Capitulo 23
Parte da série Promessa
Olá galera, muito obrigado por eatarem acompanhando o conto, de coração mesmo.
Vamos aos comentários:
Anderson P.: vc sempre com boas idéias não é? Kkkkk quanto à casa de Thiago, vai ter uma história aí por que ele adquiriu ela com dinheiro do tráfico, aí vem a questão: será que Leandro denuncia a casa? Só acompanhando kkkkk obg pelo comentário.
Ryan Benson: o Davi é um pouco de mim, kkkkkk, mas eu me acho mais parecido com o Léo, que bom que torce pra ele. O Davi foi pra casa da mãe de Thiago, por que ela disse uma vez que se ele precisasse de qualquer coisa era pra ele ir lá. Morte??? Boa ideia cara kkkkkkkkk e obrigado por me livrar da sua ira kkkkkk espero que curta esse. Muito obrigado pelo comentário!
Willianzinho: seja muito bem vindo, casa esteja ruim, por favor me diga, Ok? Quer colocar mais uma # aí não? #thidavi ou #daviago kkkkkk. Ops, falei muito kkkkkkk. Obrigado pelo comentário.
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[Leandro]
As últimas semanas foram muito complicadas pra mim. Depois da conversa, aliás, meia conversa que tive com Davi , revelando meu estado pra ele, meu mundo desandou. Eu não conseguia mais comer, dormir, no batalhão todo mundo dizia que estava ficando doente. E estava. Eu gostava mesmo dele. Tudo que eu fazia nos últimos meses era em prol dele.
O fato é que minha mulher acabou percebendo que eu estava ligado a alguém. Depois de vários dias brigando eu não aguentava mais. Ela sempre apontava o dedo na minha cara e dizia que eu e estava traindo e isso e aquilo outro, enquanto eu precisava do amor que ela dizia ter por mim pra tentar esquecer aquele garoto. Ao invés disso ela me enchia de dúvidas e, no popular, enchia meu saco.
Numa dessas brigas ela me esbofeteou e, pra não fazer alguma besteira, resolvi dormir fora. Estávamos na cozinha na hora da discussão, eu havia acabado de chegar do batalhão e ela já chegou falando que eu estava a traindo pra chegar tão tarde assim em casa. Começamos a gritar e ela me descascou de cima a baixo. Chegamos a um ponto em que um ofendia o outro e ela me bateu. Eu, simplesmente, fui ao quarto, peguei uma roupa, pus na minha bolsa de trabalho e saí. Se ficasse acabaria terminando mal.
A noite estava chuvosa, corri para o meu carro antes que ficasse encharcado e saí desembestado pelas ruas da cidade. Pensei em ir pra casa de minha mãe, mas sabia que se chegasse lá ela poria todos os defeitos possíveis em minha mulher e eu ficaria mais estressado. A opção era a casa da tia Lúcia, a mãe do Thiago.
Subi o morro e cheguei à casa dela. Estava chovendo muito forte e eu estava ficando muito molhado, então comecei a bater forte e insistentemente na porta para que ela viesse e me ajudasse logo. Quando a pessoa chegou, eu estava de costas e não a vi abrindo a porto. Fui virando à medida que a porta ficava meio aberta e com um falso sorriso ia cumprimentar minha tia. No entanto, quem abriu a porta foi Davi. Não poderia ter uma surpresa maior. Não sabia o que sentia. Há semanas não via ele. Parecia bem, um pouco abatido, mas recuperado. Fiquei feliz. Ao tempo que angustiado, pois tentei esquecer aquele garoto de todas as formas possíveis nesses anos, mas agora percebi que não consegui.
- Ela está dormindo.
-Quem é vo... Davi?
-Leandro?... O que voc... Entra, você tá todo molhado.
-Espera aí que vou pedir uma toalha pra dona Lúcia.
Ele subiu as escadas apressadamente, nem me dando tempo de falar com ele, cumprimentá-lo, sei lá. Só sei que os poucos segundos que ele estava ali perto de mim me permitiram vê-lo, por completo. Davi estava lindo. A sua beleza era tanta que me fazia esquecer os problemas. Aliás, a presença dele me fazia esquecer tudo. Nem lembrava mais que estava todo molhado. Eu acho que ele percebeu o quanto eu estava babando nele. Eu estava apaixonado, de verdade.
Pouco tempo depois minha tia desceu com o Davi e me entregou uma toalha. Tia Lucia me mandou ir ao quarto trocar a roupa e foi buscar uma muda de roupa do Thiago pra mim. Davi ficou na sala, enquanto isso, pensando em alguma coisa, tentei decifrar, mas não tive êxito.
Desci depois de uns minutos e ele continuava pensando. Minha tia, como sempre muito receptiva, estava na cozinha esquentando um leite pra eu tomar.
-Dia difícil?
-Minha mãe descobriu...
-Nossa Davi, que barra! Sinto muito.
-Valeu.
-Se precisar de alguma coisa ...
-Obrigado.
-Leandro, venha tomar seu leite -disse minha tia no momento em que ia me aproximar dele.
Eu fui para a cozinha e vi que ele não moveu um músculo enquanto estava lá. Minha tia foi deitar e ele permaneceu estático. Sem pensar duas vezes, deixei o leite pra trás e sem que ele pedisse, o abracei. Foi tão intenso, naquele momento só queria vê-lo se sentir bem. Davi desabou em meu ombro, enquanto eu passava minha mão sobre suas costas o confortando.
