01x12 - O DIA NEBULOSO

Conto de escritor.sincero como (Seguir)

Parte da série Felipe e Guilherme - Amor em Londres

As aulas finalmente começaram. Felipe estava animado, ele mal esperava o curso acabar para voltar para o Brasil. Ele estava amando a experiência de morar em Londres, mas queria começar uma faculdade, trabalhar para dar um futuro melhor aos familiares. Já Guilherme sentia saudades de sua babá. Ele e Celestina falavam praticamente todos os dias.

Guilherme: - Um beijo. (desligando o celular)

Felipe: - Era a Celestina?

Guilherme: - Sim.

Felipe: - Engraçado, né? Nunca a vi pessoalmente, mas gosto tanto dela.

Guilherme: - E ela gosta muito de você.

Felipe: (deixando uma pilha de papéis na mesa de Guilherme) – Preciso da sua autorização para pedir materiais de limpeza.

Guilherme: - (pegando os papéis e assinando)

Felipe: - Ei. Você sabe que faltam apenas sete meses para o curso acabar, né?

Guilherme: - Sim.

Felipe: - Vamos para o Brasil?

Guilherme: - Sim, claro. Você vai morar comigo?

Felipe: - Bem… isso é algo a ser conversado, né?

Guilherme: - O lugar é gigante. Você vai amar.

Felipe: - Deixa eu entregar esses papéis para o Nick. (ficando nervoso)

Guilherme: - Tá bom. Ei. Hoje vou encontrar a Paris. Finalmente ela vai assumir o Steve para os pais dela.

Felipe: - Olha. Que bom. Ei, te amo. (saindo da sala de Guilherme)

Nick começou a preparar seu plano contra Felipe. Ele roubaria quase 30 mil Euros da sala de George e coloraria a culpa no colega de trabalho. John não sabia desse plano, e se soubesse talvez não continuasse a parceria com o cúmplice.

Felipe: (sentando)

Nick: - Cansado amigão?

Felipe: - Sim, demais. Muitos problemas na ala Norte do dormitório.

Nick: - Ei. Vamos tomar uma cervejinha hoje?

Felipe: - Bem…

Nick: - Qual é.

Felipe: - Tudo bem. O Guilherme vai jantar com a Paris de qualquer jeito.

Nick: - Perfeito. Comprei umas cervejas irlandesas que são uma delicia. Você vai adorar.

Felipe: - Beleza. Te mando uma mensagem quando estiver pronto.

Nick: - Maravilha. (sorrindo)

Enquanto isso, Kaity e Dylan transavam. Eles estavam especialista nessa modalidade, mas uma visita surpresa atrapalharia os planos do casal. E a confusão começaria com uma batida na porta do dormitório de Dylan.

Dylan: (abrindo a porta e se assustando) – Rebecca? O que você está fazendo aqui?

Rebecca: - A gente precisava conversar. Lembra que você terminou comigo antes de vir para Londres?

Dylan; - Rebecca… essa… essa não é uma boa hora.

Rebecca: - Dylan. Eu estou grávida.

Kaity: (derrubando uma xícara de chá)

Sim. As coisas ficariam difíceis para alguns casais. Paris havia decidido contar para os pais sobre o seu relacionamento com Steve. Apesar de amar o namorado, Paris sentia medo da reação de seu pai.

Paris: - Eu tenho inveja do seu pai. Ele é de boa com toda essa situação.

Guilherme: - De boa? Ele quase me expulsou de casa quando descobriu que eu era gay.

Paris: - Mas hoje te aceita.

Guilherme: - É, mas tipo, não foi fácil. É sempre um obstáculo atrás do outro.

Paris: - Você poderia ser hetero, Guilherme Thompson. (abraçando o amigo)

Guilherme: - Acho que não daríamos certo como casal.

Paris: - Só queria sua herança.

Guilherme: - Boba.

Paris: - Mas o Steve está vindo para Londres. Ele conseguiu um emprego em uma empresa de engenharia ambiental. Quero que ele conheça a minha família.

