Adolescência a flor da pele - Algo a mais - Parte 1 (2x01)

Conto de escritor xXx como (Seguir)

Parte da série Adolescência a flor da pele

Eu encarei a Sara com um sorriso no rosto.

- Eu me pergunto como alguém pode rir mesmo depois de ser expulso de casa e perder o emprego no dia seguinte? – Disse ela enquanto andávamos pela cantina.

Antes que eu pudesse responder ela me encarou e disse:

- Espere, eu sei. O nome disso é Gustavo.

Eu confirmei com a cabeça. Eu olhei para o lado e vi um garoto com uma blusa verde nos encarando.

Quem era aquele ser?

Eu nem queria saber. Voltei a minha atenção para a Sara.

- Ele é tão atencioso, tão incrível e tão sexy- eu disse sorridente.

- Vocês só podem ter transado ontem. Eu acertei? – Continuou ela com as perguntas.

Eu não estava esperando aquilo.

-Não... Está cedo ainda – respondi.

Ela riu.

- Você está na casa dele há uma semana e vocês já estão namorando, então, não é cedo!

Ops, pensei.

- Tecnicamente é isso – disse baixo.

Ela parou de andar e se virou.

- Como assim tecnicamente? – Disse a Sara.

- Nós não tivemos nenhuma conversa sobre isso, mas eu moro na casa dele, então, namorado é o mínimo que eu sou... Não é? – Disse como se fosse tão simples assim.

- Ele não tocou no assunto? Ele te apelidou de alguma coisa?- Perguntou ela.

Eu não gostava do modo como ele se referia a mim algumas vezes. Na verdade eu odiava. Gazelinha, esse era o apelido que ele havia me dado, mas eu não iria dizer a Sara.

- Talvez – respondi.

Nós nos sentamos em um banco. Ela colocou as mãos sobre os meus ombros e se preparou para dizer algo que não queria.

- Olha, talvez eu esteja errada, mas... Eu não acho que o Gustavo Romanack queira um relacionamento com alguém – disse ela da melhor maneira possível.

- E por que você acha isso? – Quis saber.

Ela olhou ao redor e viu que ninguém estava próximo, exceto pelo garoto de blusa verde, é claro.

- Eu nunca ouvi nada sobre ele ser gay aqui na faculdade. É como se ele não fosse assumido e diferente da gente, ele não chegou esse ano, está aqui por quase quatro. Você não acha estranho isso? – Concluiu ela.

- Acho que ele é alguém reservado e só – disse tentando acreditar em minhas palavras.

As aulas acabaram rápido demais. Eu não prestei atenção em nenhuma matéria, à única coisa que estava em minha cabeça eram as palavras da Sara. Por mais que eu não quisesse admitir, era estranho o fato de não haver boatos sobre ele. Eu havia entrado este ano e todos pareciam saber da minha sexualidade.

Tentei não pensar, afinal, eu estava feliz com o que eu tinha com o Gustavo. Mas o que eu tinha? Esta era a pergunta.

Quando estava saindo da sala eu encontrei a pessoa que sempre está em meus pensamentos. Ele sorriu.

- Vamos? – Perguntou o Guto.

Eu concordei.

Era tão estranho ir embora com ele todos os dias. Nós dois passamos uma semana inteirinha juntos, quase todas as horas, o que era tão bom que me fazia esquecer os problemas com a minha família.

- Eu estou ficando mal acostumado – disse antes de entrar em seu Golf. – Toda essa gentileza de abrir a porta pra eu entrar não combina com você.

Ele riu.

- Eu concordo – disse ele ainda me encarando daquele modo do qual eu amava. – Mas combina com você.

Eu não conseguia olhar para ele e não pensar se ele era um cara enrustido, dentro do maldito armário e por isso nunca, nunca, nunca e mais um nunca... Assumiria a nossa relação.

- Gazelinha, você está tenso, o que foi?

- Eu odeio esse apelido – respondi.

- Eu sei, e só por isso continuo te chamando assim.

Ele era tão... Tão... Bom demais pra ser verdade. Essa era a definição perfeita para ele.

- Vai me dizer o motivo de estar tão estranho ou eu vou ter que te obrigar a falar? – Perguntou ele em um tom de ameaça.

Não pude controlar o meu sorriso bobo. Eu estava corando, o que acontecia com frequência quando eu estava tão perto dele.

- E como você vai me obrigar a falar? – Arrisquei na pergunta.

- Com beijos e mordidas? – Disse ele fazendo com que a minha barriga gelasse.

- Não, por favor, não faça isso – brinquei.

Ele se inclinou e me roubou um beijo que eu retribuí com toda a vontade possível. Os seus lábios era tão quentes e molhados, a sua língua invadindo a minha boca era a coisa mais maravilhosa do mundo.

- Você me convenceu.

Eu não conseguiria esconder dele por muito tempo, então, pensei que o melhor a fazer era revelar os meus pensamentos o mais cedo possível.

- Não me leve a mal, mas eu...

Droga eu não conseguia terminar.

- Você? – Perguntou o Guto não entendendo.

- Eu... Eu estou adorando passar este tempo com você, mas eu não sei o que nós temos – disse por fim.

Ele me encarou com certo estranhamento.

