Enquanto Houver Pra Sempre - 2x01

Parte da série Enquanto Houver Pra Sempre

Olá, leitores! Obrigado por continuarem a acompanhar a série, e espero que tenham gostado da postagem especial que preparei para vocês!

Prontos para o primeiro episódio da segunda temporada? Sigam-me os bons!

Olhava para o relógio que marcava 11h50, o tempo parecia está passando muito devagar. É o último dia de aula do ano, e estava muito ansioso para aproveitar as férias.

Arthur: Está conseguindo entender a explicação? - Falou o meu amigo, que estava sentado atrás de mim.

Sam: Sério que você está prestando atenção na aula? - Falei virando para olhá-lo.

Arthur: E por que não estaria?

Sam: Mano, último dia de aula. - Falei como se fosse um crime prestar atenção nas aulas no último dia de aula - Só consigo pensar nas férias!

Arthur: O que vamos fazer nessas férias?

Sam: Eu pensei em marcar uma viajem com a galera, vai ser ótimo passar as férias juntos.

Arthur: Para onde quer ir?

Sam: Já ouviu falar da Ilha da Paixão?

Arthur: Nunca ouvi falar.

Sam: Vi uma matéria sobre ela, é pouco conhecida e fica próximo ao Caribe. E já que formamos três casais, seria uma boa a gente passar uns dias lá.

Arthur: Achei uma ótima ideia! Eu topo.

A sirene do colégio toca, indicando o término das aulas e do ano letivo. Saímos da sala, e caminhávamos em direção a lanchonete em frente colégio.

Luna: Enfim, férias! - Falou com um ar de liberdade, como se estivesse acabado de sair da prisão.

Luna havia mudado muito! Seus cabelos vermelhos foram pintados de azul, usava roupas mais leve para se sentir confortável com a sua barriga de seis meses, e tinha crescido alguns centímetros.

Bia: Já pensaram no que vamos fazer nas férias?

Arthur: O Sam estava pensando em passarmos uns dias numa ilha, próxima ao Caribe.

Chris: Que ilha?

Sam: Ilha da Paixão. É uma ilha deserta...

Luna: Ilha deserta? - interrompeu – Não vai dar certo a gente ficar só nessa ilha. Como vamos lidar com a falta de alimentos e a presença de animais perigosos.

Sam: Calma Luna, deixa eu terminar de falar. Não existe animais na ilha, ela não é habitada nem por humanos, e nem por animais (a não ser os peixes do mar). A empresa responsável nos leva até a ilha e fornece os alimentos e um guia para ficar com a gente enquanto estivermos lá. Depois vão nos buscar no dia marcado.

Chris: Eu topo ir! - Eu o abracei por trás – E vocês?

Arthur: Já tô dentro. E no que depender de mim, vamos amanhã mesmo!

Luna: Vai ser difícil convencer os meus pais, eles ainda estão zangados por causa da gravidez. Mas, vou dar um jeitinho.

Arthur sorriu para ela, e segurou a sua mão.

Chris: E você, Bia?

Bia: Só se a Letty for também. Não to afim de ficar segurando vela. - Falou fazendo biquinho (como uma criança mimada) e cruzando os braços.

Arthur: Claro! - riu.

Chegamos na lanchonete, e fomos atendidos.

Luna: Quero um sorvete de groselha, com granulado e cobertura de chocolate.

O celular do Chris toca, e ele atende.

LIGAÇÃO – LAURA/CHRIS:

Chris: Oii mãe!

Laura: Chris, – chorando – vem para casa, agora. Por favor.

Chris: Aconteceu alguma coisa?

Laura: Vem para casa que eu te explico.

Chris: Tô indo.

FIM DA LIGAÇÃO

Arthur: O que houve, você tá com uma cara nada boa...

Chris: A minha mãe ligou, preciso ir para casa agora.

Sam: Aconteceu algo sério?

Chris: Provavelmente. - Chris se levanta.

Sam: Me espera, vou com você. - Me levanto também.

Luna: Qualquer coisa, nos avisa. Ok?

Chris: Ok.

Pegamos um táxi, e fomos até a sua casa. Encontramos a sua mãe sentada no sofá, chorando.

