Vai Brasil! (2x01)

Conto de escritor xXx como (Seguir)

Parte da série Entrando de "Cabeça"

Encarei o Patrick e disse:

- Esse juiz desgraçado. É óbvio que não foi mão – eu encarava a televisão enquanto falava. – Ainda bem que eu não estou lá, porque se estivesse, aquele juiz ia morrer. E uma morte lenta.

O Patrick não sabia se me olhava ou se continuava a encarar a televisão. Talvez ele estivesse com esperanças de que o Brasil fizesse um gol de forma milagrosa.

- Essa porcaria vai ir para os pênaltis, quer apostar? – Disse o irritando ainda mais.

Ele fingiu não ouvir e continuou com a atenção voltada para a partida da seleção brasileira. Ao menos era o que eu pensava.

- Dá pra sentar na droga do sofá e ficar em silêncio? – Disse o Patrick, agora, olhando para mim. – Ou eu vou ter que te forçar a fazer isso?

- Depende da maneira que você vai me forçar.

Ele sorriu de uma maneira sexy e, incrivelmente, a atenção do jogo infeliz havia desaparecido de seus olhos.

Ele veio em minha direção e me calou colocando os seus lábios nos meus, continuou me beijando até que nós dois estivéssemos deitados no sofá.

Tudo estava incrível, até o meu pai aparecer. Ele sempre nos atrapalhava nos melhores momentos.

- Vão com calma ai.

Rapidamente nós dois nos afastamos. Eu estava com o meu rosto vermelho. A coloração no rosto do Patrick conseguia superar a do meu, ele parecia um pimentão. Aquela situação era tão embaraçosa.

Na verdade, não havia sido apenas aquela, mas todas desde que eu e o Patrick assumimos um relacionamento. Meu pai sempre encontrava um jeito de nos pegar no flagra. Neste momento, era para ele estar assistindo ao jogo na casa de um vizinho.

- Você voltou antes do jogo. Por quê? – Perguntei sem paciência.

- Para ver se precisavam de algo – respondeu ele encarando o Patrick. – E pelo que vejo, vocês precisavam, precisavam de camisinhas.

Aquilo havia sido algum tipo de ataque ao Patrick? Sim, havia.

- Bem, não precisamos de nada. Você já pode voltar... Não vamos manchar o sofá – eu disse em um tom debochado. – E se mancharmos, eu limpo.

Ele não se deu ao trabalho de responder, simplesmente, saiu do mesmo modo que entrou.

- O seu pai me odeia – disse o Patrick, logo após o meu pai se afastar. – Devo me preocupar com, sei lá, tentativa de homicídio?

Eu ri.

- Não... Sei.

- Eu espero que esteja brincando.

Eu também – pensei, mas não disse.

A verdade era que o meu pai, assim como a minha mãe, sempre foram divertidos. Eles me envergonhavam com as suas loucuras, com as coisas ridículas que faziam. Mas desta vez, o meu pai, estava sendo normal. Um pai que não gostava do namorado de um de seus filhos. O pior é que eu sou filho único, então, tenho a atenção dobrada.

- Faz só uma semana que assumimos um relacionamento – eu disse a ele. – Ele vai se acostumar com você.

Será mesmo?

O Patrick olhou em direção a porta e em seguida voltou a me beijar. Aquele gesto me fez perceber que o meu pai, em parte, estava certo em se manter atento. O Patrick realmente era um garoto muito atrevido. E eu gostava disso, o que certamente demandava ainda mais atenção.

- Vamos assistir – eu disse tentando me livrar dos seus braços. – Nós vamos perder o gol do Brasil.

- Que gol? O segundo tempo está quase acabando – respondeu ele. – Se eu continuar vendo, vou ficar estressado.

Dito e feito. O jogo foi para a prorrogação que de pouco adiantou. Era certo que aquele jogo seria decidido na base dos pênaltis.

Eu não sabia o que era o pior. O time brasileiro não fazer gol ou o Galvão que não parava de tagarelar sobre o Neymar. Esse cara precisava entender que o namorado da Bruna Marquezine (que embarca na fama do jogador) não era o único jogador da seleção brasileira. Aquele Galvão certamente tinha sonhos eróticos com o Neymar, o que era bem estranho.

