2° temporada- capítulo 2

Conto de escritor da noite como (Seguir)

Parte da série Promessa

Oiiiieeeeee to sumido, não é? Pois é, sou desses. Muito obrigado por acompanharem e aos que comentam. Essas férias estão sendo muito trabalhosas pra mim, mentalmente dizendo. Escolher uma faculdade é foda galerinha kkkkkkk. Muito bem, vamos responder aos comentários...

Ryan Benson: quer dizer que você não é pervertido? Então me responde, como imaginou que o André ficaria com os dois? Kkkkkkk Leandro e Davi terão seu momento, em breve, ou não kkkkkkk, você vai entender um pouco hoje. Muito Obrigado pelo comentário e espero mais conversa contigo no email. Abração 😜😜😜. Aaaaaaah, esqueci, to pensando seriamente em um certo Lucas entrar na história kkkkk.

Nicksme: pronto queridinho, ta aí mais um. Vê se para de me cobrar kkkkkkk, mentira, sou enrolado mesmo, pressiona mesmo kkkkkk. E já que você fez o que fez com o meu #caio10, aguarde pra ver o que acontecerá por aí. Te adoro Niiiick kkkkkkk. Muito obrigado.

Hugo: sério que deu vontade? Opaaa, danado kkkkkkk que bom que gostou (ia fazer uma piada com gozou, mas não vamos entrar no mérito, vamos fingir que não sou escroto). Muito obrigado pelo comentário.

Gente, temos ainda alguns mistérios para resolver não é? Vamos lá então.

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[Léo]

Você já se sentiu inútil? Você já esteve numa situação em que não houvessem saídas? Nem sequer uma pequena porta pela qual pudesse passar e chamar alguém para te ajudar. Ou ainda, esteve alguma vez sem ação?

Pois é. Situações assim acontecem aos montes. Quando você você é pego pelo professor colando na prova. Quando sua mãe descobre que você é gay. Quando simplesmente seu mundo se desmorona sobre você após terminar com um relacionamento. Quando você é flagrado traindo alguém. Quando você é simplesmente pego pelos pais quando criança fazendo arte, como quebrar ovos do galinheiro, espalhar feijão sobre o quintal, enfim. Você se sente sem chão. Não sabe onde enfiar a cara.

Naquele momento eu me sentia pior. Não eram simples ovos ou feijões, não era uma descoberta dos pais, não era um flagra da professora. Era o meu amor morrendo ao meu lado. Eu o via partir e nada podia fazer. Como em tão pouco tempo tudo havia ido a baixo? Literalmente a baixo. Eu, finalmente, havia visto meu amor. Mal o tinha tocado, mas o simples fato de ele ir a minha casa era tudo. Alegrava meu dia. Davi sabia como me fazer feliz, pelo simples fato de ser ele. Davi sabia me fazer feliz pelo simples fato de mesmo com raiva me olhar e demonstrar todo seu amor por mim. Eu faltava chorar de tanta emoção. A cara emburrada dele olhando para o chão, desviando-se de mim, mas querendo me olhar. Sua voz que me mesmo em tom de ira ainda soava perfeita, doce e magnífica. O cruzar de olhares que tínhamos às vezes, revelando uma lágrima em seu olho querendo escapar, um sorriso escondido naquela face linda, moldada a mão, um gesto simples, mas que me confortava. Ele me apaixonava a cada instante, ele me deixava louco a cada instante, eu amava-o mais e mais a cada segundo que passava. Pode parecer clichê, e é, mas foda-se, é que eu sinto pelo amor da minha vida. No entanto, agora ele está ali, ao meu lado, desacordado, e eu nada posso fazer.

Você ainda deve estar se perguntando por que eu não saio daquele maldito carro, dou a volta e o tiro daquelas amarras. Vai ficar ainda mais intrigado quando eu lhe disser que eu consegui sair do carro e estava olhando meu namorado pela janela, que estava aberta. Por que você não o ajuda seu desgraçado? Para de ficar pensando e o tire daí. Talvez ele ainda se salve. A você que pensa nisso, eu posso te explicar, porque nada posso fazer.

