Capítulo XXXIII

Conto de Drexler como (Seguir)

Parte da série O destino de Bruno

Preparem os corações, este promete! Boa leitura!

Música tema: Me deixas Loucas – Elis Regina

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Não tive tempo de pensar, dizer ou fazer algo. Os lábios de Carlos uniram-se aos meus tão rápido e tão lentamente. Demorei alguns segundos para finalmente perceber o que estava acontecendo, então cerrei meus olhos. Não foi o beijo desesperado que idealizei, mas apenas a união de nossas bocas, expressivo e cheio de saudades. Logo nos separamos ao mesmo tempo em que um sorriso brotou em meus lábios no mesmo intente. Não tive coragem de abrir meus olhos, apenas agarrei-me ainda mais ao seu corpo sentindo seu cheiro e seus músculos me apertarem igualmente forte.

Aos poucos fomos nos afastando e fui obrigado a finalmente abrir meus olhos e constatar que esse não era mais um dos sonhos que tido nos últimos tempos. Finalmente era real. Ou não. Ainda com os braços em volta de sua cintura, fiquei encarando aquelas orbes negra me fitando com um sorriso largo no rosto, deixando a mostra seus dentes brancos. Minha feição não era diferente, eu sentia meus minhas maças do rosto doer, minha vontade era abraça-lo e nunca amais solta-lo, beija-lo sem medo de quem estava ao nosso redor, ficar ao seu lado.

- Feliz ano novo! – desejei recebendo mais um selinho dele.

- Ei! – Evandro apareceu ao meu lado segurando meu ombro e me puxando para um abraço.

Contra vontade, e trocando um olhar triste com Carlos, me soltei de meu professor para poder abraçar o outro homem ao meu lado e dar-lhe minhas felicitações. Logo em seguida fiz o mesmo com as demais pessoas na mesa: Rafael, Marcel, Cristal, o pequeno Caíque – que se mostrava resistente ao sono, e Gabriel.

- Eu vi. – disse o filho de Claudia ao meu ouvido. – Fico feliz que tenham se acertado. – automaticamente me desvencilhei do seu abraço para encara-lo.

- O que? – perguntei confuso, tendo o cenho franzido em total espanto.

- Espero, profundamente, que nada de ruim te acontece. E que você tenha mais sorte que eu. – ele não era o primeiro que me dizia aquelas palavras, mas dessa vez eu sabia o que elas queriam dizer.

- Você ainda pode mudar isso. – sorri sincero.

- Aqui não é o lugar para discutirmos isso novamente. – ele tinha razão, por isso simplesmente o abracei novamente. – Feliz ano novo!

- Feliz ano novo para a gente!

Quando nos separamos novamente, Gabriel seguiu para a mesa onde estava anteriormente acompanhando Claudia que ergueu a taça com Champanhe em minha direção acompanhado em de um sorriso cheio de significado. Ao me virar para a mesa novamente, percebi que todos mantinham o mesmo sorriso, ou simplesmente me encarava, que era o caso de Rafael e Caíque, já que a criança não entendia nada do que se passava. Tentei não dar importância para isso e apenas olhei para Carlos, que bebericava sua taça como se nada tivesse acontecido e conversando com Evandro, que me olhava por sobre o ombro de me professor.

Fiquei tentado em juntar-me aos dois, mas por mais feliz que eu estivesse, não me senti autoconfiante, por isso virei-me para Cristal, que ainda me encarava. Sorri para ela, também como se não soubesse da nada, erguendo a taça para um brinde.

- Não iria me contar novamente? – ela perguntou com ar de brincadeira em meu ouvido.

- Teria te contado se eu também soubesse. – respondi quando ela se separou. Ri debochado de sua cara de espanto, olhando entre mim e Carlos.

- Como assim?

- Acredite, estou tão surpreso quanto qualquer um aqui.

- Ele vem, te beija e você fica com essa cara de bobo apaixonado, e sequer vai conversar com ele? – disse bufando logo em seguida.

