Amor, Eterno Amor - 78
Parte da série Amor, Eterno amor
Gente, hoje eu resolvi sair um pouquinho da rotina e coloquei um pouquinho de ação, comentem se vcs gostarem. Beijão.
-ooOoo-
MICHELANGELO
Eu estava esperando meu pai Marcelo, tínhamos marcado de nos encontrarmos aqui no café do centro. Eu estava revisando minha matéria de química, tinha tido prova e acho que não tinha ido muito bem.
Já estava para jogar o livro no meio da rua quando uma pessoa se senta na minha frente, quando levantei meus olhos eu vi que era o Marck, ele estava sorrindo pra mim e eu apenas o encarava, mas dei um pequeno sorriso por educação.
- Oi Michelangelo.
- Oi Marck, como vai?
- Eu estou muito bem e vc?
- Vou bem, obrigado. Em que posso te ajudar? - Eu perguntei fechando o meu livro.
- Michelangelo eu queria conversar com vc...
- Se for sobre o que fizemos com a Belle, nós já resolvemos tudo que tínhamos para resolver, eu mudei de escola e cada um ficou feliz em seu próprio espaço. - Disse olhando para os lados com medo do meu pai aparecer e ver o Marck ali.
- Não é sobre isso, vcs são adolescentes vcs que se entendem. Eu quero falar por não ter contado que eu era casado.
- Marck isso não é da minha conta, sua vida pessoal não é da minha conta.
- Mas Michelangelo eu preciso desabafar.
- Olha Marck...
O meu telefone começou a tocar, eu vi que era uma mensagem do meu pai falando "Filho, houve um pequeno problema aqui na empresa e vou ter que ficar.". Olhei para o meu celular e como não tinha perigo do meu pai ver ele ali eu resolvi lhe dar uma chance.
- Tudo bem, pode falar.
- Eu não quero conversar aqui pq minha mulher pode acabar me vendo com vc, poderíamos ir no shopping, o que acha?
Olhei no meu relógio e pensei em não ir, mas ele parecia que precisava muito conversar então eu lhe dei uma chance. Fomos para o seu carro e entramos, ele travou as portas e fomos em silêncio para o nosso destino. Percebi que estava demorando de mais para chegarmos no shopping e vi que ele estava saindo da cidade e aquilo me deu um arrepio.
Meu celular começou a tocar e vi que era o meu pai Marcelo, quando eu fui atender, o Marck pegou meu celular e jogou pela janela. Ele jogou meu celular pela janela, meu celular.
- Pq fez isso? - Eu perguntei assustado.
- Eu quero conversar com vc sem interrupções.
- Marck me leva de volta.
- Eu te amo Michelangelo. - Ele disse chorando - te amo desde da primeira vez que te vi. Eu vi que vc era a minha alma gêmea.
- Para esse carro. - Eu disse mais alto.
- Não, vamos ficar juntos, eu vou te levar para o Paraíso, e vamos ficar juntos para sempre.
Ele estava claramente transtornado, chorava compulsivamente e socava o volante toda hora.
Eu estava com medo, com vontade de chorar e tremendo muito, mas não daria o gosto de chorar na frente dele, eu tinha que ser forte, tinha que mostrar para ele que eu não tinha medo.
- Sabe, eu amei o seu pai o tempo todo, mas eu também amava o Christian. Diferente do Maurício o Christian era divertido, era bom de cama e sempre me fazia sorrir. Mas o Maurício ele me entendia, me amava, fazia de tudo por mim, ma ajudava e sempre dizia que amava, o tempo todo. Eu nunca iria me separar dele, eu só enganava o Christian. - Ele disse sorrindo e do nada ficou com o rosto sombrio e aquilo me deu mais medo ainda - mas seu pai me pegou na cama com ele, disse que tinha nojo e pena de mim e aquilo me matou de vez. Eu ainda tentei ficar com o Chris, mas ele era diferente. PORRA.
Ele deu mais um soco no volante e entrou em uma pequena estrada de terra, eu estava sentindo que eu não passaria daquela noite. Começou a chover e a estrada começou a ficar escorregadia e ele falou.
- Sabe, depois que seu pai terminou comigo as vozes começaram a me dizer o que fazer.
Ele disse sorrindo agora sim eu estava chorando.
- Q...Que vozes Marck? - Eu perguntei e minha voz falhou.
