16- Magoas
Parte da série O Carinha Do Terceiro
Ooooi gatosos. Saudades de ocês k. Vamos ao
conto
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"Algumas pessoas nunca dizem uma
mentira - se souberem que a verdade
pode magoar mais"
- Mark Twain
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César estava acabado, mas ele não tinha
perdido a sua poser, pois ele precisava fingir
que estava bem.
César atravessou a rua e veio em nossa direção,
Neto então resolve me larga e ele tenta falar
com César passificamente, mas é em vão César
pega Neto pelos braços e o joga no chão. Neste
momento pensei que César fosse bater no Neto,
mais não, ele veio em minha direção, e então
pensei "vou apanhar!".
James também atravessa a rua tentado evitar o
pior, Álvaro o puxa mas é em vão ele, se
desprende de Álvaro e então está andando até
nós. Neto se levanta.
- César ele não fez nada, não aconteceu nada -
Disse Neto, obviamente mentindo.
César: - Não aconteceu nada?! Neto você tá sem
camisa. Fernando estava imprensado na parede,
por você. E não aconteceu nada?!
Neto: - Não, tudo isso que você viu não passa...
De uma...
César: - Cala a boca. Não é de você que eu
quero ouvir o enrendo dessa história.
César olha pra mim. E vem mas perto em minha
direção, e só me encara. Algo que eu não
consigo fazer de volta e então, James fala
chegando perto, e pegando no ombro do César:
- Heey cara? Se ele disse que nada aconteceu.
Então nada aconteceu
César: - Você não ouviu o que o Álvaro disse?
Eles sairam juntos la da escola!
James: - Isso não que dizer nada!
César: - Fernando quero ouvir da sua boca!
Eu já estava cansado de tantas Mentiras e então
resolvo conta a verdade.
Eu: - Você que sabe a verdade César?! Então la
vai! A verdade é que eu não sei se sinto alguma
coisa por ti, está bem. Me desculpe, eu não sei.
Foi tudo tão bonitinho, eu correndo atrás de você
mas tá tudo sei lá. E sim aconteceu algo la
dentro eu beijei Neto. E antes de você, berrar,
me bater ou sei lá o quê, eu estou aqui sendo
sincero ok. E antes de a gente acaba se
magoando e odiando um ao outro eu
quero...Terminar
César presta atenção em cada palavra. Mas a
última palavra dita por mim, de todos os tapas
aquela palavra era a pior.
César: - Tem certeza? Essa é a sua escolha?
Eu: - Sim
César: - E tudo o que vivemos? Foi em vão? Tá
eu sei que foi pouco... Mas você não pode deixa
o nosso amor ser destruído assim
Eu: - Já fiz a minha escolha e não vai ser você
que vai mudar
Então pego minha bolsa e saiu de lá não olho
para trás e os deixo os quatro la.
Não sei o porquê mas tinha certeza que até
James estaria me odiando naquele momento.
Vou para casa e desligo o celular. Na verdade
eu me desligo de tudo e de todos.
No dia seguinte resolvo não ir para a escola e
meu celular permanece desligado assim como a
minha vida.
Se passa alguns dias e a minha vida la na escola
estava insuportável. Minha relação com Neto
estava boa, legal, divertida, vários adjetivos
possíveis. Até que chega o dia mais esperado
por todos os alunos da minha escola. O dia da
viajem para o ACAMPAJOVEM.
Os dias se passaram muitooo devagar para mim,
mas eu ia levando mesmo assim.
Os dias iam passando eu fingindo que estava
bem ou sei la. La na escola César tinha virado
algum tipo de lenda para mim
E o que estava acontecen era: César na dele.
James meio longe de mim, não sei o por quê e
Neto por incrível que pareça estava disposto a
realmente ter algo sério comigo. Só dependia de
mim mesmo. Ou seja querer.
Chega o primeiro micro ônibus e eu sou o
primeiro a chegar. Pois estava meia hora
adiantado, eu poderia entrar mas não queria fica
lá dentro sozinho. O micro ônibus era um desses
micro, normal, com ar, janelinhas com cortina,
eu imaginei que veria vários daquele pois era
pequeno e era muito alunos. E começa a chegar
outros alunos.
Neto: - Ferdes? Você vai? Que honra. Você não
me disse que iria
Eu: - Honra? Nossa...
Neto: - Mas e aí. Me conta como ficou...
Eu: - Você devia imaginar, não ficou tá.
Terminamos naquele dia...
Neto abre um sorriso e chega perto e fica do
meu lado:
- Mas do quê ninguém você sabia que isso não
tinha futuro. Tipo agora que você está aí na
pista. Eu também estou então...
Eu: - Então... Você fica na sua pista e eu fico na
minha. E futuro é algo muito longe...