- Eu não vou chegar nele e dizer ‘ei, o que significou aquele beijo? Estamos bem novamente? Tipo, namorando?’. Claro que não.

- Não, mas... Ficar assim é que não dá. Só me diz uma coisa, você daria outra chance a ele? Eu sei que você ainda gosta dele, mas você sempre falava que não era do tipo que dava outra chance.

- “Eu o amo!” – corrigi mentalmente.

Ela tinha tremenda razão. Eu, antas de conhecer meu professor de uma forma mais intima, sempre afirmei que nunca daria uma segunda chance para alguém, sobretudo em caso de traição, o que não era o caso. Não da parte dele. Nem da minha, tendo em vista que não tive a intenção de traí-lo. Mas o fato é que nunca amei ninguém como o amei. Eu não poderia deixa-lo ir por simples capricho meu. Além de tudo, eu não tiro a culpa dele ter mal interpretado, eu em seu lugar teria a mesma reação, ou mais imatura.

- Sim. Daria. – respondi convicto olhando em sua direção.

- Então pronto, vai lá. – escutei suas palavras, mas estava prestando atenção em Carlos, que logo se virou em minha direção com um sorriso no rosto e me provocando uma sensação estranha. – Agora é com vocês. – Cristal disse se afastando.

Meu chão pareceu sumir sob meus pés quando vi Carlos caminhando em minha direção. Tentei ao máximo, quiçá em vão, não parecer nervoso. Contudo, ele não vinha só, Evandro o acompanhava ao arrodearem a mesa, já que estavam do outro lado. Para minha surpresa, meu professor me deu um selinho e ficou ao meu lado, enquanto o outro a nossa frente sorrindo simpático.

- O Carlos é muito mais simpático e divertido do que você tinha me contado, Bruno. – talvez pela falta de luz, os dois não tenham percebido o quão vermelho eu fiquei, pois senti minha face arder de vergonha pelo comentário. Era notório que ele estava tentando nos reaproximar.

- Gentileza sua. – senti Carlos apertar minha cintura levemente, me puxando para mais perto de si. – Mas fico triste que Bruno nunca tenha me falado de você. – senti seu olhar sobre mim, já que eu encarava Evandro tentando compreender o que ele estava tentando fazer.

- Não faz tanto tempo que nos conhecemos. Mas nas poucas oportunidades que nos vimos, você esteve presente em oitenta por cento dos assuntos. – meu queixo caiu. Não era totalmente mentira, mas não era necessário contar para meu professor. – Tanto que tenho você como um amigo à longa data. Por isso os livros.

- Me sinto na obrigação de retribuir o presente. – Carlos iniciou uma caricia em minha cintura, circulando seu dedo indicar sobre o local.

- Imagina. Você já estar retribuindo. – eles trocaram um sorriso e logo Evandro se afastou.

- Ele parece uma boa pessoa.

- Ele é. – disse depois de algum tempo ao perceber que só havia nós dois. Ainda não o encarava, estava mais interessado em afrontar Evandro que ria em deboche sobre o ombro, caminhando em direção a Claudia.

- Como vocês se conheceram? – arregalei os olhos temerosos. Porém logo me recompus e o olhei finalmente. Eu não iria mentir para ele, até porque nada fiz de errado. Por mais que eu não quisesse, estávamos separados, então...

- Em uma boate. Ele é Drag Queen. – dei de ombros.

- Drag Queen? – perguntou surpreso.

- Sim. Fui a uma apresentação dele com uma amiga em comum. – não era necessário dar tantos detalhes, mas eu me sentia na obrigação, mesmo que eu não desejasse. Era uma oscilação de sentidos.

- Entendi.

Ficamos em silencio por alguns instantes. Um silencio um tanto constrangedor, como acontecia algumas vezes no Brasil, quando não éramos nada além de Professor-aluno. Sem dizer nada, Carlos segurou minha mão me puxando para algum lugar. Não questionei nada, apenas caminhei ao seu lado. Contudo, parei de abruto ao perceber o seu destino: pista de dança. No mesmo instante ele me olhou confuso.

