4 - Inicio

Conto de Drexler como (Seguir)

Parte da série Maktub

>> Jonathan Carnevalli mandou uma solicitação de amizade.

Quase que eu caio para trás quando vi seu convite. Não pensei duas vezes antes de recusar o convite. Eu quase chorei quando fiz essa burrada. Fui tão eufórico aceitar que tremi o mouse e acabei apertando no lugar errado. Amaldiçoei-me eternamente e mandei outra solicitação. Sua foto do perfil era tão... Maravilhosa, como tudo nele. Ele estava de costas olhando para a câmera que havia tirado a foto e com um sorriso enorme estampado no rosto. Deduzi que a foto foi tirada inesperadamente, estava bem natural. Ele usava uma regata azul marinho e com óculos escuros no rosto.

O que me frustrado foi ver que todas as fotos dele era bloqueadas, assim como todas as informações que possivelmente teriam em sua conta. Mas para minha felicidade ele aceitou minha solicitação quase que no mesmo instante que enviei. Não perdi tempo e fui olhar tudo sobre ele. Jonathan tinha nascido dia 20 de dezembro de 1997, tinha bastante amigos e suas fotos erem muito comentadas e positivadas. Não hesitei em salvar seu numero de telefone que constava, seu email particular e conhecer boa parte de sua família que estavam marcados. A beleza era realmente genética. Era um primo mais gostoso que o outro. Seu irmão mais velho então? Uma delicia. Não me preocuparia de dar minha bunda para qualquer um dos dois. Ou para os dois.

Não demorou muito e Jonathan, que estava invisível, aparecer disponível em minha lista de amigos no bate-papo. Mas o que mais me chocou foi que ele me chamou para conversar. O choque foi tanto que não demorei mais que um segundo para responder, esquecendo-me completamente de Felipe que falava comigo.

> Jonathan: Boa tarde!

>Eu: Tarde boa.

>EU: Desculpa ter recusado o convite, foi sem querer.

> Jonathan: Tudo bem.

>Eu: =D

> Jonathan: Então, como faremos?

Por um instante eu não soube a que ele se referia, pois já fazia quase uma semana que a professora tinha passado o trabalho que eu teria fazer com ele e foi um pouco frustrante saber que ele só tinha me notado por aquele motivo, mas não liguei, era apenas o inicio. Fazer o trabalho com aquele deus grego me proporcionaria uma maior aproximação. Era um paço para o que poderia rolar entre a gente. Nós fariamos sobre a Guerra Fria e só apresentaríamos três semanas depois, ao contrario de Isabel que apresentaria na primeira semana com um menino feinho, coitado. Rafael e Carlos, que odiaram ter que fazerem juntos, ficaram na mesma semana que eu e meu companheiro.

>Eu: O que?

> Jonathan: O trabalho de historia.

>Eu: Ah, sim. Não sei.

> Jonathan: Eu já pesquisei algumas informações.

>Eu: E o que você achou?

> Jonathan: Muita coisa. Mas fiz uma seleção.

>Eu: Vou fazer uma pesquisa também.

> Jonathan: Seria interessante a gente se reunir, o que acha?

>Eu: Uma ótima ideia.

> Jonathan: Então, quando?

>Eu: O dia que você quiser, estou sempre livre.

> Jonathan: Humm, que tal sexta a tarde?

>Eu: Por mim, tudo bem.

> Jonathan: Ficamos combinados.

>Eu: Claro.

> Jonathan: A gente se fala. Até mais!

>Eu: Ok, xau ;)

Claro que eu não perdi a oportunidade de dar várias cantadas, arrasta uma asa, dar mole e tudo mais. Mas me decepcionei por ele ter se despedido e continuar online. Com certeza ele estaria falando com as piranhas que davam em cima dele diariamente. Porém Felpe, que eu nem lembrava existir, voltou a chamar minha atenção.

>Felipe: Vai mesmo continuar me ignorando?

