Três é de Mais (02x06)

Parte da série Três é de Mais

Oi gente, estou de volta com 3ÉDM. Me desculpa pela demora, mas meu tempo está meio complicado e já estou postando o outro então fica difícil, mas eu vou tentar postar com mais frequência. Beijão a todos.

Bruno Rocker - Depois dessa intimação pode deixar que eu não vou separar os três kkkkkk, pode ficar tranquilo. O Xande não consegue nem maltratar uma mosca, então ele não vai conseguir maltratar os pais, mas eu sei de alguém que vai adorar fazer isso kkk. Fico feliz que vc esteja acompanhando e me desculpa pela demora vou tentar postar com mais frequência, e vou postar mais ainda quando terminar o AEM. Beijão meu querido.

-ooOoo-

São Paulo - Brasil.

ALEXANDRE

Eu fiquei todo arrepiado olhando para a minha família que estavam me encarando. Minha mãe estava com a mão na boca, meu pai estava assustado, meu primo estava chocado e alguns outros primos estavam tentando segurar o riso - o que não estava dando muito certo -.

Eu tentei me levantar, mas eu quase virei a mesa, então resolvi pedir ajudar para Brandon ou até mesmo o Rodrigo, mas os dois estavam com uma cara de paisagem olhando pra mim. A única que me ajudou foi a Gale que estava morrendo de rir da minha cara cheia de macarronada.

- Lord, querido vc está bem? - Ela perguntou no seu inglês britânico e eu respondi.

- Será que da para vc me ajudar?

- Claro, claro.

Ela veio até mim e me ajudou a sair de cima da mesa, quando eu me levantei as pessoas que estavam por perto começaram a dar risada, eu fiquei muito sem graça e disse:

- Me tira daqui. - E eu estava também preocupado com os meus pais que estavam me olhando com os olhos arregalados.

Ela pegou na minha mão e me puxou, mas outra pessoa pegou na minha outra mão e me segurou, quando eu olhei eu vi que era a minha mãe, minhas pernas tremeram e meus olhos se encheram de lágrimas.

- Meu filho. - Ela disse engolindo um soluço.

- Não toque no meu modelo. - Disse Gale batendo na mão da minha mãe.

Ela olhou para Gale com um ponto de interrogação na cabeça e eu disse para ela:

- Está tudo bem Gale, essa é a minha mãe.

Ela arregalou os olhos e me soltou, acho que já sabia o que aconteceu a dois anos atrás, Cássio devia ter falado pra ela.

- Oi mãe. - Eu disse para ela.

A mesma me abraçou forte, mas eu não consegui retribuir o abraço, não por maldade, mas a família era a coisa mais importante pra mim e quando eles me expulsaram de casa, deixaram a ferida aberta e até hoje não foi cicatrizada.

Ela me soltou e meu pai fez a mesma coisa, eu senti a lagrima dele na minha camiseta e aquilo foi o bastante para destruir a minha muralha, eu dei um abraço forte nele.

- Vc está lindo meu filho. - Disse minha mãe.

- Obrigado.

- Onde vc estava? Nós nunca mais tivemos notícias suas, eu te procurei por tanto tempo, não tínhamos nem a quem recorrer.

- Eu sai do país, com os meus amigos e fui para Londres, Inglaterra. E lá eu amadureci.

- Que bom meu filho.

Ela disse passando o papel no meu rosto, e tirando o excesso de bolo e macarrão.

Nós já estávamos em uma sala afastada, estávamos apenas nos três, meus pais estavam sentado de frente pra mim e eu não sabia como agir, então resolvi falar da minha vida.

- Me fala sobre vc meu filho, as coisas que vc construiu lá fora. - Disse minha mãe segurando minha mão, mas meu pai disse:

- Antes vamos conversar sobre o que aconteceu, vc não sabe como eu me culpo por ter feito aquilo contigo, eu lembro até hoje quando eu me deito na cama, eu deveria ter te aceitado do jeito que vc é...

- Tudo bem pai, eu entendo.

- Não está nada bem, eu te bati, eu gritei com vc, quando eu deveria ter te apoiado, ter ficado do seu lado quando vc mais precisava de nós.

Eu passei minha mão no seu rosto, ele estava diferente, estava mais receptivo a carinho, uma coisa que nunca aconteceu.