- O que houve?

- Pra onde estar me levando? – quis me certificar.

- Dançar. – deu de ombros e voltou a me puxar.

- Não Carlos! Para! Está chamando atenção. – gritei em um sussurro olhando para toas as direções, perplexo.

Ele não me deu ouvido, quando percebi, já estávamos no centro da pista de dança ao som de alguma música portuguesa casualmente animada. Não havia muitas pessoas no local, apenas alguns casais, o que me deixava ainda m ais apreensivo. Sem demora, ele segurou minha outra mão guiando-a até sua cintura, me fazendo abraça-lo e sorrindo angelical tentando me acalmar. Em seguida, ele levou sues braços até meu pescoço, abraçando-o e brincando com meus cachos.

- Calma, ninguém vai nos xingar ou nos tirar daqui. Não hoje. É réveillon! – disse sorrindo e em seguida depositando um beijo em minha testa.

Tão-somente tentei sorrir e me deixei levar por aquele momento. Era tão clichê. Mas quem nunca desejou viver um clichê? Quem nunca leu e amou o soneto XI de Camões?

Quando percebi, já estava gargalhando com os movimentos tortos e desengonçados de nós dois. Não prestei muita atenção ao nosso redor, mas poderia jurar que outras pessoas pararam para nos observar. Era imaginável como aquela cena era cômica: dois homens tentando conduzir uma dança. Se for o caso de alguém ter chamado aqueles passos desordenados de dança.

Chagamos a dançar duas músicas mais, e logo pedi que voltássemos à mesa, não por cansaço, mas por vergonha. Fizemos o caminho de volta rido e comentando sobre nossa façanha. Era realmente bom esquecer o tempo que estivemos ‘separados’. Todas na mesa pareciam ter visto todo teatro na pista, mas nada comentaram apenas nos olhavam perplexos. Alguns mantinham um sorriso contido, outros não escondiam sua surpresa, ou brincavam com os salgadinhos em um prato descartável.

- O que foi? – perguntei a Cristal (que mantinha a boca meramente aberta) enquanto me servia de um copo de água. Ri.

Não demorou muito para que Evandro se despedisse afirmando que tinha outra festa para comparecer. Rafael, Marcel, Cristal e Caíque, que começava a dar sinal de cansaço, se despediram logo em seguida. Por fim, Claudia veio nos fazer companhia com seu filho e outro casal. Contudo, não ficaram muito tempo e avisaram que estavam indo pegar um taxi, pois já se sentiam cansados e iam embora. Claudia se sentiu tentada ao mesmo, mas percebi que não queria estragar nossa festa, por isso a convidei a irmos embora. Houve certo protesto de sua parte, mas Gabriel a convenceu.

O caminho de volta foi um pouco constrangedor, já que mãe e filho pareciam conversar por olhares e me encaravam descaradamente me provocando. Como eu estava sentado no bando da frente, pude evitar e fingir não perceber. Carlos, por outro lado, mantinha-se concentrado demais na estrada para perceber qualquer coisa. Ao chegar ao nosso destino, no instante que fiz menção em abrir a porta para sair, senti uma mão pousar sobre minha perna, em um pedido silencioso que eu ficasse um instante. Não contra argumentei, pois, por mais que não fosse à hora, eu queria conversar com ele. Além disso, era seu aniversario, e eu sequer o felicitei por isso ou entreguei meu presente que parecia queimar em meu bolso para ser entregue, por mais singelo que fosse.

Quando Claudia e Gabriel saíram do carro, aos agradecer a carona, mantivemo-nos em silencio. Eu sequer conseguia olha-lo. A verdade é que eu não sabia o que fazer ou dizer. Minha cabeça se encontrava em total confusão.

- Bruno, eu... – ouvi sua voz suave e me virei para olha-la. Para minha surpresa, Carlos estava com as bochechas molhadas por lagrimas, o que fez meu peito queimar ainda mais em angustia. – Desculpa!

- Não há pelo que se desculpar. – disse lindando as lágrimas do lado direito de seu rosto.