>Eu: Desculpa.

>Felipe: O que aconteceu?

>Eu: Meu mundo floresceu.

>Felipe: Como assim?

>Eu: Sabe aquela pessoa por qm sou apaixonado?

>Felipe: Sim, o que tem?

>Eu: Acabou de me adicionar.

>Felipe: Só isso?

>Eu: E falou cmg. =D

>Felipe: ¬¬ quanta besteira.

>Eu: Besteira sou eu falar pra vc.

>Felipe: E o q ela falou?

>Eu: Sobre um trabalho q teremos q fazer juntos.

>Felipe: Trabalho?

>Eu: Só nós dois. U.u

>Felipe: Essa felicidade toda só por isso?

>Eu: É muita coisa para mim, nós nunca sequer nos falamos.

>Felipe: Como vc se contenta com pouca coisa.

>Eu: Olha qm fala

>Felipe: Ei, a pessoa q eu gosto fala cmg sempre.

>Eu: E qm é?

>Felipe: Alguém aí.

>Eu: Pq vc nunca qr me falar qm é?

>Felipe: Do q adiante eu falar se vc não a conhece?

>Eu: Posso me aproximar dela e falar de vc.

>Felipe: kkkkkkkkkkkk

> Felipe: Até parece.

>Eu: -_-

>Felipe: Aaaah. Agr que vc já tem a sua paquera aqui, poderia me apresentar.

>Eu: No dia q vc me apresentar a sua.

>Felipe: Ok.

>Eu: Vai me mostrar?

>Felipe: Claro que não.

>Eu: Ok. Tchau.

>Felipe: Serio? Vai começar com isso de novo?

>Eu: Não, tô saindo mesmo kkkkkkk

>Felipe: Ah, ok.

>Eu: Tchau, bjos! :*

>Felipe: Bjos :* :* :* :*

>Eu: ^_^

Era sempre assim, eu e Felipe brigávamos, brigávamos, mas sempre nos tratávamos com muito carinho. Eu não sei esse ele é gay, mas acredito que sim, pois sempre que falamos de nossos sentimentos por alguém, nos dirigimos a esse alguém por “pessoa”, ou seja, sem distinção de sexo. E nossa relação afetuosa é bem duvidosa. Sempre mandamos beijos um para o outro, abraços, falamos de nossos sentimentos um pelo outro etc.

Há um grupo do qual nós dois fazemos parte, e foi lá que ele me achou e me mandou o convite, onde em uma postagem, junto com um casal de amigos que fizemos por lá, começamos a falar bastante putaria. Cada carinha que mandávamos tinha um significado sexual, e isso começou a se refletir em nossas conversas privadas. Depois disso, sempre falávamos de sexo, posições e diversas putarias. Felipe sabe que eu sou virgem, ou era, ou sou. Depende do ponto de vista. Ele também é, mas disse já ter feito sexo oral. Tenho minhas duvidas se ele fez ou recebeu, mas um dia eu vou perguntar.

Ainda era por volta das 21 horas da noite quando terminei de falar com Felipe. Apenas jantei e fui dormir, meu dia havia sido uma canseira. Ainda sendo ignorado por Rafael, o que era um recorde de tempo, depois da aula e Isabel fomos para a praça patinar. Fizemos isso por um bom tempo, jogamos uma partida de xadrez no tabuleiro que tinha na dita praça e com as peças de um senhor que estava jogando Dama com outro cara.

Acordei no outro dia bem cedo, tomei meu banho de costume, tomei meu café que Vóvis havia preparado, afinal velho acorda sempre cedo, é incrível. Como não tinha outra coisa para fazer e ainda era muito cedo para ir para a escola, fiquei assistindo o jornal matinal até dá a hora de ir encontra minha amiga e irmos juntos ao nosso destino. O que me surpreendeu foi encontra Rafael no portão nos esperando e logo veio falar com a gente.

