Capítulo 14

Parte da série O Contrato

Capítulo 14

-ooOoo-

Ele estava deitado na sua cama olhando para foto do Evan enquanto tinha uma garota de programa ao seu lado, como ele pode ter se apaixonado dessa maneira por aquele garoto? Eles só tinham se visto uma vez, mas agora ele sempre dominava os sonhos do homem.

A beleza de Evan era de outro de mundo, seu corpo, seu jeito marrento o deixou de cabeça para baixo, ele faria qualquer coisa para ter o amor de sua vida junto contigo, mesmo que isso significasse leva-lo para outro país, apagar sua memoria e começar uma nova historia com Evan.

Sem a família Augustin ele teria dinheiro o suficiente para viver o resto de sua vida sem trabalhar.

Ele se levantou e foi até o banheiro e tomou um banho, quando voltou a mulher ainda estava dormindo em sua cama e vê-la ali o deu um nojo enorme.

– Vamos, levanta dai. Está na hora de ir.

– Ai gato, está tão bom aqui.

– Vai sua vadia, eu tenho que sair e olhar para essa sua cara está me dando vontade de vomitar.

– Seu grosso, quando estava me fodendo não pensou nisso.

– Claro, eu estava de olhos fechados, agora anda. Aqui está seu dinheiro – ele disse jogando varias notas de 10 em cima da mulher. – Quando eu sai do banheiro não quero a sua cara entendeu?

– Saiba que não volto mais aqui.

– Saiba que lixo eu só uso uma vez, reciclagem é coisa de pobre. Agora anda, vai porra.

Ele entrou no banheiro e ficou olhando para o espelhando e pensando em sua vida futura com o Evan. Se Augustin acha que vai ficar a vida inteira ao lado de Evan ele está muito enganado, Evan iria ficar com ele, com o herdeiro novo, conhecido e com certeza mais bonito.

"Pois é está na hora de dar continuidade ao meu plano"

Ele pegou o telefone celular e discou o numero da Katrina, não demorou muito e ela atendeu o telefone com sua voz divertida e animadora.

– O que você quer?

– Bom dia para você também princesa.

– Fala logo querido, eu estou indo para o medico, esse feto que está na minha barriga está me atormentando muito.

– Calma Katrina, essa criança é uma parte dos nossos planos, sem ela você já teria sido largada a muito tempo.

– Não importa, já sabe o que vai fazer com esse monstrinho quando chegar a hora?

– Claro, ele vai virar comida de peixe.

– O que você quer? Diga, eu estou com pressa.

– Chegou a hora de darmos continuidade ao nosso plano, agora quem deve morrer são o Senhor e a Senhora Augustin.

– E Já sabe como fazer?

– Sim, hoje de manha eles vão fazer um passeio ao sitio de uns amigos. Ontem a noite eu paguei um cara para cortar freio do carro do Sr. Augustin, quando tiverem em alta velocidade em uma auto estrada, a única coisa que vamos ouvir nas manchetes será: Morre um dos casais mais rico da cidade, Sr. e Sra. Augustin. Tenho que confessar que vai ser divertido.

– Perfeito, não aguentava mais olhar para a cara daquela mulher e daquele velho nojento asqueroso do meu sogro. Desde que ele tentou me agarrar no banheiro eu fico esperando pela morte dele. E também daquela mulherzinha que se acha uma lady.

– E depois, qual será o próximo passo?

– Devemos esperar o Augustin morrer, isso não vai demorar muito. O efeito do veneno vai demorar mais ou menos uns 30 dias para fazer efeito. Isso é bom porque ele vai morrer aos poucos e no fim vão pensar que foi ataque cardíaco. Depois você ficara livre para ir onde for com o Evan e eu vou chegar ao topo, como eu sempre quis.

– Hoje eu estou indo a cidade, vou me livrar de alguém.

– Chega de mortes que não estão nos planos. Se tudo isso é medo de perder o Evan para outro o prenda dentro de um poço, faça o que quiser, mas pare de matar ou as pessoas irão descobrir sobre nós.

