01x08: Planos

Parte da série Felipe e Guilherme - Amor em Londres

Vamos lá,

Quero pedir mais uma vez desculpa para todas as pessoas que me seguem, eu sei que vacilei, mas teve o carnaval e uns problemas no trabalho também. Fiz um capítulo maior, espero que de verdade, do fundo do coração, que vocês me perdoem!!!!Vamos lá,

Felipe chegou em casa naquela tarde e sentiu falta de uma coisa, ou melhor, um cachorro. Ele pegou o telefone e ligou para Guilherme para saber se ele havia saído com o cachorro. Após a negação do namorado, Felipe percebeu que a janela estava aberta, ele ficou triste, imaginou que Tchubirubas havia fugido. De repente, alguém bate na porta.

Felipe: (abrindo a porta)

Lucy: - Oi?

Felipe: (em português) – Tchubirubas. Seu pestinha. (baixando) – Quase me matou do coração.

Lucy: (com cara de paisagem) – Oi, novamente.

Felipe: - Ah, desculpa. Fiquei feliz em ver o Tchubirubas. Eu deixei a janela aberta, e ele acabou fugindo.

Lucy: - Sim. De alguma forma ele foi parar no Parque. Estava passeando com Dolce e Gabanna, meus cachorros.

Felipe: - Foi por isso que você fugiu?

Tchubirubas: (latindo e abanando o rabo) – Isso!

Felipe: - Entrem. Vamos tomar um chá. Está começando a esfriar.

Lucy: (entrando com os cachorros) – Com licença.

Dolce: - Essa é sua casa?

Tchubirubas: - Sim. É pequena, mas é melhor que dormir no Parque, como eu fazia antes.

Gabanna: - Sem dúvidas.

Lucy: - Eles parecem se dar bem. Você mora aqui há quanto tempo?

Felipe: (se queimando ao colocar água no como) – Aí. (limpando a mão em um lenço) – Eu moro há três meses quase. Estudo aqui.

Lucy: - Que bacana. Quer ajuda?

Felipe: - Tudo bem. Sou um pouco atrapalhado.

Lucy: - E o seu amigo?

Felipe: - O Guilherme? Ele é meu namorado. (dando a xícara para Lucy) – A gente vai se encontrar mais tarde.

Lucy: - Ah, entendi. Olha… se você quiser… eu posso passear com o Tchubis. Eu sempre levo os meus bebês ao parque, e como você não deve ter tempo, eu faço esse favor.

Felipe: - Sério? Acho que ele adoraria, tipo, eles ficaram muitos amigos lá no hotel.

Após alguns minutos de conversa, Lucy e Felipe, trocaram telefones, e a moça precisou partir. Felipe aproveitou para dormir um pouco. Ele acordou com um beijo no rosto, era Guilherme. Ele levantou e os dois foram tomar banho. A água quente era uma delicia, e Guilherme adorava penetrar Felipe no box, apesar dele ser um pouco mais baixo que o namorado.

Guilherme: - Eu amo te penetrar desse jeito. Sabia?

Felipe: - Gosta? Eu adoro te sentir todo dentro de mim. Você é demais. (gemendo)

Guilherme: (aumentando a velocidade das metidas e segurando o cabelo de Felipe) – Assim? Assim que você gosta?

Felipe: - Isso. Eu adoro assim. Vai… vai…. (se masturbando e gozando) – AAAHHH!!!

Guilherme: (intensifica ainda mais o vai e vem) – Gostoso. (puxando o cabelo de Felipe) – Toma. Toma.

Felipe: - Vai amor. Quero provar o teu leite.

Guilherme: (metendo com mais força)

Felipe: (se apoia na parede e geme)

Guilherme: - Isso. Vou gozar. (tirando o pênis e se masturbando) – AAAHHH!! (ofegante)

Os dois queriam sair, mas o frio se instalou em Londres, então eles trocaram o restaurante por pizza, e o cinema por Youtube. Felipe estava muito feliz em namorar Guilherme, e o sentimento era recíproco.

