Enquanto Houver Pra Sempre - Episódio 05

Conto de Cass como (Seguir)

Parte da série Enquanto Houver Pra Sempre

Olá leitores! Já estamos no 5º episódio da série, mas ainda tem muita coisa para acontecer! Espero que estejam gostando, vou fazer um breve resumo do episódio anterior.

Sam apoia o namoro de Arthur e Luna. Na aula de educação física Bruno chama Chris de “viadinho”, e insinua que ele não sabe jogar futsal. Chris dá um show na quadra, fazendo seu time ganhar de 5x0, e deixa Bruno incrédulo. Ricardo, que costumava praticar bullying com Chris em seu antigo colégio, começa a estudar no Colégio Elite, e faz o Chris chorar com piadas de mal gosto. Sam bate em Ricardo, e o avisa que é melhor não mexer com o seu namorado.

Quando chegamos na sala. A professora chamou a nossa atenção.

Luciana (professora de Filosofia): Estão atrasados.

Chris: Desculpa professora, não vai acontecer de novo.

Luciana: Espero... Bom classe, eu gostaria de apresentar o novo aluno do colégio Elite, Ricardo Herreira!

Sam: Ele vai estudar com a gente?! - sussurrei.

Arthur: Você conhece ele?

Sam: Infelizmente, sim.

No intervalo, fui convidar o Chris para jantar na minha casa.

Sam: O que vai fazer hoje a noite?

Chris: Até agora nada, por quê? Algum plano para hoje?

Sam: Topa jantar na minha casa hoje? Quero que conheça a minha família. - falei com um sorriso tímido.

Chris: Claro! - falou animado. - Vai me apresentar como seu namorado?

Sam: Infelizmente, não. - Vi seu rosto desanimar - Não agora. Minha mãe é mais aberta para essas coisas, mas meu pai é muito conservador, não aceitaria que seu filho namora outro homem.

Chris: Tudo bem, não vou te pressionar. - me deu um selinho.

A gente estava na cantina no colégio, e eu nem percebi que Ricardo estava sentado na mesa ao lado, e ouvia toda a nossa conversa.

NARRADO POR RICARDO

Ricardo: Quer dizer que o papai não sabe que o filhinho é gay? - falei comigo mesmo - Acho que alguém deveria informá-lo.

Mal cheguei no colégio, e já percebi que tem uma garota do tipo que dá pra qualquer um. Como sou um cara muito gostoso, resolvi usar isso ao meu favor.

Ricardo: Oi, tudo bem?

Bianca: Melhor agora! - falou e mordeu sensualmente o lábio inferior.

Ricardo: Poderia me dar uma informação?

Bianca: Dou TUDO o que você quiser. - falou com um olhar safado.

Ricardo: Você tem o número da casa do Samuel?

Bianca: Por que não pergunta a ele?

Eu fiquei mudo, não consegui pensar numa desculpa rápido o suficiente.

Bianca: Eu posso conseguir, mas quero algo em troca!

Ricardo: O que?

Bianca: Quero a sua companhia, hoje a noite, na minha cama!

Ricardo: Fechado.

NARRADO POR BIANCA

Bianca: Luh, meu amor! - falou com um sorriso falso no rosto.

Luna: Oiie, Bia!

Bianca: Você poderia me dar o número da casa do Sam? Ele não atende o celular, e não o encontro em lugar nenhum. - Falou fazendo um biquinho triste.

Luna: Claro, anota aí! ...

Bianca: Valeu mesmo, amiga!

Fui até o Ricardo.

Bianca: Tá aqui o número, e no verso tem o meu endereço. - Falei entregando um pedaço de papel. - Te espero às oito!- falei sussurrando em seu ouvido.

NARRADO POR SAM

Cheguei em casa, e fui logo avisando à minha mãe.

Sam: Oi mãe! Convidei um amigo para jantar com a gente hoje, quero que conheçam ele!

Samantha: Sendo assim, vou caprichar ainda mais na janta! - Minha mãe já foi professora de gastronomia, então caprichava sempre.

