2 - Reflexo

Conto de Drexler como (Seguir)

Parte da série Maktub

Depois de quase ser flagrados pela minha avó, minha amiga e eu nos vestimos nossas roupas rapidamente e decidimos ir para a praça conversar. Já estava anoitecendo, por isso ainda estava movimentada. Havia pessoas caminhando, outras conversando, crianças brincando de correr e mais algumas andando de patins, bicicletas e patinetes. Um pouco mais escondido era possível encontrar casais tendo minutos de intimidade. Ou seja, no escurinho quase se comendo. Isso se não estivesse mesmo. O que eu não duvidava.

- Será que sua avó não vai encontrar o lençol?

- Não. Ela nunca mexe no meu guarda-roupa.

- Como você vai fazer para limpar o sangue e sua porra?

- Amanhã quando ela for caminhar eu lavo.

- Ela não vai desconfiar?

- Não. Você sabe que sou eu quem lavo as roupas pesadas e lençóis.

- Que bom, fico mais aliviada.

- Nossa, olha aquilo. – falei apontando para Jonathan.

- Ele é um gostoso.

- Cala a boca.

- Calma, não precisa ficar com ciúmes.

- Não é ciúmes.

- E de que você chama isso. – disse rindo.

- hm... – pensei um pouco antes de falar. – Proteção do que poderia ser meu. – disse rindo fazendo bico.

- OK, né. Nada de comentar o que fizemos para a Rafa. – Belzinha falou cochichando.

- Certo, mas porque esta falando tão baixo? – disse imitando-a, mas não foi precisa ela responder.

- Onde vocês estavam viados? – pulei quando meu amigo chegou de mansinho me pegando de surpresa.

- Que susto bixa do caralho.

- Tava dando? – brincou Isabel.

- Não. Eu não vivo transando, sabia? – rimos – Mas bem que eu queria.

- Não sei como você ainda anda. Do jeito de que dá essa bunda, deveria ser todo assado. – falei com ar de riso.

- É para isso que serve o lubrificante. E é por isso que carrego um sempre na minha bolsa. Pois...

- Nunca se sabe quando terei uma trepada surpresa. – falou eu e minha amiga juntos o interrompendo.

- Nossa. – fez-se de ofendido virando o rosto e cruzando os braços e pernas. Foi algo bem feminina. – Mas me diga, o que fizeram a tarde toda que não me atenderam quando liguei?

- Estávamos lá em casa... – tentei enrolar.

- Estávamos falando com um amigo pelo meu computador.

- Estavam fazendo sacanagem virtual? – falou irônico.

- Claro que não. – exclamei.

- Vai logo, abram o jogo.

- Já falei, estávamos falando com um amigo.

- Amigo? Que amigo?

- Você não conhece. – aprecei-me.

- Vocês não conseguem enganar a mim, palhaços. Digam de uma vez. Meu aniversario está longe, então não é festa surpresa.

- Então fique sem acreditar. – disse Isabel se levantando do bando. – Eu já vou indo. Amanhã a gente se fala na escola. Beijos.

- Vou com você, Belzinha.

- É serio que vocês vão ficar me escondendo?

- Tchau Rafa. – disse dando um selinho em meu amigo.

- Sai porra!

Sempre que Rafael ficava com raiva de mim ou vise e versa tínhamos esse costume. Era uma forma de a gente tentar amenizar o clima. Não funcionou, mas o fiz rir, o que já era um começo. Eu sei que não era justo com ele esconder o que fizermos, afinal ele sempre nos contava tudo. Cada detalhe. Mas eu não me sentia preparado para contar. Na verdade eu nem queria muito ter transado com minha amiga, fiz mais por ela do que por mim, pois ela alegou que queria perder a virgindade com alguém de confiança, e segundo ela eu e Rafa éramos os únicos de sua lista, o que me deixou imensamente lisonjeado. Não tive como recusar o seu pedido depois de seu argumento, por Rafa nunca iria aceitar tal honraria. Então apenas uni o útil ao agradável, pois sabendo que meu príncipe – que nunca seria meu – era hetero, se um dia, por ironia do destino, ele viesse a ser meu, ele com certeza iria ser somente ativo e nunca me permitiria penetra-lo. O que para mim não muito importante. Mas não vamos ser hipócritas, todo homem que experimentar dar uma metidinha, ser chupado etc.

Quando cheguei em casa, eu estava tão cansado que somente tomei um banho – que depois do sexo ainda não tinha feito -, jantei e cai na cama apagando logo em seguida. Eu tinha ficado exausto depois da foda, ainda sentia meu corpo mole. Vóvis até estranhou quando falei que iria dormir, pois normalmente só faço depois da meia-noite. Geralmente fico conversando em minhas redes sociais ou batendo punheta assistindo vídeo pornô. Coisa de virgem.

