Enquanto Houver Pra Sempre - Episódio 11

Parte da série Enquanto Houver Pra Sempre

E aí, leitores?! A 1ª temporada já está em sua reta final, e acabará na próxima semana! Já comecei a produzir a 2ª, e postarei em breve. Vou responder aos comentários (minha parte preferida em escrever aqui rs)

CarolSilva: Só esperar pra ver haha, obrigado por acompanhar :3

Salvatore: Nossa! Você comentando aqui? *---* Valeu pelas dicas e por acompanhar a série.

Niss: Muito obrigado! E pode deixar que não vou inventar problemas com a minha conexão pra ele vir consertar, pelo menos não sempre haha

Resumo do episódio anterior: Bianca confessou para Chris o que sentia por Letícia, e Chris afirmou que Letícia é lésbica. Arthur voltou para o colégio, e foi bem recebido pelos outros alunos. Como parte do plano, Bianca gravou uma conversa com o Ricardo, onde ele admitia que fez as ameaças contra Sam e que era apaixonado por Chris. Ricardo percebeu que a conversa estava sendo gravada, e correu para o banheiro feminino, onde entregou o gravador para Luna. Mas quando estava saindo do banheiro, foi surpreendida por Ricardo.

NARRADO POR CHRIS

Achei muito estranho a Bia ter me pedido para a Luna me entregar o gravador, então resolvi ir procurá-la. Avistei ela saindo do banheiro, quando o Ricardo (que não estava com uma cara nada boa) a segurou pelo braço.

Ricardo: Achou que conseguiria se esconder por muito tempo? - Bia ficou pálida, e em silêncio por alguns segundos, quando eu interferi.

Chris: E aí, galera? O que passa? - falei num tom alegre, o Ricardo não podia nem desconfiar que eu já sabia de tudo.

Bianca: Chris! - pode-se dizer que ela realmente ficou feliz em me ver.

Ricardo: Oi, Chris. Tudo bem? - falou soltando o braço da Bia, e tentando disfarçar.

Chris: Vou levando... Vem, Bia. - falei a puxando pela mão. - Preciso te mostrar uma coisa! Até mais, Ricardo!

Ricardo: Isso não vai ficar assim. - Sussurrou sério para Bianca quando ela passou por ele.

Fomos até uma sala (que estava vazia).

Chris: O que aconteceu? Por que pediu que a Luna me entregasse o gravador?

Bianca: Durante a discussão o Ricardo me bateu, e quando caí ele viu o gravador e...

Chris: Aquele imbecil te bateu?! - falei exaltado. - Vou acabar com ele. - Falei me levantando.

Bianca: Calma, não vou te deixar por tudo a perder! - Respirei fundo e me acalmei. Ela tinha razão.

Chris: O que aconteceu depois?

Bianca: Me escondi no banheiro e pedi a Luna que te entregasse o gravador. Logo depois, eu saí de lá, e você já sabe o que aconteceu.

Chris: A Luna falou algo sobre te lembrar da torta de morango...

Bianca: Ah, sim! - ela riu – Esse foi o preço pra deixá-la de boca fechada. Vem comigo, vou comprar a torta dela.

Chegamos na lanchonete, e encontramos com o Arthur.

Chris: E aê, Arthur?

Arthur: E aí, mano!

Bianca: Está tendo aula na nossa sala, o que faz aqui?

Arthur: A Luna me pediu com urgência um sorvete de flocos na casquinha. Vai entender – risos. - E vocês?

Bianca: Ela me pediu uma torta de morango.

Arthur: Desse jeito vai acabar ficando gorda. – risos.

Fomos para nossa sala, e, tirando a Luna ter devorado tudo em menos de 8 minutos, não aconteceu mais nada diferente durante as aulas.

NARRADO PELO AUTOR

O sinal tocou, e os alunos se retiraram do colégio Elite. Bianca estava indo para casa, distraída com a música que tocava em seus fones de ouvido. Atravessava a rua (com o sinal verde para os pedestres) quando um carro em alta velocidade apareceu do nada, e a atropelou. Ela caiu desmaiada no chão, e alguém que estava no carro jogou para fora um papel escrito “EU TE AVISEI QUE NÃO IA FICAR ASSIM”, em seguida, acelerou o carro e saiu sem prestar socorros.

As pessoas que estavam por perto ligaram para a emergência, que a levou para o hospital.

NARRADO POR SAM

Cheguei em casa com o Arthur, larguei a minha mochila num canto, e fui para o meu quarto tocar violão. Estava tocando a introdução da música Shadow (Austin Mahone) quando a campainha tocou. Arthur estava no banho, e minha mãe se aprontando para o voo que sairia em 1h30, então desci para atender a porta. Fiquei pálido ao ver quem era.

Rodrigo: Sua mãe está? - perguntou com uma voz calma.

Sam: Está no quarto. Espera aí na sala que vou chamar ela.

Rodrigo: Não se preocupa, ainda lembro onde fica o quarto. - falou rindo.

Sam: Espera aí na sala que vou chamar ela. - Repeti sério e sem paciência, e ele me obedeceu.

Entrei no quarto da minha mãe, ela estava procurando algo em suas gavetas.

Samantha: Sammy, você viu a conta do telefone?

Sam: Mãe, esquece a conta, você tem visita... - falei calmo.