– Deixa de ser mandona Katrina.

– Escute uma coisa Marcos, não estou afim de passar o resto da minha vida na cadeia, acha mesmo que eu vou ser culpada?

– Já disse para não falar o meu nome.

– Calma queridinho, você não é o único Marcos da face dessa terra – ela disse sorrindo.

– Tudo bem Senhorita Tornado, agora eu tenho que ir.

Ele desligou o celular e saiu do quarto, viu que a mulher não estava mais em sua cama e agradeceu por não ter que ver a cara dela outra vez, pegou sua Ferrari e saiu de casa cantando pneu.

***

EVAN

Eu estava sentando do lado de fora da casa enquanto estava vendo Luan fazendo seu trabalho com as tulipas da Katrina, ele realmente era muito bom no que fazia, cuidava das plantas como se estivesse cuidando de uma criança, conversava com elas e fazia carinho – deve ser coisa de jardineiro.

Depois de terminar ele se juntou a Evan e se sentou ao seu lado.

– Gosta muito do que faz não é?

– Sim, cuidar das plantas é a minha vida – ele disse sorrindo com um brilho nos olhos. – Alberto disse que eu posso fazer um novo jardim aqui, para dar uma vida a essa casa, isso aqui é muito monótono.

– Isso eu tenho que concordar.

– Alberto disse que ele comprou um livro sobre jardinagem, você pode me acompanhar no escritório dele?

– Claro.

Eu disse me levantando e ajudando ele a levantar, depois fomos para o escritório e quando estramos eu fechei a porta e me sentei em uma poltrona no canto da sala, Luan ficou procurando o livro nas prateleiras, quando achou ele se sentou ao meu lado no braço da poltrona e o abriu.

– É esse aqui... – ele fez uma cara estranha que me deixou muito intrigado. – Que cheiro é esse?

– Que cheiro? Não estou sentindo nada – eu disse cheirando debaixo do braço, mas eu estava cheirosinho.

– Não, não é isso. É cheiro de uma planta – ele disse cheirando o livro. – Está por todo lado.

Eu cheirei o livro, mas não senti nada muito forte, apenas um cheiro estranho que vinha das paginas. Então continuei cheirando até ele se aproximar de mim e arrancar o livro da minha mão com uma certa grosseria.

– Não cheira isso, é mamona – ele disse fazendo cara feia e jogando o livro em cima da mesa.

– É o que?

– Mamona, a planta mais venenosa da face da terra. Ingerida a morte ocorre rapidamente, em apenas algumas horas ou 2 dias, mas acho que por causa do cheiro o efeito é mais lento.

– Está dizendo que alguém está tentando envenenar a gente? – eu perguntei me levantando e me afastando de tudo.

– A gente não, o cheiro está por todos os lados – ele disse fazendo cara feia. – acho que isso era para o Alberto.

– O que é para mim? – Alberto entrou animado em seu escritório, mas seu sorriso sumiu quando viu nossos rosto. – O que está acontecendo aqui?

– Precisamos sair dessa casa, agora.

– Do que você está falando? – ele perguntou confuso, mas já estava nervoso.

– Alguém espalhou veneno de mamona pelo ar, seu escritório está empesteado.

– Não sinto cheiro nada de nada – ele disse aspirando o ar.

– Cara, o garoto é fera em jardinagem, vai mesmo discutir com ele? – eu disse olhando para o Alberto.

– Vem, vamos sair daqui.

Ele disse abrindo as janelas e saindo da sala. Alberto perguntou para Luan se ele estava sentindo cheiro em mais algum lugar da casa, mas Luan não sabia dizer por que do lado de fora já era mais arejado e outros cheiros já dominavam o ambiente, como o perfume do Alberto e o almoço que estava sendo feio na cozinha.

– Meu quarto – Alberto disse subindo as escadas.