Depois da foda com Isabel, meu único medo era um de nós dois nos tornarmos como Rafael, um fanático por sexo, e minha amiga querer repetir mais vezes. O eu não seria uma má ideia, afinal eu tinha gostado. E como eu tinha. Minha mão nunca causou tanto tesão como senti ao penetrar minha best. E aquela boquinha? Sempre escutei Rafa falar o quão bom é receber e fazer um boquete. Mas nunca imaginei que era tão prazeroso assim. Meu amigo, que também já provou da fruta, disse que homem chupa muito melhor. Ah, como eu quero experimentar ser chupado por um. Será que o Rafa vai se incomodar de fazer um em mim? Claro que não, ele é loco que eu o coma. Como será penetrar um cuzinho? Sempre li que ânus era mais apertado que vagina, deve ser maravilhoso. Oh My God! Quero muito, muito experimentar!

Acordei no outro dia já atrasado. Nunca havia dormido tanto como naquela noite. Mal tive tempo de tomar café, apenas tomei um copo de leite com achocolatado que Vóvis havia feito e corri para a casa de minha amiga. Ela também parecia bem casada, sua cara de sono não negava. Não conversamos muito no caminho para o colégio, apenas concordamos que continuaríamos sem falar nada para Rafael. E por falar nele, ao chegar ao colégio não o encontramos em parte alguma, apenas seu material estava na sala, do outro lado da sala. O que fizemos? Pegamos e colocamos ao nosso lado. Mas quando o sinal tocou ele veio sem trocar uma palavra conosco, pegou suas coisas de volta e sentou-se no lugar antes marcado. Ele realmente havia ficado chateado, mas não demos bola, logo ele viria falar com a gente.

Passei as duas primeiras aulas inteira conversando com minha amiga sobre uma forma de fazer o Rafael voltar a falar com a gente. Não tínhamos a menor ideia de como faríamos isso, pois a bixa era muito orgulhosa. Eu e Isabel ficamos tão entretido conversando sobre o assunto que acabamos sendo expulso na terceira aula pela professora de geografia. Belzinha fez um escândalo para não ter que sair da sala - coisa de nerd -, mas não teve jeito. Eu, como não estou nem aí para nada, apenas me levantei e saí calado.

- Filha da puta. – protestou minha amiga já do lado de fora e apressando o passo para me acompanhar.

- Não vamos tirar a razão dela.

- Não, mas estávamos conversando apenas. E era por uma boa causa.

- Não sei se vale a pena ser expulso por aquele viado. – brinquei.

- Vamos para o ginásio antes que o diretor apareça e nos dê uma suspensão.

- Ok. – falei rindo do nervosismo de minha amiga.

Quando chegamos à quadra estava tendo amistoso entre as turmas do segundo ano 2 e o segundo ano 3. Nós não tínhamos muita aproximação com as turmas que jogavam, mas ainda sim sentamos nas arquibancadas para assistir e torce pelo time que tinha os meninos mais bonitos, o segundo 2. Mas infelizmente eles eram o time com camisa.

Infelizmente, ou felizmente, o sinal tocou pondo fim ao jogo e o nosso time acabou perdendo de 7x2. Uma verdadeira lavada. E eu e Isabel? Saímos pulando e comemorando com o time vencedor, afinal adiamos futebol e estávamos ali apenas para ver os gatinhos suando, além, é claro, de estarmos fugindo de uma possível punição do diretor. Na saída do ginásio, entramos no clima e, descaradamente, aproveitamos para abraçar alguns meninos suados e desconhecidos. Havíamos pegado esse costume por influencia de Rafa, claro, que já tinha dado a bunda para meio mundo da escola, e costumava dar esses abraços nos carinhas com quem já tinha tido alguma coisa ou que era a fim de ter um rela-e-rala.

O refeitório já estava completamente abarrotado de gente quando chegamos ao ambiente, e nossa primeira atitude foi ir procurar nosso amigo estressado. Encontramos ele conversando e quase sentado no colo de um de seus parceiros. Eu e Isabel trocamos olhares cumplices e decidimos aumentar à raiva de Rafa para com a gente.

- Oi Rafa. – sentei-me ao seu lado.

- Senti sua falta, Rafinha. – Isabel puxou uma cadeira e ficou de frente para no nosso amigo. Tínhamos articulado tudo apenas com o olhar. Sentamos em posições estratégicas impedindo que ele saísse do lugar onde estava sentado.

- O que vocês querem? – perguntou com a cara amarrada.

- Nada, só viemos conversar. – falei rindo.

- Não tenho nada para conversar com vocês. – disse fazendo bico e girando a cabeça rapidamente para o outro lado.