- Eles, eu escultava eles, me disseram para fazer o que eu fiz com o Maurício. Me disseram também para matar seu pai Marcelo, mas eu não consegui, ele era rápido de mais, nunca estava sozinho. Eu disse isso para a minha mãe e ela me internou, me mandou para a Inglaterra e me jogou numa casa de pessoas loucas. PESSOAS LOUCAS. Eu não sou louco, não sou. Mas ela não estava nem ai, me colocou lá e todo dia eu apanhava e ficava drogado. Jogado em um quarto escuro com uma camisa de força.
Ele disse fazendo uma cara de nojo.
- Então eu parei de ver, meus amigos e ouvir as vozes que me ajudavam.
- Como eram seus amigos?
- Eles tinham cabeça de bode e corpo de humanos. - Ele disse com um sorriso macabro e coçando a cabeça - usavam capas pretas.
Ele era realmente louco, não parecia aquele modelo que ele sempre foi, sorrindo, feliz, não parecia o cara que eu conheci no Brasil.
- Um cara me bateu lá no hospício, então eu matei ele. - Ele disse gargalhando - matei ele e coloquei a culpa no meu amigo.
Ele começou a chorar, já estava anoitecendo e continuava chovendo.
- As vozes querem que eu me vingue do seu pai, elas querem que eu te mate assim como matei o outro. Mas eu não quero matar, eu te amo.
- Não faz nada comigo. - Eu implorei.
- O meu pequeno, eu não vou fazer nada com vc. Apenas fazer amor, isso, amor é o que eu vou fazer com vc. Vou te amar. - Ele disse sorrindo e pulando no banco do carro.
Abriu o porta luvas e de lá de dentro tirou uma pistola, eu arregalei meus olhos e sinto um arrepio, senti que meu final estava próximo. Ele passou aquilo na minha cara, no meu pescoço e depois cheirou e lambeu.
Me olhou sorrindo e vi maldade nos seus olhos.
Ele riu e disse:
- Chegamos.
O lugar era horrível, parecia cenário de filme de terror, estava chovendo muito, relâmpagos iluminavam o local e deixava mais sinistro ainda. Marck saiu do carro e depois me tirou a força.
Ele me puxou pela camiseta e eu acabei caindo na lama e me sujando todo, ele me levantou e entramos na casa. O lugar estava escuro e cheirando a mofo. Ele acendeu a luz e vi que tinha apenas a sala, e o banheiro. Tinha um colchão do chão e estava cheio de baratas e outros animais.
Marck me jogou no coxão e começou a tirar a sua roupa, ele estava me olhando com um sorriso sádico e pulou em cima de mim. Começou a beijar o meu pescoço e eu não conseguia me mover, apenas gritava e pedia para ele parar.
Ele tentou tirar a minha camiseta e eu não deixei, então ele começou a torcer meu braço. Eu comecei a gritar, e gritar e ele disse:
- Vai se entregar pra mim?
- Nunca. - Eu disse e cuspi na sua cara.
Ele pegou meu braço e torceu com mais força e eu ouvi um estralo. Senti uma dor insuportável se alojar no meu braço, não consegui nem gritar, minha visão ficou turva e eu deixei ele fazer o que quiser comigo, estava quase perdendo os sentidos quando eu vi meu pai Marcelo arrancando o Marck de cima de mim e os dois começaram a sair na porrada e eu perdi meus sentidos.
***
MARCELO
Combinei de me encontrar com o Mick no centro da cidade para ir com ele cortar o cabelo e comprar algumas roupas. Só que eu acabei me atrasando, quando eu cheguei lá vi que Marck estava conversando com o meu filho e aquilo me deixou puto, os que esse cara queria?
Mandei uma mensagem para o Mick dizendo que eu não poderia ir só para ver até onde ia a cara de pau deles dois. E quando eu vi meu filho entrando no carro dele, aquilo me alarmou e eu resolvi seguir o carro. Mas o que eu achei mais estranho foi o fato dele ter saindo da cidade, tentei ligar para o Michelangelo e vi que o celular dele foi arremessado para fora do carro.
O pior de tudo foi que meu celular acabou a bateria e não consegui ligar para a policia. Segui o carro dele até chegar em uma pequena cabana, eu sai o mais rápido possível e ouvi o grito de terror do Michelangelo, quando entrei na cabana aquele filho da puta estava em cima dele meu menino que estava quase desmaiando.
Arranquei o Marck de cima dele e lhe dei um soco na cara, ele ficou meio assustado e dei um chute na barriga dele.
