Segunda temporada -cap 7

Parte da série Promessa

Oi galera. Vamos às desculpas de sempre: preguiça, falta de paciência, falta de inspiração, problemas com a família, problemas com a faculdade, problemas comigo mesmo, festa uhuuuuu e muito mais. Foda-se, eu tô errado e vou tentar me redimir com vcs, espero que me perdoem pela centésima vez kkkkkkk.

Nick: Querido amigo, escritor, confidente textual, modelo, inspirador, encorajador, muito, mas muito obrigado mesmo pela ajuda no último capítulo, com o seu incrível senso de safadeza kkkkkkk. Pra quem não entendeu, a cena de sexo, foi feita pelo vencedor do Grammy de melhor cena de sexo, só isso! Nick, muito obrigado por ser meu amigo, sabe. Uma vez eu disse que você era um diamante, mas eu tava errado. Não existe joia nesse mundo que se compare ao tamanho de seu valor. Você é demais, simplesmente sensacional, brincalhão, parceiro pra todas as horas e muito safado (vide capítulo anterior). Queria te agradecer de todo o meu coração por ter feito isso por mim. Essa homenagem não é nem um décimo do que você merece, mas é de coração. Muito obrigado de verdade. Te adoro. 'Tem pessoas que a gente conhece e sente prazer em falar com elas, tem outras que a gente se diverte, tem outras que a gente se aborrece, tem outras que a gente ama, tem poucas que a gente tem SORTE de as conhecer. Não é Nick?". Beijo e comente, não me deixe no vácuo kkkkkkk.

Ryan: Opaaaa, isso que é prova de amor. Quando o Léo ler isso é capaz de ele largar o Davibe correr pra vc kkkkkkkk. Muito obrigado pelo comentário.

Jpli: muito obrigado pelo comentário, devo dizer que grande parte desse elogio é para o Nick.

Hugo: por incrível que pareça eu não estava conseguindo fazer uma cena de sexo kkkkk, mas o Nick me salvou, aquele lindo!!!! Pois bem, muito obrigado pelos elogios, parte tem dono kkkkk. Espero que goste desse.

Yooko: minha linda, muito obrigado. Leandro vai ter uma grata surpresa tipo, agora kkkkkkk. Tá na hora do coitado se dar bem uma vez kkkkkkk. Espero que goste desse capítulo.

Drikita: vc é demais. A parte do quente vc agradeça ao Nick kkkkkkk. Também fico com dó do Leandro, o coitado fez uma promessa, mentiu ora corporação e não pode ter seu amado pra si. Fazer o que se o autor é mal kkkkkkk.beijos.

Bom gente, partiu mais um capítulo...

#####################

[André]

Quando eu subi para meu andar e me encaminhava para o apê, dei de cara com uma cena que pensava ser difícil acontecer. Léo e Davi juntos. Abraçados. Quer orgulho maior para um pai do que ver seu filho feliz com a pessoa amada? Eu quase chorei ao ver. Mas, enfrento, todavia, contudo, não obstante, no entanto, porém, nunca perdi meu senso se humor, que muitos dizem ser 'apelativo' -Ps.: Pra vocês meu sincero boquete.-, mandei os dois pombinhos pra dentro brincarem um pouco e resolvi descer.

Saí do meu apartamento saltitante, nem parecia que eu tinha tido um dia cheio. O engraçado é que eu não queria fazer nada. Nem dançar, nem brincar, nem sexo queria. Eu só queria dar um abraço de alegria alguém. Era muito bom ver o Léo finalmente feliz. Resolvi esse problema quando cheguei ao hall de entrada do prédio. Fui falar com o porteiro e agarrei ele pelo pescoço e dei vários beijos em seu rosto. O pobre do velhinho ficou todo envergonhado e vermelho devido à força que o segurei. Pedi desculpas, mandei um beijo pra sua família e saí.

Três passos para fora do condomínio eu me deparou com alguém que parecia conhecer. Dez segundos andando em câmera lenta e fixando meus olhos ao seu, digamos, esbelto corpo e descobri que não tinha passado por ali. Ainda. Mais cinco segundos e lembrei quem de fato ele era.

Era o tal homem que o Léo brigou por causa de Davi, simplesmente o carrasco. Fiquei com raiva dele por uns três segundos, mas foi só ele olhar em meus olhos e eu amoleci. Eu não acredito que sou fraco a esse ponto. Três minutos atrás eu só queria dar um abraço em alguém e agora eu quero simplesmente dar. Fiz minha mente retornar ao mundo e olhei para frente, mas era tarde. Tropecei no buraco da calçada e senti meu corpo ser atraído sensual e bruscamente para o chão.

