Capítulo VII

Conto de Drexler como (Seguir)

Parte da série O destino de Bruno

P.S: O capitulo tem fortes emoções.

Cenas de sexo explicito. Proibido para menores de 18 anos!

NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR!!

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- Para onde vamos? – perguntei

- Não sei. Você decide. – Fernando me lançou um sorriso.

- Bom, naquele dia... – ele me interrompeu.

- Desculpa-me! Por favor... – foi minha vez de interromper.

- Tudo bem. Eu ia dizer que quando mexia nas suas coisas, eu vi que você curtia samba. Eu amo samba. Poderíamos ir a algum lugar do gênero.

- Conheço um lugar. É um bar onde toda sexta e sábado fazem roda de samba. O que acha? – me olhou com um sorriso.

- Perfeito. – concordei. Depois de um breve silêncio, ele puxou assunto.

- Então, o que mais você gosta?

- É difícil dizer, gosto de muita coisa. – ri.

- Você samba? Toca algum instrumento? Gosta de ler?

- Sambo sim, é meu gênero favorito, tenho que saber sambar, mas não sou tão bom.

- Acho que esta sendo modesto.

- Não mesmo .

- Bom, só acredito vendo. Vai ter que sambar essa noite. – olhou para mim com um sorriso de desafio.

- Vamos ver. – sorri de lado.

- Mas então, você toca algo?

- Não, nunca tive a oportunidade. – menti.

- Eu também. E ler?

- Gosto de tudo um pouco. E você?

- Literatura clássica. Identifico-me bem mais com os cânones.

- Magnifico.

Ficamos em silencio o resto do caminho até chegar do bar. Estava bastante movimentado, mas ainda havia mesas vazias. Sentamos em um canto próximo a parede, mas perto do palco onde ficariam os músicos. Meu objetivo era apreciar o show e conhecer um pouco mais do meu acompanhante.

Chamamos o garçom e pedimos alguns petiscos com entrada, uma cerveja para Fernando e uma coca para mim. Não gostava muito da ideia dele beber, afinal, ele era o motorista. Embora eu soubesse dirigir, eu não tinha carteira de habilitação.

- Não vai mesmo beber? – perguntou.

- Não. Na verdade eu não consumo álcool. E você também não deveria beber.

- Não vou ficar bêbado. Até porque você não iria gostar de me ver nesse estado – falou rindo de forma simpática – Além do mais, se eu ficar mais pra lá, do que pra cá, você pode levar o carro.

- Eu não tenho carteira de motorista.

- Não que eu vá ficar nesse estado e precise levar o carro, mas por você eu pagaria qualquer multa. – Levantei as sobrancelhas.

- Vai com calma, Dom Juan.

- Desculpa. Estou indo rápido demais, não é? – afirmei com a cabeça. – Foi mal.

- Esquece. – ficamos em silencio por um bom tempo. O garçom trouxe nosso pedido e toquei no assunto – Sabe, naquele dia, desculpa tocar no assunto, mas você falou algo que me magoou. Muito.

- Descu... – interrompi.

- Para de falar isso – falei rindo. – É sério. – ele baixou a cabeça.

- Descul... quer dizer, descul... Ah. Enfim. O que eu falei? – ri do seu desajeito.

- Você disse que eu estava iludindo a Alice. Não é verdade. – ele me olhou. – Você conhece a música “homens e mulheres” da Ana Carolina?

- Sim.

- Pois bem. É mais ao menos aquilo.

- Então homens são passatempo e mulheres as para casar? – Não entendi de imediato.

- Como assim?

- É o que diz a letra: “homens de amar tão de repente, mulheres de amar para sempre”.

- Não! Acho que me expressei errado. Quis dizer que gosto dos dois gêneros. Não gosto dessas definições de gostos sexuais. Acredito que o preconceito começa quando rotulamos as pessoas, definimos grupos e criamos minoria. Não acredito em opção sexual. Isso é uma condição. Então por que dizer que a opção sexual de fulano é homossexual? Ou que sicrano é heterossexual? Ou beltrano é Bi? Ou lésbica, transexual, transgênero, ou diabo a quatro? Somos pessoas e apenas amamos. Não importa o que temos no meio das penas, tão pouco o que fazemos ou onde metemos eles. Enfim, o que quero dizer, é que gosto dos seres humanos, em suas características EMOCIONAIS. Acredito nas três virtudes humanas: verdade, bondade e beleza. Segundo Einstein.