Ele caiu e eu fui ver o Michelangelo, vi que seu braço estava quebrado, o desgraçado além tentar estuprar o meu filho, sequestrar, ele ainda quebrou seu braço.
Senti uma dor forte na minha cabeça, e acabei caindo. Marck estava segurando uma arma e apontou pra mim, eu me levantei e fiquei de frente pra ele. Marck estava sorrindo, sua cara da assustadora, ele parecia que estava ouvindo alguém e disse:
- As vozes estão dizendo para eu te matar. - Ele disse sorrindo.
- Que vozes?
- Meus amigos. - Ele disse sussurrando.
- Vc acha que vai conseguir se safar dessa? Acha que vai sair impune?
- Sim, eu vou te matar e fugir com o Michelangelo. Vou prender ele na minha parede que nem Jesus Cristo. Isso mesmo. - Ele disse empolgado - aqui em baixo tem um porão e é lá que eu vou fazer isso. Vou pegar o Michelangelo e arrancar as suas pernas para ele não poder fugir. Vou prender seus braços na parede com pregos e ele sempre vai me receber de braços abertos.
- Seu doente.
Eu avancei nele, mas Marck me deu um tiro no ombro e eu cai de joelhos, ele ficou rindo e pulando que nem um louco.
Senti o meu braço queimar, a sensação era horrível, o sangue começou a escorrer, a dor era muita. Coloquei a mão no meu ombro e me encostei na parede.
Marck chegou perto de mim e apertou meu ombro e não pude deixar de gritar, a dor foi muita e ele continuou a dar risada. Ele foi no porão e voltou com uma corda, ele pegou as minhas mãos e amarrou.
Eu vi meu filho se levantando devagar e indo em direção ao Marck segurando seu braço. Marck estava muito concentrado no que estava fazendo e não viu o Mick. Ele pegou a arma e disse.
- Larga o meu pai.
***
MICHELANGELO
Quando eu acordei meu braço parece que ficou pior, eu tentei me levantar, mas não consegui. Então fiquei quieto vendo o Marck ir no porão e voltando combina corda. Quando eu vi que ele estava distraído, eu me levantei sem fazer barulho e peguei a sua arma que estava no chão e apontei para a sua cabeça e disse:
- Larga o meu pai.
Ele se levantou e ficou me olhando assustado e logo um sorriso nojento apareceu no seu rosto, ele me encarou e disse:
- Atira. Vai, mostra o quanto vc é homem, vamos ver se vc consegue atirar com um braço só.
Ele disse sorrindo e me olhando.
- Michelangelo, Michelangelo. Vc é fraco, não tem coragem de matar uma mosca, nunca vai ter coragem de me matar. Olha só paz vc, igualzinho ao seu pai, se faz de forte, mas na verdade não é nada.
- Vc tem razão, eu sou igual ao meu pai, e me orgulho muito disso. Sempre fiz de tudo para ser igual a eles e hoje eu sei que consegui.
Eu olho para o meu pai atrás dele e vi que ele estava com os olhos entre abertos e sua respiração estava fraca.
- Eu não tenho coragem de matar um mosca, mas as vezes eu tenho que fazer sacrifícios. Não vou te matar Marck, mas não custa tentar.
Eu mirei a arma nele e fechei meus olhos e apertei o gatilho, como a pressão foi muito forte, a minha mão desviou sozinha.
- Não Michelangelo. - Ouvi meu pai Marcelo.
Eu a abri meus olhos lentamente e vi que o Marck estava de pé sorrindo pra mim, meus olhos foi seguindo o seu corpo e vi que ele estava sangrando. O tiro pegou de raspão na sua barriga, ele foi caindo lentamente de joelhos com a mão na barriga e acabou desmaiando.
Eu segurei meu braço e fui correndo para o meu pai Marcelo. Deitei sua cabeça no meu colo e fiquei passando a mão nos seus cabelos. Seus fechavam e abriam lentamente e isso estava me deixando com medo.
- Não dorme, fica acordado por favor.
- Acho que estou por um fio Mick.
- Calma pai, é só um tiro no ombro, vai ficar tudo bem.
Ele deu um sorriso besta.
- O que foi? - Eu perguntei.
- Isso me lembra do dia em que o David morreu, estávamos assim como estamos agora. Só que quem estava no meu colo era ele.
- Só que a diferença é que ele morreu, e vc não vai morrer, eu te amo pai e preciso de ti aqui comigo.
