Capitulo 2

Parte da série Libido

No dia seguinte Eloíse desejava que a própria Flávia fosse lhe entregar a camisa, nem tanto pelo seu pertence; ela só queria vê-la novamente. Foi então que no finalzinho do terceiro horário, já próximo ao intervalo; foram avisa-la de que estava sendo aguardada na coordenação com urgência.

Com bastante temor e sem nenhuma ideia do que se tratava a convocação, a menina seguiu até o fim do corredor, mantinha um semblante serio preocupado, mas logo se alegrou ao perceber que quem a aguardava ali, era Flávia:

-Pensou que estava encrencada não é?- Perguntou Flávia com um ar cômico.

-Achei sim, mas adorei saber que era você quem me havia intimado...

-Hun, chamei somente para lhe entregar a camisa que me foi muito útil no dia de ontem. Disse isso enquanto entregava a Eloíse a sacola onde estava a camisa e completou dizendo- Peço desculpas, mas não tive tempo de lavá-la.

-Não faz mal!... “ela iria completar dizendo: vou adorar senti o seu perfume!”, mas preferiu conter suas palavras e apenas indagou:

-Eu mereço ao menos ganhar alguma coisa em troca? Sim?

-Interessante você que me causou isso e agora me pedi algo em troca...

-Bem, mas não fiz de proposito diz que sim vai?- pedia Eloíse com aquele jeito irresistível.

- Me diz então o que você quer? – Perguntou Flávia sem muita pretensão.

Eloíse por um instante pensou em várias propostas indecentes para fazê-la, mas analisando a situação a garota decidiu por apenas pedi-la que lhe mostrasse o seu local de trabalho, as suas funções no almoxarifado.

- Esta certo, mas não agora, no término das aulas; por enquanto retorne imediatamente para sua sala.- Respondeu Flávia olhando-a seriamente, enquanto suava o alarme para a continuação das aulas.

Eloíse voltou toda saltitante para sua sala e assistiu aos últimos horários com bastante ansiedade. Assim que o sinal que alertava sobre o termino das aulas tocou, Eloíse organizou seus pertences e foi depressinha para o pátio, onde se sentou enquanto aguardava por Flávia.

E ficou ali por alguns minutos olhando de um lado ao outro sem sinal da bela moça, seu coração batia forte, para acalma-lo cantarolava algumas musicas; de repente surgiu a jovem em sua frente, dizendo:

-Você ficou mesmo né? Ok venha comigo!- com um largo sorriso no rosto, Eloíse seguiu-a até a porta da sala onde se encontrava o almoxarifado, onde lhe foi explicado sobre a importância daquela respectiva função, dentro do colégio.

Eloíse nem prestava muita atenção em tudo àquilo que lhe era dito, estava ela mais preocupada em admirar cada pedacinho do corpo daquela “hermosa” senhorita a sua frente. Refletindo um pouco sobre o que Flávia lhe amostrava, resolveu a menina lhe fazer algumas perguntas:

-É muito legal tudo isso, mas esse não é o seu objetivo de vida? Digo você tem os seus sonhos?

-Claro que sim, eu estou estudando e lógico tenho os meus sonhos, porém prefiro guarda-los só para mim; no meu intimo!- Explicou a jovem enquanto sentava a mesa.

Eloíse sentou ao seu lado virando-se para ela e colocando sua mão sobre a de Flávia disse sem nenhum temor:

-E como posso conhecer o seu intimo?- Nesse momento a sala foi tomada por um completo silêncio, Flávia respirava bem fundo; enquanto Eloíse olhava atentamente os movimentos dos lábios da jovem, como um imã ela se sentia atraída, sendo puxada; com seus lábios cada vez mais perto dos de Flávia elas se entreolhavam... ...isso levou alguns segundos... ...até que... ... Como se saísse de um transe Flávia subitamente levantou-se pedindo que Eloíse fosse embora:

-Já esta tarde, você precisa ir e eu também; logo vai escurecer e seus pais ficarão preocupados. – Concluiu Flávia dando-lhe as costas.

-Ok eu vou, mas diga-me quando voltaremos a conversar?

-Não sei, não temos nada para conversamos, penso que não mais nos veremos. - respondeu Flávia de maneira serena olhando Eloíse bem nos olhos.

-Mas por quê? –questionava a menina- minha presença te incomoda? Desagrada-te?

-Não, não é isso! É que... -mas foi cortada por Eloíse que lhe disse: -Então nos veremos sim amanhã.- E dando-lhe um beijo no rosto partiu sem nem ouvi o que Flávia tinha a lhe dizer.

Flávia percebeu naquele exato momento que aquela aproximação que existia entre ela e Eloíse poderia traze-lhe muitos problemas, mas passados alguns minutos achou que aquilo fosse apenas fruto apenas da sua imaginação “afinal oque uma garota de 19 anos e que ainda estava no colegial poderia faze-lhe de mal” pensava ela enquanto trancava sua sala e seguia para a saída da escola.

Enquanto isso longe dali... ... ... Eloíse chagava em casa, e sentando-se em sua cama foi sentir o perfume deixado por Flávia em sua camisa, entrando em contato com aquele delicioso aroma; a menina lembrou-se da cena do banheiro, onde a viu ali sem camisa, a imagem da pele macia e suave, a delicadeza dos seus traços corporais, uma pele clara como a neve, mas que contrariando as forças da natureza essa “neve” a fazia derreter de tanto calor, a sensação aumentava “à vontade e o prazer”; aqueles olhos castanhos brilhantes, os lábios apetitosos, levemente molhados a fazia pensar: Como seria bom tê-los perto aos seus, sentir suas mãos, boca e língua deslizarem por toda sua pele; a retribuição de calores entre seus corpos, os arrepios, sussurros, aranhões e mordidas; queria envolve-la por completo ao seu corpo.

No auge de todas essas sensações Eloísa voltou a si rapidamente com sua mãe batendo a porta a chamando para jantar.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Eloíse Álvarez em 2013-07-14 18:18:54
continua....