Quando chegamos ao quarto do Alberto, o mesmo abriu a porta e mandou nós entrarmos. Luan disse que não estava sentindo cheiro de nada, mas Alberto mandou vem em seu closet, quando Luan abriu o guarda roupas, até eu senti um cheiro diferente, o mesmo do livro, só que mais fortes.

– Nos seus paletós.

– O que? Quem será o maldito que quer me matar? E porque.

– Você fez muitas coisas Alberto, pode ser uma vingança – eu disse olhando para ele.

– Ou pode ser o mesmo que matou o Alex – disse Luan chamando nossa atenção.

– Como é? – eu perguntei confuso.

– Como percebemos, ele está atrás do Evan, digamos que estava com ciúmes do Alex, pode ser a mesma coisa com você. Você estando vivo vai ser impossível mais alguém se aproximar dele, mas com você morto, Evan não pertence a ninguém.

Nós dois estávamos olhando para ele com os olhos arregalados.

– Desde quando é esperto assim? – perguntou Alberto.

– Eu assisto Bones.

Ele disse meio constrangido.

– Bom, então vamos sair daqui.

– E para onde vamos?

– Não sei, eu vou chamar um dedetizador e nós vamos para a casa do Lucio já que o Leonardo está cuidando da filha.

– E o que sua mulher vai achar de tudo isso?

– O que eu vou achar sobre o que?

Katrina entrou em casa no seu habitual vestido preto até as coxas, seus cabelos estavam soltos e cacheados e ela estava um pouco abatida, mas era por causa do bebê, ultimamente ela não estava se sentindo nada bem.

– Estamos indo para a casa do Lúcio – Disse Alberto digitando alguma coisa no seu celular.

– Por que? Vai ser algum tipo de festa do pijama?

– Não, parece que essa casa está empesteada de veneno de mamona.

– O que? – perguntou Katrina sem demonstrar reação alguma.– E como vocês chegaram a essa conclusão?

Ela perguntou não levando fé no que seu marido tinha acabado de falar.

– Luan trabalha com isso minha querida, ele sentiu o cheiro da mamona.

– Virou cachorro farejador agora coração?

– Melhor do que ser cachorra sarnenta – ele disse baixo e ela arqueou a sobrancelha.

– O que disse querido? Estou com um pequeno problema de audição. Você me chamou de cachorra sarnenta? foi isso mesmo que eu ouvi? – ela perguntou com um pequeno sorriso na cara, mas só para deixar claro, o sorriso era assustador. E Luan acabou encolhendo os ombros e disse:

– Não senhora, eu não disse nada.

– Foi o que pensei. Bom, já que todos vão para a casa do Lúcio, eu vou para um hotel. Pelo menos lá vai ter SPA e não vou ter que dar de cara um com homem diferente saindo do quarto dele todo dia. E mais uma coisa, quem foi que colocou esse veneno aqui em casa?

– Eu ainda não sei.

– Cuidado com seus empregados, eles não costumam ser muito confiantes. Se me derem licença.

Ela se retirou e foi para o seu quarto arrumar sua mala.

– Bom, eu vou trocar de roupa e arrumar a minha mochila – eu disse indo para a escada e Luan veio atrás de mim.

***

Quando Katrina entrou em seu quarto, ela jogou um pequeno anjo de cristal contra a parede, ficou olhando para o nada pensando em como o jardineiro pobretão estragou seus planos. Estava tudo sobre controle até o garoto com seus dotes de farejador sentir o cheiro do maldito veneno, agora ela tinha que achar outra maneira de matar o Alberto e sem levantar suspeita de que foi um assassinato, se não todos iriam descobrir.

Depois de terminar de arrumar sua mala Katrina colocou o seu casaco de pele preto por causa do frio que estava em São Jose dos Campos. Entrou em seu sua Mercedes e nem se despediu de seu marido, Katrina jurou que se fica-se na frente do Luan era capaz de enfiar suas unhas em sua linda carinha de anjo.

Cantando pneu a mesma deixou o condomínio que morava e seguiu para um hotel muito famoso na cidade. Quando chegou fez a sua reserva e pediu o melhor quarto, quando entrou ela ligou para Marcos explicando toda situação.

