Capítulo XIII

Conto de Drexler como (Seguir)

Parte da série O destino de Bruno

Desculpa! Eu sei que prometi postar todas as segundas e sextas, mas houve imprevistos. Minha vida está mais atarefada que a do nosso personagem |Bruno. Desculpem-me. De verdade. Contudo, vou recompensa-los: este capítulo está maior e muito BOM. Acho que foi um dos melhores. Espero que gostem.

BoyTeen e Niss, obrigado pelas palavras de apoio e não se preocupem, continuarei postando.

Aos demais leitores, obrigado por acompanhar. Não esqueçam de comentar!

Criei uma conta no site Wattpad afim de publicar esta obra: http://www.wattpad.com/myworks/39325391-o-destino-de-bruno Acessem, comentem e divulguem! Ainda estou postando os primeiros capítulos, porém está sendo revisada e melhorada. Abraço e boa leitura!

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Eu mal vi passar o tempo. Havia se passado 15 dias já desde a primeira vez que sai com o professor Carlos como ficante. Para minha surpresa, Stefani, na primeira vez que saiu comigo e meu professor para jantar – Cristal também estava presente – já sabia de tudo, pois na condição de melhor amiga de Carlos, ele a contava tudo. Andrea, minha ex-professora do Brasil, para minha surpresa, também já estava sabendo, pois descobri ser outra melhor amiga do meu orientador.

Não tive coragem de contar nada para a Cristal, já bastava a Stefani e a Elizabeth que me aporrinhava sempre que possível. Uma vez, quando Beth me tirava o juízo falando que eu deveria ter a iniciativa de pedir Carlos em namoro, minha vizinha entrou casa adentrou e escutou nossa conversa, mas por sorte consegui desconversar, alegando que minha mensalista estava tirando sarro de mim. Não sei se ela realmente acreditou, mas assim afirmou.

No Brasil, Felipe ainda tentava abrir os olhos de Beatriz, que insistia em dizer que André estava apenas esperando o tempo certo para terminar tudo com sua namorada. Em minha ultima conversa com Felipe percebi algo além de uma preocupação como amigo para com Beatriz, mas não quis perguntar, preferi esperar e certificar com exatidão de minhas suspeitas. Beatriz, por sua vez, não falou comigo mais que duas vezes, onde conversamos sobre minha relação com o Carlos, e quando eu tocava no assunto André, ela me deixava falando sozinho.

No que diz respeito a minha vida, ela estava cada vez mais dependente e direcionada a Carlos. Começamos a fazer academia juntos, por essa razão começamos acordar por volta das 6 horas da manhã para nos exercitar, depois tomávamos café na lanchonete próxima a nosso prédio e por fim vamos juntos para a universidade, onde dou minhas aulas pela manhã; almoçamos juntos e voltamos para a universidade para as aulas da graduação e orientações. Por fim, voltamos juntos para casa e às vezes, e finais de semana à noite, saímos para algum lugar.

Para minha surpresa, meus pais ainda estavam mexidos pela morte de Bárbara, que foi confirmada por overdose por uso de craque e maconha. Mas logo entendi o motivo de meus pais estarem tão estranho em relação a morte de meu amigo de infância em nossa ultima conversa:

- Galego, você tinha algum tipo de envolvimento com o Pedro? – perguntou meu Pai.

- Claro que não, por quê? – perguntei franzindo o cenho.

- Quando foi a ultima vez que vocês se encontraram, filho? – perguntou minha mãe.

- Sei lá... Acho que não falo com ele desde meus 15 anos... – eu estava cada vez mais confuso com a conversa. – Mas por quê?

- Eu sei que não faz sentido filho... – meus pais se entre olharam. – mas estão investigando sua relação com ele... – disse meu pai.

- O quê? Por que isso?

- Ele deixou uma herança... – disse minha mãe e eu arregalei os olhos.

- Uma grande herança, galego.

- E o que isso tem a ver comigo? – perguntei com a voz tremula.

- Ele deixou para você. Mas ninguém sabe de onde veio esse dinheiro, isso que é mais estranho. Pedro era de família pobre, mal podia se sustentar e agora que morreu apareceu com muito dinheiro deixando por escrito que você era seu herdeiro legal – eu estava cada vez mais boquiaberto como o que meu pai dizia.

- Eu? Nós não nos víamos há tempos... Por que para mim? – perguntei.

- A policia ainda está investigando tudo, mas eu tive acesso ao testamente e ele deixa claro o motivo: Pedro te amava. Ele usou este mesmo verbo.

- Filho, eles querem que você volte para o Brasil para depor. – disse minha mãe após o silencio ter se instalado.

- O que? Não posso! – disse desesperado.

- Sabemos galego, vou dar um jeito. Estou por dentro de toda a investigação e vou preparar um documento me colocando como seu responsável legal para resolver tudo aqui no Brasil.

