Capitulo 3

Parte da série Libido

As horas se passaram e enquanto Eloíse dormia, Flávia estava estudando entre uma folha e outra que lia, lembrava-se do surpreendente comportamento de Eloísa. “Aquela menina tinha algo de diferente” ela pensava, mas ela não podia deixar se envolver por aquele encanto; afinal temia que aquilo lhe custasse o emprego. Destinada a acabar com aquela “amizade” a jovem resolveu ir dormi.

No dia seguinte, Eloíse tornou a visita-la em seu local de trabalho, pensou Flávia em se livrar rapidamente da menina, mas por incrível que pareça ela gostava da sua companhia; elas não tinham muito em comum, até mesmo muitas vezes, parecia não falar a mesma língua, mas elas se divertiam quando estavam juntas, e assim foi Flávia acostumando-se as eventuais visitas da pertinente menina, e esquecendo-se do que antes havia dito.

A princípio sempre bem distante, mas logo Eloíse foi ganhando espaço em sua vida. Por várias e várias vezes a menina repetiu aquela cena que já se tornara rotineira; ao final de suas aulas, juntava rapidamente os seus pertences e seguia para o pátio do colégio a fim de esperar que a coordenadora fosse embora para que ela pudesse ir até o almoxarifado, onde Flávia já estava a esperando. Lá elas normalmente lanchavam e a jovem ajuda-lhe nas atividades de casa, elas riam e conversavam sobre tudo, porém Flávia continuava a fugi de Eloíse, que nitidamente e sem nenhum constrangimento demonstrava seu profundo interesse.

Havia se passado algumas semanas, Eloíse que até agora tinha respeitado a decisão de Flávia de se manter afastada resolveu ariscar; já passava das 18:oo da tarde, elas estavam em um clima bastante harmonioso... Ria de um determinado fato acorrido naquele dia, Eloísa elogiava então o seu sorriso e aproveitando-se da ocasião, colocou sua mão carinhosamente sobre a de Flávia e olhando dentro dos seus olhos começou a falar:

-Flávia.... .... Eu não sei explicar, mas sinto algo realmente muito forte por você!- imediatamente Flávia toma distancia e retira sua mão:

-Acho que já está na hora de você ir!- exclamou ela tentando amenizar aquela situação.

-Eu não vou embora! –Disse Eloíse segurando firmemente em um dos seus braços e fixando em seus olhos concluiu- Sei que não é isso o que realmente você quer. - Ligeiramente soltando-se e dando as costas para Eloíse, Flávia com uma voz quase que cortante, diferentemente da que sempre apresentava esbravejou:

-Você não sabe de nada!

- Eu sei sim!- respondeu Eloíse acariciando-a ao ombro e sussurrou-lhe ao ouvido:

-Olha para mim!-beijando-lhe a nuca.

-Para! Eu estou pedindo, por favor, para!- declarava Flávia enquanto se esquivava dos lábios de Eloíse e mais uma vez pediu que a menina fosse embora.

-Não! -Repetia Eloíse enquanto deslizava suas mãos pelos braços de Flávia sentindo o arrepio da sua pele, mas essa tornava a resistir e pedia que Eloíse fosse embora dali!

Virando-se para Eloíse e com os olhos cheios de lágrimas, Flávia implorava que a menina a deixasse em paz. Eloíse acariciava o seu rosto com as costas da mão direita, enquanto a olhava carinhosamente e declarava:

-Me diz então... Que não me quer! Que não sente nada quando está perto de mim! Você me pediu que eu fosse, mas os seus olhos imploram-me para que eu fique...

-isso não está certo!

-O que não tá certo... É você... Fugi de mim.

Por olhares elas então se devoraram nada mais era dito, ouvia-se apenas o pulsar de seus corações; seus lábios estavam cada vez mais próximos, até que finalmente se tocaram de início suavemente; até que ganharam ferocidade, suas línguas dançavam e se enroscavam, suas mãos passeavam por ambos os corpos, descobrindo assim o ardo de uma grande paixão, o desejo aumentava sem perder o ritmo daquele beijo; há tanto tempo desejado por ambas, elas se debateram com uma mesa, Flávia jogando Eloíse sobre o móvel, deitou-se sobre ela distribuindo inúmeros beijos pelo seu colo... Foi então que quando estava prestes a lhe arrancar a farda do colégio, a jovem se deu conta do que estava acontecendo e exclamou enquanto se recomponha:

-Isso está errado!-Levantando-se de cima da mesa e erguendo grosseiramente Eloíse, concluiu - vai embora agora!

-O que eu fiz? Não gostou do beijo?- Indagou a menina tentando entender o súbito comportamento de Flávia.

Enquanto isso Flávia recolhia as coisas de Eloíse amontoando dentro da mochila e a empurrando porta a fora pelo braço:

-Quero que vá embora e não volte nunca mais!- batendo com a porta a sua cara.

Eloíse triste andou calmamente até o pátio; olhando sempre para trás esperando que Flávia viesse para lhe pedir desculpas, mas ela não veio. Eloíse sentou-se então em um banquinho desabando-se em lágrimas, ela não conseguia entender o porquê de tanta grosseria; ficou ali por uns 10 à 20minutos soluçando.

Flávia arrependida do modo que havia tratado Eloíse foi atrás dela, mas do portão da visse-coordenação a avistou aos prantos e então percebeu que tinha que ser assim, aquilo que existia entre elas jamais acabaria bem; ficou ali escondida, esperando que Eloíse fosse embora.

Quando viu a menina atravessando o portão de saída do colégio, Flávia retornou a sua sala e apressou-se em ir para casa.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Eloíse Álvarez em 2013-07-14 18:19:22
continua......