Resolvo ir embora César tinha acabado de
chegar e ele fica me olhando incrédulo e então
Neto me pega pelas mãos, chega perto e
começa a fazer caricias em minha orelha
dizendo:
- Você terminou com ele. Pois estava confuso.
Isso quê dizer que você senti algo por mim.
Eu: - Independentemente do beijo...
Neto: - Você gosta de mim.
E ele vai se aproximando. E de cantinho de olho
percebo que César está nos observando.
Eu: - Sério que você vai me beijar aqui? Para tá
chegando muita gente
Empurro ele com tanta forca que Neto se
machuca um pouco suas costas no micro-
ônibus; ouço risos sendo tapado pelas mãos. E é
César zombando da cara do Neto. Neto também
ouvi os risos e fica puto com César e comigo. E
César para de rir de Neto e passa a encara-lo.
Neto o encara de volta e começa a chegar as
turmas do primeiro e segundo ano juntas e virou
uma bagunça só. César vai para o seu ônibus
Neto também vai pra seu ônibus que por ironia
da vida os dois iriam no mesmo ônibus. Pensei
que o ônibus fosse explodir.
Entro no ônibus que são reservados para os
primeiros anos. Ao entrar sento do lado da
janela.
Se passa uns 15 minutos e James chega...
Acompanhado do Álvaro.
Álvaro acompanha James até a porta do ônibus.
Conversaram um pouco. No momento da
despedida James abraça Álvaro o que faz ele
fica em um ângulo que dá para me avistar.
Assim que Álvaro me ver da aquele sorrisinho de
guenga, e puxa James e fala algo em seu ouvido
e depois disso ele beija James na bochecha pois
ainda não estava muito lotado naquele local.
James entra no ônibus e Álvaro me manda um
beijo e um tchau. Nojento!
James me ver e respira fundo. E vem andando
procurando cadeira para se sentar. Sendo que
só havia nós dois lá dentro. Ele chega perto de
mim e diz:
- Posso?
Se referindo a Cadeira vazia do meu lado.
Eu: - Tanto faz.
James da um sorriso Bobo (é aquele sorriso
bobo de sempre k)
James se senta a olha pra mim.
James: - A gente precisa conversar!
Eu: - Não, a gente não precisa conversar... Você
que quer falar alguma coisa, eu não tenho nada
pra falar!
James: - É eu também estou bem. Então como
está a vida?
Eu: - Ótima (falei friamente)
James: - Ahhh qual é por que está assim
amargo?
Eu: - James você simplesmente parou de falar
comigo! Isso já basta né!
James: - Eu fiquei magoado com você está bem.
Eu sei que você não entendi mas...
Eu: - Eu não te entendo mesmo sabe, me lembro
que antes você dizia que ele ia me fazer sofrer,
agora você está assim, com as suas palhaçadas
Eu: - Naquele tempo meu pensamento era outro
está bem, eu realmente pensava que ele iria
fazer você sofrer. Mas eu estava enganado, ele
realmente gosta de você. Eu me enganei ok. Eu
pensei que por ele ser alguém tão galinha, ele
só iria se divertir com você. Eu so queria
proteger você. Aí naquele dia você estava
agarrado com aquele garoto esquisito, bonito.
Mas esquisito
Eu: - Neto seu nome é Neto
James: - Ahh dane-se não gosto dele!
Eu: - Então... Já conversamos né? Agora pega o
beco a Ster já vai chegar e eu quero sentar do
lado dela... Desculpa
James: - Pra sua informação César está
sofrendo. Não sei o por quê de tudo isso, eu
tenho certeza que vocês se gostam, isso é
inevitável. E espero que vocês se entendam
sério mesmo.
Eu: - Mesmo você gostando de mim?
James olhou para As suas mãos e me disse com
um sorriso encantador:
- Sim. Vocês se merecem.
James sai da cadeira e vai para outra cadeira
atrás de mim e se passa uns 20 minutos e chega
todos os alunos da escola. E fica uma bagunça
só.
Um short de pano azul, uma camiseta branca
uma bota preta e uma mochila que já estava
sendo guardada. Era ela Ster. Quando ela me
ver, ela começa gritar:
- Fernandooooooooooo... Você veio, não
acredito!
Ela veio e se sento ao meu lado e me abraçou e
começamos a conversa e falavamos muito.
Então o ônibus começa a sair e os outros
também, e estamos na estrada. Tudo lá fora é
muito bonito. Estava me sentido melhor, por um
momento eu tinha esquecido. Ster sabia de tudo.
Ster: - Então, você tem a chance de pega os
três... Ou seja James o romântico; o mocinho
que se chama César; e as sombras que se
chama Neto. Muitas escolhas kk
Eu: - Mas eu não quero saber de nenhuma
dessas escolhas. James tem namorado, César
está puto comigo e Neto.. ahh sei lá...