Pouco depois ele me agradeceu e subiu para seu quarto. Só de estar com ele me fez abrir um leque de horizontes. Davi ainda poderia ser meu. Abri um sorriso enorme no rosto e me esparramei no sofá. Não cabia dentro de mim de tanta felicidade. Nem lembrava mais das poucas horas atrás. O destino havia me trazido ele de volta. Dessa vez, eu não ia deixá-lo escapar.
[Outro dia] [Davi]
Acordei cansado. Divergente não é, mas foi assim que acordei. Cansado de tudo. Dormi era um peso pra mim, pois acarretavam em pesadelos e mais pesadelos com o que aconteceu ontem. Enfim, sofria acordado ao me lembrar de minha mãe e dormindo, o cérebro fazia questão de detalhar tudo isso.
Desci, tomei o café e pedi permissão para dona Lúcia, para ligar para Léo.
-Alô amor.
-Oi amor. Aconteceu alguma coisa? Seu telefone tá mudo e sua casa ninguém atende.
Contei a história resumidamente pra ele, que disse que iria me buscar na casa de dona Lúcia. Insisti que estava tudo bem, mas ele é ainda mais teimoso e disse que sabia exatamente o que me dar. Colo. Resolvi deixá-lo me levar, afinal ele havia passado pelo mesmo que eu estou passando e soube muito bem se reerguer. Acho que com sua ajuda, eu melhoraria.
Pouco tempo depois a campainha tocou e Leandro foi atender. Eu estava sentado no sofá girando o controle da TV. Dona Lúcia estava na cozinha.
-Quem deseja? -disse Leandro na porta.
-O que você tá fazendo aqui? -Léo falou meio alterado.
-Rapaz, essa é a casa da minha tia. Eu que te pergunto, o que você quer aqui?
-Desgraçado, só por que o Davi tá mal, acha que ele vai cair na tua? Presta atenção, Davi é meu, Ok?
-Cara, do que você está falando? Para de ser retardado e atrapalhar a vida dos outros.
-Eu não vou deixar você acabar com o amor que eu tenho pelo Davi. Fique sabendo. Davi.
Eles estavam literalmente discutindo. Léo falava aos berros e Leandro respondia a altura. A diferença era que Leandro não conhecia Léo.
-O que está havendo? -disse indo à porta- Léo? Por que estão discutindo?
-Conhece esse babaca?
-Oi amor -disse Léo mais para implicar que para se apresentar.
-Léo, espera no carro, vou me despedir da dona Lúcia.
-Tudo bem amor -ele olhou para Leandro e saiu.
-Idiota. Hein Davi, não dava pra ter arrumado um melhor? -falou Leandro fechando a porta e vindo a mim.
-Eu gosto dele. Na verdade, o amo.
-E já se esqueceu de mim? -Ele parou na minha frente.
-Tá louco? Nunca quis ficar com você.
-Nosso beijo na clínica não disse isso.
-Suas palavras na lanchonete disseram o que?
-Me perdoa, eu...
-Não me interessa Leandro. Eu to com o Léo, e ponto.
Ia saindo, ele me pegou pelo braço, mas logo soltou. Ele podia ser qualquer coisa, mas nunca forçaria nada.
Despedi de dona Lúcia e fui embora. Ao sair da casa notei o policial encostado no canto da parede olhando o chão. Não era difícil saber o que pensava. Mas eu não iria ficar com ele, estando e amando Léo e ainda por cima, com ele casado.
No carro, dei uma bronca em Léo, mas logo o desculpei aos beijos. Fomos pra sua casa e Léo ficou o dia agarrado a mim. Eu fiquei deitado em seu peito e ele me fazia carinho com a mão direita nos cabelos enquanto eu me abraçava a outra.
-Amor, eu te amo. Quero que saiba disso sempre -disse ele.
-Mo, obrigado por estar esse tempo todo comigo. Te amo.
-Eu estarei contigo sempre.
-Só de estar com você será ótimo.
Adormeci logo após. Mais tarde acordo ainda abatido. Léo percebeu e só fez pegar o seu vilão e com sua linda voz cantou pra mim:
Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito...
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...
Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só...
Você é assim
Um sonho pra mim
Quero te encher de beijos (eu o beijei)
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor...
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância...
Seus olhos meu clarão
Me guiam dentro da escuridão Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só... Você é assim
Um sonho pra mim
Você é assim...
Você é assim...
Você é assim... -
"Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Penso em você
Desde o amanhecer
Até quando me deito
Eu gosto de você
Eu gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo
É o meu amor"
-Te amo Davi. Não conta pro André a parte do amigo.
-Eu ouvi -diz André na porta choroso. Eu também estava- Depois eu te Bato por isso, agora termina a declaração- diz e sai.
-Sabe, eu não paro de pensar em você um minuto. Quero você juntinho a mim em todas as horas. Quero dançar essa música com você, olhando nos teus olhos e dizendo o quanto te amo. Quero ser seu alicerce para quando precisar. Não sei mais viver sem você. Eu te amo.
Eu estava derretido em lágrimas, ele me fez esquecer todos os problemas, se isso não era uma forma de demonstrar seu amor eu não sei o que era.
-Te amo Léo. Muito. Muito. Muito -Beijei-o.
-Declaração do dia feita. Te amo mo.
-Amor, vamos dançar ela à capela? Achei tão lindo.
-Eu não sei se choro ou se grito de alegria. Te amo.
Levantamo-nos e começamos um pra lá e outro pra cá, enquanto ele cantava e eu me deliciava com sua estupenda voz...
" Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito..."
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Tá aí galerinha, obrigado por tudo e feliz 2015. Queria dedicar esse capítulo a uma pessoa muito especial pra mim...