- E a família dela, como estão em relação a isso? – quis saber.

- Como era de se esperar, não aceitam você como herdeiro e se o dinheiro for liberado, eles vão recorrer para tomar de você. – disse minha mãe.

- Por mim, eles podem ficar com tudo. Não sei de onde veio esse dinheiro, só posso imaginar que não seja limpo. Em contra partida, não deixarei aqueles abutres que só maltrataram a Bárbara ficarem com tudo. – pensei um pouco e continuei. – Pai, prepare a papelada.

- O que você está pensando? – perguntou-me.

- Por agora nada, só não quero que fiquem com o dinheiro da minha amiga.

- Filho... – começou minha mãe.

- Mãe, eles nunca se importaram com ela, a maltratavam, eram um monte de homofônicos. A senhora bem sabe disso. – falei desesperado.

- Sei, mas...

- Pois pronto. A única que era por Pedro, era sua avó. Ela sim merecia o dinheiro e se for para ela, não faço questão de nada.

Discuti tudo com meus pais. Minha mãe não queria que eu entrasse em uma briga jurídica com a família de Bárbara, e na verdade eu também não queria. Não queria um dinheiro, provavelmente proveniente de trafico de drogas. Mas tudo que eu não poderia, era deixar que pessoas que a batiam, xigavam, menosprezavam e a expulsaram de casa, ficassem com esse dinheiro. Por esse motivo, por minha amiga de infância, pelo amor que ela dizia sentir por mim, eu aceitaria seu ultimo pedido. Lutaria com unhas e dentes e com quem quer que fosse pelo seu dinheiro. Utilizaria esse dinheiro em algo em sua memoria.

Era algo surreal que eu fui o amor de uma vida inteira de alguém. Um amor que se iniciou na infância e que seguiu até os últimos momentos de uma pessoa tão importante em minha vida. Por inúmeras vezes vi Bárbara pelas ruas de nossa cidade natal, em festas e adjacente, mas ela nunca veio falar comigo. Nunca passou pela minha cabeça que aquele menino branquinho, de bundinha empinada, sorriso eloquente e olhos encantadores, se transformaria em uma mulher tão bela, mas com uma vida tão perturbada e teria um fim tão trágico quanto foi sua vida. Eu não podia imaginar que eu era tão importante para ela. Que ela me amava.

Segui com esses pensamentos perturbadores e tentei afugenta-los com o meu amigo e passa tempo (quando tenho) preferido: meu violão. Dediquei em pensamento músicas ao meu amigo já falecido e vi lágrimas descerem sobre meu rosto em pesar. E calei instantaneamente Cristal que chegava eufórica em meu quarto.

- O que aconteceu? – perguntou sentando-se ao meu lado.

- Nada... – afastei as lagrimas e apoiei meu violão sobre a cama.

- Algo aconteceu para você está depressivo. Você estava tocando e chorando. Anda fala, era por tristeza ou felicidade? – insistiu.

- Saudades. Talvez arrependimento. Ou ainda remorso. Não sei bem.

- Uou. Explique-me o que aconteceu. – e eu conte-lhe tudo. Desde minha infância, resguardando os detalhes sórdidos, claro; contei sobre nosso afastamento, a situação dela com a família, sua morte que pegou a todas de surpresa e, por fim, sobre sua herança.

- Não sei como me sinto. Queria ter tido mais tempo com ela. É complicado saber que alguém te amou tanto a ponto de deixar toda sua herança para você, sem que você não a tenha dado o mínimo de atenção para ela. Eu nunca a amei de outra forma, senão na condição de amigo. Nos últimos tempos, ela não passava de uma estranha para mim. – eu falava olhando para o nada e Cristal mantinha-se calada ao meu lado me escutando e afagando minhas costas.

- Não fica assim, Bruno. Você não podia fazer nada, você não sabia. E também ninguém controla o que sente. Tenho certeza que se você pudesse escolher, teria feito diferente.

- Não. – lagrimas escorreram nos meus olhos. – Eu fiz novamente.

- Como assim? – ele perguntou confusa.

- Eu sou um canalha. Eu fiz o mesmo com o Fernando. Ele está seguindo o mesmo destino da Bárbara. – eu a olhei pedindo ajuda. – Ainda fiz pior, pois com a Bárbara eu era uma criança, desconhecia os sentimentos dela por mim. Com Fernando não, fiz tudo ciente. Eu sabia que ele gostava de mim. Fiz de proposito para feri-lo, para me vingar de algo besta. Eu sou pior que a família de Bárbara.

- Não pense assim, Bruno. Para, por favor.

- Eu não presto, Cris. – gritei levantando-me da cama. – Eu só faço as pessoas seguirem caminhos sem volta. – lagrimas escorriam sem para em minha face. – me fala uma diferença da situação de Bárbara e Fernando. Eu acabei com a vida dos dois.