- Há! Eu deveria ter te ouvido quando você tentou me explicar. Eu... Perdoa-me!

Deixei que ele interpretasse por se só. Calmamente passei minhas mãos pelo seu rosto o acariciando, o encarando nos olhos, e fui aproximando o meu até sentir seus lábios tocarem o meu, sem pressa, sem medo, sem receio. Um beijo tácito. Era somente a saudade de senti-lo ao meu lado. Por fim, afastei nossas bocas, deixando nossas testas unidas e um sorriso em meus lábios, o olhando ainda de olhos fechados.

- Dorme comigo hoje!? – Pediu abrindo os olhos. – Digo, dormir mesmo, só ficar comigo.

Mais uma vez o deixei sem resposta, exclusivamente dei mais um selinho e abri a porta do carro e caminhando até a casa, sorrindo e o olhando por sobre os ombros. Encontrei Claudia igualmente vestida saindo da cozinha com um copo de água entre as mãos. Ela ficou me encarando com uma sobrancelha erguida e tudo que eu consegui fazer foi passar a mãos pelo rosto, subindo pelo mesmo e jogando o cabelo para trás, suspirando com um sorriso incontrolável no rosto.

- A que devo este sorriso? - Perguntou sínica.

- Claudia... É... – eu estava, pela primeira vez, sem jeito de avisar a ela que dormiria no apartamento de Carlos. Mesmo que fosse verdade, ela não acreditaria, mesmo que quisesse, que iriamos apenas dormir. Muito embora esse tenha sido o convite: dormir. – Eu... Eu vou dormir na casa de Carlos. – disse rápido e já me dirigindo para a escada.

- Vai o que? – perguntou confusa já me acompanhando.

- O Carlos me convidou para dormir em seu apartamento hoje. – fechei meus olhos com toda força possível com receio de sua reação, mas tudo que ouvi foi um risinho abafado.

- Você não acha que eu vou te impedir, acha? – ironizou passando por mim na escada. – Boa noite Bruno. E feliz ano novo! Apareça amanhã... – ouvi a porta de seu quarto ser aperta e logo em seguida fechada.

Sacudi minha cabeça freneticamente algumas vezes e voltei a subir as escadas. Sem demora peguei uma mochila e coloquei algumas peças de roupa, uma para dormir e outra para quando voltasse amanhã. Enquanto mexia na segunda gaveta, onde ficam minhas luvas e gorros, acabei encontrando o par de luvas de couro que Fernando me presenteou quando vim para Portugal. De alguma maneira aquele objeto me fez sentir um pouco estranho. Foi como se tudo que eu lutava para afastar de minha mente, tudo que fiz com e contra ele, retornassem como uma bomba em minha mente. Havia muito tempo que eu não tinha noticias dele, e eu não sabia se isso era uma coisa boa ou ruim.

Forcei um sorriso em meu rosto afastando aqueles pensamentos de minha cabeça e voltei a organizar minha bolsa. Parecia até que era a primeira vez que iria dormir com ele, ou que iria perder minha virgindade, de tão nervoso que eu estava. Sai de casa o mais silencioso possível, não querendo acordar ninguém. No carro, não conversamos nada, apenas joguei minha bolsa para o banco do passageiro, passei o sinto de segurança, e seguimos rumo ao seu apartamento.

A viagem foi silenciosa, eu estava perdido em meus pensamentos e controlando a vontade insana de abrir um sorriso doentio. Fazia muito tempo que eu não entrava naquele prédio, e na verdade eu já sentia saudade. E se eu achava que nada poderia mais me surpreender, meu professor, ao entrarmos no prédio, sem dizer qualquer coisa, segurou minha mão para caminharmos em direção ao elevador. Apenas sorri em sua direção.

Quando finalmente entramos em seu apartamento, percebi que algumas coisas haviam mudado. Não havia mais os quadros na parede da entrada, ou os porta-retratos sobre a bancada. Tudo estava um pouco sem vida, sem sua personalidade. Talvez por já está próximo a nossa partida e ele já organizando suas coisas, o que eu também deveria estar fazendo.