Guilherme: - Vai dar certo, amiga. Pena que em julho eu precise ir para o Brasil.

Paris: - Verdade. Espero que não suma.

Guilherme: - Tenho tantos planos. Vou começar a faculdade, quero trabalhar, casar com o Felipe. Tantas coisas.

Nariko havia comprado uma lente nova e passou a tarde testando no Campus. O seu modelo naquele dia era Wong. O jovem havia saído cedo da aula para ajudar a namorada. Wong era um rapaz bonito, mas não sabia ser modelo.

Wong: - Tá bom amor.

Nariko: - Só mais uns cliques. Olha como o pôr do sol te deixa mais gato. (beijando o namorado)

Wong: - Você é realmente incrível. Quero essa foto para colocar no meu perfil. Namorar uma fotógrafa tem seus pontos positivos.

Nariko: - Agora vamos tirar perto daquela árvore.

Wong: - Por favor. Não.

Nariko: - Se você tirar mais essas fotos, eu prometo que o sexo hoje vai ser selvagem.

Wong: - Aquela árvore? (indo em direção a árvore)

Nariko: - Isso. (pegando a câmera e fazendo vários cliques) – Tá lindo.

Nick colocou seu plano em ação. Ele aproveitou que o sistema de câmeras da Escola de Intercâmbio estava inoperante para roubar um grande valor em dinheiro. Ele pegou a cópia da chave e com alguns notas e colocou em uma mochila. O mal caráter partiu para o quarto de Felipe. Eles começam a assistir a um jogo.

Nick: - Quer mais uma cerveja?

Felipe: - Quero. (passando a mão na cabeça de Tchubirubas)

Nick: (levantando, pegando duas cervejas, indo até Felipe e derrubando de propósito no colega) – Droga. Desculpa.

Felipe: (levantando) – Acontece. (rindo) – Puxa tomei um banho de cerveja. Deixa eu ir no banheiro. (saindo e indo até o banheiro)

Nick colocou seu plano em ação. Ele implantou o dinheiro e a chave do cofre nas coisas de Felipe, mais precisamente no armário. Depois ele pegou e batizou a bebida de Felipe. Depois de alguns minutos, o namorado de Guilherme voltou e continuou assistindo ao jogo. Não demorou muito para o efeito de remédio funcionar. Felipe apagou completamente. Nick pegou o amigo, e o levou para fora do dormitório, Tchubirubas começou a latir ao ver a cena, mas nada pode fazer. Nick deixou Felipe desmaiado próximo a sala que ele havia roubado, com dificuldade, Nick colocou as digitais de Felipe em todos os lugares.

Nick: - Pensei que era mais pesado, gostosão? (colocando Felipe deitado no chão) – E agora? Quem é o fodão da história, hein? Seu patético. Quero ver se o teu queridinho vai acreditar em você. (dando um tapa em Felipe e rindo)

Com cuidado, Nick levou Felipe de volta para o dormitório. Ele deitou o colega na cama e o beijou. Nick parou, pensou e decidiu sair do quarto. Felipe acordou no dia seguinte com uma bela dor de cabeça. Ele levantou com dificuldade e viu várias garrafas de cerveja no quarto.

Felipe: (recolhendo as garrafas) – Que merda. Nunca mais quero beber. (olhando para Tchubirubas) – E o senhor? Sabe o que aconteceu?

Tchubirubas: (latindo)

Felipe: - Seu lindo. Preciso me apressar. Tenho aula em 10 minutos.

Guilherme acordou com outra forte dor de cabeça. Ele tentou chegar até o banheiro, mas desmaiou. Enquanto isso, Felipe assistia a aula normalmente. Ele percebeu que Kaity estava cabisbaixa e mandou uma mensagem para Nariko. Na hora do intervalo, os dois foram conversar com a amiga.

Nariko: - Comprei trufas. São as suas favoritas. (oferecendo para Kaity)

Kaity: - Não estou no clima gente.