-Filho da puta -disse revoltado e rindo. Essa frase tinha uma direção, o gostoso que me enfeitiçou e me fez pagar o mico. A sentença foi só um resumo do que minha mente pensava: " filho da puta, gostoso do caralho, tinha que ser tão gato a ponto se me fazer não olhar pra rua? Que raiva e que vontade de te beijar que eu tô."

-Como? -ele me olhou assustado. Por um momento pensei ter pensado alto demais, mas sua segunda pergunta me tranquilizou - Tudo bem? Se machucou?

Eu olhava pra ele e percebia que Léo tinha razão em ter ciúmes dele, eu já estava da mulher que vinha passando do lado e o encarando. "Espera aí. Para com isso" pensei.

-Quer uma mãozinha?

"Só se for na minha cintura enquanto te beijo, gostoso". Segurei sua mão.

Eu fiquei tão mole na mão dele que ele teve que fazer força duas vezes pra me erguer. Mas quando conseguiu, eu dei um jeito de ficar colado ao seu corpo. Pela primeira vez ele me reparou por completo, e eu pude sentir seu cheiro e sua respiração que fazia todos aqueles músculos se moverem e me darem tesão, muito tesão.

De repente, ele virou o rosto e sem graça olhou para o chão. Eu me derreti com aquela fofura que aquele homem passava.

-Obrigado. Cara que mico.

-Nem foi tanto -ele disfarçou o riso.

-Não? Duvido. Devo ter parecido aquelas mulheres estabanadas de filme de comédia.

-Que nada. Acontece.

-Pois é. Infelizmente. -ri sem graça, mas sem tirar os olhos dele- Quer tomar um café?

-Seria ótimo, mas estou esperando um amigo.

-O Davi?

-Sim, como sabe?

-Lembrei de você do hospital, por isso tava te encaran... -me toquei da besteira que ia falar- Ah, eu vi Davi e Léo se beij... -segunda vez, era oficial, ele me tirava de sintonia - Whatever, vamos tomar um café, qualquer coisa ele te liga.

-Você tem razão -disse meio que forçando o riso. Mas eu faria de tudo pra por um bem largo em seu rosto.

Conversar com Leandro foi fechar o dia com chave de ouro. Ele tem um papo ótimo, além de ser um puta de um fofo. Toda hora me perguntava se meu pé estava melhor, por causa do tropeço e se eu havia arranhado algo. Eu bem que gostaria de ter arranhado a virilha e fazer ele cuidar de mim, mas nem tudo é perfeito.

O simples café virou lanche da tarde. Estávamos na mesma cadeira faziam duas horas. Conversando sobre muitas coisas. Ele me falava de como conheceu Davi, de Thiago, de sua família, de muita coisa, e quanto mais falava, mais parecia ter pra contar. Eu contava da faculdade, de meu sonho de ser médico, ajudar as pessoas.

Meus olhos se encheram de água e uma lágrima ameaçou a cair quando estava falando que um dia iria fazer missão na África. Até percebo que ele sorriu. Não foi um sorriso comum, foi um sorriso sincero e aquele sorriso mexeu comigo. A lágrima que ameaçava rolou pelo meu rosto e ele delicadamente passou sua mão sobre meu rosto e com o polegar limpou minha lágrima. Eu apertei meus olhos na esperança de que mais uma saísse, não queria perder o toque dele. Consegui. Mais uma lágrima descia pela minha face e ele ajeitou sua mão de encontro a ela. Na sequência passou seu dedo em meu olho e seguiu com a mão pela minha testa até chegar em meu cabelo. Seguiu seu comprimento até a nuca e depois voltou passando por meu pescoço e a retirou se recompondo na cadeira.

Por mais que pareça estranho, a última coisa que queria naquele momento era sexo. Eu só queria que ele continuasse com sua mão sobre mim. Eu só precisava que ele me fizesse carinho. Eu queria o carinho dele. Queria sua mão caracachenta, enrugada de tanto trabalho apossando-se de minha pele e a descobrindo, carinhosamente. Eu não conseguia parar de olhá-lo, parecia estar hipnotizado por aquele homem encantador.

Além de querer seu toque, queria sua companhia. Queria falar com ele. E se ficasse apenas o observando, que por sinal era mágico, ele acabaria indo embora. Tratei de puxar mais assunto.

Conversamos por mais um tempo e meu celular avisava a quantidade de ligações perdidas. Ele também não atendia suas chamadas, o que me deixava mais a vontade. No entanto, uma ele não recusou.