Chris: O que houve, mãe? - Correu e sentou ao seu lado, eu fiz o mesmo.

Laura: Lembra da sua tia que mora nos EUA, que eu fui visitar no começo do ano? - Chris concordou com a cabeça - Ela não resistiu. - Chorava mais ainda.

Chris olhou para mim com os olhos lacrimejando, e eu segurei a sua mão. Ele não falou nada, apenas abraçou a sua mãe.

Depois eles se soltaram, e ela já havia diminuído o choro.

Laura: O Jared, seu primo (e filho dela), vai vir morar com a gente já que não tem mais nenhum outro parente próximo por lá.

Chris: E quando ele chega?

Laura: Ainda hoje.

Sam: A gente podia levar ele para viajar com a gente, talvez ajude a animá-lo um pouco.

Laura: Que viajem?

Chris: Para uma ilha, próximo ao Caribe.

Laura: É uma ótima ideia! E vocês vão quando? - Perguntou enxugando as suas lágrimas, já havia parado de chorar.

Sam: Em três dias. Só vamos comprar as passagens e contratar a companhia de viagens que vai nos levar até a ilha e garantir que ficaremos bem.

Laura: Quem, além de vocês vão?

Chris: Luna e Arthur. E a Bia disse que vai se a Letty também for.

Laura: Já falaram com ela?

Sam: A Bia acabou de me mandar uma mensagem, ela disse que a Letícia topou ir.

Chris: Já que eu, a Letty e o Jared vamos viajar, quais são os seus planos? Não quero que fique sozinha aqui em casa nas férias inteiras.

Laura: Não se preocupe comigo, vou aproveitar para matar as saudades do Brasil. Cheguei já faz seis meses e não tive tempo de aproveitar as praias, os shoppings... Me sinto uma turista. - Riu.

Laura se levantou.

Laura: Vou por a mesa. Sam, aceita almoçar com a gente? - Falou com um olhar simpático.

Sam: Claro!

Ela andou em direção a cozinha.

Sam: E você, como se sente? - Falei segurando a sua mão e olhando em seus olhos.

Chris: Me sinto triste pela minha mãe, e pelo Jared. Afinal, deve ter sido horrível perder a mãe desse jeito.

Sam: Você era próximo dela?

Chris: Não muito, ela veio algumas vezes me visitar com o Jared quando eu era criança.

Laura: Meninos, podem vir! - Gritou da cozinha.

Chirs: Vem. - levantou, me puxou pela mão e fomos andando até a cozinha.

Almoçamos juntos, e conversávamos sobre algumas besteiras. a Laura já parecia estar bem melhor, até sorria algumas vezes. Quando terminamos o almoço, ouvimos a campainha tocar.

Laura: Deve ser o Jared. - Se levantou, e a acompanhamos.

Laura abriu a porta. Ele tinha cerca de 1,80 de altura, provavelmente 16 anos, bem mauricinho, cabelos loiros (como o do Chris), olhos castanho claros e lábios vermelhos.

Jared: Hello, aunt!

Laura: Jared! - Falou o abraçando.

Jared: Você deve ser o Chris. - Falou com um sotaque americano, e abraçou o Chris.

Chris: Nossa, primo. Quanto tempo!

Jared: Yeah, faz muitos anos desde que nos vimos pela última vez.

Ele falava enrolado, mas dava para entender o que ele dizia.

Jared: E você é... - Falou comigo, provavelmente tentando se lembrar de mim.

Sam: Sou o Samuel, mas pode me chamar de Sam.

Jared: Hi, Sam! - Me cumprimentou com um aperto de mão. - Onde fica o meu... - Tentava se lembrar da palavra.

Laura: O seu quarto?

Jared: Sim! Sorry, ainda tenho um pouco de dificuldades com o portuguese.

Chris: Tudo bem, – sorriu – com o tempo você se acostuma.

Laura: Vem, vou te levar até o quarto que preparei para você. - Subiu as escadas com ele.

Meu celular toca, era o Arthur.

LIGAÇÃO ARTHUR/SAM

Sam: E aí?

Arthur: Onde você tá? Esqueceu que a sua mãe vai partir para a Índia daqui a algumas horas?