Ster: - Está bem. Mas então eu soube que você
vai ser o 'medicão' nesse bagaça, é verdade?
Eu: - 'medicão'? Como as notícias correm Kkk
eu sou vou fazer parte das pessoas que já
fizeram algum curso de primeiros socorros
Ster: - Hum que chato, nem vai podê se divertir
Eu: - Mas vou ganhar nota sem fazer quase nada
kk
Uns dois anos atrás tinha feito um curso de
primeiros socorros. Vejo que valerá pra alguma
coisa.
Demorou mais ou menos 45 minutos e
chegamos.
Tudo era muito bonito estávamos em uma
floresta Repleta de bosques e vários
acampamentos, de todo os lados haviam
árvores, nossos mediadores nos levaram para
nosso local. Chegamos em nossa cabana, era
uma casinha com beliches e várias beliches. Vou
atrás de uma beliche para mim. Fico em baixo
em uma beliche perto da janela, James fica em
outra beliche perto da entrada. E então vem um
dos nosso mediadores e com uma mochila:
- Fernando. Esta aqui tudo o quê você precisará
para os primeiros socorros se caso acontecer
algo com os alunos. Amanhã à tarde vai ter a
corrida dos terceiros anos, por favor fique por
perto. Demais, só isso, tome cuidado e não vá
se perder, ahh e na mochila tem um mapa da
reserva.
Eu: - Está bem.
Ele vai embora então guardo a mochila dos
primeiros socorros, e pego a minha mochila e
vou atrás de uma toalha e coisas do tipo.
Tomo um bom banho gelado, me arrumo com
uma bermuda frouxa e uma camiseta azul,
estava prestes a sair da cabana, mas acabo
ficando sonolento e então vou para a minha
cama, deito de barriga pra cima e
inevitavelmente pego no sono.
- Acorda, vem acorda logo. - Disse Neto.
Neto estava sentado do meu lado, ele estava
com uma camisa branca com detalhes pretos
com uma bermuda e uma percata, da mesma
marca da minha. Eu percebo que do seu lado
tinha um violão
Eu: - Que horas é?
Neto: - Já e de noite, todo mundo está na
fogueira. Vem quero te levar em um lugar legal.
Me levanto boto uma percata em meus pés e
vou com ele.
Quando saiu percebo que 'fogueira' era um tipo
de abertura do ACAMPAJOVEM.
Na realidade os alunos estavam fazendo
apresentações de danças e canções, muita
gritaria. Vejo Ster do lado de James os dois
estavam se divertindo pelo o visto. Em nenhum
momento vejo César.
Saímos do ponto de vista de todos e Neto me
levou à um penhasco que não ficava muito
longe, mas não ficava muito perto lá era bonito
estava frio e dava para apreciar as estrelas,
quando chegamos lá Neto diz:
- Bom dentre todos os acontecimentos, não deu
tempo de eu canta uma música que eu fiz, eu te
disse se lembra Ferdes?
Eu olho pra ele e respondo rindo:
-Sim. Agora sim. Pois vai lá, me mostre esse
dom.
Então ele começar a cantar e toca o violão ao
mesmo tempo, a música que ele tinha feito:
- " Acredito que será, será para sempre e que
hoje... Hoje é eterno.
Não sei se vale a pena acreditar na eternidade.
Mas aí você veio e fez-me para de pensar em
tudo aquilo que eu acreditava.
A realidade era pouca, era digamos... Que bem
irreal
Então seja a minha realidade? Oh oh oh. " (x2)
Sua voz era perfeita, não era muito aguda nem
muito grave, simplesmente estava em sintonia
com todo aquele momento.
Começo a aplaudi-lo. E ele fica todo vermelho.
Neto: - Para não foi tudo isso Ferdes
Eu: - Foi sim sua voz é encantadora
Neto chega perto e deixa o violão de lado me
abraça e agradece
Neto: - Valeu mesmo. Então gostou da letra?
Eu: - Sim. Mas me responde sério que eu
destruir seus pensamentos?
Neto: - Não só aquilo em que eu acreditava k
Olhei para o horizonte e lá no fundo eu devia
uma explicação e é isso que eu faço
Eu: - Neto olha gostei muito da música e tudo.
Mas...
Neto me interrompe neste momento:
- Mas você gosta do César.
Eu olho para ele e fico em silêncio.
Neto: - Desculpas tá, botei você em perigo
desculpa, foi tudo a minha culpa, eu fiz você ir
lá em casa naquele dia, pois eu achava que
você sentia algo por mim, mas hoje eu percebo
que o beijo, nós dois e tudo que aconteceu não
foi nada. Não foi realidade.