– Temos um problema.

– O que houve?

– O maldito do jardineiro descobriu sobre o veneno da Mamona, e agora o que vamos fazer?

– Temos que esperar um pouco, fui avisado que os Augustin acabaram de deixar sua mansão, se matarmos o Augustin agora a policia vai desconfiar de um assassinato.

– E você acha que não vão desconfiar dos velhos?

– Os velhos que se fodam, eu coloquei um bilhete no carro deles feito com letras de jornal, com certeza o Augustin vai ficar louco e vai mandar aquele amiguinho delegado dar um jeito de investigar o caso.

– Como sempre metendo os pés pelas mãos seu idiota, vão descobrir que é agente que fez tudo isso.

– Desculpa Katrina, mas as vezes você me dá nojo. Esse seu medo só mostra que você não é capaz de fazer isso sozinha, graças ao bom Deus eu estava por perto quando você teve essa ideia louca, porque se não fosse por mim você já estaria na cadeia por confessar seus crimes.

– Vá para o inferno.

Ela disse jogando o celular na parede.

Katrina se sentou na cama e disse:

– Depois que tudo isso acabar, pode ter certeza que eu vou me livrar de você. Pode assinar o que eu estou falando.

***

EVAN

Estávamos na frente da casa do Lúcio, amigo do Alberto.

Luan estava tremendo de nervoso e eu sabia muito bem o motivo, ele estava morrendo de medo do delegado agarrar ele enquanto o mesmo estivesse dormindo, seria uma cena engraçada, mas isso não iria acontecer porque Luan ia dormir na minha cama debaixo das minhas asas.

– Fica calmo cara, se esse homem chegar perto de você eu desço o sopapo nele.

– Bobão – Luan disse socando o meu braço.

Augustin tocou a companhia e Lúcio abriu a porta sorrindo, sem camisa e apenas de cuca samba canção, novamente Luan ficou petrificado que nem uma múmia paralitica e novamente eu torci o nariz para aquele cara se acha o tal maioral.

– Desse deito não vai dar para te ajudar Luan – Eu disse cutucando seu braço.

– Boa noite meus querido, entrem em minha humilde residência.

– Humilde?

Eu perguntei baixinho e segui Alberto que entrou primeiro, antes eu tive que dar um beliscão no Luan para sair de seu transe psicótico, ele não curtiu muito é claro, mas paciência.

A casa podia ser linda por fora, mas por dentro era a coisa mais estranha que eu já tinha visto na vida, cheia de armas dentro de uma vitrine e também tinha vários quadros de pinturas abstratas e de algumas armas.

– Pelo visto você gosta muito de armas – eu disse olhando para as suas obras de artes.

– São relíquias, os meus tesouros.

– Cada um com as suas manias.

– Bom, onde vai ficar os nossos quartos, quero um com o Evan...

– Claro, e pode deixar que o Luan vai ter um, bem ao lado do meu.

– Na verdade o Luan vai dormir comigo – eu disse e os dois me olharam assustados. – Quero cuidar bem do meu amigo, tem muitos gaviões rondando a casa.

Eu disse olhando para o Alberto que mesmo não gostando tentou segurar o riso.

Lúcio me olhou com cara feia e mandou a gente segui-lo. Quando chegamos no quarto eu olhei no relógio e vi que já eram mais de 21:00 e eu estava muito cansado, mas infelizmente tinha que conversar com o Alberto sobre a noite passada, eu morava na casa dele e não poderia adiar aquela conversa.

– Luan, eu vou lá em baixo conversar com Alberto. Quando eu sair tranque a porta.

– Pode deixar.

Ele disse sorrindo e eu desci as escadas, quando cheguei na sala os dois estavam tomando seus uísques e estavam rindo de alguma coisa, quando Alberto me viu ele levantou rápido e ficou me olhando. Lucio ficou nos observando como se fossemos uma peça teatral.

– Podemos conversar?