- Para! – ele gritou também se levantando. – Você não fez ela usar droga ou se prostituir. Você não tem culpa de ela ter nascido em uma família desnaturada que não enxergam nada além de sua arrogância. Você não tem culpa!

- Mas com o Fernando sim. Ele falou na minha cara. Ele disse que usava drogas para me esquecer! – eu falava desesperado e andando de um lado para o outro do meu quarto. Ouvimos batidas na porta e Cristal foi abrir. Para meu desespero e aflição, era Carlos.

- O que está acontecendo, Bruno? – ele correu e me abraçou assim que entrou pela porta do quarto. Eu chorava compulsivamente. – Bruno... – ele pegou meu rosto segurando-o com as duas mãos em sua direção. – Me fala, por favor, o que aconteceu.

- Eu... er... – eu não conseguia falar.

- Eu não sei mais o que fazer Carlos, ele não me ouve. – disse Cris.

- Bruno fica calmo, por favor, e me fala. – ele me abraçou novamente. – Cristal, o que aconteceu? - ele perguntou a minha amiga vendo que eu não conseguia mais falar.

- Ele está se culpando pela morte de uma amiga no Brasil. E se diz responsável por um amigo estar se drogando. – ela falava tão desesperada quando eu.

Tudo foi muito rápido. Minha vista falhou, meu corpo amoleceu, minha audição acabou. Senti meu corpo perder as forças e ser sustentado por Carlos e então tudo apagou de vez.

Acordei em um ambiente completamente desconhecido que deduzi ser um hospital: paredes de cerâmicas brancas com detalhes azuis claro, duas camas do meu lado esquerdo, cada uma com uma poltrona. Em uma das camas havia outra pessoa deitada. E na parede junto à porta corrediça, uma televisão de tamanho mediano desligada.

Eu estava deitado em uma cama macia, coberto com um lençol azul-céu e sentia-me ainda sonolento e fraco. Um tubo fino descia em direção ao meu membro superior esquerdo levando soro ao meu braço perfurado. No dedo indicador da mesma mão estava conectado um medidor cardíaco.

Quando olhei novamente para a cama ao lado, onde outra pessoa descansava, reconheci de quem se tratava: Carlos. Ele parecia estar dormindo, e como eu ainda não me sentia bem resolvi deixa-lo descansar, pois não sabia há quanto tempo eu estava naquela situação. Além da fraqueza, sentia uma forte dor de cabeça e no corpo. As lembranças de Fernando e a associação a Bárbara começavam a voltar a minha mente e quando a maquina que analisa meus batimentos cardíacos começou a fazer mais barulho, Carlos levantou-se e veio ao meu socorro.

- Calma Bruno. – Ele beijou minha testa e começou a alisar meus cabelos.

- Eu não quero que ele tenha o mesmo fim... – mais uma as vez as lágrimas desciam.

- Ele não vai. Fica calmo, por favor. – ele segurou minha mão livre com uma de suas mãos e continuava a me acariciar a cabeça.

- Não quero matar mais ninguém, Carlos... Fica longe de mim... – a maquina começou a apitar mais alto pelo meu desespero.

- Xiiii, fica calmo, eu vou chamar o enfermeiro. – em meio ao meu choro que se descontrolava, ele beijou minha testa novamente e saiu do quarto.

Não demorou mais que um minuto e Carlos voltou nos calcanhares de um enfermeiro que logo tirou o tubo que estava conectado a agulha no meu braço e injetou alguma substancia na minha veia, reposicionando o tubo do soro em seguida. Logo senti meu corpo amolecer novamente e minha visão ficar turva. Minha ultima lembrança foi à de meu professor beijando meus lábios calmamente.

Não sei por quanto tempo dormi, mas quando acordei, estava só no quarto. Senti-me só, abandonado. Eu queria minha mão comigo; queria meu pai do meu lado; queria Carlos; a Cristal, a Beatriz e o Felipe comigo. Ao mesmo tempo queria todos longe, para não lhes causar dor, angustia ou desaponta-los. Eu me sentia como alguém que só trazia desgraça as pessoas que me amavam.

Senti o desespero tomar conta de mim novamente e logo apertei o botão ao lado da minha cama chamando alguém. Um homem magro, de cabelo liso e branco entrou no quarto apressadamente, e logo atrás vieram Cristal e Carlos.

- Bruno! – Cristal correu até mim e me abraçou. – Não faz mais isso comigo.

- Com licença, minha jovem – pediu o homem e ela se afastou para o homem de jaleco branco falar comigo. – Como você estar? – perguntou-me com uma voz grave e calma.

- Fraco, com dor de cabeça e com uma dor forte no peito. – contei.

- Bruno, eu sou seu médico. Pode me chamar de Jessé. Seus amigos me contaram superficialmente o que aconteceu e vou te sugerir um acompanhamento com um psicólogo, tudo bem? – olhei para Cristal e depois para Carlos. Ambos tinham a cara abatida.