Sam: Ah, tinha esquecido disso! Chego já!

Arthur: Falou.

FIM DA LIGAÇÃO

Sam: Já estou indo para casa. Minha mãe vai pegar o voo para a Índia em algumas horas, e quero me despedir dela.

Chris: Ah, claro! Diga a ela que eu desejo uma boa viagem!

Sam: Pode deixar. - Lhe dei um selinho, e saí.

Cheguei em casa, o Arthur estava ajudando a minha mãe a arrumar as malas (como sempre, em cima da hora).

Sam: Oi, mãe! - A abracei.

Samantha: Oi Sam! - Me beijou na bochecha. - Me ajuda a procurar o meu passaporte?

Sam: Ainda anão achou?

Arthur: Eu tinha achado, mas daí ela perdeu de novo.

Arthur: Arrumando as malas em cima da hora, sem passaporte e se demorar mais um pouco vai ficar atrasada também. Tinha que ser mãe do Sam. - Rimos.

Sam: Arthur, já falou com ela sobre a viagem?

Arthur: Já sim.

Samantha: Não gostei nenhum pouco da ideia de vocês irem para uma ilha deserta. Mas já autorizei, e quero que aproveitem as férias.

Sam: Valeu, mãe! - Falei a abraçando.

Arthur: Achei! - Falou segurando o passaporte.

Samantha: Obrigada, Arthur! - Falou lhe dando um beijo na bochecha. - Onde estava?

Arthur: Dentro da mala, junto a uma roupa sua.

A campainha toca

Samantha: Sam, atende lá? Deve ser o Paulo.

Sam: Por que o Dr. Paulo veio aqui?

Samantha: Por coincidência, ele vai para a Índia outra vez.

Sam: Coincidência, né? - Falei irônico.

Arthur: Qual é, Sam? A tia Samantha é uma mulher solteira agora, já está livre do seu pai. Deixa ela aproveitar um pouco.

Sam: Tem razão. - Sorri de lado – Juízo, hein mocinha! - Minha mãe riu.

Desci as escadas, e atendi a porta.

Sam: Pode entrar, Dr. Paulo.

Paulo: Me chame só de Paulo, por favor. - Me sentei no sofá.

Sam: Senta aí, precisamos ter uma conversa.

Ele se sentou ao meu lado.

Sam: Quais são as suas intenções com minha mãe? - Perguntei sério.

Paulo: E-ela é uma ótima amiga. - Falou gaguejando.

Sam: Qual é? Não nasci ontem. - Ainda sério.

Ele respirou fundo.

Paulo: A sua mãe é uma mulher muito especial e...

Sam: Especial demais. – interrompi – Então, não machuque ela.

Paulo: Nunca vou machucar ela, muito pelo contrário. Vou fazer dela a mulher mais feliz do mundo!

Sam: Acho bom mesmo.

Minha mãe desce as escadas com o Arthur.

Samantha: Estou pronta!

Paulo: Está linda! - Beijou a mão dela.

Sam: Nossa, quanta melação! - Arthur riu.

Samantha: SAM!!

Sam: Foi mal. - Falei levantando as mãos, se rendendo.

Samantha: Vou sentir muito a sua falta! - Falou me abraçando forte.

Sam: É só uma semana. - Sorri.

Samantha: Vou sentir a sua falta mesmo assim. - Me soltou, e se virou para Arthur - Não esqueçam de ligar para mim todos os dias.

Arthur: Pode deixar, se tiver área...

Samantha: O QUÊ?? - Gritou – Lá não tem área?!

Sam: Não vai se despedir do Arthur? - Tentei mudar de assunto.

Samantha: A gente já se despediu lá em cima. Mas não tenta mudar de assunto! Como vou me comunicar com vocês?

Paulo: Calma Samantha. Eles são adolescente, deixa eles se divertirem...

Samantha: Da última vez em que eles se divertiram eu virei avó.

O Arthur ficou vermelho, e eu prendi o riso.

Samantha: Tudo bem. Juízo, hein!

Arthur: Pode deixar!

Ela abraçou Arthur, entrou no carro do Paulo e os dois seguiram para o aeroporto.

CONTINUA..