- Eu vou tomar um banho, ok? – Carlos me avisou sumindo pelo corredor.

Segui o mesmo caminho até quarto, ao mesmo tempo em que ele entrou no banheiro de sua suíte. Não quis esperar ele tomar o seu banho para tomar o meu, assim que peguei uma cueca, uma calça moletom e uma camisa, e tomei a liberdade de seguir para o outro banheiro, no fim do corredor. Tomei meu banho sossegadamente, deixando que qualquer pensamento negativo escorre-se junto à água morna.

Ao retornar ao quarto, vestido, Carlos estava sentado à beira da cama e, a me ver, sorriu contido. Caminhei em sua direção e sentei-me ao seu lado, e ficamos nos encarando sem dizer nada. Talvez, assim como eu, ele não soubesse o que falar. Não era como já não tivesses tido intimidade, nem que estava combinado que reviveríamos, mas eu queria, ele queria, não havia como negar para nós mesmo. Somente não tínhamos audácia de tomar a iniciativa, depois de tanto tempo separados.

Suspirei fortemente ao que meu professor se levantou me chamando para deitar. Segui, pelo outro lado da cama, e deitei-me ao seu lado ao que ele nos cobriu com uma grossa colcha de edredom. Sem saber de onde veio à iniciativa, virei-me em sua direção abraçando-o. Levei uma de minhas mãos ao seu rosto puxando-o para mais um beijo. Logo ele virou-se também me abraçando e retribuindo o gesto. Diferente dos primeiros da noite, logo senti sua língua pedir passagem em minha boca. Era um misto de sensações que eu há tempos desejava reviver. A barba rala arranhando meu rosto, sua mão em minha faca a me acariciar, nossas bocas se massageando em um ritmo frenético, sua língua dançando com a minha em nossas bocas, os arrepios em meu corpo causado pela nossa proximidade, ou pelos toques de meus dedos pela sua pela macia.

Quando finalmente nos faltou folego e fomos obrigados a nos separar, não hesitei em tirar sua camisa, podendo admirar, mesmo na pouca luz, sua barriga e peito, ainda com os costumeiros poucos pelos. Sorri em sua direção alisando seu peito e voltamos a nos beijar com a mesma necessidade. Senti a mão de Carlos entrar sob minha camisa, e logo a mesma foi arrancada de meu corpo. Não demorou muito para que nossas calças também fossem arrancadas de nossa pela, dando-nos mais liberdades para os nossas toques e caricias. Nossos membros se rosavam rígidos e extremamente necessitados de maior contado.

Sem separarmos nossos lábios, senti a mão de Carlos tocar minha ereção, acariciando-a com delicadeza. No mesmo instante levei minhas mãos aos seus cabelos, agarrando-me aos mesmos e puxando-os levemente, sensível aos seus toques. Logo ele fez pressão para baixar minha roupa intima, fazendo meu membro saltar em direção a sua barriga. Um gemido baixo saiu de minha garganta ao que senti sua mão tocar meu pênis e masturba-lo, me fazendo puxar seus cabelos mordiscar seu lábio inferior.

Desci uma de minhas mãos pelas suas costas nuas, alisando sua pela macia até chegar a suas nádegas, apertando-a vagarosamente. Sem demora, inseri minha mão em sua cueca tocando-lhe seu glúteo farto. Para meu deslumbramento, Carlos empinou em deleite seu quadril, me incentivando o toque. Institivamente procurei com meu indicador sua entrada, a acariciando e a sentindo pulsar com o contato. Quando percebi que ele já estava mais relaxado, mesmo sem qualquer lubrificação, forcei sua entrada, seu sucesso.

- Pupil... – Carlos chamou entre o beijo incessante. – Espera.

- Desculpa! Eu... – falei nervoso.

- Não, tudo bem. – disse rindo cordial. – Só... Pode pegar o lubrificante? E a camisinha. – apenas concordei com a cabeça.