- Nossa. Foi profundo. Achei lindo e concordo plenamente.

- Chega de filosofar por hoje. – Ri – O show já vai começar. – Levei minha cadeira para o lado de Fernando, para ficar de frente para o palco. Aparentemente ele gostou, olhou para mim com cara de surpresa, mas logo abriu um sorriso. – O que foi?

- Nada.

- Você já veio muito aqui?

- Algumas vezes. O mais legal, é que toda semana é um grupo novo que toca. Claro que repetem, mas demora um tempo.

- Entendi. Conhece esse grupo?

- Não. Mas devem ser bons. – Concordei com a cabeça e começamos a curtir a primeira música. – Já começaram bem, gosto dessa música.

- Não conheço. De quem é?

- Arlindo Cruz. – Mais uma vez apenas concordei com a cabeça. Após alguns minutos em silêncio, ele tentou de novo puxar assunto. – Posso dizer uma coisa?

- Claro. – sorri para ele.

- Adoro os cachos dos seus cabelos. A quem você puxou?

- Minha mãe. Tudo. Cabelo, olhos, cor da pele. A única coisa do meu pai é a altura, se quer saber.

- Então sua mãe deve ser linda.

- Obrigado pela parte que me toca. E sim, ela é linda.

- Adoraria conhece-la um dia. – ele tinha um sorriso enorme nos lábios.

- Vamos ver. – pisquei para Fernando.

- Mas falando em família, você tem irmãos?

- Não. Sou filho único. Mas tenho um primo com quem fui criado como sendo meu irmão.

- Seus pais adotaram ele?

- Não. Éramos vizinhos. Mas depois que vim para São Paulo, o pai dele morreu e ele foi morar na minha casa.

- E a mãe dele?

- Não sei, nunca conheci.

- Ah, entendi.

- E você, tem mais irmãos além da querida Andrea? – falei irônico.

- Tenho sim. Somos quatro filhos. Eu sou o mais novo.

- O mimado. – brinquei.

- Não. Não sou mimado. Acredite. – ele falou nervoso.

- Relaxe. Só estou te zoando.

- Tudo bem. – ele tentou um sorriso.

Ficamos conversando a noite quase toda. Era quase uma da manhã, quando o convidei para dançar, depois de muita relutância, consegui leva-lo ao centro, onde sambamos ao som de ”Coqueiro Verde” de Erasmo Carlos. Até que ele não sambava tão mal. Se não fosse a timidez, já que éramos os únicos dançando no inicio, ele poderia ter sido melhor.

Quando decidimos ir embora, já passava das três na matina. Ele havia parado de beber logo cedo, por exigência minha. Não estava afim de que acontecesse um acidente. E para surpresa de Fernando, quando entramos no carro roube-lhe um selinho. Havia reprimido esse desejo desde o primeiro momento que lhe vi entrar na primeira aula de Psicologia.

- Desculpa. – falei vendo seu cara de assustado, mas logo ele abriu um sorriso de orelha a orelha.

- Nã... Não foi nada. – Ele parecia muito feliz, por isso me inclinei um pouco mais para ele. Fernando fechou os olhos e pôs fim ao espaço que havia entre nós.

O que de inicio era apenas um selinho, começou a esquentar. Coloquei uma mão em sua nuca e comecei a chupar seu lábio inferior. Seus lábios eram tão macios, tão desejáveis. Ele aceitou melhor em seu banco e colocou sua mão na minha coxa. Coloquei minha outra mão em sua cintura quando senti sua língua pedir passagem na minha boca.

Permite. Eu estava gostando daquilo, era muito diferente dos beijos de uma mulher. Os beijos femininos são suaves, delicados. Românticos. O de Fernando feroz, forte.

Estava sendo uma luta. Ele colocava sua língua em minha boca, enrolava na minha, eu chupava e empurrava para que a minha entrasse em sua boca. Ficamos assim, até que faltou folego e tive que interromper.

- Nossa. – ele falou com sorriso de satisfação.

- Não devíamos ter feito isso. – falei rindo ainda segurando sua cabeça e roubando mais um selinho. Ele estava ficando confuso.

- Melhor a gente ir.

- Pra onde? – sorri de lado e levantei uma sobrancelha voltando escorando-me no meu banco, mas ainda olhando nos olhos.

