Parte II

Conto de escritorpervertido como (Seguir)

Parte da série Domingo

Domingo – PARTE II

Eu estava visivelmente excitado quando ele entrou no quarto. Aquelas memórias tinham me transportado para o passado quando éramos mais jovens e nossa primeira aventura ainda me fazia delirar em sonhos eróticos. Não havia muitas maneiras de esconder o que eu estava sentindo e não era como se eu desejasse esconder alguma coisa. Oito anos depois do nosso primeiro olhar e em momentos assim, especialmente quando estamos sozinhos, a intensidade parece só crescer. O tempo ensina bastante e com um olhar já sabemos o que queremos um do outro. Ele estava apenas de cueca e eu nu, coberto por uma colcha fina, meu pênis ereto expondo os meus desejos de uma maneira mais óbvia.

“Fiz o café da manhã...” Ele se senta na cama de costas, fingindo que não olhou, atiçando as minhas reações.

“E daí?” Eu cruzo os braços e respondo de uma maneira meio mal-educada.

“Hmph...” Algumas coisas não mudam. O mesmo som de sempre.

“Hmph... Hmph... Será que eu vou ter que ser sempre o primeiro a dizer o quer em voz alta nesse relacionamento?”

“Hmph... Hmph... Hmph...” Ele emite o som várias e vezes e olha para mim sorrindo. “Já to animado o bastante. Olha só.” Ele se vira e claramente está excitado. Eu tomo a posição que agrada, de quatro empinando o bumbum para cima. O ritual é sagrado, minhas mãos passam pelo peito, sentem a batida do coração e deslizam para baixo alisando os pelos no caminho. Retiro a cueca do caminho usando apenas a boca. O nariz encosta nos pelos pubianos, ele ainda tem o mesmo cheiro de sabonete perfumado. Abaixo um pouco para carinhosamente lamber as esferas e chupar uma de cada vez.

Olho para cima e o pênis cai no meu rosto. A boca se abre automaticamente, beijos carinhosos e a língua passeando pelo cumprimento até a glande coberta pelo prepúcio. Com os olhos fixos no olhar dele mordo os meus lábios, vagarosamente puxo a pele para trás e libero a grossa cabeça avermelhada. Não consigo me segurar e começo a chupar, por vezes paro para passar a língua em volta do prepúcio recolhido.

“Só isso não vai satisfazer...” Ele atiça fazendo carinho em meus cabelos curtos. A mão direita se posiciona na minha nuca para começar o assalto. Eu engulo a saliva antecipando a invasão da minha garganta. Não adianta fugir, simplesmente me entrego e deixo-o tomar conta, a boca se abre obedientemente e vagarosamente o cumprimento vai entrando. Infelizmente o meu reflexo faríngeo causa uma bagunça todas as vezes que isso acontece. Fico envergonhado por começar a babar e engasgar. O meu pênis não menti, ele nunca menti enquanto espasmos involuntários ejetam o fluido transparente na cama. Ele olha para baixo e sorri enquanto meus olhos ficam vermelhos, meu queixo fica coberto de saliva. A mão direita me segura no lugar e a esquerda limpa algumas lágrimas escorridas na bochecha.

Eu dou o sinal de que estou ficando sem ar e sou liberado do meu dever inclinando minha cabeça para trás. Há um pouco de saliva espessa ligando o pênis dele a minha face. Ele não tem medo e sorri de novo. O membro bate em minha face fazendo mais bagunça ainda, depois ele limpa o meu rosto um pouco. Eu volto a chupar a glande incapaz de engolir tudo novamente.

“Mais uma vez, só mais uma vez!” Ele implora com uma voz mansinha.

“Bernardo, não quero.”

“Só uma...” Ele sorri de novo e eu não resisto, abro a boca e deixo-o abusar mais um pouco de minha garganta. Foi por menos tempo, porém para mim durou uma eternidade. A recompensa era saber o quanto eu gostava daquilo e ver aquilo sorriso.

“Agora a minha vez!” Eu exclamo exigindo o retorno.

“Com todo prazer.” Ele beija o meu rosto ainda um pouco bagunçado e me faz deitar com as costas contra os travesseiros. A boca explora o meu pescoço com mordidas e beijos, as mãos entre meio as minhas pernas abertas tocando o meu pênis. Pouco a pouco os beijos passam pelos meus mamilos sensíveis, barriga e finalmente encontra o destino final. Não há muita dúvida ou titubeação. As mãos recolhem um pouco dos meus fluidos e agarram o bumbum. A boca simplesmente abre e logo sinto o meu cumprimento alcançar a garganta sendo completamente enterrado na boca avermelhada. O olhar voltado para minha face não exibe sinal de lágrimas ou qualquer bagunça como o meu. Quem diria que de nós dois ele seria a pessoa com facilidade para tal ato.