Felipe: - O que houve?

Kaity: - O Dylan… ele… ele… vai ser pai.

Nariko: (em japonês) – Como assim?

Felipe: - Você tá grávida?! Meu Deus…. Isso… isso é bom? (olhando para Nariko)

Kaity: (se assustando) – Oh, não. Eu não estou grávida. O Dylan engravidou a ex-namorada dele. E eu… sai correndo do dormitório dele. (celular de Kaity tocando) – Olha só. Ele já me ligou 349 vezes.

Nariko: (pegando o celular, olhando e mostrando para Felipe) – É verdade.

Felipe: - Mas… tipo… se é a ex-namorada dele… então… ele… ele… não foi traição, né?

Kaity: - Eu sei. (levantando e ficando de frente para os amigos) - Mas.. ele tem responsabilidades agora. Vai ser pai. E se ele… quiser… (respirando fundo) – E se ele quiser voltar para a ex dele?

Felipe: - Isso não é do perfil dele. Acho que ele não te trocaria assim. Você não é uma mercadoria.

Nariko: - O Felipe tem razão. Você precisa ficar ao lado dele. Mostrar que se importa.

Felipe: - Verdade. Isso deve ser assustador… ainda bem que o Guilherme não engravida.

Kaity: (sorri)

John fez uma visita surpresa para Nick. Eles conversaram sobre o mais novo plano para separar Guilherme e Felipe. Só que John acabou encontrando o dinheiro que foi roubado da Escola de Intercâmbio.

John: - Você está ficando fora de si? São 30 mil euros. Você pode ir preso. É isso que você quer?

Nick: - Relaxa aí maricão. Ninguém vai saber de nada porque vamos incriminar o Felipe. Não é isso que você quer?

John: - Eu só quero separar os dois. Roubar… eu… eu nem sei o que te falar… vamos devolver isso agora. (pegando a mochila com o dinheiro)

Nick: - Eu não vou devolver. (puxando a bolsa com violência) – Vai se fuder. Vamos colocar a culpa no Felipe. Ele vai se lascar e você vai ter o que sempre quis.

John: - Não vou ser conivente com você. A partir de agora está por sua conta. (saindo do quarto)

Nick: - Viado babaca. Porra. (levantando a mesa e jogando contra a parede)

John saiu em disparada pelas ruas de Londres. Seu coração estava acelerado. Ele foi até a casa de Guilherme. O jovem estava deitado na cama, ele se sentia tonto por causa da forte dor de cabeça. John entrou no quarto e encontrou Guilherme descansando.

John: - Guilherme… eu… preciso falar com você.

Guilherme: - John? O que você está fazendo aqui?

John: - Precisamos conversar sobre o Felipe.

Guilherme: - John… estou com muita dor de cabeça. Podemos conversar outra hora?

John: (entregando vários documentos para Guilherme) – Se você gosta tanto do seu namorado… você vai querer ler isto. (saindo)

Guilherme: - Mas essa agora. (olhando para o envelope e tirando os papéis) – Felipe Ramos de Oliveira? Esses documentos são… (olhando com atenção) – Oh, meu Deus.

Na Escola de Intercâmbio, George abriu o cofre e descobriu que o dinheiro não se encontrava mais ali. Seu coração acelerou e ele chamou todos os funcionários. Na reunião, ele explicou que uma grande quantidade de dinheiro havia desaparecido e que a polícia já estava no local para investigar. George pediu para que todos fossem colaborativos com os policiais. Durante as investigações, a polícia encontrou digitais no cofre e pediu uma cópia das digitais de todos os funcionários.

Paris decidiu levar o pai para almoçar. Maxilian era um homem ocupado, mas sempre arrumava tempo para sua princesa. A amiga de Guilherme não conseguia esconder o nervosismo e quase teve um treco quando Steve chegou no restaurante.

Steve: (em pé perto de Maxilian)

Maxilian: - Pois não?