Fiquei pensando como chamaria o resgate e me lembrei do seu celular.
- Onde está seu celular?
- Acabou a bateria.
- Isso só pode ser brincadeira.
Eu disse e me lembrei do celular do Marck, coloquei a cabeça do meu pai de vagar no chão e corri para ande estava a roupa dele e acabei achando. Seu celular estava carregado e não tinha senha, eu disquei o número da minha casa e meu pai atendeu com uma voz preocupada.
- Alô. - Só de ouvir a sua voz meus olhos se encheram de lagrimas.
- Pai.
- Michelangelo. - Eu ouvi varias pessoas falando em volta - calem as bocas. Onde que vc está?!
- Eu não sei.
- Como assim não sabe? - Ele perguntou com a voz falhando.
- O Marck... Ele me trouxe para um lugar distante da cidade, acho que umas 3 horas de viagem, ele é louco. - Eu disse chorando.
- E onde ele está? Seu pai está com vc?
- Vem me ajudar. Papai foi baleado.
- O que? Como assim seu pai foi baleado.
- Pai escuta o que vou te falar. Ele precisa de ajuda, o Marck acertou no ombro dele. Ele está perdendo muito sangue, vcs precisam ser rápidos.
- E onde está o Marck.
- Desacordado no chão, eu... - Decidi não contar para ele o que eu fiz, eu mesmo ainda estava meio que em estado de choque.
- Só vem rápido, eu quebrei meu braço está difícil de aguentar.
- Vou mandar rastrearem a ligação e encontrar o local exato de onde vcs estão. Por favor Michelangelo, cuida do seu pai pra mim e aguenta firme, já estamos chegando.
Eu desliguei o telefone e voltei pra perto do meu pai e sussurrei.
- O Resgate já está chegando.
Meus dentes estavam batendo um no outro, minha roupa estava molhada e meu braço estava doendo de mais. Em silencio eu comecei a chorar. Peguei a arma do Marck e a coloquei perto de mim. Aguentei o máximo que, mas acabei desmaiando novamente, mas antes pude ouvir um barulho de helicóptero.
Depois disso não ouvi mais nada.
***
Eu acordei em um quarto de hospital, meu braço estava engessado, mas estava doendo de mais. O dia estava nublado e um pouco frio. Ainda estava meio desnorteado, mas aos poucos as lembranças da noite passada veio como um filme na minha mente. Meu pai sangrando, Marck louco, as coisas que ele me disse.
Vi que estava sozinho no quarto e chamei a enfermeira por aqueles botões que tem ao lado das camas.
A porta do quarto se abriu e a enfermeira entrou junto com o medico. E juntos com eles entraram todos os meus amigos.
Eles correrarm até a cama e começaram a falar todos juntos de uma só vez. Eu apenas fiquei olhando para cada um deles até que o Dr. Disse:
- O que vcs estão fazendo aqui? Eu disse para todos ficarem lá fora enquanto eu examino e depois vcs poderiam entrar um por vez.
Eles ficaram olhando para o Dr. em silencio. E depois voltaram a falar de um só vez, o medico disse:
- Já chega, vou chamar a segurança.
Eles todos saíram correndo do quarto e ficou apenas o Dr. e a enfermeira.
Os dois começaram a me examinar e assinar em uma prancheta, me fizeram perguntas, me explicaram sobre o gesso e perguntaram se eu tinha alguma duvida.
- Como está meu pai?
- Ele está bem, apenas perdeu muito sangue, mas já um transplante e agora ele está tomando soro.
- E o Marck?
- A mesma coisa, só que a situação dele um pouco mais complicada.
- Eu gostaria de vê-lo.
- Não acho uma boa ideia...
- Eu só queria olhar nos olhos dele.
- Tudo bem. - Disse o Dr.
Ele me colocou em uma cadeira de rodas - o que eu achei desnecessário - e me levou até seu quarto.
Quando entramos, estava tudo escuro e eu pude ver que Marck estava amarrado. Ele falava sozinho.
- Vamos formar uma enorme família, eu vc e Michelangelo será nosso filho. Vou chegar em casa todas as noites e vc vai estar me esperando junto com ele. Vamos ser uma família feliz Maurício.
Ele nem percebeu nossa presença, continuou falando com a parede. Confesso que fiquei com pena dele, ele estava doente e acabou que não foi forte o suficiente para combater aquilo.
- Ele estava tão bem hoje a tarde.