- Oi seus ingratos. – troquei um sorriso vitorioso com Belzinha antes de falar.

- Oi Rafa, tudo bem?

- Mais ou menos.

- O que houve? – perguntou Isabel curioso. – Aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu.

- O que? – perguntamos juntos.

- Só vou falar se vocês me contarem o que estão escondendo de mim. – contestou fazendo birra e batendo o pé freneticamente.

- Ok, a gente fala. – eu disse depois de ter o aval de Isabel.

- Agora fala.

- Aqui não, vamos pr’o ginasio. – Rafael falou sorrindo.

Rapidamente corremos para a sala a fim de deixar nosso material. Para minha surpresa, Jonathan já estava lá, e sozinho. Ele costuma chegar somente quando a aula está prestes a começar junto do canalha, Carlos. Eu quase me derreti todo e pulei em seus braços declarando meu amor quando ele me olhou e sorriu brevemente para mim. Mas logo saímos da sala indo para o bendito ginásio, que provavelmente estaria vazio, trocar confidencias.

- Nossa da próxima vez usa um babador. – Brincou Isabel quando sentamos na arquibancada.

- Não tenho culpa. Vocês viram o sorriso que ele me deu? – falei todo meloso.

- Nossa, que nojo. – a traveco falou me empurrando.

Isabel - Fala logo, Rafa. O que aconteceu?

Eu – É, fala.

Rafa – Primeiro vocês.

Eu – Nops. Não confio em você sua bixa asquerosa.

Rafa – Até quando vocês iriam ficar me escondendo?

Isabel – O que?

Rafa – Não sei, vocês ainda não me falaram.

Eu – Enfim, fala logo.

Rafa – Vocês não imagina o que eu fiz ontem. – falou todo alegre, balançando a mão freneticamente.

Eu e Isabel – Trepou.

Rafa – Foi, mas vocês não tem ideia com quem.

Eu – Então fala logo estrupício.

Rafa – Me xinga novamente e eu não falo nada.

Isabel – Vai ficar enrolando ou contar logo?

Rafa – Vocês sabem que eu não presto, né? – concordamos com a cabeça. – Quando eu quero, eu pego até o cão.

Isabel – Quem foi?

Rafa – O Carlos.

Eu - Serio? – perguntei arregalando os olhos de surpresa.

Isabel – Como assim? – disse ficando em pé tão assustada quando eu, enquanto nosso amigo gargalhava.

Rafa – Tô falando.

Eu – Agora eu fiquei curioso. Como você teve coragem de ficar com aquele urubu?

Isabel – Até parece que ele é do tipo que rejeita rola.

Eu – Pensando por esse lado. Mas nos conte.

Rafa - A gente se reuniu na casa dele para fazer aquele bendito trabalho de historia. Até aí tudo normal. Ele ficava implicando, me chamando de viadinho, gay, bixa, essas coisas de sempre. E eu revidando sempre. Detalhe, a gente tava sentado na cama. Quando eu fiquei em pé para ir ao banheiro e ele pegou na minha bunda, aí quando eu fui dizer alguma coisa, ele começou falou que sabia que eu gostava, que queria me comer.

Eu – E você não negou fogo. – interrompi rindo.

Rafa – Acredite, mas eu fiz cu doce. É claro que eu queria, mas eu não iria fazer nada com aquele idiota.

Isabel – Oxe, então como você disse que transou com ele?

Rafa – Porque ele me agarrou por traz quando eu fui saindo para ir embora e me jogou na cama.

Eu – Ele te estuprou?

Rafa – Claro que não. Eu puxei ele pra cima de mim e comecei a beija-lo.

Isabel – E como foi?

Rafa – Foi legal. – disse olhando as unhas.

Eu – Queremos detalhes, Rafa. – falei animado.