Eu não sabia se era saudade ou simples necessidade de tê-lo. Eu simplesmente levante-me e fui em direção à cômoda, onde eu sabia que encontraria os objetos. Havia vários objetos no espaço, entre ele algo que me chamou atenção. Quando fiz menção em me virar para Carlos e perguntar porquê de ele guardava um copo térmico em uma gaveta junto das cuecas, lubrificante e camisinhas, um arrepio súbito subiu pela minha coluna ao certificar-me que aquilo era um masturbado. Peguei apenas os objetos que me foram requeridos e retornei a cama, sentindo-me um pouco atordoado.

- O que foi?

- Nada. – tentei disfarçar e forçando um sorriso.

Deitei-me novamente em sua cama, abraçando-o e recebendo um beijo em meu pescoço. Não consegui, de imediato, continuar de onde havíamos parado, a imagem daquele objeto ficou presa em minha mente.

- Carlos... – o chamei entre o beijo. Imediatamente ele olhou-me preocupado. – Eu quero... Quero fazer diferente.

- Como diferente? – percebi pela penumbra que ele mantinha a testa franzida em questionamento.

- Eu quero ser o passivo. – não sei de onde tirei tanta confiança para falar sobre esse assunto tão abertamente. Carlos sempre deixou claro que gostaria de invertermos as posições, que ele preferia ser ativo, mas que, por mim, aceitava. Não era como se eu gostasse de limitar ou definir papais, mas por nunca ter sentido necessidade ou vontade de ser penetrado, ou mesmo tesão. Além do medo que sempre me acompanhava nas vezes que pensei em estar com Carlos. Mesmo não tendo um membro tão grosso quanto o meu, ele era maior que eu, o que me assustava além de tudo.

- Você tem certeza? – ele perguntou serio, me olhado nos olhos.

- Tenho. – afirmei e dê-lhe mais um selinho.

- Serei carinhoso com você, amor.

Não prolongamos a conversa. Gentilmente Carlos puxou a coberta sobre nós, deixando tudo mais intimo e tirou nossas ultimas peças de roupa. Assisti meu professor melar seus dedos com o lubrificante e o mesmo se deitou sobre mim, apoiando seu peso sobre um de seus braços ao lado de minha cabeça, iniciando um beijo calmo, a fim de me deixar mais relaxado. Vagarosamente, Carlos foi afastando minhas pernas, erguendo-as para que eu ficasse mais confortável.

Em seguida, dedos molhados tocaram minhas nádegas, apalpando-me e logo depois, as separando. Eu senti meu coração pulsar mais rápido, meu sangue fervia, minha pela estava arrepiada, sensível aos seus toques. Involuntariamente um gemido abafado ecoou no quarto no instante que seu dedo tocou minha entrada, massageando pausadamente. Ao que eu ia me acostumando, Carlos ia forçando sua entrada e tirando andas de entrar efetivamente, como ele fazia das outras vezes. Quando ele percebeu que eu já estava acostumado com a sensação, Carlos finalmente me penetrou com seu dedo. Senti uma dor aguda e uma leve ardência em minhas pregas anais, ao que me contrai sobre o intruso. Meu professor manteve-se estático por alguns instantes, me deixando acostumar com a sensação. Aos poucos os movimentos iniciaram, aumentando progressivamente na intensidade que eu sentia prazer.

O segundo dedo veio me trazendo às mesmas sensações. Joguei minha cabeça para trás grunhindo algo ilegível e partindo o beijo e me contorcendo com a fina dor. Carlos, por outro lado, passou a depositar beijos ternos por todo meu rosto, mandíbula, bochechas, pescoço e clavícula. Novamente os movimentos surgiram vagarosos e pacientes.

- Amor... – Carlos chamou depositando rápidos beijos em minha bochecha direita. – Você está preparado? – indagou com a voz rouca e cheia de preocupações.

Não tive forças para responder-lhe ou raciocínio para formar uma frase, apenas um gemido/choramingo, saiu de minha garganta.