Para se desviar do desgraçado que vinha em nossa direção, eu acabei fazendo uma manobra completamente errada e acabei capotando. No acidente, eu e ele nos machucamos muito. Cortes pelo braço, tínhamos vários. Davi sangrava pela cabeça, enquanto eu estava com meus braços ensanguentados. Com certo esforço, eu consegui me soltar do cinto de segurança e saí do carro. Dei a volta nele e chamei por Davi. Gritava por socorro e chorava por Davi. Eu queria o salvar dali. Era demais pra mim ver meu amor sofrendo daquele jeito, mas eu não podia. Na situação que estávamos, eu infectaria-o com esse maldito vírus. Eu não podia fazer isso com ele. Eu estava sendo um fraco? Eu estava errado em tentar proteger o meu amor? Estava sendo um covarde em deixá-lo morrer ali em minha frente? Estava sendo um herói em não tocá-lo? Me diz! Por favor me diga o que eu teria que fazer. Condená-lo a essa vida terrível que naquela situação em que nós dois sangrávamos tanto para o evitar algumas consequências, ou até a morte dele? Imagine você em minha situação. Não, não, por favor, não imagine isso. É terrível demais.

Davi era a pessoa mais importante da minha vida. Junto a André ele cuidava de mim. Ele estava comigo em todas as situações seja qual elas fossem. Ele me confortava, ele me preenchia, seu amor era tudo o que me bastava. E agora, eu, Leonardo, o cara que dizia juras de amor a ele, que dia pós dia entoava canções para ele, o cara que prometeu todo carinho, atenção e cuidado. Cuidado. Cuidado. Eu não podia cuidar de meu namorado. Que espécie de pessoa eu sou? Será que era certo eu estar com Davi? Se ele se salvasse, "se" pronome pessoal do caso oblíquo, que indica indeterminação, que indica que a pessoa fará sozinho, no caso de Davi, lutará sozinho. Era justo? É justo eu permanecer com isso? Falar que o amo, mas que não posso cuidar dele, tirá-lo de uma situação de perigo como essa? "Aguente firme amor" era tudo o que eu podia dizer a ele, além de implorar por socorro.

Eu me odiava. Odiava a mim mesmo por deixar ele se aproximar de mim. Por deixá-lo se apaixonar por mim. Sabia que isso iria acontecer, mais cedo ou mais tarde. Mas eu fui um fraco. Eu queria viver isso com ele. Era mais que real que esse amor era impossível. Eu não posso tê-lo. Não posso fazê-lo sofrer.

Ao menos meus gritos serviram pra alguma coisa. Alguma pessoa descia a ladeira aceleradamente. "Ele vai salvar Davi" "Ele vai te salvar meu amor" "Vai dar tudo certo pra você meu lindo" "Por favor, aguenta mais um pouco". A pessoa chegou a nós e pude ver quem era. Já imaginaria que seria ele, estávamos perto da casa da mãe de Thiago, quem mais deveria ser? Foda-se o que eu pensava, ele precisava ajudar Davi.

-Por favor, tire-o dali, eu não posso. -falei implorando-o.

-Cadê ele? -direcionando-se ao carro.

-No carona. Tire-o, por favor. Eu não sei o que vou fazer se ele...

-Cala a boca e me ajuda.

-Eu não posso. -falei chorando.

-Para de ser um fracote e segura a porta, caralho.

Obedeci-o. Leandro retirou Davi do carro e o deitou com calma no solo a uma certa distância do carro. Segui os dois e chorava baixinho ao lado de meu namorado. Ameaçando tocá-lo, mas evitando, pelo fato que estou cansado de citar. Leandro estancou os sangramentos mais preocupantes o máximo que podia e eu apenas olhava. Naquele momento eu vi uma coisa que poderia enxergar a quilômetros. Leandro amava Davi, não era apenas um desejo de alguém que criou um grande afeto, mas era um amor que foi crescendo desde que se conheceram na mansão. Meu coração se apertou no momento respondendo à questão que se abria em minha mente. Ele era o cara certo para Davi. Ele o amava como eu, ele o respeitava, ele cuidava de Davi. Ele fazia o que eu nunca poderei. Sentei no terreno e pus minha cabeça sobre os joelhos. Pus em minha mente que Davi se salvaria e eu faria o que poderia para cuidar dele, eu me afastaria dele.