Arthur: O que aquele cara está fazendo lá em baixo?! - perguntou irritado, quando apareceu no quarto enrolado numa toalha.

Samantha: Quem está aí? - perguntou confusa.

Sam: Meu pai... - falei a palavra “pai” com certa dificuldade.

Minha mãe saiu praticamente atropelando eu e Arthur que estávamos em sua frente, e desceu para a sala.

Samantha: O que faz aqui?! - perguntou séria, e tentando manter a calma.

Rodrigo: Eu vir conversar com você.

Samantha: Não temos mais nada para conversar!Rodrigo: Samantha, eu te amo...

Samantha: Que pensasse isso antes de fazer o que fez! Você me decepcionou muito, e ao seu filho também.

Rodrigo: Eu tô arrependido, só agora me dei conta do quanto fui preconceituoso com meu próprio filho e com o seu namorado, que se não fosse por ele, não estaria aqui hoje. - a sala ficou em silêncio. - Me perdoa? - Uma lágrima escorria pelo seu rosto.

Samantha: Você quase expulsou o Sam e o Arthur, que é como um filho pra mim, só porque seu filho ama uma pessoa do mesmo sexo! O Sam e o Arthur podem até te perdoar, mas eu não.

As lágrimas que meu pai prendiam escorreram sobre sua face, e naquele momento eu até senti pena dele.

Rodrigo: Sendo assim, não tenho mais nada para fazer aqui... - falou dando as costas, e abrindo a porta.

Samantha: Espere! - Ele a olhou com um sorriso, e eu via esperança em seu olhar. - Aguardem os meus advogados, não tem mais sentido continuarmos casados.

Seu sorriso se desmanchou, e ele saiu de casa. Lembrei da última vez que ele saiu por aquela porta, a diferença é que dessa vez eu sentia pena, e não raiva dele. Minha mãe soltou as lágrimas que prendiam, e o Arthur a abraçou. Eu não sabia o que fazer, estava sem reação. Saí correndo de casa, e tentei alcançar meu pai que estava virando a esquina.

Sam: Espere! - gritei, e ele olhou pra mim.

Rodrigo: O que você quer? Me humilhar como a sua mãe fez? Fique à vontade! Nada pode piorar hoje.

Sam: Não, pai. Eu vim pra dizer que eu te perdoo.

Rodrigo: Tá falando sério?! - riu ironicamente e eu não entendi. - Só pode tá tirando uma com a minha cara.

Fiquei calado, sem entender nada.

Rodrigo: Eu não lembro de ter pedido o seu perdão!

Sam: Mas, e lá em casa quando...

Rodrigo: Eu pedi o perdão da sua mãe! - ele me interrompeu – É com ela que eu me importo, não preciso do perdão de um viadinho de merda, que INFELIZMENTE, coloquei nesse mundo.

Ouvir ele falar isso me deixou pior do que eu já estava, e uma lágrima escorria pelo meu olho.

Sam: Não fala assim, pai...

Rodrigo: Não me chama de pai! - gritou, chamando a atenção de que passava por perto.

Ele se virou e estava prestes a caminhar em direção ao seu carro.

Arthur: Espera! - apareceu atrás de mim (vestindo uma bermuda e uma camiseta regata) e gritou para o meu pai.

Rodrigo: Mais um! - bufou.

Arthur: Você falou o que queria, e agora é a vez de VOCÊ ouvir!

Rodrigo o encarava sério, atento ao que ele tinha para dizer.

Arthur: Você não quer que ele te chame de pai? Perfeito! Mas você que não merece que ele te chame de filho! Você é só mais um imbecil homofóbico que não percebe o valor que tem o seu filho. Ele é uma pessoa incrível, capaz de se sacrificar por aqueles que ama, que sabe dar valor as pessoas, e foi capaz até de te perdoar depois do que você fez a ele! É o melhor amigo que alguém pode ter. Ele é bissexual? Beleza, qual o problema em ser capaz de amar pessoas do mesmo sexo? Eu sinto NOJO de você! Não merece o filho que tem.

Meu pai não falou nada, apenas o ouviu em silêncio.

Arthur: Vem, Sam. Sua mãe tá te esperando.

Fomos para casa, e ao chegar, encontrei minha mãe sentada no sofá da sala, parecia estar bem melhor.

Samantha: Como foi, Sam?

Sam: Ele me disse coisas horríveis, mas o Arthur me defendeu, como sempre. - dei um leve sorriso. - Mas é melhor se arrumar, ou vai perder o voo.

Samantha: Não vou mais viajar. Não agora.

Arthur: Por quê?

Samantha: Vou falar com meu advogado para preparar as papeladas do divórcio. Quero ficar livre do Rodrigo o mais rápido possível! A viajem pode ficar para o final do ano. Vou por a mesa, ok?

Sam: Perdi a fome. Vou tomar um banho e descansar um pouco. - Falei e subi as escadas.

NARRADO POR CHRIS

Estava deitado em minha cama, quando meu celular toca. Era a Luna.

LIGAÇÃO PARA LUNA

Chris: Luna?

Luna: A mãe da Bia acabou de me ligar,.

Chris: O que aconteceu?

Luna: A Bia sofreu um acidente quando voltava do colégio, e está no hospital.

Continua...