- Ele teve um surto, ele já foi internado uma vez, mas fugiu. Sua doença é grave, ele já esculta coisas, mas quando surta, fica dessa maneira que ficou ontem.
- E o que vai ser dele?
- A mulher vai vir aqui falar comigo e com o psiquiatra, vamos ter que interna-lo novamente, só que com mais reforço.
- Entendi. O senhor pode me tirar daqui, não quero que ele me veja e muito menos quero que a mulher dele me veja.
- Como quiser.
Ele me levou para ver meu pai.
Quando entramos no quarto, meu pai Maurício estava dormindo de mãos dadas com o Celo. Os dois estavam igual a Noah e eu quando sai do coma. Meu pai Marcelo estava acordado e quando me viu seu rosto se iluminou.
Eu me levantei e lhe dei um abraço. Meu pai Maurício acordou e quando me viu me abraçou forte e só faltou me pegar no colo, ficamos conversando sobre o que tinha acontecido e consegui convence-los a não dar queixa do Marck, ele já estava sofrendo o bastante.
Depois eu voltei para o meu quarto e todos os meus amigos estavam me espera, foi aquela confusão novamente, todo mundo querendo falar juntos, cada um dizendo coisas nada diferentes, outros falando entre si e gritei:
- Calem as bocas. - Todos ficaram quietos e me olhando - obrigado.
- Nossa Michelangelo, vc tá que tá hein. - Disse Fawcett - vou te levar em uma benzedeira.
- Deve ser macumba da Belle. - Falou Thakira.
- Eu tinha pensado a mesma coisa. - Disse Jade.
- Vamos descer o pau nela. - Disse meu irmão.
- Vcs são doentes.
Eu disse sorrindo.
- Mick, conta tudo desde o começo.
Eu contei para eles os momentos de terror que eu vivi naquela cabana, o medo que eu tinha de perder meu pai, o medo que eu tinha dele me fazer mal. Todos estavam com os olhos arregalados, eu dizia desde do o momento em que ele me abordou no café até o momento em que eu lhe dei um tiro.
Eles ficaram em silencio, eu estava meio sem graça e eles perceberam, então começaram a falar coisas aleatórias. Depois de um tempo todos tiveram que ir embora e eu finalmente pude relaxar, mas eu senti falta de uma pessoa. Uma pessoa muito importante pra mim.
- Oi. - Disse Noah entrando no quarto.
Ele era a pessoa que eu tinha sentido falta, ele se aproximou de mim e começou a chorar, era a primeira vez que eu via ele chorando daquela maneira, nem quando eu acordei do coma. Ele se aproximou de mim e me abraçou tomando cuidado com o meu braço quebrado.
- Quando seu pai ligou pra mim, eu fiquei sem chão. Te procurei por todo lugar, e não te achei. - Ele disse fungando.
Eu achei muito fofo, deitei sua cabeça no meu ombro e disse baixinho.
- Te amo. - Beijei seu rosto.
- Não sei o que seria da minha vida sem vc. - Ele fungou mais uma vez.
- Então vai ficar sem saber, pq eu nunca, nunca, nunca vou te deixar.
- Te amo meu baixinho. - Ele disse dando um beijinho no meu nariz. E passei a mão no seu rosto.
Eu me aconcheguei nos seus braços e ficamos assim por um longo tempo.
***
- Vc me promete que vai falar comigo toda noite?
- Prometo.
- Promete que vai mandar cartões postais de tudo que vc conhecer.
- Prometo.
- Promete que não vai achar um irmão melhor que eu.
- Isso eu não posso prometer.
Eu comecei a dar tapas nele e ficou dando risada, nós demos um abraço apertado e ficamos assim por um bom tempo. Depois, ele foi falar com o Jason que já estava mais conformado, os dois ficaram por um bom tempo conversando e meu irmão limpou as lagrimas, os dois deram um ultimo beijo e meu irmão se despediu dos outros, ele deu mais uma olhada para nós e deu um pequeno sorriso e entrou na sala de embarque.
Abracei o Jason e fomos pra casa.
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Continua!
Faltam 09 capítulos para o final da serie.
Respostas aos comentários do capitulo 76.
ell - Fiquei muito feliz com o seu comentário. Adoro ler que meus leitores estão adorando o meu conto, vcs que me ajudam a continuar. Agradeço de Paixão. Beijão.
Ryan Benson - Eu fiquei assim também com o Sacha, eu queria encontrar um assim. Lindo e sensível. Amo ele de paixão. Beijão querido.