Guilherme: - Você tem analgésico?

Felipe: - Eu acho que tenho. Dor de cabeça de novo?

Guilherme: - Acho que vou no oftalmologista. Pode ser problema na vista.

Felipe: - Tenta marcar logo, amor.

Guilherme: - Vou sim, prometo. (levantando e indo pegar o remédio)

Felipe: (ri)

Guilherme: - O que foi?

Felipe: - Você fica lindo com as minhas roupas.

Guilherme: - Obrigado. Você fica lindo usando qualquer coisa.

Kaity e Dylan decidiram ir ao cinema para celebrar o primeiro encontro. A paixão entre os dois foi instantânea, e era inevitavel que algo a mais rolaria entre os dois. Eles se encontraram em uma praça e seguiram para o cinema. A única opção para o horário era do filme “Meu Malvado Favorito”.

Dylan: - Nossa. Essa cidade fica cada dia mais fria.

Kaity: - Final de setembro geralmente traz o inverno, né?

Dylan: - Mas você é da Russia. Acho que os invernos lá são piores, né?

Kaity: - De certa forma. É bem frio mesmo.

Dylan: - Será que um dia visito sua terra natal?

Kaity: - Talvez? Se for um bom menino.

Dylan: - Opa, um talvez não é um não. Então, estou na vantagem aqui. (ele disse levantando as mãos)

Kaity: - Bobo.

Dylan: - E você termina seu intercâmbio quando?

Kaity: - Em julho do ano que vem.

Dylan: - No caso… tenho… (contando nos dedos) – Tenho 10 meses para curtir você.

Kaity: - Quase isso. (rindo)

Dylan: (beijando Kaity)

Kaity: (beijando Dylan)

Nariko e Wong também se encontraram naquela noite. Eles foram para uma feira de fotografia. A jovem queria mudar seu equipamento, e nada melhor que uma feira para fazer isso.

Wong: - Caramba. Que frio. (colocando as mãos no bolso)

Nariko: (rindo)

Wong: - O que foi?

Nariko: - Você é engraçadinho, parece aqueles bonequinhos de filmes infantis.

Wong: - Ok. Vou receber isso como um elogio.

Nariko: - Claro que é.

Wong: - Falta muito para chegar no auditório?

Nariko: - Acho que é nesse prédio verde. (entrando)

John era um jovem muito inteligente, ele veio de uma família humilde, mas não aceita sua origem. Ele começou a trabalhar aos 15 anos na empresa de Leopold, e se tornou um dos homens de confiança do pai de Guilherme. Aos 18 anos se apaixonou perdidamente pelo filho do seu chefe, mas via ali também uma oportunidade de crescer na vida. O relacionamento é claro não deu certo, havia uma diferença muito grande entre os dois, principalmente a forma de agir.

John: - Então?

Nick: (assustado) – Jesus. Cuidado.

John: - Me interessei no que você disse.

Nick: - Olha. (levantando e limpando a mão)

John: - Acho que eu sei qual o seu interesse na história. O proletariado se dá bem, né? Você quer o Felipe só pra você.

Nick: (empurrando John) – Você pirou. Eu não sou uma bichinha como vocês.

John: (rindo, pegando no braço de Nick, o virando e colocando ele contra a parede)

Nick: - Mas que porra.

John: (apertando o cotovelo contra a cabeça de Nick) – Escuta só. Eu não sei o seu interesse nessa história, mas nunca mais… eu disse… nunca mais toque em mim.

Nick: - Já acabou? (se soltando e passando a mão na cabeça) – Nada mal para um gay.

John: - Anos de defesa pessoal. (arrumando o terno) – Então? Qual a ideia?

Nick: - Ainda não pensei em nada. Achei que você era o cara da ideia.

John: - Eu acho que devemos quebrar a confiança que existe entre eles. O Guilherme é muito ingênuo, mas ao mesmo tempo cabeça dura. Se a gente quebrar esse elo que existe entre eles…

Nick: - Conseguimos separá-los.