- O que aconteceu comigo? – quis saber antes.

- Você teve uma queda de preção devido a grande carga emocional que sentiu. Isso é bastante normal, portanto não há nada com que posse se preocupar. Apenas siga o meu conselho. Pode fazer isso? – o Dr. Jessé falava com ternura. Eu apenas concordei com a cabeça.

- Doutor, ele já está bem? Já pode ir para casa? – perguntou Cristal.

- Não, ele já esta bem, mas é melhor ficar aqui um pouco mais de observação. – ele falava enquanto anotava informações em uma prancheta. - Pedirei que um enfermeiro venha medica-lo novamente para acabar com as dores e... – o interrompi.

- A dor que sinto não vai acabar com remédio.

- Sim, eu sei. Por esse motivo peço-te, carecidamente mais uma vez, que converse com a psicóloga para quem vou encaminha-lo.

- Ele vai sim. – falou Carlos pela primeira vez. – Eu o levarei pessoalmente. – permaneci calado.

- O senhor é parente do paciente? – perguntou o médico para Carlos.

- Sou seu responsável.

- Tudo bem, então. – Bruno... – ele virou-se para mim. – Se comporte e não faça muito esforço. Mesmo que a medicação não acabe com a dor emocional que sentes, pedirei que um enfermeiro venha fazer. Também vou prescrever alguns exames que fará amanhã pela manhã. Não precisa sair do quarto, pois a enfermeira vem fazer a coleta, ok?

- Tudo bem. – falei.

- Pois bem. Repouse e qualquer coisa podem me chamar. Até mais, Bruno. Melhoras! – falou estendendo a mão para mim. – Você pode me acompanhar até lá fora? – perguntou para Carlos.

- Acredito que a Cristal pode fazer isso por mim. Preciso muito falar com o Bruno.

- Tudo bem. – Os dois seguiram pela porta e Carlos veio ao meu encontro e sentou-se na beirada da cama.

- Como você está? – perguntou-me segurando minha mão livre.

- Fraco e... – ele me cortou.

- Perguntei como você está aqui. – ele tocou meu peito.

- Angustiado... Confuso...

- Não fica pensando besteira, ok? Você não pode se responsabilizar pelo que ocorreu.

- Não quero falar sobre isso. – pedi.

- Ok. Não quero te ver daquele jeito novamente... Tive medo...

- Desculpa... Eu...

- Não se desculpa você não teve culpa.

- Há quanto tempo estou aqui?

- Pouco mais de 24 horas. Te trouxe ontem por volta das 18 horas.

- Que horas são?

- 20 horas.

- Você falou com meus pais?

- Não. Não quis preocupa-los. Mas avisei para Felipe e Beatriz e a cada hora um dos dois entra em contato. – sorri fracamente.

- Eles são tudo para mim...

- É, eu sei. – Carlos se inclinou e depositou um beijo nos meus lábios.

- Você também é importante para mim, ok? – ele sorriu.

- Você também é para mim.

- Deita aqui. – pedi.

- A Cristal pode chegar...

- Não me importo. Só quero ficar ao seu lado agora.

Sorrindo ele fez o que pedi deitando-se ao meu lado abraçado comigo e roçando sua barba no meu pescoço e depositando beijos pela sua extensão me causando risos. Ao seu lado me senti seguro e esquecido dos meus problemas. Esqueci que estava em um hospital e que poderia a qualquer instante ser flagrado por Cristal. Ficamos agarrados por um longo tempo, quando ela chegou.

- Bruno... Uou! – Ela parou bruscamente.

- Sim? – Carlos tirou a cabeça do meu pescoço e olhamos para a porta onde ela estava estática.

- Nada... Eu só... Depois eu falo, vou tomar um café. – falou voltando pela porta.

- Ela vai me encher o saco por causa disso, sabia? – falei rindo.

- Posso imaginar. – meu professor descansou a cabeça no meu ombro. – Mas cedo ou tarde isso aconteceria.

- É, eu sei...

Novamente fomos interrompidos pelo enfermeiro que veio me medicar, porem não foi nenhum sonífero, pois permaneci acordado. Passamos o resto da noite abraçados naquele clima de proteção. Como havia dormido a noite anterior e o dia inteiro, eu estava sem sono, por isso permaneci acordado durante a noite observando meu professor que dormia apoiado sobre meu ombro enquanto eu lhe fazia cafuné. Apenas quando já era madrugada acabei por adormecer. Só fui acordar de manhã, junto do Carlos, quando a enfermeira veio fazer a coleta de sangue.