Rafa – Pervertidos. – se fez de ofendido, mas logo gargalhou. – Ok. Ele tem um pau razoável. Pela minha experiência, diria que uns 17 cm bem grossinho. Mas é torto, um horror. Como eu tava com vontade, tirei logo a roupa dele e chupei BO-NI-TO. E vocês não vão acreditar, ele me chupou também. Não duvido nada que ele seja a putinha do Jonathan.

Eu – O que?

Rafa – Tô brincando. Mas serio, ele já tinha chupado, não é possível.

Isabel – Mas ele está sempre discriminando vocês. – lembrou.

Rafa – Ele é mais um incubado.

Eu – Enfim, continue. – eu já estava excitado com a historia.

Rafa – Ah, foi o de sempre. Ele quis me comer de quadro, lambeu meu cu e meteu. Eu também cavalguei nele e depois fui embora. – deu de ombro.

Eu – Serio? Tipo, vocês treparam e foi embora?

Rafa – Claro que não. A gente conversou antes. Ele quer que fique só entre nós.

Isabel – E?

Rafa – Eu não vou sair gritando, né?!

Eu – E vão repetir?

Rafa – Você acha que ele vai se contentar só uma vez? Olha esse corpinho. – ele disse dando uma voltinha.

Isabel – Você vai chantagear ele?

Eu – Hã?

Rafa – Como assim?

Isabel – Tipo, se ele continuar xingando vocês, como sempre fez. Você poderia ameaçar ele de espalhar.

Rafa – Não sou desse tipo.

Isabel – Você quem sabe. – ela foi se levantando para ir embora.

Rafa – Ei! – gritou puxando-a – Eu não esqueci. Falem logo o que tanto vocês escondem. – suspirei pesadamente antes de falar.

Eu – A gente fez o que você sugeriu. Não somos mais virgens.

Rafa – Como assim? Vocês treparam com quem?

Isabel – Fala baixo caralho!

Rafa – Quando foi isso? Onde e com quem?

Eu – Na minha casa.

Rafa – Vocês tavam me escondendo isso? Quero os detalhes. Com quem foi?

Eu – Nós dois. – falei apontando para mim e para Belzinha.

Rafa – Sim, mas com quem? Eu não estou entendendo. Como vocês treparam na sua casa, foi com a mesma pessoa? – perguntou fazendo careta.

Isabel – Tá vendo porque mando você estudar? Você é um burro tapado.

Eu – Eu transei com Belzinha.

Rafa – Você comeu uma rachada? A Isabel? Como você pode? Eu sempre pedi para provar do teu pau! – falou ofendido.

Eu – Ela insistiu. E eu quis perder minha virgindade com alguém que eu gostasse e inexperiente como eu.

Rafa – Obrigado pela parte que me toca. Aí depois que você comeu essa piranha, ela meteu o que em você?

Isabel – Ei! Eu estou aqui seu vadio!

Eu – Eu só a penetrei.

Rafa – Eu tenho nojo de vocês!

Quando percebemos o sinal tocou para o segundo horário. Ao menos percebemos que ficamos um horário inteiro falando putaria no ginásio. Já na sala de aula, percebi que Carlos não tinha ido, o que me fez pensar que ele estava com vergonha de encarar Rafael. Esse por outro lado voltou a sentar no mesmo canto de antes: ele, eu e Isabel, respectivamente, no canto da sala, abaixo da janela, no meio da fileira de cadeiras.

-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

Obrigado pelas palavras, Niss. As criticas são sempre bem vindas. Percebam que essa novela gira em torno das relações inter e intrapessoais. Aos poucos vou fazendo comentários para quem vocês possam entenderem melhor o enredo. Abraços!

Comentários

Há 2 comentários.

Por Lycan em 2015-06-19 12:52:04
MUITO BOM rsrs to acompanhando des do inicio mais tava esperando essa coisinhas pr comentar
Por Niss em 2015-06-19 01:27:59
Por nada querido, ainda bem que voce tem essa noção. Capitulo mara, estou sentindo cheiro de novidade no ar... Bjs.