John: - Isso. Fora que vou aproveitar outros momentos, como o Natal que está chegando.

Nick: - Falando em Natal. Já que eu vou te ajudar… tem como me arrumar uma grana? Preciso comprar um presente para a minha mãe.

John: (revirando os olhos e abrindo a carteira) – Eu sabia. Você tem cara de que se aproveita, mas sorte sua é que eu preciso de aliados. (entregando dinheiro para Nick)

Nick: - Eu vou começar a plantar a discórdia amanhã. (contando o dinheiro)

Felipe e Guilherme faziam vários planos para curtir o Natal. Eles jantariam na casa dos pais de Guilherme, depois Felipe entraria na internet para conversar com sua família. Nariko também havia planejado um jantar com Wong. Já Kaity ajudaria Dylan a servir a ceia de Natal para mendigos. Então, o Natal de todos seria maravilhoso.

Guilherme: - O que você mais gosta de comer no Natal?

Felipe: - Salpicão, farofa, peru, arroz com brócolis, lasanha, maionese, macarronada, taça da felicidade, musse de chocolate. (passando a mão na barriga)

Guilherme: - Nossa.

Felipe: - Minha família é humilde, mas sabe dar uma festa. Espero que um dia queira conhecê-los.

Guilherme: - Vou ter o maior prazer. (beijando Felipe no rosto)

Felipe: - Você tá quente. Tá com febre novamente?

Guilherme: - É esse tempo frio. Odeio. Sempre fico resfriado.

Felipe: - Estou gostando.

Guilherme: - Em dezembro fica mais frio. Você vai amar.

Felipe: - O frio é bom pra ficar abraçadinho com você. (beijando Guilherme)

Duas semanas se passaram, o plano de Nick demorou mais do que o esperado para entrar em ação. Ele começou a ser mais atencioso com o Felipe. Um dia Guilherme entrou, e Nick ensinava um golpe de Karatê para Felipe. Guilherme não aparentou, mas ficou morrendo de ciúmes. Outra vez, Nick fingiu que estava engasgando e Guilherme o ajudou, mais um flagra de Guilherme. Apesar de toda ciumeira, o namorado de Felipe nada dizia.

Nick: - Ei, vamos tomar umas hoje?

Felipe: - Não posso. Vou comprar roupas com o Guilherme.

Nick: - Qual é… você vai ser capado por esse filhinho de papai?

Felipe: - Ele não é filhinho de papai. Você não o conhece direito.

Nick: - Eu sei o que as pessoas falam.

Felipe: - O que as pessoas falam?

Nick: - Que ele usa os carinhas e depois joga fora. Como ele fez com o John.

Felipe: - Isso é bobagem.

Nick: - Qual é. Uma cervejinha não vai te atrasar? Vai?

Felipe: - Tudo bem.

Guilherme procurou o namorado no dormitório e não o encontrou. Ele passou no seto dele, e o mesmo se encontrava trancado. Guilherme ouviu um barulho que vinha da sala de materiais de limpeza. Ele abriu a porta e eram Felipe e Nick que estavam jogando cartas e bebendo.

Felipe: - Oi. (um pouco bêbado)

Guilherme: - A gente tem que ir na loja. Vai já fechar.

Felipe: (colocando as cartas na mesa) – Nick. A gente conversa depois parceiro. (tentando levantar, mas um pouco tonto)

Guilherme: (respirando fundo) – Quer saber. Vamos amanhã. Vem. Vou te levar para o dormitório. (ajudando Guilherme) – Que coisa irresponsável. Sabe se te pegarem bebendo no serviço é tchau, né?

Felipe apagou naquela tarde. Acordou a noite com uma dor de cabeça horrível. Guilherme assistia a um seriado. Felipe foi até o banheiro e urinou. Depois foi até a geladeira e tomou água. Ele sentou na cama.

Guilherme: - Tem um remédio para ressaca em cima da mesa.