- Para casa. Quer dizer, vou te deixar na sua e vou para minha. – desviou o olhar para a janela.

- É melhor, antes que façamos uma besteira. – ele voltou seu olhar para mim. Estava com os olhos arregalados. – Então, vamos? – sorri e ele ligou o carro dando partida.

Eu tinha gostado do beijo, mas não podia deixar que passasse disso. Não essa noite. Ele era um cara legal, mesmo tendo feito o que fez.

O resto do caminho fei estranho. Ele parecia mais nervoso que o normal. Tentei por inúmeras vezes puxar assunto sobre a nossa noite, a faculdade, passatempos etc., mas ele dava respostas curtas, tentava sorri, mas nada convincente.

- Ei, o que aconteceu? Por que está tão estranho desde que nos beijamos? – perguntei quando ele parou o carro em frente minha casa.

- Sinceramente eu não sei. – Ele não me olhava. – Acho que esperei tanto por isso, que quando aconteceu, travei. Não sei. – finalmente me olhou.

- Você é estranho. Ficou nu na minha frente e não teve vergonha. Agora tá assim só porque te beijei!?

- Você não sabe, mas eu não estava no meu normal. Eu havia usado drogas. Não notou como fiquei depois que te vi na faculdade?

- Você o que? Você usa droga? – fiquei boquiaberto.

- Não! Foi a primeira e única vez. Juro! Eu queria tentar algo contigo, meu amigo disse que a droga me deixaria mais relaxado.

- Não posso acreditar nisso. Ele não é teu amigo, pelo contrario, não teria te oferecido.

- Ele tentou me ajudar. – ele não me olhava, tinha os olhos fixos nas mãos que estavam no volante.

- Ajudar? – falei irônico. – Te drogando? Achei que você fosse mais cabeça. – falei tirando o sinto de segurança e pronto para sair do carro.

- Foi eu quem pedi, pois sabia que ele sempre tinha. – ele me olhou rápido.

- Não sei se ficaria com alguém que precisa de drogas para se sentir confiante. – abri a porta e ele me segurou pelo braço.

- Desculpa. Eu fui um idiota.

- É, foi mesmo.

- Me perdoa? – Fechei os olhos, respirei fundo e voltei minha posição de antes no carro e fechando a porta.

- Olha só. Vamos esquecer aquele dia. Mas me promete que não voltará a usar drogas.

- Prometo. Por você eu prometo e faço qualquer coisa.

- Não. Não é por mim que você vai prometer. É por você. Pela sua família.

- Ok. Eu prometo por mim. – sorri.

- Que bom.

- Posso pedir uma coisa?

- Claro. – ele mordeu os lábios antes de falar.

- Me dá um beijo de boa noite? – ri e puxei-o para perto de mim pela gola da camisa e dei um selinho.

- Boa noite. – sai do carro e fui para minha casa.

Fui direto para o banheiro escovar os dentes, tomei um banho e fui dormir. O dia seguinte seria sossegado. Teria apenas um exercício para responder, daria uma lida em uns textos e iria se encontrar com a Alice. Estava morto de saudades dela.

A noite foi serenada. Dormi feito um anjo. Fisicamente, já não estava longe disso, graças aos meus cabelos cacheados e castanhos bem claros, olhos da mesma cor, porém dependendo da luz, parecem verdes.

Acordei por volta do meio dia com duas mensagens no celular:

“Bom dia. Senti sua falta ontem. Espero te ver hoje.” Da Alice.

“Boa noite. Durma bem.” Fernando devia ter mandado depois que adormeci.

Não podia acreditar que eu estava fazendo isso: saindo com duas pessoas. Ainda mais quando tinha em mente tal coisa.

Respondi um simples “bom dia” para ambos. Ligaria para a Alice mais tarde marcando para sairmos. Após fazer minha higiene matinal e fui direto almoçar.

- Olha quem acordou. – Disse Zé Carlos que estava na cozinha com Pedro.

- A noite ontem foi boa, heim?! – riram e ignorei-os.

- Guilherme foi para a casa dele? Não o vi quando cheguei ontem. – perguntei mudando de assunto.

- Corrigindo: quando chegou hoje. Eu vi quando você entrou em casa. E te respondendo, eu não sei, ele não voltou da faculdade.