Ainda no hospital, por exigência de Carlos, fui conversar com a psicóloga, Dra. Mariza, que ouviu atentamente minha historia. Dessa vez consegui me controlar e não tive nenhuma queda de pressão ou algo parecido. A psicóloga me aconselhou, como todo mundo, a não motiva os pensamentos de que eu realmente era responsável pelo ocorrido com Fernando, tão pouco com Bárbara, por vários fatores. Inicialmente, porque ambos foram rejeitados pelos pais por não aceitarem sua condição sexual. Segundo porque Bárbara havia guardado seu sentimento para se própria. Para a Dra. Mariza, eu não era o responsável pela entrada de Fernando no mundo das drogas, pois como a relatei, ele já havia buscado forças nelas para me abordar, mesmo que de forma inadequada. Fui obrigado a concordar. Em conta partida, ele mesmo me afirmou que agora a usava para me esquecer. Para isso, ela argumentou que ele estava buscando uma justificativa para manter o seu vicio. Não soube o que dizer. Eu não tinha argumentos fortes o suficiente para replicar, a não ser minha consciência que continuava a dizer que eu era o culpado.

Conversamos por horas e tentei me convencer de que ela tinha razão. Saí de seu consultório forçando a mim mesmo a entender e acreditar em suas palavras a fim de tranquilizar minha psique, e segui, com meu professor, para casa. Antes, passamos em um restaurante para almoçar e conversar. Já no nosso prédio, indo do estacionamento em direção ao elevador, avistamos Cristal, a qual não a via desde que, na noite passada, flagrou a mim deitado abraçado com o Carlos.

- Ei! – a chamei.

- Oi Bruno...

- Por que não voltou ontem?

- Não quis atrapalhar. – falou seria.

- Não estava atrapalhando nada. – Carlos apenas observava.

- Serio? – ela olhava para mim e Carlos tentando sorrir.

- Esta cara é só porque não te contei, ou tem algo mais? – quis saber.

- É por isso também. Mas agora estou atrasada.

- Aconteceu algo? – franzi o cenho.

- Nada que você precise se preocupar.

- Ok então. Quando quiser parece lá em casa, você tem minha chave.

- Ah, é. Toma. - Ela tirou uma chave de seu chaveiro e me entregou. – Como prometido.

- Eu não estava cobrando.

- Eu sei. Enfim, tenho que ir.

- Tudo bem. Apareça lá em casa quando estiver mens apreçada.

- Você vai para o meu apartamento. – disse Carlos me fazendo olha-lo repentinamente. – Não vou deixa-te em casa sozinho. Vou cuidar de você no meu apartamento.

- Posso ficar em casa.

- Você escolhe: ou ficamos no meu ou ficamos no seu. – abri a boca para falar, mas Cristal se adiantou.

- Enquanto vocês decidem, vou indo. Até mais. Melhoras, Bruno.

- Obrigado. – ela não esperou para ouvir minha resposta. – Ela esta estranha, não acha?

- Um pouco. – respondeu olhando o caminho que ela seguia. – Vamos subir? – perguntou-me enquanto eu criava hipóteses do que havia acontecido com minha amiga portuguesa.

- Vamos. E cada um em seu apartamento. – falei sem olha-lo e entrando no elevador.

- Não vou discutir, Bruno. Sou seu responsável aqui em Portugal, seu professor, seu orientador e seu namorado. – arregalei os olhos e engoli em seco. – Não vou ficar discutindo por besteira.

Eu poderia ter tido outra crise de pressão se eu não tivesse ficado tão feliz, talvez. Perdi a voz, fiquei estático e até sem respirar por um instante quando percebi a falta de ar em meus pulmões e respirei novamente assustado. Não o olhei, mas senti que me analisava e tentava entender minha crise feição. Assustado. Era assim que eu estava: assustado. Fui pego de surpresa. Apenas há 15 dias estávamos ficando e não houve um pedido de nenhuma parte para oficializar o relacionamento.

- Tudo bem, Bruno? – perguntou Carlos.

- Tu...Tudo... É... Eu... É que... – eu não conseguia produzir uma frase com sentido.

- Está sentindo alguma coisa? – ele me segurou meu rosto frente ao seu.

- Não! Eu... Só estou cansado. – desviei o olhar para a porta do elevador que abria.

Descemos no meu andar e fui para meu apartamento arrumar uma bolsa para levar a seu apartamento. Querendo ou não, ele tinha razão, depois da crise que tive, não era bom para eu ficar trancado sozinho no meu apartamento. Peguei meu violão, minha bolsa com o material das aulas de francês, as apostilas e livros da graduação, meu computador e algumas peças de roupas dentro de outra bolsa e, com ajuda do meu professor, seguimos para seu apartamento.

Era a primeira vez desde que viemos para Portugal que eu entrava em sua residência. Como imaginei, era tudo muito bem organizado e elegante. Logo na sala havia um sofá em L preto de couro e duas poltronas e uma mesinha de centro com um cinzeiro de cristal. Atrás do sofá estava a sala de jantar com uma mesa de vidro com seis acentos acolchoados e um bar com taças e bebidas, que consegui identificar como whiskys, gin e vodcas. Ao lado da porta de entrada, estava uma bancada com portas retratos com foto dele e outras pessoas. Por fim, na parede frente ao sofá estava um quadro belíssimo: crianças com balões de festas multicoloridos brincavam na pintura.