Paris: (levantando) – Pai. Gostaria de apresentar o meu… Steve…. Meu amigo Steve… isso.

Maxilian: (levantando) – Olá? Tudo bem. (apertando a mão de Steve) – Por dois segundos pensei que era o garçom.

Paris: - Pai.

Steve: - Tudo bem.

Maxilian: - Vamos sentar. (sentando)

Paris e Steve: (sentando)

Maxilian: - Então minha filha? Qual o motivo da reunião? É algum evento da caridade?

Paris: - Pai. Eu trouxe o Steve aqui… por que ele é… ele…

Maxilian: - Paris? Você está me assustando….

Paris: - O Steve é meu namorado.

Maxilian: (levantando) – O que?! Como assim? Vocês namorando… minha filha… ele é….

Paris: - Pai… olha o escândalo. Ele é um homem maravilhoso… que me ama… e….

Maxilian: (olhando em volta e sentando)

Steve: - Seu Maxilian… as minhas intenções com a Paris são as melhores e…

Maxilian: - Paris… eu vou sair agora. Vamos fingir que nunca tivemos essa conversa. Você vai falar com seu amigo… e vai direto para casa. (saindo)

Steve: (tomando uma taça de vinho) – Nossa.

Paris: - E se eu te falar que ele é o pai bom…. (respirando fundo)

Sim, o pai de Paris não ficou nada feliz com a decisão da filha. Enquanto isso, Felipe tentava ligar para Guilherme, mas não conseguia, enviou algumas mensagens e estranhou que o namorado não apareceu no trabalho naquele dia. Ele trancou tudo e entregou a chave do escritório para George que estava mais enérgico do que o normal. Felipe chegou no dormitório e percebeu que Guilherme estava lá.

Felipe: - Oi, lindo. (tentando beijar Guilherme que recua) – Aconteceu alguma coisa?

Guilherme: (mostrando os documentos) – Isso… assassinato? Febem? Como você pode esconder isso de mim?

Felipe: (pegando o papel e ficando emocionado) – Como… como você encontrou isso? Eu… eu….

Guilherme: - O que significa isso? Diz que isso é mentira….

Felipe: - Eu… eu não posso… Guilherme… porque você tá reagindo desse jeito? Eu te disse que não tive uma infância fácil e….

Guilherme: - Eu sempre prezei a verdade nesse relacionamento… eu nunca te escondi nada. Contei pra você até o dia que eu cabulei aula… e esse… esse foi o ponto mais baixo da minha vida…. Felipe… você tirou a vida de um homem… com… com requintes de crueldade…. Você ficou preso por cinco anos…. Como você conseguiu entrar no programa de intercâmbio?

Felipe: (sentando na cama) – É um projeto… projeto para jovens delinquentes… eu não te contei porque sabia que você reagiria desse jeito… e nunca ficaria com um… com um delinquente assassino. (lagrimando)

Guilherme: - Eu… eu… você poderia ter sido sincero comigo…

Felipe: - E quem te deu essa ficha?

Guilherme: - Isso não vem ao caso.

Felipe: - Foi o John, né? (levantando e saindo do dormitório)

Guilherme: (correndo atrás de Felipe) – Felipe!!!

John conversava com um George na entrada da Escola de Intercâmbio, Felipe estava cego de ódio, pegou John pelos braços e o jogou longe. George ficou abismado com a cena.

Felipe: - O que eu te fiz, hein? Que porra eu fiz para você?

George: (segurando no ombro de Felipe) – Felipe….

Felipe: - George… eu preciso fazer isso… (pulando em cima de John e desferindo três socos)

Guilherme: (chorando e assistindo a cena sem acreditar)

John: (consegue empurrar Felipe e ficar em pé) – Que merda… além de ladrão… assassino… agora sai agredindo as pessoas?

Felipe: - Ladrão? Do que você está falando?

Segurança: (imobilizando Felipe)

George: - Felipe… as digitais que foram encontradas na sala do cofre batem com a sua… e….