Arthur: Já deu até água na boca!

Era 18:30, faltavam apenas meia hora para o Chris chegar, minha mãe terminava de preparar a janta, eu me arrumava no quarto, e meu pai assistia a uma partida de futebol com o Arthur, quando o telefone tocou.

Rodrigo: Deixa que eu atendo!

Ricardo: Sr. Collins?

Rodrigo: Sou eu mesmo, quem fala?

Ricardo: Aqui é o Christopher, namorado do seu filho.

Rodrigo: Namorado?!

Ricardo: Sim, apenas queria dizer que vou me atrasar um pouco para o nosso jantar de noivado...

Rodrigo: Noivado?! - falou gritando, e jogou o telefone na parede, quebrando em pedaços.

Arthur olhou assustado para o meu pai, e minha mãe saiu da cozinha para ver o que havia acontecido.

Arthur: Você tá bem, tio?

Rodrigo: Não, eu não tô bem! - falou alterado. - Samuel!!! - gritou.

Sam: O que foi, pai? Pra quê esses gritos?

Rodrigo: Esse tal de Christopher, o que ele é seu?

Sam: É meu amigo. Estudamos juntos na mesma sala.

Rodrigo: Não mente pra mim, moleque! - falou gritando, mais uma vez.

Samantha: Calma, Rodrigo! Fala o que aconteceu.

Rodrigo: Eu já sei de tudo! - ele se virou pra minha mãe. - O SEU filho, tá namorando com esse tal de Christopher!

Arthur: Calma, tio! Dá uma chance para o Sam se explicar.

Samantha: O Arthur tem razão. Explica melhor essa história, Sam.

Sam: Eu gosto dele, não sei como explicar. Apenas aconteceu. - falei quase chorando.

Rodrigo: “Apenas aconteceu”. Parece até piada. Eu não criei filho para se tornar um viadinho!

Arthur: Não fala assim com o Sam! Ele sempre foi um ótimo filho, e um ótimo amigo! Mas se você não consegue enxergar isso, o problema é seu!

Rodrigo: Quem você pensa que é pra falar assim comigo, debaixo do meu teto?! Não quero ver mais vocês dois – apontou pra mim e Arthur – na minha casa! Entendeu? Vão embora, agora!

Samantha: A casa também é minha, e se alguém aqui tiver de ir embora, esse alguém é você! - Ele olhou para a minha mãe, surpreso. - Tá esperando o quê? Cai fora daqui! - falou alterada.

Rodrigo: Tudo bem. - falou calmo – Mas a partir de hoje, esquece que tem um pai! - Falou apontando o dedo para mim. Ele pegou as chaves do carro. - Depois eu volto para pegar as minhas roupas. - Saiu batendo a porta.

Sam: Vou ligar para o Chris, e dizer que o jantar foi cancelado.

Samantha: De maneira alguma! O jantar vai sim acontecer, com ou sem seu pai. - falou sorrindo - Me dá um abraço, garoto.

Eu a abracei, e uma lágrima escorria pelo meu rosto. Mas não era lágrima de tristeza, e sim felicidade por saber que existem pessoas que vão sempre me apoiar.

Minha mãe percebeu Arthur nos olhando com um olhar triste, talvez porque a sua mãe nunca ligou para ele, e já sofreu muito por falta de amor materno.

Samatha: Vem cá também, Arthur! - era tudo que ele queria ouvir, ela o abraçou forte. - Não que eu precisasse de provas, mas enfrentando o Ricardo, você provou para mim o quão é verdadeira a sua amizade com meu filho. Você é como um filho pra mim, e eu amo muito vocês dois!

Arthur: Também te amo. - falou se soltando dos seus braços. - Mas eu gostaria de aproveitar a ocasião, para dizer que eu também tô namorando. - Minha mãe não estava tão surpresa.

Samantha: Tudo bem, quem é o cara? - Arthur começou a rir.

Arthur: Tô namorando com a Luna, tia.