– Claro, eu estava esperando mesmo você vim falar comigo, não queria apreçar nada.

– Então vamos falar a sós, não sou do tipo que gosta de me expor.

Eu disse olhando para o Lucio que se levantou.

– Pode ficar – disse Alberto. – Nós vamos conversar lá fora.

Ele pegou em meu braço e fomos para a parte externa da casa.

Estava uma noite muito agradável, apesar do vento gelado. O céu estava estrelado e a lua cheia iluminava todo o ambiente. Nós dois estávamos em silencio, aquela situação era muito constrangedora, nunca pensei que estaria assim com Alberto.

– Então... – ele começou e ficou me olhando.

– Antes de mais nada eu queria te dizer que o que aconteceu na noite passada não vai mais se repetir.

Ele me olhou com os olhos arregalados.

– Calma, eu estou dizendo que fui patético em ser passivo daquele jeito e não digo no sexo, mas sim passivo a você. Nunca abaixei a cabeça e nem sequer fui comandado no sexo, mas eu acho que eu estava possuído por uma coisa...

– Estava possuído pelo tesão que sente por mim... – ele disse chegando perto e passando os braços em volta da minha cintura.

– Calma aí garanhão – eu disse me soltando. – A verdade é que eu estou muito confuso Alberto, não sei o que estou sentindo, Luan diz que eu estou apaixonado por você...

– Ele disse isso? Eu sempre gostei desse garoto.

– Mas as coisas ainda estão muito recentes.

– Eu entendo, você está falando do Alex...

– Sim, o que eu sentia por ele era muito forte e verdadeiro, não posso varrer tudo para debaixo do tapete assim. E ainda quero que o assassino vá parar atrás das grades.

– Nisso você pode ficar tranquilo, Lúcio e eu estamos cuidado para que isso aconteça. E se é o que você quer, nós vamos devagar, até porque eu faço tudo o que você quiser. Como pode ver eu estou de quatro por você.

Eu dei risada e soquei seu braço de leve.

– Posso te dar um beijo – ele diz chegando mais perto, na verdade aquilo nem foi uma pergunta, pareceu mais uma ordem, e como eu ainda sou dele não podia negar isso.

Alberto chegou perto de mim e me deu um beijo calmo que e logo se tornou agressivo. Ele me jogou contra a parede e colocou sua pernas no meio das minhas, suas mãos desciam e subiam na minha cintura e sua língua dançava em minha boca, novamente eu estava dominado por aquele homem, ele sabia mesmo como me deixar louco.

***

Luan estava deitado na cama olhando para o teto quando ouviu o barulho da maçaneta, ele se levantou correndo e colocou o ouvido na porta, do outro lado ele ouviu:

– Está fugindo de mim amor?

Luan se arrepiou todo quando ouviu a voz de Lúcio do outro lado da porta.

– E-Eu não estou fugindo de você....

– Então porque está com a porta trancada?

– P-Porque eu, eu gosto de privacidade.

Do outro lado da porta Lúcio deu um pequeno sorriso e pegou a chave no seu bolso colocando na porta e girando, quando terminou ele colocou o ouvido e pode ouvir a respiração acelerada do Luan que ainda estava com a orelha grudada a porta.

– Eu acho que ele já foi... – disse Luan se afastando.

Quando estava chegando na porta do banheiro Lúcio empurra a porta do quarto assustando Luan, o homem o pega pela cintura e o joga na cama ficando por cima dele, Luan estava tão chocado que não teve a capacidade de se defender do ataque do mais velho.

– pensou que ia escapar de mim?

– Por favor, me deixa.

– Porque tem medo de mim Luan, eu sou um homem muito bonzinho.

– Tu é um safado isso sim.

– Também – ele disse com um sorriso safado no rosto que deixou Luan todo mole. – Porque não admite logo que me quer.

– Porque eu não te quero.

– Nem quando eu faço isso? – ele beijou o pescoço do Luan. – Ou isso?

Perguntou mordendo a orelha dele, infelizmente Luan não conseguiu conter um gemido e se amaldiçoou por isso.