Felipe: (levantando e tomando o remédio) – Valeu. (voltando para a cama e deitando perto de Guilherme)

Guilherme: (assistindo o seriado)

Felipe: - Desculpa, tá? (passando a mão no cabelo de Guilherme)

Guilherme: - Puxa… eu tinha te avisado que eu queria ir lá na loja.

Felipe: - Amor… não fica chateado com isso.

Guilherme: - Eu não tô chateado com isso.

Felipe: - E qual o problema?

Guilherme: - O Nick. Há três meses você disse que ele estava te ameaçando, hoje vocês estão melhores amigos. (bufando)

Felipe: - Tem alguém com ciúmes?

Guilherme: (parecendo bravo) – Eu não estou com ciúmes. (ficando vermelho)

Felipe: (se aproximando de Guilherme, fazendo cócegas) – Tá com ciúmes?! Tá?

Guilherme: (segurando o riso) – Para. Saí. (rindo) – Para, amor. Tá bom, eu confesso… fiquei com ciúmes. (rindo alto)

Felipe: (parando e olhando para Guilherme) – Bobo. Eu te amo. Te amo demais. (beijando)

Guilherme: - Desculpa. Sei que nós passamos muito tempo juntos e preciso te dar espaço.

Felipe: - Eu gosto de ficar com você. (pegando no queixo de Guilherme e fazendo carinho) – Você é meu melhor amigo. Sabe que tudo eu conto para você, né?

Guilherme: - É que… você é tão bonito… e….

Felipe: - Você também é. Você tem os olhos mais lindos que eu já vi. Eu te amo.

Sim, apesar de tudo, o plano de John e Nick surtiu efeito. Guilherme era um jovem inseguro, principalmente quando se trata de sua aparência. John usaria todas as armas para conquistar Guilherme de volta. Durante uma reunião com Leopold, ele ganhou a oportunidade certa para conseguir se aproximar de Guilherme.

Leopold: (aflito falando ao telefone) – Claro. Eu vou organizar minhas coisas eu vou hoje.

John: - Senhor? Aconteceu alguma coisa?

Leopold: - Uma das empresas do Brasil deu problema. Preciso ir imediatamente.

John: - Agora? O problema foi tão sério?

Leopold: - Demais. Acho que vou ficar pelo menos três semanas lá. Anastácia vai ficar uma fera comigo.

Esse era um dos principais problemas de ser dono de uma franquia. Leopold era responsável por tudo. Ele ligou para Alfred que preparou uma mala e seguiu para Porto Alegre, no sul do país. Anastácia ficou sabendo e ficou possessa com a situação.

Anastácia: - E a nossa família? E o Natal? Faltam duas semanas para o Natal.

John: - Senhora, ele disse que era muito urgente.

Anastácia: - Já sei. Vamos todos para o Brasil também. (andando de um lado para o outro) – Temos um apartamento, podemos celebrar o Natal e Ano Novo. Se você quiser ir conosco, fique à vontade. (saindo)

John: (sorrindo) – Hum. (pegando o celular e discando) – Aló? Nick? Precisamos conversar imediatamente. Tem algo que precisamos fazer. (desligando e rindo alto)

As luzes de Londres mudaram, o clima natalino tomou dê conta da cidade. Felipe decidiu ir ao banco para depositar o dinheiro da família, um dos irmãos havia sido preso por esconder drogas, e a mãe precisava de dinheiro para ajudar a pagar um advogado. Ele chegou no dormitório e começou a chorar, ele se sentia inútil.

Tchubirubas: - Felipe? Não chora. (subindo na cama e lambendo Felipe) – Não chora. Não fica triste.

Felipe: (abraçando Tchubirubas) – Obrigado amigão.

Felipe preferiu não contar nada para Guilherme que estava feliz demais por passar o Natal ao lado dele. Guilherme adora as comemorações de final de ano. Para Felipe, Natal e Ano Novo era apenas mais um dia comum. Guilherme transformou o dormitório de Felipe, havia uma mini árvore, enfeites e bastante comida natalina. Até a coleira de Tchubirubas ganhou um toque de Natal.