Samantha: Desculpe. - falou rindo também – A Luna não namorava o Sam?

Sam: Passado, agora ela e o Arthur estão juntos, e formam um belo casal.

Samantha: Um dia vocês ainda vão me deixar louca! - Eu e Arthur rimos.

NARRADO POR RODRIGO

Rodrigo: Saber que meu único filho gostava de homem, foi como levar um tiro no peito! - eu pensava enquanto dirigia, e aos poucos ia acelerando mais o carro – Eu nunca senti tanta raiva quanto estou sentindo nesse momento!

Eu acelerava cada vez mais. Estava numa rua deserta, quando a minha vista escureceu (talvez por causa de uma queda de pressão), e acabei desmaiando. Não lembro mais de nada.

NARRADO POR CHRIS

Estava andando, rumo a casa do Sam, quando escuto um barulho vindo de uma rua escura e deserta. Fui ver o que tinha acontecido, e quando viro a esquina, vejo que um carro havia batido num poste, e estava começando a pegar fogo. Corri até o local, e vi que apenas um homem estava no veículo. Abri a porta, tirei o cinto de segurança, e peguei o homem em meus braços. Levei para uns 4 metros longe do carro. Verifiquei o seu pulso, e ele ainda estava vivo, mas sangrava muito. Liguei para a emergência, e pedi uma ambulância com urgência. Em seguida, liguei para o Sam.

LIGAÇÃO PARA SAM

Sam: Chris!

Chris: Oi Sam, não vou poder ir para o jantar. Houve um acidente e...

Sam: Você tá bem??

Chris: Estou sim, o acidente não foi comigo! Encontrei um cara dentro de um carro que havia batido num poste. Já liguei para a emergência, e a ambulância já deve está chegando. Vou acompanhá-lo até o hospital, e vou ficar por lá enquanto os seus parentes não chegarem.

Sam: Quer que eu vá com você?

Chris: Não precisa, eu te ligo informando o que aconteceu.

Sam: Beleza, beijos.

Chris: Beijos.

FIM DA LIGAÇÃO

A ambulância chegou, e eu fui com a vítima até o hospital. Passado algum tempo, o médico disse que queria falar comigo.

Chris: Como está o estado dele, doutor?

Dr. Paulo: Ainda tá inconsciente, mas sua situação é estável. Graças a você, que o ajudou antes que ele perdesse muito sangue.

Chris: Não foi nada. E a sua família, já foi avisada?

Dr. Paulo: Sim! Já estão a caminho.

NARRADO POR SAM

Após falar com o Chris demorou cerca de 15 minutos, e telefone da minha mãe tocou.

Samantha: Alô; Sim, é meu marido, por quê?; Meu Deus!

Ela desligou o telefone, e se sentou na cadeira, com uma cara de preocupação.

Sam: Mãe? O que aconteceu?

Samantha: Seu pai sofreu um acidente, mas já está no hospital, e passa bem.

Eu fiquei muito preocupado. Mesmo tendo brigado com ele, ele ainda era meu pai.

Arthur: Então, estão esperando o que?! Vamos para o hospital!

Samantha: Claro, pega as chaves do carro, por favor?

Arthur pegou as chaves do carro de minha mãe, e fomos para o hospital.

Samantha: Paulo?

Dr. Paulo: Samantha? Você é a mulher do Rodrigo Collins?

Samantha: Sou eu mesma, como está meu marido?

Dr. Paulo: Foi feito alguns pontos, e não corre mais riscos. - Todos respiramos aliviados. - Mas não sei se o seu marido estaria vivo, se não fosse por um adolescente, que conseguiu salvá-lo antes que ele perdesse muito sangue.

Samantha: Onde está esse garoto? Quero agradecê-lo muito!

Dr. Paulo: É aquele de olhos verdes, sentado na terceira fileira.

Todos nós se viramos para ver quem era.

Arthur e Sam: Chris?

Comentários

Há 1 comentários.

Por jpli em 2015-04-13 09:34:29
ameiiiiii