- Foi sim. Ele me ligou ontem. Seu pai foi busca-lo depois da aula ontem. – respondeu Pedro

Almocei calado tentando não me aborrecer com as perguntas e insinuações dos meninos. Após por em dias meu caderno, ler as apostilas, resolvi ligar para Alice marcando de irmos para um barzinho a noite, mas decidimos sair para uma praça junto de seus amigos.

Eu estava sempre conhecendo um pouco mais do mundo de Alice. Seus amigos sempre foram muito receptíveis comigo, conversávamos bastante, brincávamos, trocamos contato, entre outras coisas. Já m sentia enturmado em seu grupo.

Por volta das 22 horas fui deixa-la em casa e já estava perto da minha, acabei encontrando com Fernando. Tentei acreditar que foi coincidência. Fomos para uma sorveteria com o objetivo de conversar. Logo depois fomos para uma praça perto de minha casa.

- A noite está lida, não acha? – perguntou-me quando sentamos em um banco ao redor de uma mesa com tabuleiro de xadrez.

- Está sim. A lua minguante fica linda daqui.

- Já havia vindo aqui?

- Sim, algumas vezes. Mas nunca parei para admira-la tanto como agora.

- É muito difícil encontrar um lugar assim em São Paulo.

-Verdade. Mas é bem melhor a vista dela na minha cidade. Lá é bem mais visível as estrelas. – sorri de lado.

- Isso foi um convite? – o senti me olhando.

- Não agora.

- Seus pais sabem?

- Sobre o quê? – o olhei, mas ele já encarava a lua.

- Você ser bi.

- Sim. Ou não. Eles sempre sabem, só não admitem. Eu mesmo nunca cheguei a eles e falei, não acho necessário. Tipo, não há necessidade. Assim eu penso.

- Entendi. – ele me olhou novamente.

- E os seus?

- Sim. – ele ficou sério.

- Falei algo que não devia?

- Não, é que... – olhou para o longe antes de continuar. – Eles me expulsaram de casa quando me virão beijando outro garoto.

- Mas eu fui à sua casa.

- Na da minha irmã. Meus irmãos são os únicos que me apoiam. Moro com Andrea e seu Marido. Meus outros irmãos me ajudam financeiramente.

- Nossa. Sinto muito por isso. – fiquei comovido. Nunca imaginei que Andrea com toda aquela carranca, pudesse ser tão boa com o Fernando. Ela sempre o faz se sentir menor na sala. Mas pensando bem, ela está sempre querendo que ele se esforce mais, dedique-se mais, aprenda mais.

- Minha mãe quem me deu o carro. Ela falou que é minha parte da herança, pois não terei mais direito em mais nada de seu dinheiro – ele rio ironicamente me olhando por fim.

- Sério? E onde fica o apoio? O amor? Desculpa, mas não sei se aceitaria algo de uma pessoa dessas.

- Era isso ou ficar a pé. Não tenho nenhuma consideração por ela, nem pelo meu pai. Eles sempre foram ausentes. Recebi o carro como se eu tivesse ganhado em um sorteio. – ele rio.

- Entendi. Bom, vamos mudar de assunto. Fomos para um lado muito triste.

- Ok. – Rimos e nos encaramos por um tempo.

Coloquei minha mão em sua coxa e sorri para ele. Aproximamo-nos e começamos um beijo lento e delicado, mas logo pedi passagem em sua boca que logo foi concedida. Após quase alguns minutos, quando necessitamos de ar, fomos parando com alguns selinhos.

- Vamos? – convidei.

- Já?

- Não quero ser preso por atentado ao pudor. – ri. Ele ficou aparentemente triste.

- Ok, vamos. Te deixo em casa.

- Não quero ir para casa. Só quero sair daqui. – Fernando me olhou surpreso.

- Para onde vamos então?

- Me dá as chaves do carro? - apenas concordou com a cabeça e me entregou a chave.

Seguimos para o carro. Estávamos nervosos. Ele por não saber aonde íamos, eu por saber aonde íamos. Sabia que ele queria isso mais do que eu. Não poderia negar que também queria. Fiquei dias pensado naquele corpo, ainda que tenha tentado, naquele momento, fixar meus olhos nos dele. Com minha visão periférica, consegui ver algumas coisas, mesmo sem detalhes.

