Capitulo Um

Conto de Escritor Anonino como (Seguir)

Parte da série Peter e Higor

Bom, todos sabem como a vida na cidade é agitada, e eu Peter, não estava preparado para o turbilhão de notícias que viriam pela frente.

Tudo começou, quando no final do ano de 2013, eu estava com 19 anos, trabalhava, morava e estudava o 3° do ensino médio em uma cidadezinha do interior, chamada Boa Esperança. Fui demitido do meu emprego e na mesma semana recebi a notícia que havia passado no vestibular de uma das universidades particulares da capital do meu estado. Até aí estava tudo se amenizando, uma noticia ruim, e uma boa. O emprego que eu tinha, servia apenas para os meus luxos; roupas, festas, pizza, bebida e cigarros, então não me faria muita falta, mas eu tinha, e tenho até hoje certeza que meus pais não sustentariam esses meus mimos. E outra como trabalhava em tempo integral não teria como ir de ônibus todos os dias para a cidade vizinha. Na semana seguinte fui até a capital ver casas, ou quartos para alugar, e tentaria algum emprego.

Chegando em Vila Madalena, a capital do Estado de Pinheiros, me hospedei em um hotel, -7 estrelas por sinal. Como cheguei já era bem tarde, decidi deixar a correria para o dia seguinte, afinal minha mãe tinha me patrocinado praticamente para o mês todo lá.

A noite quando fui tomar uns goró no bar da esquina, percebi que um dos atendentes do hotel, ficava me encarando, como se fosse me devorar, mas nem dei muita bola pra ele. Quando cheguei ao barzinho, era de MPB, tinha uma música bem legal ao fundo. Sentei e pedi uma caipirosca, que era uma delícia por sinal. Copos vem, músicas vão, as pessoas passando, as horas correndo, quando era quase duas da manha decidi voltar para o hotel, meio turvo cheguei no saguão do hotel e percebi que o mesmo funcionário ainda estava ali, e continuava a me encarar.

Como estava em cidade diferente, sozinho há quase dois meses, e sob efeito de álcool, decidi que ia provocar o rapaz, que era muiiito bonito, mas antes me certifiquei que estávamos a sós no local.

Comecei a andar em direção ao elevador rebolando, e fingi uma tontura muito forte e me escorei em um das paredes do salão, quando o rapaz me viu, veio correndo em meu auxilio

- Está tudo bem, sr. Peter?

- Está tudo bem moço, só me ajude a chegar em meu quarto, por gentileza.

Quando ele foi me levantar, teve que obrigatoriamente me agarrar por trás, e eu já cheio de péssimas intenções forcei bem o meu corpo contra o dele. E ficava encostando a minha bunda na sua inerte rola, que nem sinal de vida dava, sendo assim percebi que teria que apelar. Como sou magrinho e o atendente era um pouco musculoso, fingi um desmaio, fazendo ele me pegar no colo.

O coitado subiu três lances de escadas comigo em seus braços, e quando percebi que estávamos quase chegando no meu quarto, mais uma vez me fiz ator, e menti que estava recuperando a consciência naquele momento, e balbuciei algumas coisas. Quando chegamos em meu quarto, eu um pouco mais são, pedi que o rapaz esperasse que eu o recompensaria pela gentileza. Falei que sentasse na cama e esperasse que eu pegaria alguns trocados para ele em minha carteira que estava na mala, dentro do closet. Quando saí, estava apenas de cueca, peguei o dinheiro e dei na mao do rapaz, e perguntei o seu nome.

-Higor- disse meio envergonhado pela situação.

- Foi uma enorme satisfação em te-lo conhecido, e obrigado pela gentileza.

- Que isso sr. Peter, é sempre um prazer ajudar os clientes!

-Prazer? Foi uma satisfação, se você quiser prazer, eu posso proporcionar isso a você!

Higor corou na hora, e ficou muito sem graça....

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