-Oi Davi. Tudo bem? -pausa- Ah sim. Tudo bem. -pausa- Não tem o que se preocupar. Tudo bem mesmo. Outro.

Depois de desligar ele deu um sorriso amarelo e bebeu se café.

-Parece que as coisas estão bem entre seu amigo e Davi. Vou indo nessa.

-Ah... Tudo b... Não, espera. -Segurei em seu braço quando ele tentava se levantar- Eu te acompanho até o carro.

Pagamos a conta e fomos para seu carro. No caminho ainda puxei assunto com ele, mas ele, sem ser seco, estava sendo muito direto. Fiquei preocupado e acabei soltando.

-Você ainda gosta dele, não é?

Ele apenas respirou forte e assentiu com a cabeça.

-Mas então por que o trouxe até aqui?

-Não sou a pessoa certa pra Davi. É o Léo que ele ama e ainda tem várias coisas sobre mim que ele não sabe e não queria enganá-lo.

-Coisas? Desculpa, não quero me intrometer.

-Eu sou casado André.

Minha boca abriu, minha mente explodiu, meu coração parou.

-Mas estou separado da minha mulher.

Esperança. Ressuscitei.

-Entendi, não precisa me falar se não quiser.

-Tudo bem. Eu confio em você.

Filho da mãe, se eu te agarrar aqui não vai reclamar.

-obrigado. Nem sei se mereço.

Ele se aproximou de mim e tocou meu rosto novamente. Fechei meus olhos e senti aquela sensação inexplicável que ele me causava.

-Claro que merece, meu missionário.

Não é possível. Eu não estava acreditando. Ele havia me chamado de meu, de meu, MEU. Eu ia desmoronar. Minhas pernas tremeram. Eu ia cair. Meu forninho arrumou um precipício e pulou, nem Giovana segurava ele.

-Agora eu preciso ir. A gente se vê? -disse ele, passando a mão em meu ombro.

-Claro, me passa seu número.

Trocamos o telefone e ele foi.

Exatos trinta segundos se passaram e recebo uma chamada.

-Alô? Esqueceu algo?

-Sim.

-Na lanchonete?

-Não, esqueci de te chamar pra sair. Tá livre?

-Só me diz a hora e o local.

-Em duas horas esteja em frente à lanchonete que estávamos -ele riu.

-Estarei.

-Eu tava brincando, mas já que vai lá, não posso deixar um moço bonito sozinho.

-Bobo.

-Em duas horas.

-Copiado.

Eu tenho um encontro. Oh fuck, eu tenho um encontro. O que eu faço?

#####################*

[Bia]

Eu estava deitada em minha cama descansando quando vejo meu quarto sendo invadido. Tomei um susto e dei um pulo da cama. Quando olhei quem havia chegado e sua expressão de medo tive um nó garganta e perguntei:

-O que te deu pra quase quebrar a porta do meu quarto Matt?

-Eu vim ver se você tava bem. Ei não ia me perdoar se...

-Calma Matt, tá tudo bem. O que aconteceu? Teve um pesadelo?

-Sonhei que tinha te perdido.

-Bobo. -disse dando um abraço nele- Calma, tá tudo bem.

-Bia, seja sincera comigo. Você ainda gosta do Davi?

-O que? Por que você tá me perguntando isso?

-Só me responde.

- Que pergunta mais desnecessária. O Davi gosta de outro e eu estou em outra. Por que quer tanto saber?

-Eu só não quero te forçar a ficar comigo gostando de outro.

-Matt, você não me força a nada. Eu gosto de você, bobo.

-Eu te amo.

-Matt, o que disse?

-Eu te amo. Te amo. Mas não quero que você fique comigo pensando em outro. Isso me machuca e machuca você também.

-O que te faz pensar isso?

-Eu não posso te perder. Eu vou ficar louco se a gente se separar ou brigar.

-Matt, você está todo confuso. Uma hora quer que eu fique com você, noutra quer que eu não fique.

-Eu te amo. Namora comigo?

-O que?

-Tá vendo. Eu sabia. Você gosta dele. -ele se virou pra ir embora.

-Sério que você não vai me ouvir?

-Acho que me machucaria mais.

-Volta aqui, por favor. Deixa eu falar contigo. -falei calma esperando ele voltar.

Depois de ele me olhar com os olhos marejados, eu completei:

-Eu gosto muito do Davi, mas não do mesmo jeito que eu gosto de você. O amor que eu sentia pelo Davi tornou-se uma coisa de irmãos. Eu só fiquei sem palavras por que não consegui acreditar que conquistei o coração do galinha mais gato da facul. Claro que eu quero namorar com você. Faz o pedido de novo pra eu ter certeza.