Fernando estava muito curioso para saber onde iriamos, mas eu não tinha coragem para dizer, e tão queria fazer uma surpresa. Era a segunda vez que eu iria a um motel, não sabia se ele já tinha ido, mas sei que ele não recusaria o convite, afinal ele já tinha tentado antes.

- Chegamos. – falei ao para na entrada do motel.

- Bruno? Você tem certeza? – ele me olhava apreensivo.

- Toda. – sorri-lhe.

Entramos, fizemos o check-in, pegamos as chaves e seguimos para nosso quarto. Estávamos muito tímidos, entramos na suíte analisando cada canto. Havia uma cama redonda normalmente grande, com lençóis negros de cetim, a frente uma televisão em uma parede com papel de parede de flores, um home theater sobre uma raque. Em cima da cama, tinha um quadro de arte abstrata. Na parede do lado esquerdo da porta de entrada, ficava a porta do banheiro, que possuía uma jacuzzi de mármore.

Nos olhamos por um instante e Fernando me convidou para tomamos um banho. Tive medo, mas acabei aceitando. Ele começou a tirar a roupa, mas parou na cueca.

- O que foi? – perguntei. Também só de cueca.

- Acho que estamos cometendo um erro.

- Eu quero isso. Sei que você também quer. – Me aproximei e começamos a nos beijar. Parei dando leves selinhos e falei– Mas se você não quiser, podemos ir embora. Não ficarei com raiva.

- Não. Eu quero também, mas acho que estamos nos precipitando.

- Vou te confessar uma coisa: Naquele dia, eu também queria, mas não podia seguir sendo daquela maneira. Nós nunca tínhamos nada, tínhamos um conhecimento mínimo um do outro. Apenas você começou com o pé esquerdo.

- Então agora temos alguma coisa? – seus olhos brilharam.

- Estamos começando. Eu acho.

- Fico feliz. Gosto mesmo de você. – ele me beijou ferozmente. Segurei na barra de sua cueca e comecei a baixa-la e deixei-a próxima ao joelho, onde ele terminou de tira-la. Seu pênis estava completamente ereto e apontado para cima. Segurei em sua cintura e repetimos o mesmo movimento na minha roupa intima. E assim como o dele, meu pênis também estava bastante ereto. Nossos membros estão dentro do padrão nacional, mas o meu era visivelmente maior que o de Fernando.

Fernando segurou nossos pênis e começou uma masturbação leve e lenta enquanto continuávamos nosso beijo também lento e suave. Cessei nosso beijo e de mãos dadas entramos na jacuzzi ficando um de frente para o outro.

Iniciei uma massagem em seu pé e subi pela sua panturrilha, Fernando, por sua vez, jogou a cabeça para trás, fechou os olhos e abriu um sorriso. Parecia satisfeito e relaxado com meus toques. Com o pé esquerdo, comecei a passar por sua barriga, descendo até seu membro e brincando com o mesmo.

- Acho que esse não é o Bruno que conheci. – ele abriu os olhos e com um sorriso safado, engatinhou em minha direção.

- Nem esse o Fernando que conheci. – Ele segurou meu pênis e começou a masturba-lo novamente e nos beijamos.

Passei uma mão por sua nuca trazendo-o para mais próximo a mim, e com a outra apertei sua bunda. Beijei seu pescoço, passei a língua subindo em direção a sua orelha e lhe mordi o lóbulo da mesma.

- O que acha de irmos para a cama?- perguntei sorteando beijos em seu pescoço, rosto, nuca e peito. Ele concordou e levantou-se. Naquele momento, pude ver claramente seu membro, era levemente torto, branco e circuncisado e a glande era roxa. Era completamente depilado, do jeito que eu gostava. Imagino que ele tirava na cera, pois quando passei a mão, não senti nenhum requisito de pelo.

Na cama, deitei primeiro, ele parou em minha frente e sorrio descaradamente, podia imaginar as safadezas que se passava em sua cabeça, pois tais pensamentos também poluíam a minha. Fernando passou a mão na minha coxa subindo e parou no meu abdômen já se deitando sobre mim e sem tirar o sorriso malicioso dos lábios.

Alisei seus braços e pedi com o olhar que me beijasse. E assim ele fez. Começamos um beijo mais urgente e faminto que os já dados. Ele deitou-se sobre mim e começou a friccionar nossos membros, fazendo leves movimentos. Abracei-o e comecei a descer minhas mãos em destino a sua bunda grande, fazendo Fernando soltar um gemido ao aperta-la.