Senti os dedos de meu professor saírem de mim, acompanhado de um gemido que foi abafado por um beijo. Carlos levantou-se um pouco e o assisti vestir o preservativo, melando-o com lubrificante logo em seguida. Ele despejou um pouco mais sobre os dedos e deitou-se sobre mim e puxou minhas pernas para que enlaçassem em sua cintura. Segurei seus ombros, e ao fazer isso, senti-os tenso. Sem pressa, uniu nossas testas e lábios e esfregou seus dedos novamente em meu orifício. Em seguida, senti seu membro encostar-se ao local.

Carlos repediu mais uma vez o processo que fez com os dedos: forçava um pouco e tirava para que eu relaxasse, repetia o movimento e afastava. Até que finalmente senti sua glande forçar e entrar em mim. Minhas unhas entraram em sua pele e fechei os olhos tentando afugentar aquela dor. Só percebi que estava chorando quando beijos ternos trilharam caminho sobre minhas maçãs do rosto limpando as lágrimas.

Na medida em que eu relaxava, Carlos se introduzia mais e mais dentro de mim, até que senti suas coxas encostarem-se as minhas. Mas ao contrario do que eu havia lido em alguns sites sobre o assunto, o incomodo perdurou durante todo o sexo. Muito embora eu estivesse sentindo prazer, principalmente nos momentos que Carlos tocava minha próstata, uma dor fina e desconfortante acompanhava os gemidos, caricias e palavras doces que ecoavam pelo quarto.

Quando finalmente chegamos ao ápice, eu me sentia extremamente esgotado, sem força para se quer me mover. E o sono veio instantaneamente. Eu me sentia leve, amado, alegre e feliz. Eu realmente havia começado o ano em paz, como simbolizava as roupas brancas que vesti, e com meu amor, como a cueca vermelha que usava.

“//Senti uma luz cômoda atingir meu rosto e aos poucos fui forçando meus olhos a abrirem. Ainda de olhos fechados um sorriso gratificante brotou em meus lábios ao lembrar-me da noite anterior e perceber que não sentia nenhum desconforto em minha genitália anal. Tateei o lado da cama a procura de meu professor, mas para meu espanto, ele não estava mais lá. Quando finalmente acostumei-me com as luzes que vinham da janela, pude olhar em volta a sua procura, e confirmar que estava só em seu quarto.

Estava quase me levantando da cama quando Carlos entrou no cômodo vestido apenas de cueca e seus óculos de armações negras e segurando uma caneca e sentou-se em uma poltrona. Elegantemente, ele depositou a caneca sobre a cômoda, cruzou as pernas e pegou um dos livros que Evandro o presenteou, o abrindo em uma pagina já marcada. Com um pouco e preguiça, sentei-me e pude aprecia-lo um pouco mais. Um sorriso brincava meus lábios pensando que talvez ficássemos bem depois de tudo.

- Bom dia! – cumprimentei com a voz ainda rouca.

- Que bom que já acordou. – disse pegando sua bebida e a bebericando ainda encarando seu livro. – Suas roupas estão no pé da cama. Vista-as!

- Vamos a algum lugar? – perguntei estranhando e sorrindo de lado.

- Eu não, você. – respondeu seco.

- Como assim?

- Você vai embora. A gente transou, agora você vai embora. Não há necessidade de você continuar aqui.

- Mas... – o sorriso sumiu de meu rosto. Não era possível que ele estivesse falando serio.

- Não tem ‘mas’. Pegue suas coisas e suma! – finalmente ele abaixou seu livre e me encarou nos olhos. Senti meus olhos arderem em perplexidade. Não era possível. Simplesmente não era possível.

- Carlos, isso machuca... – um soluço escapou em meus lábios ao que eu me encolhia entre os lençóis, tentando me proteger.

- Machuca? – ele perguntou irônico e levantando-se. – O que? Você me ama de verdade? Eu te iludi e brinquei com seu coraçãozinho? – Carlos ajoelhou-se ao meu lado na cama e segurou meu sorto com uma mão, me fazendo olha-lo nos olhos. Ele estava com raiva, era nítido. – Não foi isso que você fez com o Fernando? O iludiu... Sabe onde estar agora? Sabe o que aconteceu com ele?