Matt me pegou pelo colo, me beijou e olhou em meus olhos:

-Namora comigo princesa.

-Com uma condição.

-O que você quiser.

-Quero andar de mão dadas com você pelo corredor da facul?

-Isso vai ser uma honra -com os olhos brilhando.

-Então eu aceito.

-Eu te amo.

Ele me beijou. Que maravilha de beijo. Na sequência me pôs no chão e foi caminhando comigo até a cama. Quando ele ia me atirar sobre ela, fui mais rápida e o joguei. Olhei para ele o seduzindo e me deitei por cima de seu corpo sedento.

-Primeira regra, eu mando aqui. -disse eu antes de o beijar.

#######################

[Léo]

Como é bom amar e ser amado.

Como é bom amar Davi.

Como é bom ter ele pra mim.

Como é bom poder dizer que ele me ama como eu sou.

Como é bom ser seu.

Enquanto meu namorado dormia eu lembrava do que ele havia me dito tentando me convencer de que era o homem certo ora mim. Disso eu estava convencido, ele só estava me lembrando, na verdade.

Davi estava dormindo, e eu passava a mão sobre seu peito nu, depois subi a coberta até a altura de sua cintura para proteger-lhe do frio. Ele estava esparramado na cama, enquanto eu estava de lado admirando sua beleza exposta pra mim. Brinquei com uma mecha de cabelo que caiu sobre sua testa e a pus no lugar. Dedilhei suas sobrancelhas com o indicador e percorri toda a extensão de seu nariz afilado até chegar na boca. Resolvi me segurar para não beijá-lo e o fazer acordar. Desci para seu queixo ainda na ponta dos dedos e subi pelo seu rosto encostando agora as costas da mão. Passei minha mão pelo seu cabelo perto da orelha e a dedilhei também. Assustei-me quando ele se moveu e decidi sair daquele local. Agora estava em seu ombro, mas não com os dedos e sim dando leves beijos com a boca.

Voltei a apoiar minha cabeça em minha mão esquerda e com a outra desci de vagar pelo seu peitoral. Davi tinha um corpo bem definido, lindo. Seu peito estava a mostra e era tentador. Queria morder ele ali agora, mas não podia. Meu amor tinha que descansar. Agora com a palma da mão massageava seu peito, bem calmamente. A sensação que tinha é que Davi gostava quando o acariciava enquanto estava dormindo. A expressão de seu rosto era de leveza, tranquilidade, alegria. Eu tinha que dar valor a ele, Davi era precioso demais pra mim.

Olhei para a porta e André estava escorado na parede me observando. Eu não parei de fazer círculos no peito de meu amor, mas não o observava e sim a André. Este, simplesmente me mandou un beijo e disse que iria sair. Afirmei com a cabeça e ele fechou a porta.

Voltei todas as atenções ao amor da minha vida desci minha mão até os gomos definidos de sua barriga. Como amava aquele corpo. Como amava aquele homem. Como amava tê-lo pra mim.

Repousei minha cabeça sobre seu peito e fiquei pensando novamente em suas palavras:

"Você não tem outro. Você não sabe mentir. Olho nos seus olhos e vejo que você me ama ainda mais. Pego em suas mãos e sinto o quão trêmulas elas estão. Você não poderia ter outro por que você não é esse tipo de cara que acaba relacionamento e já pega outro. Você não poderia ter outro por que você não me esqueceu. Você não poderia ter outro por que você é meu. Você é o amor da minha vida. Você é o cara que eu escolhi pra mim. E eu sou o homem da sua vida. Você é meu, entendeu? Por mais que queira fugir de mim, seu coração... sempre, sempre será meu. Você me ama, eu sei disso. Eu te disse uma vez que você não poderia mais fugir de mim, lembra? E sua resposta foi 'não quero, não posso, não vou'. Então para de charme e me beija logo."

Dei um largo sorriso ao pensar nisso e mais uma lembrança me veio à cabeça:

"A Bia me disse que foi você. Além de me salvar, ainda não se revelou. Léo, eu escolhi você pra viver comigo. Por favor, me deixa entrar e te abraçar, dizer que te amo, fazer carinho em você, passar a tarde com você. Eu não posso viver sem você. Você é mais importante pra mim até que eu mesmo. Você é o amor da minha vida. Quero estar com você, quero namorar, ser feliz, me casar com você. Me deixa entrar."

Como era bom lembrar daquilo. Eu só queria ele. Só queria ser dele.