Ele começou a beijar meu pescoço e a descer pelo meu peito, alisando meu abdômen. Parou no meu mamilo e sugou-o, sempre me olhando nos olhos. Coloquei um travesseiro para observa-lo melhor. Sorrimos e ele passou a língua no meu mamilo e reiniciou sua descida beijando minha barriga e dando leves beliscões com os dentes.

Por fim ele chegou ao destino. Segurou-o na base e deu um beijinho na glande. Sorri para ele e alisei seus cabelos dando-lhe incentivo para que continuasse, mas logo voltei meus braços para trás da cabeça.

Ele estava de quatro e começou a espalhar beijos por todo o corpo do meu membro, região pubiana, cujo sempre depilo, e meus testículos. Continuávamos com o olhar fixo um no outro quando ele chupou a cabeça do meu pênis e começou a engolir meu membro até a metade e voltou passando a língua na parte de trás no meu membro.

Segurar o gemido foi impossível diante de tal ação. Ele repetiu o gesto indo um pouco mais fundo. Passou a língua subindo desde os testículos à glande e engoliu novamente. Fez isso várias vezes. Logo Fernando engoliu os meus 18 cm por completo, me fazendo revirar os olhos e gemer freneticamente. Inconscientemente levei minhas mãos a sua cabeça fazendo-o repetir o movimento outra vez.

- Você gosta quando faço isso? – perguntou me olhando com um sorriso de lado quando parou para respirar.

- Muito. – Fernando deu mais uma chupada funda no meu membro e depois dedicou-se a meus testículos, engolindo um de cada vez, as vezes os dois.

Puxei-o para um beijo um beijo demorado enquanto passeava com as mãos pelo seu corpo, alisando, arranhando e apertando. Virei-me sobre ele e comecei a beijar seu pescoço, alisando sua barriga.

- Cuidado para não deixar marcas. – me alertou.

Desci um pouco mais até seu tórax, beijei e dediquei-me a seus mamilos. Chupei, lambi, massageei com os dedos e com a língua e coloquei meus dedos para ele chupar, a fim de dar uma sensação melhor ao brincar com seus mamilos.

Depois de um bom tempo, levantei sua perna e analisei seu ânus. Rosinha e sem pelos. Passei o dedo e sorri. Dê-lhe meus dedos para que chupasse e comecei a brincar alisando sua entrada enquanto me masturbava. Mordi meu lábio inferior, segurei sua perna no ar e comecei a penetrar-lhe um dedo. Ele fechou os olhos e gemeu.

- Você já fez isso? – assegurei-me.

- Se eu fui passivo? Já, mas faz um tempo. Por quê? – sorri para ele.

- Então não precisarei tomar tanto cuidado. – ele nada respondeu, apenas deitou a cabeça no travesseiro.

Comecei um vai e vem com um dedo, mas logo o tirei e dei para que chupasse novamente, voltando e começando a penetrar dois dedos. Abri-os dentro dele, para que alargasse e facilitasse quando penetrasse meu pênis.

- Está preparado? – indaguei.

- Para você, sempre. – Sorri e desci da cama para pegar preservativos na minha carteira. – Quer colocar? – perguntei ajoelhando-me sobre a cama próxima a sua cabeça.

- Quero. – Fiquei de pé e ele ajoelhou-se na cama e lhe entregue a camisinha.

Fernando ficou de quadro e me presenteou com mais uma chupada até o fundo de sua garganta. Chupou por mais alguns minutos e, com a boca, cobriu-me. Sorrimos e aos beijos fui deitando-o na cama comigo sobre ele. Coloquei-o de frango assado e agachei-me frente a sua entrada, cuspi e penetrei um dedo para lubrificar. Deitei-me sobre ele e encaixei meu membro no seu ânus. Ele por sua vez, enlaçou suas pernas em minha cintura.

Fui penetrando lentamente enquanto nos beijávamos. Ele segurava os gemidos, mas instintivo. Mordisquei seus lábios, passava a língua em seu rosto e apertava suas nádegas.

- Pare um pouco. – ele falou ofegante entre os gemidos. Seus olhos estavam fechados com força.

Fiz o que ele pediu. Havia pouco mais que a cabeça. Meu pênis poderia não ser um gigante como o de Rafael Alencar, Tim Kruger, ou outro ator pornô gay, mas era moderadamente grosso, o que certamente causava desconforto ou, mais especificamente, dor em meu parceiro.

