O Sol Não é Para Todos 05
Parte da série O Sol Não é Para Todos
~Nando martinez: Obrigado por estar gostando da série, é muito gratificante, obg e bjs de luz :*
~Luã: Obg por acompanhar a minha série, eu amo a história do Edu com o Felipe, eu te sigo no instagram e digo, vc e seu namorado são perfeitos, o beijo vai demorar mais uns dois ou três capítulos, mas prometo recompensar a demora do bj kkk, continue comentando, bjs de luz e contiune shippando Gusvio kkk, eu sou horrível na arte de shippar.
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Chego no meu quarto e deito na minha cama. Fico pensando no que eu disse, que realmente eu e Gustavo somos apenas amigos, AMIGOS, essa palavra fica ecoando na minha mente, mas falo para mim mesmo: “ Eu vou mudar isso”. Meus pensamentos são interrompidos com uma batida na porta.
– Posso entrar – perguntam.
– Entra Miguel – respondo.
– Então quer dizer que foi com ele que você saiu né?! – diz Miguel fazendo um olhar sínico.
– Foi sim, e antes que você pergunte, não, nós não ficamos, e sim eu estou gostando dele, e sim, eu acho que ele é gay também – digo isso numa vez só.
– Uau, eu não ia perguntar isso, mas já que você tocou no assunto, será mesmo que ele é gay? Digo, eu não quero que você saia frustrado – pergunta Miguel sentando na ponta da minha cama.
– Miguel, sei que eu sai do armário a pouco tempo, mas se tem alguma coisa que um gay sabe fazer, e muito bem, uns melhor que outros, é identificar outro gay – digo isso olhando para meu irmão.
–E como é que vocês sabem, vocês tem algum tipo de superpoder ou uma pomba-gira? – pergunta Miguel.
– Não seu idiota, nós não usamos nenhuma pomba-gira, é que temos uma espécie de radar gay, ou gaydar para os íntimos – respondo rindo.
– Extinto primitivo esse ein – responde meu irmão rindo.
– Vamos mudar de assunto, eu não quero ficar pensando nisso por enquanto. E o seu almoço com a Talita, como foi? – pergunto mudando assunto.
– Foi bom, ela me contou sobre o irmãozinho, e sim é um menino, se chama Matheus. Disse que eu tinha comprado um presente para ele, mas que esperaria sua mãe voltar do hospital para entregar, ela lógico perguntou o que era, disse que ela só ia saber semana que vem, que deve ser quando a mãe dela deve sair do hospital – diz Miguel.
– MENINOOOS, JANTAAAAAR!!! – diz minha mãe gritando lá de baixo.
– É melhor irmos, se não comeremos nossos próprios fígados – digo levantando da cama.
Chegando lá em baixo a mesa já esta posta, e meus pais já sentados, meu pai na ponta e minha mãe perto dele, sento do lado da minha mãe e Miguel em frente à ela, do lado direito do meu pai. Eles presam bastante pelas refeições serem em família.
– Mãe me passa as ervilhas fazendo o favor – diz Miguel.
–Claro, toma – diz minha mãe passando uma tigela com ervilhas.
– E então meninos, como foram seus dias? – pergunta meu pai.
– Aconteceu nada demais, eu fui almoçar com a Talita, ela disse que o irmão dela é menino, vou entregar um macacão do fluminense pra ele semana que vem, ocorreu tudo bem no parto. Já na academia foi meio estressante, estava lotada, demorei um pouco com a Talita, e por isso cheguei meio tarde lá, tive que ficar revezando os aparelhos com um monte de gente. Os treinos da natação vão começar uma semana depois do carnaval. Mas te garanto pai que o dia do Otávio foi mais legal que o meu – diz Miguel com a maior cara de desentendido do mundo.
– Ah sim Ricardo, ele saiu com um garoto, super simpático o menino, qual era mesmo o nome dele? – pergunta minha mãe. Nessa hora eu engasgo com o pedaço de carne.
– Guss... Gusta... Gustavo – respondo finalmente conseguindo me recuperar, olho para a cara de Miguel e vejo-o rindo.
– Não precisa ficar nervoso filho, e então pegou? – pergunta meu pai rindo.
– Ricardo, não seja indelicado – diz minha mãe também sorrindo.