Guilherme: - Como assim? Está havendo algum engano…

John: - Será Guilherme? Você sabia que o Felipe estava mandando dinheiro para a família dele porque o seu irmão mais velho estava preso? E sabe porquê? Tráfico de drogas. E você viu a ficha criminal do Felipe? Só o Brasil pra tentar mandar um delinquente para Londres… e o pior… te usar… Guilherme… te usar e me machucar…. (chorando) – Desculpa, eu não queria te dar essa notícia assim, mas esse é o cara que você resolveu namorar…

Nariko e Kaity se aproximam, ficam aflitas ao ver Felipe ser algemado. Guilherme começa a passar mal e desmaia no meu do saguão. O coração de Felipe começa a bater mais forte ao ver a cena, ele começa a chorar, mas não pode fazer nada. George pede para que o segurança o leve para o escritório da Escola.

George: - (olhando para John) – Veja essa situação. Que eu vou cuidar do Guilherme. (se abaixando)

Nariko: (ajudando Guilherme) – Guilherme? Guilherme? Você está bem?

George: (pegando o celular e ligando para a emergência) – Alô? (levantando e se afastando)

Kaity: - Meu Deus? Ele tá bem?

Nariko: - Amiga… acompanha o Felipe e tenta descobrir o que aconteceu.

Kaity: - Tudo bem… ei… Felipe… (correndo atrás de John e Felipe)

Sim. Tudo na vida pode se transformar, algumas vezes infelizmente para o mal. O meu trabalho com esse dois está só começando, como eu disse no início dessa história, ser cupido não é fácil. A gente vem muita bondade no mundo.

Nariko: (entrando na ambulância com Guilherme) – Amigo… calma… vai dar tudo certo.

George: - Eu vou no meu carro. Estou tentando ligar para os pais dele, mas não adianta.

Nariko: - Tudo bem, eu estou com ele. (segurando na mão de Guilherme)

Também já vi o mal de perto. E o que as pessoas são capazes de fazer para se dar bem, principalmente quando existe dinheiro no meio.

Nick: (arrumando as malas e saindo da escola) – Fodam-se… otários!

Mas a pior coisa… é o sentimento de culpa que muitos carregam, ainda mais quando se envolve a vida de pessoas inocentes na história.

Kaity: - John… eu preciso falar com o Felipe.

John: - Infelizmente você não pode… deixa… deixa eu falar com ele antes. (entrando na sala)

Felipe: - Você….

John: - Escuta só… não somos amigos e nunca vamos ser, mas o que aconteceu aqui não foi minha culpa. Você chegou e tomou de mim a única coisa que fez sentido na minha vida.

Felipe: - Mas me acusar de roubo… e… contar a minha história para o Guilherme?

John: - Não. Eu não te acusei de roubo. Felipe, você deve tá me achando um mostro, mas eu não sou nada comparado ou Nick. Meu único objetivo é o Guilherme. Eu estava pagando ele pra me ajudar… e… as coisas fugiram do controle. Ele resolveu nos roubar… roubar a empresa…

Felipe: - E porque você não o impediu?

John: - Eu não sabia. Eu o procurei no dormitório e as coisas dele não estão lá. Eu não sei o que vou fazer, mas não se preocupa… você não vai ser preso. Só pensa… pensa como ele pode ter colocado tuas digitais lá?

Felipe: - Eu não sei… a gente foi beber ontem… e eu acordei na cadeira… o Nick não estava lá.

John: - Ele aproveitou que as câmeras estavam desligadas…. E….

Felipe: - Espera, mas quando estávamos lá fora… você disse que eu havia roubado para pagar a prisão do meu irmão… e….

John: - Você me deu três socos…. Três socos! Eu fiquei puto, ok! A tua amiga Kaity é confiável?

Kaity: - Sim… ela é….