Naquele momento eu parei de mover minha mão sobre seu abdômen e peguei em sua mão entrelaçando nossos dedos. Pus de volta sobre ele e fechei meus olhos.

-Te amo.

Senti sua mão livre passear em meus cabelos e ele dizer:

-Eu também.

Beijei seu peito e dormimos mais um pouco.

Como é bom amar Davi.

########################

[André]

Estava tão ansioso que meia hora antes do combinado já me encontrava no local marcado. Todo carro parecido com o de Leandro eu já olhava. Sentia um frio desgraçado na barriga, enquanto minha testa suava. Daqui a pouco teria que subir pra tomar outro banho.

Vinte minutos depois que cheguei achei que ele havia desmarcado. Por que demorava tanto? Lembrei do simples fato de eu sair adiantado de casa. Que raiva.

Eu estava absolutamente formal. Calça branca, tênis da nike, blusa vermelha com alguns detalhes, estava bem gostosinho pra ser sincero.

Cinco minutos se passaram e vi seu carro chegando. Mais um motivo pra eu me alegrar, ele veio mais cedo. Não era só eu o adiantado. E isso queria dizer que ... No momento em que pensei nisso lembrei do simples detalhe: era casado.

Cumprimentei-o e entrei. Fomos conversando no caminho e ele me falou que iríamos num restaurante do shopping. Esse shopping não era tão movimentado, então ia dar pra nós conversarmos tranquilamente.

Enquanto isso minha cabeça fervilhava. Eu já tinha ficado com trezentos caras e duas mulheres, já havia feito tanta coisa na vida, por que não ficar com ele? Por que ele me tirava a paz? Por que ele me deixava mole? Por que não senti tesão pelo gostoso que vi na calçada agora? Por que o carro tá parado e ele tá olhando pra mim?

Ops, voltei à realidade.

-O que disse?

-Chegamos. Vamos lá?

-Ah sim, claro.

Sabe quando as coisas conspiram a favor? Meu sinto travou. Eu tentava tirar, mas ele não saía. Até que Leandro percebeu meu desespero e pegou em minha mão. Cara, que pegada. Ele pegou e apertou. Olhei pra ele na hora. Se mais cedo eu não pensava em sexo, quando ele pôs a mão em mim eu mentalizei: "se ele pedir pra me comer eu dou pra ele aqui".

Eu fiquei com vergonha do que pensei e tirei as mãos de uma vez do cinto. Ele fez uma pressão e conseguiu me soltar.

-Pronto, livre de novo.

-Obrigado -saí do carro apressado. Não sei pra onde queria correr, já que a noite só estava começando.

Comemos, conversamos e entre um assunto e outros deixei escapulir:

-Eu saí de casa quando a gente brigou. Pra não fazer besteira. -disse se lembrando da ex-mulher (esse ex é por minha conta).

-Sonsa, perdeu um homem maravilhoso.

Não acreditei que falei aquilo. Primeiro, era fofo demais pra ter saído da minha boca, geralmente seria um gostoso. Segundo, eu não percebi que estava falando com ele. Terceiro, eu fiquei com vergonha por ter percebido que estava falando com ele. Quarto, eu estava com vergonha de ter vergonha por falar algo vergonhoso de um nível superior ao meu. Quinto, eu estava com vergonha de falar, olhar, respirar, cheirar, enfim, perro do cara que eu estava gostando. Sexto, eu estava com vergonha de estar admitindo que estava gostando dele.

Porra, isso tá chato.

Leandro me encarou e perguntou:

-Como?

-Nada, falei demais.

-Por que não te conheci antes?

-Por que nunca foi a uma festa. Eu sempre estou por lá.

-Verdade -disse rindo- Seria ótimo sair com você. Imagino as loucuras que você já fez.

-Não, você não imagina. E eu não estou brincando. -disse sorrindo pra ele.

Depois de comer, caminhamos pela praia. Ele ia contando sua história com Thiago até parar do nada.

-Tudo bem? -perguntei preocupado colocando a mão em seu ombro.

Ele me abraçou desesperadamente.

-Fui eu. Fui eu. Não tive escolha. Fui eu.

-Ei, calma. Calma. -passando a mão em sua cabeça. Eu estava morrendo de tesão, mas também muito preocupado- Calma, tá tudo bem.

-Não tá bem. Eu quem acabei com os sonhos dele.

-Calma Leandro. Quer me contar o que aconteceu?

Ele me encarou e aos prantos confessou:

-Eu quem matei o Thiago.

################

E agora? Kkkkk obg aos que comentam e aos que acompanham. Seus lindos. Até a próxima. Beijos.