Nick decidiu fazer uma visita a Felipe. Ele trouxe um presente para Felipe. Os dois conversaram sobre algumas coisas de trabalho, e Nick disse que sua mãe estava bastante doente. Felipe ficou compadecido e deu um abraço em Nick, claro, que Guilherme viu.

Nick: (chorando) – Desculpa.

Guilherme: - Tá tudo bem? (tirando o casaco e colocando na mesa)

Felipe: - A mãe de Nick. Ela está muito doente e vai passar o Natal sozinha.

Guilherme: - Puxa… que pena.

Nick: - Tudo bem. (enxugando as lágrimas) – Estou acostumado. Desculpa. Eu não queria atrapalhar. Preciso terminar meu trabalho do curso. Com licença. (saindo)

Guilherme: - O que foi isso?

Felipe; - Coitado dele. Deve ser difícil ser sozinho. (abraçando Guilherme) – E os preparativos para o Natal?

Guilherme: - Ainda não consegui falar com a minha mãe.

Felipe: - Você sempre passa essas datas com a tua família, né?

Guilherme: - Sim. É meio que uma tradição minha. Até quando assumi que era gay, e o clima ficou estranho… lá estava eu…

Felipe: - Lá em casa é meio complicado. É difícil reunir todo mundo. Quando meus irmãos eram pequenos até que dava, mas eles foram crescendo e…

Guilherme: - A noite de Natal é tranquila. Vamos ceiar, meu pai vai contar umas histórias chatas, a minha mãe vai chorar e meus irmãos vão brigar pra ver quem ganhou o melhor presente de Natal, e mal sabem eles que eu ganhei o melhor presente de todos.

Felipe: - Mesmo? E quem?

Guilherme: - Você. (beijando o namorado)

Dylan e Kaity decidiram aproveitar o Natal para fazer o bem. Eles se juntaram a um grupo para distribuir alimentos para sem-tetos na noite de Natal. A jovem ficou animada pela oportunidade. Ela contou para Nariko a novidade.

Nariko: - Eu e o Wong vamos celebrar o Natal em um templo budista.

Kaity: - Ah.

Nariko: - No Japão… existem poucos cristãos, a maioria é budista ou xintoísta. Os japoneses veem nessa data mais a questão comercial, então depois de irmos ao templo nós vamos comer frango e comer bolo.

Kaity: - Que legal amiga. E no Ano Novo? Acho que devemos passar juntos.

Nariko: - Também acho. Vamos planejar algo.

Kaity: - Vai ser uma delicia. Todos nós juntos para celebrarmos a entrada de ano.

Guilherme chegou em casa e encontrou os irmãos na sala. Eles estavam preparados para viajar. Ele estranhou e procurou a mãe. Anastácia explicou a história e afirmou que a família não passaria um Natal separados. A mãe de Guilherme sabia ser assustados em alguns momentos. Até Alfred estava no meio da confusão e viajaria para o Brasil.

Guilherme: - Mãe. Eu não posso ir.

Anastácia: - Meu filho. O Natal é importante para mim. (pegando nas mãos do filho)

Guilherme: - Eu sei, mas tem o Felipe e….

Anastácia: - Leva ele.

Guilherme: - Eu posso levar o Felipe? (parecendo surpreso)

Anastácia: - Sim. Claro que pode.

John: (que ouvia a conversa dos dois) – Droga. (pegando o celular e discando) – Você precisa agir agora. Agora. Vai lá com o pobretão e fala aquilo que combinamos.

Nick chegou no dormitório de Felipe chorando. Ele disse que a mãe estava pior e pediu que Felipe o substituísse no plantão de Natal. Na Escola, a maioria dos alunos viaja, mas outra parte continuava nos dormitórios e George deixava Nik encarregado de atender as demandas de Natal.