Dylan e Rebecca conversavam sobre o que eles fariam com a criança que estava para vir. O rapaz ficou com medo, mas decidiu não deixar a ex-namorada na mão. Eles estavam em um parque, quando Dylan viu Nick e achou estranho o comportamento do colega de Kaity. Rebecca começou a lembrar dos velhos tempos de namoro, e Dylan aproveitou a oportunidade para não ter que passar por aquele constrangimento. Ele pediu licença da moça e se aproximou de Nick.

Dylan: - Oi?

Nick: - Quem é você?

Dylan: - Sou amigo da Kaity… do Guilherme e Felipe… vocês trabalham juntos. Estive lá algumas vezes…

Nick: - Ah, sim. Tudo bem?

Dylan: - Tá precisando de ajuda?

Nick: - Não estou ótimo. Agora… preciso ir. (fazendo sinal para um táxi, entrando) – Para o Grant Hotel, por favor. (saindo)

Dylan: - Até mais.

Rebecca: (se aproximando) – Quem era aquele?

Dylan: - Um amigo da Kaity… bem… vamos?

Paris ficou sabendo do desmaio de Guilherme e seguiu para a empresa do pai de seu amigo. Ela conseguiu alcançar Leopold e juntos seguiram para o hospital. Nariko estava na sala de espera e encontrou sua amiga e o pai de Guilherme.

Leopold: - Como está meu filho?

Nariko: - Eu não sei… ele… acabou de entrar…

Leopold: - E o que aconteceu?

Nariko: - Ele simplesmente desmaiou… Senhor Thompson… com licença… (levando Paris)

Paris: - Calma. Pra que essa violência toda?

Nariko explicou toda a história para Paris e as duas seguiram para a Escola de Intercâmbio. Quando elas chegaram lá, encontraram Felipe, Kaity e John arquitetando um plano para inocentar o namorado de Guilherme. Mais uma vez, John precisou contar toda a história, o que causou um certo ódio em Paris.

Paris: - Acho que conseguimos fazer sozinha. Não precisamos da sua ajuda.

John: - Olha… eu já pedi desculpa do Felipe… eu sei que eu pareço o vilão, mas…

Paris: (olhando bem nos olhos de John) – Vai… tomar… no… cú.

John: - Claro. Bem tipico de você… a educação em forma de gente.

Paris: - E porque esse arrependimento momentâneo?

John: - Eu amo o Guilherme, sou louco por ele, mas não seria capaz de acusar alguém inocente de roubo… eu armei e arquitetei, mas apenas para separar os dois. E eu sou leal a Leopold Thompson desde quando eu tinha 15 anos… não seria por 30 mil euros que eu sujaria minha reputação.

Paris: - Não me convenceu, mas… o que vamos fazer?

Nariko: (levantando) – Espera… ontem… ontem eu estava treinando com a minha lente nova… e eu tava no campus perto do escritório… (saindo correndo)

Kaity: (entrando) – Consegui o cartão do Felipe.

Felipe: - Ótimo…

Paris: - Entendi. Vocês vão ver o extrato do Felipe… para provar que não houve nenhuma transação próxima a 30 mil euros…

John: - Touché. (acessando o notebook)

Felipe: - Paris? Nenhuma notícia do Guilherme?

Nariko olhou todas as fotos e conseguiu achar mais uma prova para a inocência de Felipe. Ela correu como uma desesperada pelos corredores da escola e esbarrou em Dylan.

Nariko: (pegando o cartão que caiu longe)

Dylan: (levantando do chão) – Você está bem?

Nariko: - Estou. Vem. (puxando Dylan e levando até o escritório)

Kaity ao ver Dylan ficou retraída. E mais uma vez eles explicaram a situação de Felipe.

John: - Cada vez que alguém entrar nessa sala… tipo… cada vez, a gente vai ter que explicar essa história?

Paris: - Se isso te lembrar de quão babaca você é… (pensando) – Sim. (sorrindo) - Vai Nariko conecta esse chip no computador. Eu estou me sentindo tão CSI.