Os médicos chegaram e nos levaram. Tive o cuidado de dizer que eu era HIV positivo quando o paramédico se aproximou, ele se protegeu e voltou para cuidar de mim. Fomos ao hospital em ambulâncias separadas, obviamente ele foi primeiro, e levou consigo meu coração. Eu não me importava comigo. Eu estava condenado à morte mesmo, mas meu amor tinha que se salvar. Dentro da ambulância me martirizada ainda mais pelo fato de ele precisar de sangue e eu não poder doar. Tudo novamente indicava que eu e Davi não deveríamos ficar juntos, era para o bem dele.

Fui internado e operado, nada demais, alguns pontos nos braços e nas pernas, fora um curativo no supercílio. Em algumas horas estava bem já, apenas as dores me incomodavam e a preocupação com Davi. Não parei de pensar nele um segundo sequer. Será que os médicos haviam o reanimado? Será que ele está bem? Eu preciso ver meu amor. Tentei me erguer na cama, em vão. Na terceira tentativa consegui. Pus uma perna para fora e sinto uma mão tocando o meu ombro. Rapidamente virei meu rosto e o encarei.

-Não vai adiantar você ir lá agora.

-Eu preciso vê-lo, não vou me acalmar antes que consiga ver o Davi.

-Ele está sedado. Está no UTI, no seu estado não conseguiria passar pela recepção.

-Eu não posso perdê-lo Leandro. -disse abaixando minha cabeça e olhando para o chão.

-Ei, não vamos perdê-lo, Davi é forte, em breve vai estar aqui conosco. Deite-se um pouco. -disse me ajudando.

-Obrigado por ter salvado ele.

-Não tem o que agradecer, qualquer um faria o mesmo pela pessoa amada.

Só abaixei a cabeça.

-Por que você está aqui no meu quarto?

-Você não tinha companhia e ficando aqui eu posso ter informações do Davi a qualquer momento, já que ele está na UTI e não pode ter acompanhante.

-Mesmo assim obrigado.

-Por nada. Precisa de alguma coisa?

-Que ele acorde.

Fiquei olhando a TV enquanto o tempo passava. Depois de alguns minutos consegui descansar e só acordei no dia seguinte. Minhas costas me matavam de dor, meus braços pareciam chumbos de tão pesados, minha cabeça estourava de dor. Senti uma mão acariciandl eu cabelo e meu rosto, com certeza não era Leandro.

-O que você faz aqui sua passiva louca?

-Vim ver meu bebê.

-Desculpa pelo carro. -forcei um sorriso.

-Ele tinha seguro.

-Menos mal.

-Você tá melhor? -ele olhou em meus olhos.

-Muita dor. E o Davi, já saiu da UTI.

-Ele ainda não voltou do coma.

-O que? Como assim? O Leandro não me contou nada. Mas é induzido não é?

-Não meu lindo. O Davi sofreu uma fratura no crânio -ele chorava-, ele entrou em coma.

-Por quê? Por que ele? -eu chorava e sussurrava aquelas questões.

-Ele é forte Léo. Ele vai superar. -ele, chorando, tentava me acalmar.

-Eu não posso perdê-lo André.

-Não vamos. Ele vai acordar e nós vamos estar aqui com ele. Mas você tem que ser forte para ajudá-lo a se recuperar.

-A culpa é minha.

-Ei, ei, não é não. Foi o carro que desceu o morro rápido demais e você teve que se desviar. Senão vocês teriam morrido.

-Não é disso que eu to falando Dé. Eu não pude o tirar de lá, por que estávamos os dois sangrando, não pude fazer nada.