- Você prefere ficar no meu quarto ou do de hospede? – Carlos tirou-me dos devaneios.

- De hospede. – respondi.

- Ok. Vem, vou te mostrar onde fica e sinta-se a vontade. – sorriu.

- Obrigado.

Ele foi me apresentando os demais compartimentos do apartamento, pois como já me havia dito, era maior que o meu. Da sala havia um corredor que dava para os quartos, ficando um de frente para o outro e um banheiro social ao fim. O quarto onde ficarei é bem aconchegante: uma cama de solteiro, um guarda-roupa e uma escrivaninha. A cozinha também é bem arrumada, seus eletros domésticos são todos pretos e pratas, dando um ar sofisticado. Os moveis, por sua vez, são todos brancos e bem distribuídos no espaço.

- Realmente seu apartamento é bem maior que o meu. – tentei rir voltando para a sala e sentando-nos no sofá.

- Parece que sim. – rimos.

- Calor, você não vai trabalhar hoje? – perguntei depois de um tempo em silencio.

- Não, alguém tem que ficar cuidando de você.

- Mas você não pode ficar faltando assim, vai se prejudicar. Por minha causa! – já me sentia nervoso novamente.

- Calma, Bruno. Não se preocupe, peguei um atestado. Um para mim e outro para você.

- Ainda sim. Vai atrasar sua pesquisa. – falei sentindo-me mais calmo.

- Não posso seguir minha pesquisa sem meu co-autor. Além do mais, alguns dias não vão ser tão prejudiciais. – falou apoiando a cabeça no meu colo.

- Carlos... – comecei.

- Ok, se você faz tanta questão, podemos continuar em casa. Mas só amanhã.

- Vou me sentir melhor assim. – sorri e comecei a afagar seus cabelos lisos, o que fez Carlos fechar os olhos. – Obrigado. – disse depois de um tempo.

- Pelo quê?

- Por cuidar de mim.

- Não faço mais do que minha obrigação.

- Você faz tanto por mim... E eu só atraso a sua vida...

- Nunca mais repita isso. – falou levantando-se.

- Eu nunca poderei agradecer tudo que você fez e faz por mim, Carlos...

- Você faz estando em minha vida. Estando ao meu lado e estando bem.

Beijei-o calmamente e com ternura. Era muito bom ouvir aquelas palavras, sentia-me amado e protegido. Passei a mão pelo seu rosto, alisando sua barba e segurei em seu pescoço o trazendo para mais junto de mim. Ele, por sua vez, passou uma perna sobre mim e sentou-se, por fim, em meu colo, sem separar nossos lábios, que há cada segundo que passava o beijo se tornava mais e mais rápido. Mais necessitado. Desci minhas mãos e segurei sua cintura, enquanto ele entrelaçava os braços ao redor do meu pescoço. Alisei suas costas, indo do pescoço até próximo a sua bunda e subia novamente por baixo de sua camisa vermelha.

Quando finalmente foi preciso respirar, disparei beijos por todo seu rosto, pescoço e ombro e, vez ou outra, mordia o lóbulo de sua orelha. Eu sentia a respiração forte de Carlos no meu pescoço e sentia sua língua passar pela mesma região, me deixando completamente arrepiado e a mercê de seus gestos.

Voltamos a nos beijar, ainda mais necessitados pelo gosto um do outro e senti as mãos do meu professor entrarem sob minha camisa, alisando hora minha barriga, hora minhas costas. O contato de sua mão macia sobre minha pele era avassalador e logo me causou uma ereção. Ao que pareceu ser sentido por ele, o fazendo rebolar no meu colo e pude sentir que ele também estava excitado. Não aguentei e tirei sua camisa vagarosamente olhando em seus olhos negros. Joguei-a para o lato e, ainda olhando seriamente em seus olhos, alisei todo o seu peitoral, ao que percebi ter alguns poucos pelos, e voltamos a nos beijar vagarosamente dessa vez.

Não demorou muito, e senti Carlos tentar tirar minha camisa também, o que permiti de imediato. Ele me beijou rapidamente e desceu, curvando-se no meu colo para beijar meu peito nu. Escorei-me no encosto do sofá, e permiti que meu professor chupasse meus mamilos, o que fez com muito gosto, astúcia e dedicação. Ele mordiscava, passava a língua e chupava, dando atenção para ambos os mamilos, enquanto eu gemi de olhos fechados apreciando todo o prazer que me era concebido. Mas logo ele retornou a subir beijando meu peito, pescoço, bochecha, rosto e rápidos selinhos em minha boca.

- Quer ir para o quarto? – perguntou-me. Apenas concordei com a cabeça.