Nariko: - Como eu disse… ontem eu fiz umas fotos do Wang…. E captei essa imagem…

(Todos olhando para a tela)

Paris: - O sorriso do Wang é perfeito.

Dylan: - Verdade. Ele usou aparelho?

Kaity: - Esse é o sorriso de uma pessoa que não engravida ninguém.

Felipe: (com cara de paisagem)

John: - Sério, pessoal? Mesmo? (com uma voz engraçada)

Nariko: (aumentando o zoom) – Olha quem tá aqui no fundo.

Felipe: - Espera… eu não lembro de ter saído do meu dormitório ontem.

John: - Ele te dopou… ele te dopou e te arrastou até o escritório e…

Nariko: - Colocou suas digitais por todos os lugares.

Paris: - Que garoto burro… (rindo) – Até eu sei que isso é burrice.

Dylan: - Espera… esse é o Nick? (rindo) – Caralho. Temos que nos apressar. (correndo da sala)

(todos com cara de paisagem – Dylan volta correndo)

Dylan: - Eu sei onde ele tá. Vamos para o meu carro e avisamos a polícia no caminho. Vamos! (corredo)

(todos correndo atrás de Dylan)

Todos ficaram apertados no carro de Dylan, mas seguiram caminho. John ligou para a polícia e explicou toda a história. O coração de Felipe batia forte, ele só queria resolver sua situação com Guilherme. Ao chegarem no hotel, o grupo encontrou Nick fazendo o check-out.

John: - Ei, ladrãozinho.

Nick: (virando assustado)

John: - Você achou que ia longe, né? (se aproximando)

Nick: (jogando a mochila em cima de Jonh que se desequilibra e cai no chão) – Nunca vão me pegar. (correndo)

Paris: (tirando a alça de sua bolsa, amarrando celular, balançando e jogando na direção de Nick)

Nick: (celular bate na cabeça de Nick que cai no chão)

Felipe e Dylan: (correm e segurança o rapaz)

Nick: - Me soltem!

Felipe: - Eu acreditei em você…. Eu tentei ser o teu amigo…

Nick: - Me solta. (tentando se soltar)

Felipe e Dylan: (seguram firme)

Nariko: - É a polícia. Eles estão aqui.

Paris: (pegando o celular) – Gente… o celular não quebrou. Estou impressionada. Mas ao mesmo tempo é uma pena, eu queria comprar outro.

Felipe: (olhando para Paris) – Obrigado.

Aquela tarde foi movimentada. A policia interrogou Felipe, John e Nick. Depois que Nariko, Kaity, Dylan e Paris mostraram as provas, Felipe e John foram liberados, mas precisariam retornar para responder mais perguntas. Eles passaram por uma das salas e viram Nick. Ele estava algemado, John se aproximou dele e saltou um riso sarcástico.

Nick: - Incrível como os ricos sempre se safam, né?

John: (rindo) – Às vezes, ainda bem que eu soube o momento certo para mudar de time.

Nick: - E você vai fazer o que? Desistir? (rindo)

John: - Você não me conhece nem um pouco, né? Eu não vou desistir. Houve apenas um reves no meu jogo, mas a peteca ainda não caiu. Você poderia ter tido tudo, mas quis se sujar por causa de uma merreca. Eu também vim do nada, Nick, porém sabe qual é a única diferença entre nós?

Nick: - Você vai me contar mesmo que eu não diga nada, não é mesmo?

John: - (soltando um riso) – A diferença entre nós é que eu sou paciente… e no momento certo vou dar a volta por cima. Agora fica aqui tá. (batendo no ombro de Nick) - Aproveita a companhia dos teus colegas de cela. Tchau. (saindo)

Felipe: (falando com um delegado)

Dylan: - Ei. Podemos conversar?

Kaity: - Dylan. A minha cabeça está explodindo e… nós precisamos ir até o hospital, o Guilherme ainda tá lá.