– Eu posso te levar as estrelas, porque não me dá uma chance de te mostrar o que um macho de verdade pode fazer?

Lúcio nem deixou Luan responder, ele beijou o garoto com agressividade e Luan gemeu com a investida do mais velho, não tinha mais nada que Luan podia fazer a guerra já tinha sido vencida pelo delegado gostosão.

***

Luiz e Alessandra Estavam a caminho do sitio que iriam ter uma confraternização com os amigos, a mulher como sempre estava reclamando do filho Marcos ser um vagabundo e do Alberto ter engravidado uma mulher tão fútil como Katrina – como se ela não fosse fútil.

O velho apenas estava dando risada das coisas que a mulher falava, ele adorava Katrina – Além de acha-la uma mulher muito atraente. Mas não tanto quanto adorou Evan, o menino novo do jeito que o velho gostava, mas ele tinha certeza que aconteci algo entre o seu filho mais velho e o garoto, por isso não foi adiante.

A hipocrisia do Sr. Augustin era enorme.

Se algum dos seus filhos fosse homossexual ele os jogariam para fora de casa, mas o velho não se achava gay, ele apenas gostava de curtir o que a vida lhe proporcionava.

Enquanto ele a mulher conversavam, eles chegaram em uma estrada escura e o carro acelerava cada vez mais.

– Vá mais devagar, você sabe que eu odeio viajar a noite.

– Tudo bem, me desculpa – disse o velho tirando om pé do acelerador para reduzir a velocidade, mas nada aconteceu.

– Eu já disse para ir mais devagar.

– Não está funcionando.

– Como assim?

– O freio, não está funcionando.

– Meu Deus – disse a mulher que nunca foi religiosa. – Faça alguma coisa.

– O que você quer que eu faça?

– Eu não sei...

– Não tem mais nada a ser feito.

O velho segurou na mão de sua esposa e esperou o seu fim.

Na curva o carro perdeu o controle e acabou por cair em um barranco, quando tocou ao chão explodiu espalhando destroço por todo o local.

Logo acima uma Ferrari preta parou e o homem todo de preto saiu de dentro do carro, pegou seu celular e discou para a Katrina que atendeu o telefone no primeiro toque.

– E então?

– Está feito. Agora vamos dar continuidade ao nosso plano.

– Perfeito. Só espero que o bilhete que você deixou não nos deixe problema.

– Você é patética, acha mesmo que eu me entregaria assim de bandeja? Precisa ser mais esperta Katrina.

Ele encerrou a ligação com um pequeno sorriso em seu rosto.

***

NA MANHA SEGUINTE.

Alberto estava sentado a mesa com Lúcio que estava com um enorme sorriso na cara.

– O que aconteceu na noite passada para você estar com esse enorme sorriso?

– Estou começando a domar o jardineiro.

– Fala serio?

– Claro, ele gemeu apenas com o meu beijo. Já está no papo.

Alberto deu risada e sentiu seu telefone vibrar em seu bolço, ele viu o nome do seu irmão escrito na tela e achou estranho já que ele nunca te ligava.

– Oi Marcos – disse ao atender.

– ...

– O que?

– ...

– Tudo bem, eu já estou indo para ai. Se acalme que eu estou chegando.

Ele desligou o telefone e ficou olhando para o nada.

– O que houve? – perguntou Lúcio assustado com a cara do amigo.

– Era meu irmão Marcos, estava chorando e disse que meus pais sofreram um acidente de carro ontem a noite.

– Minha nossa, e como eles estão?

– Mortos!

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CONTINUA.

Já sabemos que o nosso assassino se chama Marcos, mas qual dele é? Como puderam ver temos dois Marcos na nossa historia, o irmão do Augustin e o Sobrinho da Amanda, façam suas apostas meus queridos, quem será esse assassino sangue frio. Peço desculpa por não ter postado a semana passada, mas com a faculdade eu acabei ficando sem tempo, mas aqui estou eu. Espero que tenham gostado.