De mãos dadas, Carlos me conduziu até seu quarto onde me sentei em sua cama de casal apenas sob a luz de dois abajures, ele, por sua vez, dirigiu-se para uma bancada onde colocou uma música clássica de ópera para tocar e pegou alguns objetos e veio em minha direção. Meu professor foi me deitando-se sobre mim, beijando-me a boca como nunca havíamos feito. Era selvagem e necessitado às vezes. Calmo e suave em outros momentos. Carlos posicionou-se de quatro sobre mim e começou a friccionar nossos pênis eretos me causando fortes espasmos e gemidos. Eu podia sentir minha cueca molhada de pré-goso. Senti a mão de Carlos descer sobre minha barriga em direção a minha ereção e abrir o botão da bermuda que vestia e descer o zíper logo em seguida.

Meu professor começou a massagear meu pênis e ao fazer, soltei um gemido audível. Separamos os lábios e ele desceu beijando meu pescoço e dedicou-se, por um tempo, aos meus mamilos e continuou sua descida pela minha barriga e parou no meu umbigo. Carlos olhou para mim, e eu levantei apoiado nos cotovelos vendo-o puxar minha bermuda e joga-la para fara da cama.

Era magnifico ver aquele homem forte, pois já era visível o resultado da academia – ainda que ele já fosse moderadamente forte - e bonito daquela maneira comigo. Ele começou a alisar minhas pernas e trocamos um sorriso. Foi então que ele se curvou e começou a beijar minhas coxas pouco acima do joelho e foi subindo até chegar a minha virilha. Meu professor segurou meu pênis e começou a tirar minha ultima peça de roupa. Como anteriormente, ele jogou a minha cueca para junto da bermuda e voltou a me beijar. Como ele beijava.

- Você é tão lindo. – falou entre beijos.

Eu estava mudo. O único som que saia de minha boca era gemidos. Comecei a baixar a calça dele junto com a cueca, e chegando ao joelho, quando eu não mais alcançava, ele concluiu a ação. O virei, deixando deitado na cama e comecei a beijar seu pescoço, desci para seu peito com pelo – tão poucos pelos que seria possível conta-los. Beijei seus mamilos e brinquei com a língua rapidamente, voltando a descer pela sua barriga até chegar ao seu umbigo, onde admirei aquele monumento. Lindo. Pouco mais escuro que sua pele, era reta e circuncisado e com uma glande rosinha. Embora Carlos tivesse um “caminho da perdição” abaixo do umbigo, seu púbis era completamente liso, como seu saco escrotal. Segurei se pênis, de mais ou menos 19 cm, e olhei em seus olhos. Como um pedido para continuar, ele alisou o meu rosto sorrindo meigamente e eu, como um bom aluno, obedeci. Inclinei-me de olhos fechados sobre aquele membro e, sem nenhuma experiência, beijei sua glande, sua extensão, seus testículos e subi fazendo os mesmos gestos e, por fim, desci engolindo o máximo que podia.

Perguntei-me porquê nunca havia feito isso no Fernando. Talvez porquê nunca tenha gostado dele de verdade. Com o Pedro, éramos criança, por isso nunca senti tanto prazer como sentia agora. Logo espantei esses pensamentos e voltei a dedicar-me a Carlos, que gemia mais alto que a sinfonia que tocava. Comecei a acelerar os movimentos descendo até pouco mais abaixo da glande enquanto segurava e massageava seus testículos.

Olhei-o e percebi que mantinha os olhos fechados com força. Era uma cena maravilhosa de se apreciar, mas logo ele afastou minha cabeça. Entendi que estava próximo de ejacular e subi para beijar sua boca. Não demorou muito e trocamos de posição. Ele repetiu os mesmo movimentos que eu havia lhe feito e, após beijar todo meu peito, mania barriga e coxas, segurou meu pênis e abocanhou-o de uma só vez. Quase explodi com sua atitude. Ele chupava rapidamente e eu apenas me contorcia na cama. Não demorou muito e logo, com toda força que tinha, gritei.

- Carlos... Tá vindo...

Ele por sua vez, continuou a me chupar, e quando sentiu meu espasmo, tirou meu pênis da boca e começou a masturba-lo. Jatos de gozo alcançaram minha barriga, peito e queixo, me espantando. Após me recompor um pouco, percebi Carlos de joelhos a minha frente limpando minha barriga com uma toalhinha contendo um sorriso no rosto e quando percebeu que eu já havia me recuperado, voltou a segurar meu membro, ainda ereto, e então a chupa-lo.