Dylan: - Kaity. Eu te amo, e sempre vou te amar. Espero que você entenda que as coisas que aconteceram nos Estados Unidos não tem nada haver com você. E isso não vai afetar a nossa relação, eu prometo.

Kaity: - Eu entendo.

Felipe: (terminando de conversar com um guarda, segue até John) – Ei…

John: (colocando papéis na bolsa) – Oi?

Felipe: - Que loucura, né?

John: - Felipe. Não vamos ser hipócritas, eu não gosto de você, nem você de mim. O Guilherme ele é um bom menino, ele merece ser bem cuidado, ele merece tudo do bom e do melhor. Você não pode dar isso para ele. Antes de você chegar… a gente ia se acertar, ele veio pra ficar comigo. Você apareceu, você é o intruso na nossa história. Você tenta me pintar como o vilão, mas quem é o verdadeiro vilão aqui é você.

Felipe: - Uau. Quando eu penso que posso ter uma conversa com… (respirando fundo)

John: - Quando o seu Leopold souber do seu passado… nossa… ele vai…

Felipe: - Você não teria coragem de…

John: - Você me conhece muito pouco, não é mesmo? Nunca causaria um transtorno tão grande para ele. O pai do Guilherme é como se fosse o meu pai também. (olhando para o celular) – Vamos? Precisamos ir até o hospital.

O caminho até o hospital foi uma tortura para Felipe. Tanta coisa precisava ser dita, ele amava o Guilherme, mas tinha um passado que queria esquecer antes. O grupo encontrou a família toda de Guilherme na sala de espera. O médico chamou Leopold e Anastácia. Os gêmeos ficaram com Kaity, Nariko, Paris, Dylan e John, Felipe decidiu ir atrás de Guilherme. Depois de muito procurar, ele o encontrou dormindo em um dos quartos de exames.

Felipe: (se aproximando e pegando no rosto de Guilherme) – Te amo. Te amo tanto. (se emocionando)

Médico: (abrindo a porta, mas não entrando no quarto)

Felipe: (se escondendo dentro de um dos armários)

Médico: - Podem entrar… ele está dopado agora.

Anastácia: (chorando)

Leopold: - Não… deve haver outra jeito. Eu não permito uma coisa dessas. (alterando a voz)

Anastácia: (beijando Guilherme) – Meu bebê não, por favor. (chorando copiosamente)

Médico: - Infelizmente… não existe um tratamento… um recurso…. Esse tumor está localizado em uma parte de difícil acesso. Mexer nele é impossível.

Leopold: (com a voz embargada) – Não me interessa. Eu quero especialistas no caso do meu filho… ele tem apenas 18 anos… eu não aceito! (batendo contra a parede)

Anastácia: - Podemos pagar os melhores médicos.

Felipe: (lagrimando e tentando ficar quieto) – O que?! Não… (respirando com dificuldade)

Médico: - Esse tipo de tumor é muito agressivo. E ele tende a piorar. Posso juntar uma banca médica, mas eles vão dizer a mesma coisa. Fizemos todos os exames possíveis.

Anastácia: - E quanto tempo ele tem?

Leopold: - Não fala uma besteira dessas. Nosso filho tem o tempo que ele quiser.

Médico: - Nesse estágio… eu diria que uns seis meses.

Leopold: - Não… não… (saindo do quarto)

Anastácia: (chorando e beijando Guilherme)

Médico: - Sra. Thompson. Vou ligar para uns amigos imediatamente. Assim que eu tiver uma resposta sobre a reunião venho até vocês. (pegando na mão de Anastácia) – Eu sei que é um choque, mas o Guilherme vai precisar muito de vocês. Não vai ser fácil. Com licença. (saindo)

Anastácia: (chorando) – Não… não…

Felipe: (sentando no chão do armário e chorando)

Comentários

Há 2 comentários.

Por caiquef em 2020-01-23 22:11:05
Nossa :'(
Por hugo em 2017-05-26 23:17:40
Caracaaaa tô morrendo aqui como assim 6 meses affff