06. Que Filme Vamos Assistir?

Parte da série O Sol Não é Para Todos

Bom pessoal espero que gostem desse capítulo, e desejo a todos que vão fazer o ENEM hoje uma boa sorte, façam a prova com calma e acredite em vocês mesmo, não se deixem abater por alguns comentários, estou torcendo por vocês. Beijos de luz :*

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– Vamos Gustavo? – digo isso levantando da cadeira.

– Vamos – disse Gustavo me seguindo até onde o carro de Miguel estava estacionado.

– Então você vai ao sítio dos pais da Michele? – pergunto a Gustavo todo esperançoso.

– Sabe eu não, talvez eu não vá, eu vou me sentir meio deslocado lá – responde Gustavo acabando com minhas esperanças.

– Ah, mas você vai! Vai ser legal, e relaxa eu não vou te fazer sentir deslocado, também vai ser bom para você conhecer melhor o pessoa – digo isso na esperança dele mudar de opinião.

– Então quer dizer que você quer que eu vá ne?! – pergunta Gustavo rindo da minha cara vermelha.

– Oh Miguel você demorou hoje ein – digo para Miguel que vem vindo bem na hora.

– Porra não fala não, hoje tivemos aula de Física II, o professor ficou enrolando lá na sala, to morto de fome – diz Miguel meio estressado abrindo a porta do carro, parece que consegui escapar de ter quer responder.

– Ah Miguel você faz academia né? Você tem alguma para me indicar, estou enrolando para procurar uma desde que cheguei de São Paulo – pergunta Gustavo a meu irmão.

– Po cara tem a minha, os aparelhos lá são novos e os personal trainers são ótimos, se quiser você pode ir junto comigo hoje fazer uma aula experimental – disse meu irmão.

– Ah sim, valeu cara to precisando mesmo voltar, já estou começando a ficar flácido – disse Gustavo.

O resto do caminho os dois fiaram conversando sobre academia, já eu fiquei pensando na maneira em que eu vou contar para o pessoal. Chegando ao prédio Gustavo perguntou se podia me ver mais tarde.

– Então cara eu vou hoje sair para comprar o meu celular – digo isso entrando no elevador.

– Passo na sua casa antes de você sair – disse Miguel saindo do elevador e indo em direção a seu apartamento.

– Beleza, passa lá em casa umas 15h: 00 – digo.

– OK , antes de ir para academia com Miguel eu passo lá – diz Gustavo, e o elevador se fecha.

– Hmmm, parece que alguém está se interessando por você princesinha – disse meu irmão num tom sínico.

– Hahaha, que tal cuidar da sua vida ein? – digo um pouco mais sério.

– Eu ein, que bicho te mordeu? Só estava brincando – diz meu irmão.

– Nada, é que eu só estou pensando em algo – digo isso me perdendo de novo nos meus pensamentos.

Chegando em casa vou ao banheiro tomar um banho, troco de roupa e desço para almoçar, minha mãe diz que vai ter que voltar ao seu escritório para resolver um problema e que voltaria mais tarde para irmos comprar um celular novo. Dou licença escovo os dentes e vou pro meu quarto, resolvo chamar Victor via Skype.

– Inhai mana, que cara é essa, não vai dizer que o boy te deu um pé na bunda? – pergunta Victor.

–Não, não tem nada a ver com o Gustavo, e em falar nele tenho que ser rápido porque daqui a pouco ele deve estar chegando para ir com o Miguel para a academia – digo para Victor.

– Então o que houve? – pergunta Victor.

– Bom, como você sabe vamos passar o carnaval na casa da Michele, e ao falar nisso, você vai né? – pergunto.

– Mas é claro, ou você acha que eu vou perder a chance de ficar perto do Guilherme, mas continua – diz Victor.

– Continuando, eu acho que está na hora de sair de Nárnia de uma vez por todas, vou contar pro pessoal que o amigo deles é coloridíssimo. Estou pensando em fazer aqui em casa uma social pré-viajem, vou colocar um filme bem bicha bichérrima, e na hora que o arco-íris estiver no seu ápice eu conto, o que você acha? – pergunto.

– Eu não acho nada, vou te apoiar em tudo e vou estar do seu lado lá na hora, mas qual vai ser o filme? – pergunta Victor.

– Bom isso eu não sei ainda, mas vou mandar no grupo mais tarde, quando eu comprar meu celular, que vai ter a social, e quero que você anime o pessoal todo para ir – digo a Victor.

– Ah pode deixar, já nasci animando a sala de parto – disse Victor.

– IIH Gente deixa eu ir que daqui a pouco o Gustavo ta passando aqui em casa – diz a Victor.

– Vai lá Tito, mostre sua feminilidade pra ele – disse Victor rindo.

– HAHAHAHA pode deixar trans finíssima – disse me levantando.

Desliguei a chamada e fui me checar no espelho, passo um perfume mal acabo e a campainha toca.

– Deixa que eu atendo – disse correndo para chegar à porta.

Paro em frente a ela, respiro fundo e olho no olho mágico, é ele, para alguns segundos para me recompor, e abro a porta. Lá está ele, usando roupa de academia, até usando um tênis verde estou aqui, um verde fluorescente, ele fica bonito. Meus pensamentos são cortados quando ele diz.

– Eae beleza, cade seu irmão?

– Tá terminando de se arrumar – digo.

– Bom eu queria te ver pra lhe entregar isso – diz ele passando uma caixa embrulhada com papel de presente.

– O que é isso? – digo pegando a caixa e chacoalhando ela.

– Abre pra ver – diz ele sorrindo.

Não acreditei, fiquei com a cara no chão, ele me deu um celular novo. Fico sem reação.

– Não posso aceitar cara – digo entregando a caixa a ele.