Deixo a moção por conta dele e admiro as costas masculinas com o bumbum redondo e coberto de pelos. Ele começa a mover-se indo de baixo para cima. As mãos apertam meu bumbum e as solas do meu pé ganham apoio nos ombros. Acaricio a barba e o cabelo cacheado de cumprimento médio. Logo sinto um dedo rodeando o meu anel anal. Novamente não demora muito para deslizar para dentro e logo outro é adicionado enquanto a boca chupa as minhas bolas alternando vagorosamente entre uma e outra. Os dedos experientes sabem encontrar o meu ponto fraco e a massagem arranca gemidos baixos da minha boca. Ele engole novamente e enterra a face com o nariz nos meus pelos pubianos. Não consigo mais suportar a pressão contra a próstata e quase tenho um orgasmo. Antes de acontecer empurro gentilmente os ombros para afastar a os lábios do meu membro.

“Eu quero gozar com você dentro.” Eu peço.

“Ouvido e atendido.” Trocamos sorrisos, mas não são necessárias muitas palavras. Os dois dedos da mão direita saem do lugar. Ele junta as duas mãos segurando cada lado do meu bumbum e posiciona os dedos polegares contra o ânus, os dois deslizam para dentro e começam a criar um pouco de espaço abrindo a entrada um pouco mais. As mãos me dão apoio para levantar um pouco mais e a cabeça deles se move para o períneo. Os dois dedos deixam a entrada um pouco laceada e dão lugar a língua que entra com certa facilidade. O movimento começa com a barba causando uma sensação parecida com cócegas, mas muito mais prazerosa. A língua entra e sai, rodeia a entrada e move-se para dentro provocando arrepios e gemidos. Os movimentos continuam por alguns minutos até ele falar.

“De quatro.” Somente duas palavras e me viro rapidamente. O rosto no travesseiro, bumbum empinado, meu pênis ereto e latejando, descarregando outra linha de fluído pré-ejaculatório. Logo o membro grosso e grande toca a entrada molhada e laceada, ele provoca esfregando sem entrar. Eu relaxo me preparando para ser mais alargado. A glande é apontada e se arma contra o anel deslizando para dentro, mas encontra um pouco de resistência. Eu começo a gemer sentindo a dor intensa sendo adicionada ao prazer. Centímetro por centímetro vai entrando após a violação do esfíncter externo, alguns segundos e está tudo dentro, tudo fundo, fundo até demais. Uma dor mais intensa ainda acontece na divisão entre o reto e colo onde a cabeça esta deitada.

“Bom trabalho putinho, levou tudo sem fugir.” O corpo dele se inclina até a boca alcançar a minha orelha e a barba tocar o meu ombro. As palavras atiçam algo dentro de mim e o fogo torna-se uma fornalha.

“Safado! Só não fode forte naquele lugar.” Ele já sabe qual o lugar estou me referindo. Ele já conhece o corpo. Sou quem não consegue não avisar. Logo as mãos seguram o meu quadril e começam os movimentos, lentos por alguns minutos vão ficando mais violentos ao longo do tempo. Os gemidos vão ficando mais altos, a dor atenua-se e o prazer ainda prova-se mais forte. Consigo sentir o descarregamento de fluídos pré-ejaculatórios dentro de mim, a estimulação da próstata forçando o mesmo descarregamento enquanto o meu pênis lateja. Alguns minutos e eu estou empurrando para trás, querendo mais. O meu corpo começa a desejar mais ainda.

“Hmmm, tá quase na hora. Eu quero ver de frente.” Eu já sei o que é, ambos sabemos que estamos chegando naquele ponto. Ele retira o membro de dentro de mim e segura o bumbum para olhar o resultado. Há ainda um cuspe e alguns momentos nos quais ele penetra a língua novamente, se antes me dava prazer agora me faz gemer e quase corta a linha que me separa de um orgasmo. Por sorte ele se deita e indica o colo. Obedientemente sento, deixando o membro me invadir novamente, nosso olhos grudados um no outro. Agora a missão é minha e eu começo a cavalgar empalando-me naquela lança. Ele me apoia ajudando com as mãos em meu quadril e começa a se mover. Os movimentos tornam-se fervorosos e violentos adquirindo outra dimensão para ambos.

Nossos olhares continuam fixos um no outro. Apesar de instintivamente sabermos as razões é neste momento, no momento em que estamos entrelaçados, violentando o corpo um do outro e reduzidos a simples animais irracionais em busca de prazer, que aquele olhar se prova verdadeiro. Não há diferença naquele primeiro olhar na quadra de esportes e este oito anos depois. Foi apenas natural chegarmos até aqui.

O meu pênis batendo na barriga dele causa uma pequena morte em mim. Os jatos brancos começam a pular para fora alcançando o peito e até a face dele. Em retorno ele logo começa a explodir dentro de mim, me enchendo de uma semente que não vai germinar nada além do nosso desejo e do ardor dentro de mim. Em poucos segundos o êxtase e os gemidos vão ficando mais calmos. Ele puxa o meu corpo e com ajuda das minhas mãos nós nos reposicionamos. De costas para os travesseiros com ele entre as minhas pernas nos beijamos compartilhando o gosto da bagunça que fizemos.

(Também escrevo contos por encomendo. Contato: pervertedwriterass@gmail.com)

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