- Ah, bi, não faz isso comigo. - disse minha amiga maliciosamente.

- Sai rachada! Tais nessa? – Rafael quase gritou tirando com violência a mão de Isabel que alisava sua coxa esquerda.

- Rafael, a gente se fala, vou ali conversa com uns amigos. – disse o garoto levantando-se.

- Vou com você.

- Não vai Rafinha. – Belzinha fazia uma carinha de choro.

Ao menos se deu ao trabalho de responder. Rafael simplesmente virou o rosto e saiu com o carinha rebolando exageradamente, certamente para algum banheiro. Eu e Isabel não nos aguentamos e logo caímos na gargalhada.

- Ele está com ódio de nossa cara.

- Vai ficar dias sem falar com a gente. – concordei.

Já conhecíamos o gênio de nosso amigo. Não era a primeira vez que ele fazia seu showzinho dramático de nos evitar, mas cedo ou tarde ele voltava. Ele é o tipo de pessoa que não consegue viver sem seus melhores amigos e contar tudo sobre suas aventuras sexuais. Tanto que tínhamos um grupo em nossas redes sócias cujo titulo é “Diário de um Ninfeto”. É bem escroto, mas nos causa muitas risadas. Principalmente quando ele conta sobre suas aventuras com alunos da escola ou conhecidos meu que nunca iria imaginar e não conseguimos mais olhar na cara da pessoa sem lembrar-se desse fato. No mínimo, Rafael já saiu com 20 carinhas. Fora as vezes que ele repetiu a dose. Então façam as contas de quantas trepadas ele já deu em dois anos, porque eu já a perdi.

Imagino que Rafael já fez todas as posições possíveis descritas no Kama Sutra, segundo ele nos conta. Sempre esta inovando. Já deu de quatro – é uma de suas preferidas -, frango assado, em pé em becos, no chuveiro, de joelhos no sofá, cavalgou, fez 69, chupou em banheiro químico, banheiro público, no da escola, estacionamento etc. São historias para se escrever um livro. Por esse motivo, sempre que terminamos nossas conversa no dito grupo privado, tenho que apagar todo o histórico, para não o comprometer. Isso sem falar nas fotos que eles nos manda: solos, chupando, dando e adjacentes. Acredito que se procurarmos com calma, encontramos vídeos dele rolando em sites pornôs.

Quando finalmente o sinal tocou, voltei com Isabel para a aula que seria de historia. Rafael já estava sala e mantinha uma cara fechada. Já sentados em nossos lugares começamos a encara-lo, que rebateu com dando a língua e mostrando o dedo. Mas entre nós estava Jonathan e Carlos, que logo começou a encher nosso saco, e só não ouve uma discursão com Rafa, pois a professora entrou na sala. Eu não poderia ter ouvido coisa melhor como vingança da professora.

- Nossa segunda avaliação será um seminário em dupla. – gelei. – Os cinco primeiro apresentarão na próxima semana e faram sobre a Ditadura Militar na América latina, cada grupo falará sobre um país. – ela foi falando e explicando de forma geral. – Sobre os grupos, eu escolherei as duplas, para evitar essas picuinhas que estou vendo acontecer aqui em sala. – ela falou alternando o olhar entre Rafael, Carlos e Jonathan e eu e Isabel. – Separado os grupos, vamos sortear os conteúdos e irei dar as orientações individuais para cada um. – Renata, a professora, começou a dizer os nomes das duplas e, acredito que de proposito, acabou deixando eu, Rafael, Carlos e Jonathan sem dupla. Logo me preocupei, pois era a oportunidade que eu teria de falar com meu príncipe encantado, porém além de Rafa estar brigado comigo, ele se matava e não faria com Carlos. Sendo assim, eu teria que fazer dupla com o ridículo. – Quanto a vocês quatro... Ficará Carlos e Rafael e Jonathan e Leonesio.

-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

Edward, sinto muito por não te agradar. Mas eu gostaria de deixar claro a TODOS que eu não tive a intenção de ser grosso, apenas queria dizer que tenho uma tendencia a escrever sobre problemas cotidianos e muitos não dão a devida importância. Sou ainda amador na arte de escrever, mas acredito que este é um ótimo espaço para manifesta minhas ideologias.

Abraço!

Comentários

Há 2 comentários.

Por Niss em 2015-06-18 00:15:06
Bom, até q foi legal esse capitulo, não se intimide com as criticas, faça o seu trabalho, dê o seu melhor, Drex. Afinal temos de mudar os capitulos, para não ficar algo tão clichê. Vou continuar lendo sim hahah Bjs.
Por KingShuggar em 2015-06-18 00:07:01
Continua logo! :3