–Deixa de bobagem Heloisa, perguntar não ofende – diz meu pai ainda sorrindo.
– Não pai, eu não “peguei” o Gustavo, bom já acabei aqui, estou mega cansado do colégio – digo isso levantando e parecendo um pimentão.
Vou ao banheiro tomar banho, tomo aquele senhor banho, mas que calor é esse que tá fazendo aqui, mas logo meus pensamentos vão parar em Gustavo, e no dia de hoje, como foi maravilhoso, seus olhos verdes que parecem mais um par de safiras refletindo o por do sol foi a cena mais gratificante do dia, seu jeito de ser, e seus músculos, meu Deus que músculos, o único menino que me fez sentir assim até hoje foi o Zac Efron, em High School Musical 3, aonde ele tira a camisa no vestiário dos Wildcats. Logo percebo que estou ficando ereto, não sou muito de me masturbar, mas naquela hora o tesão estava subindo por meu corpo inteiro. Masturbo-me durante uns 10 minutos, e logo em seguida eu ejaculo. Continuo meu banho pensando no Gustavo, e no que ele me fez fazer a instantes atrás. Saio do box sorrindo, me enxugo, escovo os dentes, e vou para o meu quarto. Ponho uma cueca box e por cima uso uma samba-canção. Ligo o notebook e mando uma mensagem para Victor no Facebook contando o que aconteceu no meu dia, vejo que ele não entra desde 17h:27min, resolvo ir dormir, já eram 22h, como a hora passa rápido no horário de verão, mas antes vou no quarto de Miguel pedir pra quando ele levantar também me acordar. Chego lá e ele está com fones de ouvido ouvindo alguma coisa.
– O que foi? – pergunta Miguel tirando os fones.
– Nada, é que quando você levantar você me acorda também? – pergunto
– Ah beleza – diz Muguel
– Boa noite então – respondo fechando a porta.
– É pra dormir ein, não pra ficar pensando no Gustavo – grita Miguel rindo dentro do seu quarto.
Chegando no meu quarto deito, estou tão cansado que eu durmo em questão de minutos. Estava tão cansado que nem lembro de ter sonhado. Acordo com Miguel me cutucando.
– Acorda Bela Adormecida – diz meu irmão me acordando.
– Só mais cinco minutinhos – digo ainda sonolento.
– Então vou dizer pro Gustavo que você vai se atrasar – diz Miguel fingindo estar andando.
–Palhaço, já acordei tá bom? E aproposito bom dia – digo me espreguiçando.
– Bom dia, vai se arrumar garoto – diz meu irmão saindo do meu quarto rindo.
Acordo, arrumo minha cama, separo meu uniforme e arrumo minha mochila. Dessa vez eu ponho meu casaco dentro dela. Vou tomar café, meus pais já estão lá, dou bom dia a todos, como uma tapioca com peito de peru e ricota. Depois vou para o banho, escovo os dentes e vou para meu quarto me arrumar. Ouço do meu quarto enquanto penteio meu cabelo.
–Entra ae cara, ela já está terminando de se arrumar – era a voz de Miguel, provavelmente Gustavo já tinha chegado.
Termino de arrumar meu cabelo, ponho um perfume e masco um chiclete, pego minha mochila e desço.
– Vamos? –digo chegando na sala.
– Vamos, tchau mãe, tchau pai – diz Miguel
– Tchau filhos, vão com Deus – disse minha mãe.
– Bom dia senhor Otávio, dormiu bem? – disse Gustavo entrando no elevador.
– Até que sim, bom dia, e você? – perguntei sorrindo.
– Sim, a nossa tarde ontem me fez bem – disse Gustavo. Fico meio sem graça
– Vou tirando o carro me espere em frente ao prédio – disse Miguel indo para o estacionamento.
Fomos para a frente do prédio e esperamos meu irmão, Gustavo foi atrás e eu sentei do seu lado. No caminho ele colocou um dos fones e começou a escutar uma música.
– O que tá escutando? – perguntei, logo em seguida ele me passou o outro lado do fone.
– Adoro essa música – disse quando escutei a música. Comecei a cantar junto com a cantora.
“And she says
I wish that I could be like the cool kids
'Cause all the cool kids
They seem to fit in
I wish that I could be like the cool kids
Like the cool kids…”
– Logo de manhã, eu mereço – disse meu irmão balançando a cabeça.