Nick: (chorando) – Por favor. A minha mãe pode a partir a qualquer momento. Você fica no Natal, e eu fico no Ano Novo.

Felipe: - Bem… é…. eu fico, claro que eu fico.

Nick: - Obrigado. (beijando Felipe na boca)

Felipe: (afasta Nick) – Para. Eu tenho namorado.

Nick: - Relaxa é um beijo de agradecimento. Eu preciso ir. Vou arrumar a minha mala. E cuidado… apesar de você ser o namorado do filho do patrão, você ainda pode ser demitido. Você não ia querer ser demitido, né? Eles levam essas trocas de turno muito a sério.

Felipe: - Claro. Não se preocupa.

Nick: (saindo) – Tchau.

Felipe: (celular começa a tocar) – Hum… mãe? (abrindo o facetime)

Maria: (segurando o celular de cabeça pra baixo) – Felipe? Ele tá vendo isso, filho? (perguntando para um irmão de Felipe)

Felipe: (rindo) – Mãe. O celular está ao contrário.

Maria: (arrumando a posição do celular) – Filho, escuta. (gritando) – Eu consegui o advogado… filho o dinheiro que você está mandando ajudou muito, mas vamos precisar de mais. Ainda bem que convertemos a moeda.

Felipe: - E ele tá bem?

Maria: (chorando) – Ele está magro, mas bem. Filho… ele pode pegar 10 anos. Precisamos muito desse dinheiro. Eu te imploro. Precisamos desse dinheiro.

Felipe: - Calma, mãe. Eu tenho um dinheiro guardado aqui. Eu envio amanhã… prometo.

Maria: - Desculpa meu filho. Eu sei que você está fazendo além do que deveria, mas é seu irmão. Ele é tão novo. (chorando) – Se você não tivesse esse emprego, não sei o que seria de nós.

No dia seguinte, Felipe achou uma oferta de emprego em um restaurante, o horário era flexível e só era para trabalhar na época de Natal. Ele conversou com o gerente e conseguiu a vaga. O jovem começou a trabalhar na semana do Natal. Depois que voltou para o dormitório, ele encontrou Guilherme.

Guilherme: - Você tá trabalhando no O'malley's? (olhando para a farda que estava em cima da mesa)

Felipe: - Sim.

Guilherme: - E, porque você não me contou?

Felipe: - Vi a vaga hoje e começo na segunda.

Guilherme: - Puxa. Tá tudo bem?

Felipe: - Minha mãe fica tão feliz quando eu mando dinheiro. Decidi pegar esse emprego para dar uma força. Mas só é essa semana. Vão me dar 500 libras. Isso dá quase dois mil reais.

Guilherme: - Eu posso te emprestar…

Felipe: - Não. Não quero dinheiro de você. Já conversamos sobre isso.

Guilherme: - Eu vou para o Brasil.

Felipe: - Como assim?

Guilherme: - A minha família vai para o Brasil de última hora. A minha mãe pediu para te convidar e… (sentando na cama) – Vamos para o Brasil.

Felipe: - Eu não posso. Preciso desse dinheiro, e também não posso emprestar de você. Bem… acho que… você vai para o Brasil. (sentando ao lado de Guilherme)

Nick: (arrumando as malas no seu quarto)

John: (batendo na porta e entrando) – Nossa. Você poderia limpar esse quarto. (entregando um pacote de dinheiro para Nick)

Nick: - Cala a boca. Meu trem parte hoje.

John: - Beijou o pobretão?

Nick: - Beijei. Trouxe o dinheiro extra?

John: - Sim.

Nick: - Ótimo.

John: (saindo)

Nick: (puxando John pelos cabelos)

John: - Que merda. (dando um golpe e colocando Nick contra a parede) – Eu já te disse, seu verme. Não quero ser acusado de matar um pobre.

Nick: (beijando John que solta Nick)

John: (tirando o casaco)

Nick: (virou John contra a parede) – Tira a calça viado. (pegando uma camisinha)

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