Dessa vez, ele fazia mais calmamente. Chupava meu pênis, brincava com meus testículos, lambia e beijava toda minha região pubiana. Carlos arqueou minhas pernas e pude sentir seus dedos alisarem meu ânus. Ele foi beijando minha glande, lambeu a extensão, dedicou alguns minutos aos meus testículos, chupando-os cada um por vez e chegou onde queria. Eu fechei os olhos com toda força e apertei os lençóis da cama quando senti a língua de meu professor tocando minha entrada. Depois de algum tempo chupando, beijando e lambendo, senti um dedo força entrada. Eu me contorci revirando os olhos, pois ali eu era completamente virgem. Ele continuou os movimentos com a língua acompanhado do dedo e então senti outro dedo entrar-me.

Carlos pegou alguma coisa e subiu sobre mim, voltando a me beijar calmamente. Ele alisava meu ânus com o dedo e me beija a boca, queixo, pescoço e voltava a beijar-me a boca. Foi então que senti algo forçando entrada em mim e uma dorzinha me percorrer a espinha.

- Carlos... – falei entre beijos e ele se afastou – Não posso... – disse olhando-o nos olhos.

- Estou te machucando? – perguntou preocupado.

- Não... – Olhei em direção ao aparelho de som que tocava “My Way” do Maestro João Carlos Martins. – Eu não quero...

- Tudo bem. – ele falou beijando meu pescoço e deitando-se ao meu lado.

- Desculpa, tá? – pedi.

- Não precisa se desculpar. Vem cá. – ele me puxou para junto dele.

Subi em sai dele novamente e voltamos a nos beijar vagarosamente. Senti-o tirar a camisinha de seu pênis e quando paramos de nos beijar ele encapou o meu.

- Tem certeza? – perguntei.

- Com você, sim. Só vai com calma, ok? – rio de lado e eu concordei com a cabeça.

Beijei seus lábios e saindo de cima dela, me posicionei atrás encaixando em sua entrada. Uni nossos lábios e comecei a acariciar sua entrada, introduzindo um dedo com lubrificante que Carlos me entregou. Ele gemeu audivelmente e depois de um tempo, comecei a introduzir outro dedo. Por fim, quando senti que ele já estava devidamente preparado, encostei a cabeça do meu pênis em sua entrada, e com nossas bocas coladas, comecei a forçar. Carlos mordeu meu lábio inferior e senti como era apertado. De certo, ele não era acostumado a ser ter esse tipo de relação. Quando entrei por completo, senti o quão quente, apertado e acolhedor era meu professor. Fiquei parado um instante para que ele se acostumasse comigo e quando ele deu sinal para que continuasse, comecei, vagarosamente, a bomba-lo. Quase não ouvíamos a música que tocava, pois nossos gemidos eram mais altos.

Ainda na mesma posição, senti Carlos se contorcer e percebi que estava prestes ao clímax, pois, além disso, senti que seu ânus começou a apertar cada vez mais meu membro, proporcionando-me mais prazer. Comecei, então, a movimentar-me cada vez mais rápido enquanto o masturbava e beijava sua boca, queixo, rosto e pescoço. Carlos por sua vez, arranhava minhas costas e puxava meu cabelo ao que gemíamos.

Não aguentamos muito mais tempo e gozamos. Carlos veio antes de mim e melou sua barriga com seu esperma. Com as suas contrações, enchi o preservativo com minha segunda ejaculação e caí sobre meu professor, ainda com meu membro dentro dele. Estávamos ofegantes e cansados; nossas respirações descompassadas. Ele me acariciava docemente minhas costas e beijava meus cabelos, enquanto eu não tinha forças para me mexer.

Ficamos nessa posição e calados por um bom tempo. Meu pênis saiu sozinho de dentro dele, quando voltou ao seu estado flexível e eu tirei a camisinha, amarrei e a coloquei de lado, enquanto me deitava abraçado ao meu professor.

- Quer ir tomar um banho? – perguntou-me.

- Muito. – respondi ainda ofegante.

- Quer ir comigo?

- Sim. – olhei-o nos olhos e sorrimos.

- Vai indo, vou fumar um cigarro rapidinho e vou, ok? – meu sorriso sumiu.

Sem responder, fui para, ao que ele me mostrou ser, o banheiro. E, como prometido, minutos depois ele apareceu. Foi de longe meu melhor banho. A raiva por ele ir fumar sumiu no momento em que me abraçou por trás e senti seus beijos em minha nuca. Nos esfregamos e passamos sabonete nas costas um, rimos e trocamos mais caricias durante todo o banho. Depois de nos enjugarmos, deitamos de cueca abraçados em sua cama e dormimos, mesmo ainda sendo de tarde.

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Quente hahahaaha Gostaram? Comentem!

Comentários

Há 2 comentários.

Por CarolSilva em 2015-05-13 22:04:04
Eu curti. Mas estou curiosa para saber como esta Fernando.
Por Niss em 2015-05-13 17:19:31
Lindooooo. Maravilhoso capitulo. Nossaa vc não sabe o quanto eu sofri esperando-os. Ainda bem que veio mais um agr... e beem maior. Bjs. Hasta. Niss