Eu: - Foi sim cara, essa nossa amizade, foi
Neto: - Pelo menos. Agora me faz um favor, vai
lá com o César, ele deve está sofrendo muito
Eu: - Você acha?
Neto: - Claro deu pra perceber hoje quando
estávamos juntos antes de vim para cá. Você
não percebeu o jeito dele de nos olhar.
Eu: - Ele não que me ver. Ele me odeia.
Neto: - Nesse caso eu diria que ele precisaria de
um tempo, mas você já deu esse tempo pra ele,
nesses últimos dias. Vai lá e seja feliz.
Eu: - Quê saber é isso que eu vou fazer...
Obrigado
Então abraço Neto novamente, e ele me leva
para o acampamento. Vou atrás de César, e
então resolvo ir na sua cabana.. E quando chego
lá César está aos beijos com uma garota do
segundo ano, eles dois estão na cama. Ou seja
eles estavam prestes a transar. Vejo aquela cena
e resolvo sair de lá, saiu correndo atrás do Neto,
mas não o acho mais. E então vou para a minha
cabana e me jogo na minha cama, e pego o
travesseiro e ponho em minha boca e começo a
gritar pois estava lá sozinho. Me sentia um lixo,
não sabia o quê Fazer então resolvo ir lá na
minha mochila e vejo que la tem umas cartelas
de acalmantes. Tomo 4 pílulas de uma vez e em
questão de segundos, sinto meus olhos pesados.
E então caiu em sono profundo.
Acordo já era quatro da tarde e me arrumo de
pressa, pois havia a corrida dos terceiros. Visto
a camisa dos primeiros socorros uma calça
jeans azul e calço um tênis.
Eu fiquei em uma etapa da mata, em que os
corredores passam. Já tinha passado vários
corredores já tinha se passado uns 25 minutos
de prova e estava tudo normal. Até que ouço
gritos:
- AI SOCORRO... ALGUÉM ME AJUDE!
Conhecia essa voz. Corro adentrando a mata e
entro mais e mais. Até chegar em um penhasco
de uns dois metrôs e vejo ele, jogo a mochila
para o lado, ele estava se segurado pelas raízes
de uma árvore morta até que eu chego perto e
puxo-o pelos braços com muito esforço ele vem,
seu corpo é automaticamente jogado em cima
do meu. Ele estava todo ralado. César estava
todo ralado.
Ele sai de cima de mim. E fica encostado de
baixo de uma árvore, ele estava assustado ao
me ver.
Eu: - Fica aí.
Pego minha mochila e tiro de lá uns gases, um
soro fisiológico, água oxigenada e bandete.
Chego perto de César e fico de joelho na sua
frente e pego na sua cabeça e vejo que está
sangrando e também vejo que seus peitos
também estão arranhado, pelo visto ele deve ter
deslizado ou algo do gênero. Eu estava tentando
fica calmo estava dando certo.
César: - Não preciso da sua ajuda e não quero a
sua ajuda. Vou tirar porra de camisa nenhuma
não.
Eu: - Pois bem, eu tiro a força se você não tira!
Eu disse gritando. E César, todo emburrado
tirou. Ele estava todo ralado. Ele estava brabo, o
que deixava ele mais fofinho.
Passo a água oxigenada em sua cabeça pois
estava sangrando um pouco. E ele fica
reclamando de dor depois passo soro e começo
a limpa com os gases levemente. César só
ficava olhando pra minha cara com a cabeça
encostada na árvore. Depois boto dois bandete.
Repito todo o procedimento em seus peitorais e
braços. Após o término dos procedimentos pego
minha mochila guarda as coisas. E pego uma
garrafinha com água e dou para ele beber.
Eu: - Foi pequenos ferimentos. Nada sério, mas
mesmo assim acho melhor você fica em
repouso.
César: - Você não acha nada está bem?! Eu faço
o que eu quiser!
No momento que eu ia da uma resposta para ele
o céu começar a trovejar.
Saiu de perto dele, pois não estava afim de da
uns tapas no César. Me levantei e dei costas
para ele e começo a andar
Eu: - Ahh! Faz o que você quiser!
César: - Vai pra onde? Tu ta maluco? Vai
chover. E forte! Eu: - Dane-se
Começou a chover e muito.
César me puxa pelo braço com as mãos. mas
eu tiro meu braço de suas mãos
César: - Vem comigo, agora!
Eu: - Por que eu iria?!
César: - Porque eu já vim para cá nos anos
anteriores, conheço tudo isso, se eu duvido você
está perdido, eu conheço uma caverna aqui
perto e dá pra gente fica lá até a chuva para. E
afinal precisamos conversar sobre nós, não é?