- Pode continuar. – falou mais relaxado após alguns minutos de beijos carinhosos.

Mais uma vez, fiz o que Fernando pediu. Forcei um pouco mais a entrada fazendo com que Fernando gritasse, mas continuei até enfia-lo todo. Permaneci imóvel por uns cinco minutos apenas beijando com carinho meu parceiro.

Levantei um pouco meu corpo apanhando meu peso nos meus braços sobre Fernando. Quando ele finalmente abriu os olhos, lancei um sorriso, que foi correspondido, e comecei a movimentar. A julgar pela sua cara, ainda sentia dor, mas não reclamou, agarrou os lençóis abios inferiores não tirando os olhos dos meus. Era impossível não se encantar com aquela cena.

Coloquei suas pernas nos meus ombros, segurei-as e comecei a movimentar mais rápido. Os sons dos nossos gemidos se tornaram mais audíveis no quarto. Eu mordia o canto dos lábios e ele mantinha a boca parcialmente aberta, onde vez ou outra eu introduzia meus dedos para que chupasse.

Joguei uma de suas pernas na cama deixando-o de ladinho e continuei a movimente. Era uma visão perfeita, era possível ver o meus pênis entrando e saindo daquele buraquinho quente que me fascinava.

Parei os movimentos por uns instantes e o analisei, estávamos suados. Tirei meu membro de dentro dele e deitei na cama na mesma posição e voltei a penetra-lo. Coloquei meu braço embaixo de sua cabeça, apoiei uma perna na cama e joguei a dele por cima. Encaixei-me novamente em sua entrada e comecei a brinca de tirar e colocar. Repeti o gesto várias vezes, e a cada vez, Fernando gemia mais alto.

- Me chupa um pouco, Fernando. – pedi.

Deitei-me e ele tirou a camisinha. Ele ia fundo. Ao contrario do sexo oral que me fez no inicio da transa, esse era rápido, urgente e voraz. Puxei seu corpo para que eu tivesse acesso ao seu ânus e, em um 69, comecei a penetrar com três dedos, horas dando-os para que lubrificasse com saliva, e logo voltando a metê-los.

Não demoramos nessa posição, logo Fernando pegou outra camisinha, vestiu-me e sentou no meu colo e começou a cavalgar.

- Tá gostando? – perguntei entre os gemidos.

- Sim...Tá gostoso... – ele jogava a cabeça para trás com os olhos fechados. Sua cara me dava mais tesão.

- Pois rebola. – dei-lhe um tapa na bunda.

- Assim? – me olhava com cara de safado rebolando com tudo dentro dele.

- Isso... Ah... – Eu alisava hora sua barriga, pescoço, hora suas costas descendo até sua bunda e apertando-a e estapeando. Puxava seu cabelo e trazia sua boca em encontro a minha.

Ficamos nessa posição por mais alguns minutos, mas logo coloquei-o de quatro e fiquei brincando de penetra-lo e tirar tudo de uma vez novamente. Era lindo ver seu ânus aberto por alguns segundos. Em certo momento, coloquei meu pênis até o fundo e comecei a penetrar-lhe dois dedos, mas ele não aguentou e logo os tirei.

Ficamos quase uma hora transando, quando chegava perto do ápice, tirava meu pênis e esperava a sensação passar. Fizemos várias posições mias: em pé com ele de quatro na cama, em pé escorado na parede, onde Fernando gozou e, por fim, finalizei de frango assado, pois ele já estava esgotado e não aguentava mais. E para ser sincero, nem eu. Cai rindo por cima dele e permaneci com meu membro, gozado, dentro dele.

- Como você está se sentindo?- perguntei

- Agora estou bem. Não sei amanhã. – gargalhamos.

Nosso humor estava melhor impossível. O sorriso não saia de nossos lábios em nenhum momento.

Ficamos deitados um sobre o outro até que meu pênis quase amolecesse. Tirei-o e desencapei e, após amarra a camisinha, joguei na lixeira. Ficamos jogados na cama em silêncio por um bom tempo, mas logo fomos tomar banho e fomos para casa.

Fomos o caminho todo conversando sobre futilidades com o mesmo humor pós-sexo. E quando cheguei a minha residência, após um tempo nos encarando, nos despedimos com um longo beijo.

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