- É claro que sabe. Nós somos amigos – disse ele rindo.

Amigos? Nãoooooooooooooooo.

- Como assim amigos? – Perguntei com um sorrisinho forçado.

Ele se virou e me encarou.

- Amigos... Tipo, amigos mesmo – disse ele com o seu jeito todo engraçado.

- Você me beijou a semana inteira e teve um dia que você... Você passou a mão pelo meu corpo descaradamente – eu disse meio constrangido.

- Nós somos amigos com privilégios, só isso – continuou ele me fazendo odiá-lo, como se fosse possível.

Eu estava com tanta raiva e tão quebrado que o único modo de me defender era o sarcasmo.

- Como no filme “Amizade Colorida”, só que nós somos homens! – Disse rindo.

Ele me encarou e abriu um enorme sorriso.

- É isso, você tirou as palavras da minha boca – disse o Gustavo.

- Eu estou sendo sarcástico! – Gritei.

Ele se assustou com o meu grito.

- Qual é o seu problema? – Ele perguntou.

- O meu problema é ser idiota. Eu pensei que a gente estivesse namorando... Eu nunca namorei, então, não sei se as pessoas ainda pedem outras em namoro – Eu respondi tentando não chorar.

Ele colocou as mãos nos meus ombros.

- Ei, não fique assim. Eu realmente gosto de você e admito que quero ser mais do que o seu amigo.

- Eu admito que desde que te vi no hospital tenho uma vontade imensa de te proteger, nem que pra isso eu tenha que te trancar como eu fiz na festa – completou ele.

Eu coloquei a minha mão sobre a dele em meu ombro esquerdo.

- Então qual o problema de ter algo a mais? – Perguntei.

- Eu não estou pronto para assumir um relacionamento agora. Mas eu estou pronto para passar o tempo te conhecendo cada vez mais... Eu adoro estar com você – Continuou o Guto.

Eu não me controlei e o beijei. Eu nunca o beijei, sempre esperei ele me agarrar, mas desta vez foi diferente, eu tomei a iniciativa.

- Vamos pra um lugar mais reservado do que o estacionamento da faculdade? – Perguntou ele.

Eu sorri e o beijei novamente o que significava um “sim”.

Ele dirigiu até uma rua pouco movimentada. Eu sabia o que aconteceria ali, eu não era nenhum pouco inocente. Eu queria tanto quanto ele, eu estava louco por aquilo.

Ele tirou a camiseta e se inclinou tirando o meu fôlego com os seus beijos quentes. Tudo nele era tão quente... Tão sedutor. Ele era tão gostoso. Aquele corpo definido me tirava do normal.

O Gustavo começou a tirar a minha camiseta. Qualquer garoto gay no meu lugar se sentiria nas nuvens com os beijos que ele dava em meu pescoço, mas todo o meu fogo se apagou quando ele começou a tirar a minha roupa.

- O que foi? – Disse ele percebendo.

Eu ainda não estava pronto. Eu não estava pronto para ficar sem roupa na frente daquele garoto. E eu sentia vergonha do meu corpo. Eu não era sarado como ele, na verdade eu estava um pouco acima do peso, devia ter até celulites.

- Eu...

Ele continuou a beijar o meu pescoço novamente e rapidamente tirou a minha camiseta. O Guto começou a lamber os meus mamilos. Aquilo era tão bom que eu nem mesmo havia percebido que estava sem camiseta na frente dele. A sua língua fazia movimentos circulares, o que estava me deixando louco. Ele era tão bom naquilo e eu tão inexperiente, mas não iria deixar que ele percebesse, se é que já não havia percebido.

Eu o empurrei de cima de mim, o Guto voltou para o acento do motorista. Pulei em cima dele e comecei a lamber a sua barriga. Eu passava a língua por cada músculo daquele corpo, eu queria parecer muito experiente e não um mero virgem de dezessete anos. Quando cheguei a seus mamilos tentei repetir o que ele havia feito comigo, mas não fui tão bem quanto ele. Ele era o deus do sexo e eu em simples virgem que não sabia nem mesmo fingir a inexperiência.

Ele começou a rir.

- O que foi? Fiz algo errado? – Perguntei sem jeito.

- Pra sua primeira vez até que você está se saindo bem – disse ele só confirmando o quanto era óbvio.

- Co... Como você sabe? – Perguntei.

Ele ignorou a minha pergunta.

Ao invés de me responder ele forçou a minha cabeça para baixo, fazendo com que eu me inclinasse em direção a sua virilha.

Eu estava com o rosto no colo dele, aquilo era tão desconfortavelmente bom. Meus pensamentos estavam acelerados, eu não conseguia pensar uma coisa de cada vez.

- Tem uma coisinha que você pode fazer pra me deixar muuito feliz, minha Gazelinha... Quer tentar? – Ele perguntou com aquela voz de Deus do Sexo. Como eu poderia recusar?

A série voltou. Espero que vocês tenham gostado deste início de temporada. Eu espero que vocês estejam animados para essa nova etapa que se inicia para os personagens. Eu posso dizer, que na minha opinião, esta temporada será a melhor que a série já viu. E quanto ao David ele irá aparecer mais para frente. Continuem lendo :)

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