- Carlos, por favor... – pedi entre soluços. Em resposta, ele me jogou sobre a cama e se levantou.

- Levante-se! – gritou puxando o lençol e me deixando totalmente exposto. – Levante-se sua puta! – Carlos me segurou pelo braço e me arrastou pela cama me jogando no chão. – Você achava mesmo que eu o amava? Você quer a verdade? Foi tudo planejado. Desde o começo. Eu soube o que você fez com o Fernando, irmão de minha melhor amiga. Você é um merdinha que acha que pode fazer tudo e se safar, mas não será assim.

- Você disse que me amava... – falei quase inaudível, o fazendo rir irônico. Arrastei-me lentamente até a parede me escorando na mesma e abraçando meus joelhos, pois o abalo emocional estava me deixando totalmente sem forças.

- Eu não te amo Bruno. Eu te desprezo. – disse calmo e ficando de cócoras a minha frente. – Eu sentia nojo de mim mesmo quando te tocava, ou te beijava... Mas até que foi bom. Você é bom de cama, afinal. Mas o pior de tudo foi ter que dizer que te amava. Não que eu acredite em amor, mas dizer isso para alguém como você... É inaceitável.– ele levantou-se novamente e caminhou até onde estava minhas roupas e pegando-as. Se vista! – disse jogando-as sobre mim.

- Carlos, por favor... – eu sequer conseguia concluir uma frase sem que um soluço tampasse minha garganta.

- Não me faça perder a paciência Bruno. Eu deveria ter te jogado porta a fora ontem mesmo. Eu só queria te comer. – disse a ultima frase silabando.

Continuei estático chorando e tentando digerir todas as suas palavras. Não era possível que tudo tenha sido para me machucar e me ver sofrer. Ele insistia em dizer que me amava sempre, até mesmo na noite anterior, na cama, quando desfrutávamos de nosso momento intimo.

Senti um puxam forte em meu braço esquerdo novamente e fui arrastado pelo quarto. Quando finalmente consegui ficar de pé, fui jogado no chão novamente, agora no corredor do prédio, ainda nu. Logo Carlos apareceu novamente jogando minhas roupas sobre mi e minha bolsa. E sem dizer qualquer palavra, fechou a porta, me deixando ali, sem amparo... Chorando por ele.\\”

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Assumimos: o capítulo não estar bem escrito, e o motivo é a falta de tempo. Eu quase não estou tendo tempo de revisa-lo e melhora-lo. Com eu e Évora trabalhando e estudando, as coisas ficaram um pouco mais complicadas. E agora eu posso revelar a “complicação” que tive: termino. Agora estou bem, tô feliz. E já estou em outra.

Niss: Obrigado pelas sugestões, amei. Beijo, amado!

Beijos, até semana que vem, amados!

Comentários

Há 4 comentários.

Por CarolSilva em 2015-08-24 22:00:50
Isso eh um pesadelo.
Por CarolSilva em 2015-08-24 22:00:19
Poxa, so pode ser apelo ou a globo esta perdendo um grande ator.
Por Niss em 2015-08-24 00:12:35
Ainda não acredito como ele teve capacidade de fazer isso cara! Voltei aqui, e re-li desde o "Bom dia"! Não acredito! Estou boquiaberto e um tanto abalado! Apesar dos pesares ele não deveria ter feito isso!
Por Niss em 2015-08-24 00:08:56
Nossa Drex! Não acredito nisso! Como ele pôde?? Não acredito, simplesmente, não acredito, pensei que iria ficar tudo bem e que eles fossem voltar para o Brasil, mas, nem sei mais! o Bruno vai ter muitas sequelas, mas, mesmo assim espero que eu esteja errado, e que ele consiga dar a volta por cima, ainda bem que ele já vai embora de Pt. Espero pelo proximo. -Sinto muito pelo seu término. O melhor está por vir!