- Eu acho que esse tempo em que eu passei fora me ajudou muito. Estou fazendo faculdade, sou modelo profissional...

- Modelo? Eu tenho um filho modelo. - Disse minha rindo e batendo no braço do meu pai que estava rindo.

- E quem aquela mulher que bateu na mão da sua mãe?

- Minha chefe, na verdade eu vou fazer umas fotos para a revista em que ela é editora chefe.

- E aqueles meninos? - Perguntou meu pai meio sem graça.

- Um é o Rodrigo, nós estudamos juntos aqui no Brasil e o outro, é o meu namorado.

- Namorado? -eu pai perguntou com os olhão arregalados, eu pensei que ele fosse levantar e sair andando, mas ele apenas ficou quieto.

- Sim, ele é fotografo profissional. É um cara muito legal. - Eu disse sorrindo.

- Eu adoraria conhece-lo. - Disse minha mãe.

- Tudo bem, mas ele é britânico e não sabe falar português, mas mesmo assim é uma companhia incrível. - Eu disse sorrindo.

***

CÁSSIO.

Eu estava sentado de frente para o Ricardo, ele estava me olhando nos olhos e eu o mesmo, mas nós dois não falávamos nada.

- Então... - Eu respirei fundo.

- Então. - Ele disse me olhando - acho que temos que conversar.

- Claro, pode começar. - Eu disse para ele.

- Tivemos uma briga feia em Londres, claro que não tem lados certos, nós dois estávamos errados.

- Exatamente, gosto diferentes, ciúmes doentio, estresse do dia a dia.

- Eu sei que eu não devia ter gritado com vc naquele dia, mas vc estava bêbado, tinha um cara em cima de vc e vc não estava nem ligando.

- Não é assim, eu estava bêbado, mas eu não vi que ele estava lá, mas como vc é um cavalheiro, quase me puxou pelos cabelos, gritou comigo e por pouco não esbofeteou a minha cara. Vc devia estar mesmo em um momento ruim.

- Vc sabe como eu sou, odeio quando chegam perto de vcs dois, odeiam quando os cara ficam olhando e eu pensei que vc estivesse dando trela.

- Namoro dois caras, não gostaria de namorar mais um não, minha vida já está muito conturbada.

Ele deu um sorriso e pegou na minha mão, eu olhei pra ele e ficamos assim por um bom tempo.

- Não quero terminar com vc Cássio, te amo desde a primeira vez que eu te vi, esses olhinhos verdes conquistaram meu coração. Vamos tentar colocar uma pedra em cima disso e vamos esquecer?

- Ainda vamos conversar sobre isso. Mas agora vamos focar no Lucas, eu descobri que o pai dele é um famoso engenheiro, e que ele poderia ter encontrado o Luc, mas nunca procurou por ele.

- Eu não acredito nisso, e o pior de tudo que ele esta tão empolgado.

- Eu acho melhor falarmos para ele...

- Não, eu acho que nos devemos ir, e eles devem conversar frente a frente.

- Vc tem razão. Onde ele está?

- Comprando as passagens, deve estar chegando daqui a pouco.

- Hoje eu vi as meninas. - Eu disse sorrindo - estava com saudades delas.

- Que bom cara, fui ver o meu pai, quando ele me viu pensei que ele teria um treco kkkkkk.

- Como ele está?

- Está ótimo, acho que ele continua transando com os caras na cozinha.

- Velhos hábitos nunca mudam. - Eu disse sorrindo.

Eu deitei na minha cama e Rick deitou ao meu lado, ele passou o braço por trás da minha cabeça e eu deitei em seu peito.

Ficamos assim por um bom tempo até a porta se abrir e Lucas entrar no quarto, ele deitou ao nosso lado e disse:

- Eu tinha me esquecido como é calor aqui no Brasil.

- E eu acho que esqueceu também o que e desodorante. - Eu disse pra ele.

- Se isso é um convite para eu tomar banho, eu aceito.

- Não é um convite querido, é uma intimação, vai tomar um banho Lucas.

- Blz. - Ele deu um beijo no Rick e depois em mim e correu para o banheiro.

- Eu pensei que vc gostava de cheiro de macho. - Ele disse sorrindo.