Gustavo ria muito, o riso mais gostoso de ouvir. Chegamos no colégio antes de tocar o sinal.
– Bom eu vou lá pra perto dos meus amigos, vejo vocês na saída – disse meu irmão indo para perto dos seus amigos.
– Ansioso pela aula de Inglês hoje, a professora é a melhor de todas – digo.
– Eu ainda nem escolhi se vou faz Inglês ou Espanhol, qual professor é mais legal? – perguntou Gustavo.
– Inglês, com toda a certeza – digo isso na esperança de ele não escolher espanhol.
– Bom acho que vou ficar com inglês mesmo, não vou querer ficar longe de você – diz Gustavo, percebendo o que acabou de dizer ele se corrige.
– Quer dizer, não consigo porque você é meu único amigo, não conheço ninguém da classe de espanhol – diz ele meio atrapalhado.
Somos interrompidos com a chegada do pessoal, primeiro chega Guilherme e Luana, logo em seguida Michele e Nathália, e por último Bruno e Rebeca.
– Otávio querido você sumiu do grupo ein, não fala mais nada? – diz Guilherme.
– É verdade te mandei uma mensagem no privado e você nem me respondeu – disse Luana.
– Fez voto de silêncio é? – perguntou Nathália
– Gente foi mal, é que meu celular quebrou, eu vou sair para comprar um hoje a tarde – digo.
O sinal tocou e fomos para sala de aula, esperamos Paula, nossa professora de inglês, chegar, ficamos conversando.
– Me passa seu número Gustavo, para te colocar no nosso grupo – disse Nathália.
– Ah beleza, anota ai 9******53 – disse Gustavo.
A porta se abriu e Paula chegou, uma mulher de 34 anos, 1,67m e morena. Ela começou dando boas vindas, disse o quanto era bom nos rever, pediu para Gustavo se apresentar, pediu para ele escolher se queria inglês ou espanhol, ele escolheu a aula dela, logo em seguida ela começou a conversar com a gente sobre banalidades e faltando uns 20 minutos para a aula dela acabar ela comenta.
– Gente eu vou terminar a aula mais cedo, mas antes eu vou dar um aviso, esse ano vocês terão que apresentar na feira da cultura um vídeo com uma música, pode ser de nacional ou internacional, mas vocês terão que ser os protagonistas, esse trabalho vai valer como nota da prova de inglês e português, a data está marcada para o último dia de aula antes das férias de Julho, bom foi só um aviso mesmo, vou explicar melhor no decorrer dos mês, bom até a aula que vem, tchau pessoal, e bom carnaval ein.
Tivemos uma aula de biologia e fomos para o recreio. Fui com Luana até a cantina comprar um lanche, quando voltamos para o local onde estávamos sentados, vejo Nathália de conversinha com o Gustavo, o meu Gustavo. Bom, chego lá é não posso fazer nada, a única coisa que faço e comer meu lanche em silêncio.
– disse Gustavo saindo de perto de Nathália e sentando do meu lado.
– É sim, quer? – digo isso oferecendo um pouco da bebida a Gustavo.
– Claro – diz ele rindo.
– Gente olha aqui, bom como vocês sabem eu vou passar o carnaval no sítio dos meus pais em Papucaia, e queria saber se vocês queriam ir, vai ser muito legal se vocês forem, e você pode ir Gustavo, vai ser bom pra você se aproximar da gente, e ainda vai conhecer o Victor – disse Michele rindo.
– Bom por mim tudo bem, mas quem é esse Victor? – pergunta Gustavo.
– É um amigo nosso que mudou de escola esse ano – disse Bruno.
No final todos concordamos em ir, marcaríamos mais pra frente como iriamos, e eu na minha cabeça já pensava, essa vai ser a oportunidade de passar tempo com o Gustavo, bom meus pais não vão se preocupar em eu ir, já que ano passado eles deixaram, mas uma coisa me incomodava, eu tenho que me assumir pros meus amigos, bom acho que tenho uma ideia, vou falar com Victor e ver o que ele acha, bom se eu me assumir para eles vai ser melhor, pois se realmente acontecer alguma coisa entre Gustavo e eu não vai ser surpresa para ninguém, ESSE CARNAVAL PROMETE.
Continua.