– Não, é seu. Senti-me culpado pelo que aconteceu com o seu celular, então contei pro meu pai o que tinha acontecido, ele me deu uma bronca, mas concordou em que eu tinha que dar um novo para você – diz Gustavo ainda sorrindo.

– Não estou acreditando nisso, não precisava, eu ia comprar um novo daqui a pouco – digo já demonstrando felicidade.

– Claro que precisava, a culpa foi minha por você estar sem celular – diz Gustavo.

– Bom acho que a loja não vai aceitar de volta, obrigado – digo isso abraçando ele e beijando sua bochecha.

– De nada – disse ele segurando na minha cintura e olhando nos meus olhos.

Ele foi chegando mais perto, e mais perto, ele fecha os olhos, fico meio assustado, mas sinto que esse é o momento e deixo rolar.

– Otávio você viu a minha luva da muscula... Ops acho que atrapalhei algo – disse Miguel chegando na sala e ficando sem graça.

– Hehehe não foi nada, acho que mamãe pois para lavar – digo isso mais vermelho que roupa de Papai Noel.

– Sendo assim vamos Gustavo? – diz Miguel indo em direção à porta.

– Vamos, tchau Otávio, nos vemos amanhã – diz Gustavo super sem graça.

A porta se fecha e eu me jogo no sofá, e fico pensando no que acabou de acontecer, fico com um sorriso largo no rosto. A porta se abre e entra minha mãe falando do trabalho dele, porém não escuto uma só palavra, fico no mundo da lua.

– Ei Otávio, OTÁVIOOO, to falando com você.... O que você tem ein menino – diz minha mãe meio estressada.

– Aconteceu nada mãe, to só feliz – digo isso numa vibe tão serena.

– Vamos logo comprar seu celular – diz minha mãe pegando a bolsa.

– Não precisa não – digo na mesma vibe.

– Que cara é essa menino, puxou um fumo foi? – diz minha mãe

Resolvo contar para minha mãe tudo o que aconteceu, desde o dia em que eu conheci Gustavo até o dia de hoje.

– Hummm, olha só que cavalheiro, mas vou te contar ein Miguel sempre aparecendo na hora errada – diz minha mãe.

– Nisso eu tenho que concordar com a senhora – digo rindo.

–Bom já que meus serviços não são mais necessários senhor Otávio, vou me repousar – diz minha mãe indo para o quarto.

– Com toda a licença dona Heloisa. Ah mãe mais uma coisa, não comenta com papai nada que aconteceu hoje, se não ele vai ficar fazendo aquelas piadinhas sem graça de novo – digo isso rindo.

– Claro filho, agora vou deitar um pouco para preparar a janta mais tarde –diz minha mãe subindo as escadas.

Vou para meu quarto, ponho o chip do celular antigo no novo, ligo ele, instalo todos os aplicativos que eu tinha antes e mais outros, passo as minhas músicas do notebook para o celular, e vou direto no grupo do pessoal. Mando a mensagem no grupo sobre a social, Victor logo entende sua deixa e faz sua parte, logo o pessoal começa a se animar. Vou no privado e conto a Victor tudo o que aconteceu.

– Viaaaadoo, que babado forte, vou te contar ein, se você não casar com esse boy eu caso – diz Victor.

– Hahaha, você tinha que ver nossa cara quando Miguel apareceu – mando para Victor.

– Imagino, ein mana vou te deixar solitária um pouco, estou morta por hoje vou descansar um pouco – diz Victor.

– Vai lá afeminada – digo.

– KKKKK, babaca – diz Victor.

Resolvo ir descansar também, foram muitas emoções para um dia só.

O restante da semana passou bem rápido, cada dia que passava eu e Gustavo ficávamos mais próximos, ele também fez uma amizade enorme com meu irmão, parece até que se conhecem a anos, em relação ao pessoal lá da escola ele já esta muito mais enturmado, já fez amizade com quase todo mundo do grupo, porém ele estava ficando muito próximo da Nathália, eu sei que ela tem atributos muito mais atraentes do que eu, digo dois peitões enormes, mas mesmo assim ainda sou mais eu.

Finalmente chega o dia da social, pedi para Victor chegar mais cede para me ajudar na escolha das palavra, porém eu sei que na hora eu não vou lembrar de nada do que ensaiamos aqui, mas resolvo ensaiar mesmo assim. A casa estava vazia já que Miguel foi sair com a Talita e meus pais foram jantar fora, isso me tranquilizava um pouco, mas bem pouquinho mesmo. Conforme o tempo foi passando o pessoal foi chegando, eu já tinha pedido umas pizzas, e Victor estava na cozinha fazendo a pipoca. Eu pedi para as meninas trazerem um doce e os meninos algumas bebidas, ou como alguns costumam dizer.... Sorte líquida. Gustavo chegou e fui logo apresenta ele à Victor.

– Prazer – disse Gustavo apertando a mão de Victor.

– Satisfação, o prazer a gente resolve depois – disse Victor, Gustavo morreu de rir.

Enquanto Nathália puxa Gustavo para conversar vou com Victor até a cozinha pegar os copos.

– Nossa Tito quando você disse ele era bonito eu acreditei, mas você tava mentindo, isso ai parado na sala é um Deus grego – disse Victor para mim na cozinha.

– Eu sei, ele é lindo né ?! – disse todo bobo.

O ultimo a chegar foi Guilherme. Logo todos começamos a conversar e beber, coloquei músicas aleatórias no Spotify e deixei a social rolar. Resolvi então começarmos a assistir ao filme antes que ficássemos todos bêbados.

– E que filme vamos assistir? – perguntou Rebeca, enquanto eu ligava o notebook na TV.

– Vamos assistir...

Continua.