- Ainda bem que eu não apostei com você – continuou o Patrick.

- Eu ia cobrar, sei lá, sexo como prêmio – respondi.

- Droga! Porque eu não apostei? – disse ele erguendo as mãos. – Ah, droga.

Eu comecei a rir.

Quando me preparei para se aproximar dele o meu pai entrou de repente, novamente. Era tão bom ver o rosto dele ao ver que nós não estávamos nem mesmo nos beijando. Era uma satisfação incrível.

- Esqueceu algo? – Perguntei.

- É, isso mesmo.

- O que?

- Como?

- O que você esqueceu? – Perguntei a ele. – Você acabou de dizer que esqueceu de algo.

- Ah, eu esqueci do... Deixa eu me lembrar – ele olhou para a mesinha próxima a ele. – Eu tinha que ter pegado essa mesinha.

Ele pegou a mesinha e saiu.

- O que ele esqueceu mesmo foi à dignidade – eu disse ao Patrick que ria com a situação.

Quando olhamos para a televisão os pênaltis já haviam sido cobrados e o Brasil era campeão. E a gente havia perdido tudo, graças ao meu pai.

- Droga.

- Pelo menos o Brasil ganhou – disse o Patrick me lembrando. – O que é ótimo.

- Agora é o Uruguai ou Colômbia – eu disse. – Mas provavelmente será contra o Uruguai.

- Eu acho que não, sei lá – disse ele.

Um minuto depois o meu pai retornou, mas desta vez ele estava acompanhado da minha mãe. Ela usava uma camiseta do Brasil, uma peruca verde e amarela e, carregava também, uma corneta.

- Ganhamos – anunciou ela ao passar pela porta. – Ah, conseguimos.

O meu pai estava com a mesinha de centro na mão. O que fez com que eu e o Patrick começássemos a rir.

A minha mãe olhou para a gente e disse: - Vocês acreditam que esse aqui – ela olhou para o meu pai – chegou lá na casa da Lurdes com a mesinha de centro?

Eu não conseguia parar de rir.

O meu pai estava com raiva.

- O importante é que sexta-feira eu não trabalho – disse a minha mãe toda animada.

Eu ainda não acreditava que o trabalho dela era na minha escola. Outro dos meus problemas.

- Mas deveria – disse o meu pai. – Você foi convocada para o jogo do Brasil por acaso?

A minha mãe o encarou com ira nos olhos e disse:

- Não, mas você também não será convocado para hoje à noite – ela disse ainda estressada. – Hoje não vai ter, querido.

Eu olhei para eles.

- Nós não precisamos saber dessas coisas – eu disse. – Nos poupe dos detalhes.

- É claro que não precisam, devem ser especialistas – continuou o meu pai. – Se eu chegasse um pouquinho depois, garanto que pegaria vocês no flagra.

Ah, se ele soubesse.

Gente, então, é isso. Eu fiz o impossível e estou começando a segunda temporada hoje. Eu ainda não sei sobre a quantidade de capítulos. Eu espero que tenham gostado e é isso. Digam ai o que acharam e até o próximo.

Comentários

Há 4 comentários.

Por S3GR3D0S De Um Menino! em 2014-07-01 16:36:25
Eu amo os pais do Tilcon, queria que os meus fossem assim-q kkkkkkk estou amando a segunda temporada.
Por hugo em 2014-06-29 23:03:44
Legal continue !!!!
Por Ryan Benson em 2014-06-29 02:16:21
Ta ótimo! Vem ca, eu procurei o capitulo 1x07 do Adolescencia a flor da pele, lá na CDC +nao achei... Vc postou o capitulo lá? Pq eu nao achei. Suas historias são mto boas, parabens!
Por LittleDreamer em 2014-06-28 20:44:36
hehe os pais do Tilcon são ótimos Um pouco sem emoção, mas omo ta só no começo da temporada está ótimo E foi muito inteligente usar o jogo como base