- Mas odeio cheiro de mendigo.

Ele deu risada e continuamos deitados na nossa cama.

***

Visconde de Rio Branco - Minas Gerais.

Estávamos parados na frente de uma porteira, o lugar era lindo. Era uma fazendo enorme, cheias de animais de várias espécies.

- Vc é um herdeiro. - Eu disse para o Lucas que estava olhando o lugar com os olhos arregalados.

- Eu pensei que ele não tinha como me encontrar, que ele não tinha dinheiro para sair desse lugar, mas agora vejo que eu estava muito enganado.

- Vc pretende entrar? - Perguntou Rick.

- Diz que sim Lucas, eu preciso me sentar, tomar um copo d'água, eu preciso descansar. Passamos a noite inteira dentro de um ônibus de viagem. - Eu disse quase implorando.

- Claro que vc poderia ter comprado uma passagem de avião, mas tudo bem. - Disse Rick.

- Tudo bem, eu só vou entrar, jogar na cara dele que ele não é homem o suficiente para não trair uma mulher e depois vamos embora.

- Tudo bem. - Dissemos juntos para ele.

Passamos pela porteira e senti que seu corpo estava tremendo, então segurei sua mão e fomos a caminho da grande residencia. Quando chegamos perto tinha um garoto, acho que devia ter uns 17 ou 18 anos. Ele era loiro, cabelos grandes, até os ombros, um corpo branco e com uma barbinha rala na cara. Ele estava brincando com um cachorro, nesse momento eu me lembrei do Shadow e dos seus filhotinhos e bateu saudades.

Quando nos viu o cachorro começou a rosnar e mostrar os dentes, eu preferi pensar que era um sorriso, mas eu sabia que era mentira.

- Calma garoto. Quem são vcs? - Perguntou ele autoritário, já não gostei.

- Quero falar com o Edmundo.

- E quem gostaria? - Ele perguntou.

- Nós três. - Eu disse como se aquilo fosse obvio e era.

- Só um momento que eu vou ver se ele pode falar com vcs.

Ele disse e entrou em casa, o cachorro da raça pastor alemão sentou-se e ficou nos olhando como se fossemos presas. Depois de um certo tempo um homem, alto, forte, com a pele bronzeada, barba por fazer e bem assustador apareceu e veio até nós. O garoto ficou nos olhando encostado na porta.

- Quem são vcs? - O homem perguntou com um sotaque mineiro.

Eu olhei para o Lucas e percebi que ele estava paralisado, Ricardo deu uma cotovelada nele que saiu do transe.

- O senhor é Edmundo? - Ele perguntou se esforçando para não gaguejar.

- Sim garoto, olha eu tenho mais o que fazer, estou cheios de projetos e não posso ficar de conversinha não meu amigo, então fala logo.

- Eu vim aqui tirar satisfação com o senhor. - Ele inflou o peito que nem um pombo.

- Satisfação? - O homem perguntou com os olhos arregalados.

- Sim, minha mãe está morrendo e ela me disse que o senhor fez uma coisa muito ruim no passado.

- Quem é a sua mãe?

Nesse momento outro carro chegou e um homem saiu de dentro dele. Ele estava vestido de terno, mas baixo que o pai do Luk, cabelos claros e olhos verdes.

- Oi Ed, aconteceu alguma coisa?

- Esse menino que não está falando coisa com coisa. Disse que veio tirar satisfação comigo pelo fato de eu ter feito uma coisa ruim com a mãe dele.

- Não me lembro disso.

***

LUCAS

Como eles poderiam ser tão caras de paus, fizeram mal a minha mãe, fizeram ela sofrer durante todos esses anos, ela me odiou por pensar que eramos todos iguais a eles e agora se fazem de idiotas e dizem que não se lembram da minha mãe.

- Pois eu me lembro, me lembro desde do dia que ela falou que vc estava vivo. Ela me disse coisas horríveis quando eu contei que era gay, ela me colocou pra fora de casa e tudo isso pq? Por ter encontrado o marido na cama com o melhor amigo.

Eu disse e eles dois arregalaram os olhos.

- Isso mesmo, eu sou filho da Muriel, ou melhor dizendo eu sou seu filho e seu afilhado.

*

*

*

Continua.