-Não se julgue meu anjo.

-Eu não posso ficar perto dele. Eu só trago desgraça pra ele. Agora ele está quase morrendo e eu não posso ao menos o tirar de um carro. André, não posso ser um incosto pra ele. Não quero que ele seja minha babá, eu o quero como namorado. Mas não posso.

-...

André nunca ficava calado com as loucuras que dizia. Ele sempre tinha uma resposta para me dar. Mas dessa vez foi diferente. Ele não disse que eu era um sonso, que havia me precipitado. André apenas se calou. Como eu queria que ele dissesse algo, xingasse-me, falasse que eu estava delirando. Mas não, ele se calou. Não o culpava por isso. Não havia outro lado para se pensar.

-Dizem que quando a pessoa entra nessa fase, os mais próximos são quem podem ajudar. Conversando todos os dias com ela, fazendo carinho. Por favor, não se afasta dele. -André suplicou.

-É claro que eu estarei com ele até que ele acorde. Eu não suporto o ver nessa situação. Eu o amo demais.

-Então o ajude como você pode, com seu amor.

-Eu estarei sempre com ele, mas não posso fazer isso de novo André. O Davi tem que achar quem cuide dele. Ele vai acordar, tenho fé nisso. E então vou me afastar.

-Só descansa agora. Você precisa de repouso. -disse beijando minha testa.

**********

Lana del Rey [Born to die- primeira parte]

Pés, não me falhem agora

Leve-me até a linha de chegada

Todo o meu coração se rompe a cada passo que dou

Mas eu estou esperando que os portões

Digam-me que você é meu

Andando pelas ruas da cidade

É por engano ou desejo?

Sinto-me tão sozinha numa noite de sexta-feira

Você pode chegar e se sentir em casa

Se eu te disser que você é meu

É como eu te disse querido

Não me deixe triste, não me faça chorar

Às vezes o amor não é suficiente

Quando o caminho se torna dificil

Eu não sei por quê

Continue me fazendo rir,

Vamos ficar loucos

O caminho é longo e nós continuaremos

Tente se divertir nesse meio tempo

Venha e dê um passeio pelo lado selvagem

Deixe-me te beijar na chuva

Você gosta de garotas insanas

Escolha suas últimas palavras

Esta é a última vez

Porque você e eu

Nós nascemos para morrer

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Bom galerinha foi isso. O que vocês realmente estão achando do conto? Eu sinto que caí na monotonia, sei lá, que tem algo errado kkkkk. Comentem por favor. Até breve meus lindos.

Comentários

Há 3 comentários.

Por Ryan Benson em 2015-02-02 15:08:33
Não cara... Não, me diz que isso é mentira... O Léo está sofrendo demais, e ainda tem que se afastar do amor da vida dele... eu não aguento, dá vontade de chorar. E o Davi também, que vai sofrer muito sem o Léo. Ele conseguiu esquecer o Thiago finalmente depois que começou a namorar o Léo, e agora vai ter que enfrentar mais uma perda... Coitado véi. Só espero que o Leandro cuide bem dele, porque já tá mais do que óbvio que eles vão ficar juntos. E já que isso com certeza vai acontecer, vc NÃO PODE deixar o Léo sozinho!! Coloca eu na história pra cuidar dele \0/ eu aqui!! Kkkkkkkk é isso, esperando pelo próximo aqui. Abraço!
Por hugo em 2015-02-02 00:06:36
nossssa mto sofrimento agora que eles estavam quase de boa kkkk mais acho que Leo tem que ser forte e se ele ama mto como fala não deve desistir !!!
Por Nicksme em 2015-01-30 11:39:56
Lana del rey *-*, lindo, quase chorei, coitadinho do Leo, não poder ajudar o seu amor por causa dessa maldita doença, realmente deve ser algo terrível, uma impotência dessas é de martirizar qualquer ser humano, enfim espero que Davi se recupere e volte para os braços de Leo são e salvo. Amando o conto lindo, esperando ansioso o próximo cápitulo.