipe e Guilherme começaram a dançar na festa que estava sendo realizada em cima de uma laje. De repente, uma forte chuva começa a cair, algumas pessoas procuram abrigo, mas o casal decide ficar. Os irmãos menores de Felipe começam a brincar na chuva. Guilherme abre os braços e olha para o céu.

Em Londres, John encontrou a pulseira da balada. Ele lembrou do bom momento que teve ao lado de Paris. Os dois muito loucos dançando e bebendo todas. O funcionário de Leopold encontrou o cartão do advogado, e mesmo com medo, ligou para ele.

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Não deixe nada pra depois, não deixe o tempo passar

Não deixe nada pra semana que vem

Porque semana que vem pode nem chegar

Pra depois, o tempo passar

Não deixe nada pra semana que vem

Porque semana que vem pode nem chegar

A partir de amanhã eu vou discutir

Da próxima vez eu vou questionar

Na segunda eu começo a agir

Só mais duas horas pra eu decidir

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Felipe e Guilherme se despediram da família do rapaz. Dona Maria Clara fez um bolo que Felipe era apaixonado, ela pediu para que o rapaz comesse apenas quando estivesse em Londres. Muitas lágrimas marcaram a despedida, mas o jovem prometeu que voltaria. Os dois seguiram para o aeroporto. Celestina já havia embarcado para Londres.

Guilherme: - Eu menti para você.

Felipe: - Como assim?

Guilherme: - A Celestina não foi pra Londres para resolver problemas.

Felipe: - Não?

Guilherme: - Não. E a gente não está indo para Londres.

Felipe: - Que história é essa Guilherme?

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Não deixe nada pra depois, não deixe o tempo passar

Não deixe nada pra semana que vem

Porque semana que vem pode nem chegar

Pra depois, o tempo passar

Não deixe nada pra semana que vem

Porque semana que vem pode nem chegar

Esse pode ser o último dia de nossas vidas

última chance de fazer tudo ter valido a pena

Diga sempre tudo que precisa dizer

Arrisque mais, pra não se arrepender

Nós não temos todo o tempo do mundo

E esse mundo já faz muito tempo

O futuro é o presente e o presente já passou

O futuro é o presente e o presente já passou

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Antes de retornarem para Londres, o casal, foi para a Disney, em Orlando. Guilherme queria que Felipe tivesse experiências boas ao seu lado. Eles passaram uma semana na terra do Tio Sam. Eles foram em várias atrações, e Felipe até chorou quando encontrou o Mickey. Guilherme queria que aquela viagem durasse para sempre, mas sabia que sua realidade era completamente diferente. Na última noite, os dois assistiram a queima de fogos que era tradicional no local.

Guilherme: - Felipe. (olhando para o namorado com os olhos vermelhos)

Felipe: - Não fala nada, por favor.

Guilherme: - Eu quero que você tenha todas essas oportunidades. Quero você seja feliz.

Felipe: - Mas eu sou feliz. Eu sou feliz ao seu lado. (chorando) - Desculpa, eu.... eu... (beijando Guilherme)

Guilherme: - Me abraça? (virando e olhando para os fogos)

Felipe: (abraçando o namorado e olhando para os fogos)

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Nada pra depois, não deixe o tempo passar

Não deixe nada pra semana que vem

Porque semana que vem pode nem chegar

Pra depois, o tempo passar

Não deixe nada pra semana que vem

Porque semana que vem pode nem chegar

Nada pra depois, não deixe o tempo passar,

Não deixe nada pra semana que vem,

Porque semana que vem pode nem chegar

Pra depois o tempo passar,

Não deixe nada pra semana que vem,

Porque semana que vem pode nem chegar!

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