Amor, Eterno Amor - 76

Parte da série Amor, Eterno amor

Gente, aqui estou eu mais uma vez, eu quero agradecer os comentários de todos vcs, não vai dar para responde-los agora, mas prometo que vou responder todos no próximo capitulo. Beijão meus queridos.

-ooOoo-

DOMINIC

Estávamos deitado dentro de um pequeno barco que tinha perto do lago da minha casa, Jason passava as mãos no meu cabelo enquanto eu estava deitado com a cabeça em seu colo. Ele estava muito calado e não fez as brincadeiras que ele adorava fazer comigo quando estávamos juntos. Mas eu o entendia, estava sendo difícil pra ele quanto estava pra mim.

- Seu pai não pode considerar?

- A decisão dele já está tomada, a unica coisa que devemos fazer é aceitar.

- Tudo bem, então eu vou com vc.

- Vc não pode, tem uma vida aqui. Seus pais te mandaram pra cá com um proposito e eu quero que vc cumpra isso. Só espero que vc continue me amando e que nunca se esqueça de mim.

- Vc é o bem mais precioso de toda a minha vida, acha mesmo que um dia eu me esqueceria de vc?

- Não sou seu primeiro namorado, então...

- Mas é o primeiro que eu amo de verdade, e esse amor é tão forte que chega até doer aqui. - Ele disse apontando para o seu peito.

Eu apenas te dei um abraço e disse:

- Nunca me imaginei em uma situação assim. - Eu disse.

- Assim como?

- Sofrendo, ainda mais por um garoto. Sempre fui muito frio e não costumava demonstrar meus sentimentos, mas quando vc apareceu, cara vc deixou minha vida de cabeça pra baixo. Eu nunca gostei de homem e quando te vi eu me apaixonei pelo sorriso que não saia da minha cabeça. E quando vc me beijou, puta que pariu eu estava entregue a vc. - Eu disse e ele caiu na risada.

- Eu sabia que estávamos destinado a ficarmos juntos.

- Acredita em destinos?

- Desde que comecei a namorar vc sim. - Ele disse e me deu um beijo.

Me aconcheguei em seu peito e vi que ia chover, o dia começou lindo, mas de uma hora pra outra ficou nublado e com cara de que ia chover, ficamos olhando pra cima até que ele disse:

- Preciso te dar uma coisa.

- Presentes? - Eu perguntei animado.

- Sim. - Ele disse sorrindo e tirou uma caixinha do seu bolso - como já temos aliança, eu te comprei isso.

Ele tirou da caixinha um colar em formato de coração, tinha a letra jota e quando abriu tinha um foto de nós dois nos beijando. Eu dei um sorrisinho e ele disse:

- É para vc se lembrar de mim, quando estiver triste ou até mesmo feliz.

- É a coisa mais linda que alguém poderia me dar.

- Veja, eu tenho um também. Quero que fiquemos juntos pelo resto da nossa vida, então vamos fazer um pacto?

- Pacto?

- Sim, que nós nunca vamos nos esquecer e nem nos separarmos, quero formar uma família com vc, um quero me casar com vc e ter uma vida que nem a dos nossos pais.

Eu passei a mão no seu rosto e limpei as lagrimas que caim dos seus olhos, ele beijou a minha mão e eu disse:

- Eu também quero ter uma família com vc, vamos sim fazer esse pacto.

- Nada de sangue. - Ele disse sorrindo e limpou as suas lagrimas.

- Acho que podemos selar com um beijo. - Eu disse sorrindo e ele me beijou.

As gotas de chuva começou a cair sobre nós dois, eu me deitei em cima e ficamos sentido a água caindo no nossos corpos.

***

MICHELANGELO.

- Como sempre tomando decisões sem me consultar, eu sou o pai dele também Maurício.

- Mas parece mais uma criança, ontem quando eu pedi para vc me levar pra casa o que vc fez? Apenas me disse que estava conversando com seus amigos e bebendo cerveja.

- Mas eu estava me divertindo.

- Sabe o que é mais engraçado, ele está aceitando isso melhor que vc.

Eu estava escultando a discussões dos dois, não apenas eu, mas minha irmã também estava, ela me olhava com os olhos arregalados e eu apenas neguei com a minha cabeça. Respirei fundo e fui para o meu quarto, sentei na frente da janela e fiquei vendo a chuva cair na floreta lá fora.

Maddie se sentou ao meu lado e disse:

- Hoje o dia está meio tenso.

- Coloca tenso nisso.

- Eles dois nunca discutiram assim.

- Pois é, mas sempre tem uma primeira vez.

- Não gosto disso.

- Eles vão ficar bem louquinha, é apenas um desentendimento, logo menos vai passar.

***

DOMINIC

Eu estava correando dá chuva, mesmo estando ensopado a água estava muito gelada e isso estava começando a me incomodar e doer meus lindos ossos. Quando entrei em casa eu vi que meus pais estavam discutindo.

- Eu estou cansado de vc tomar decisões sozinho nessa casa Maurício.

- Então tome suas próprias decisões, eu só estou tentando fazer o melhor para o meu filho.

- Gente pelo o amor de Deus, o que está acontecendo aqui? - Eu perguntei e os dois me olharam assustado.

Pedi para o Jason ir ao meu quarto e ele subiu correndo para tomar um banho.

- Eu não acredito que vcs estão brigando por minha causa.

- Dominic por favor. - Disse meu Pai Marcelo.

- Por favor digo eu, o amor de vcs dois é tão bonito e agora vão ficar brigando por minha causa? Pelo o amor de Deus, eu fiz besteira e agora estou recebendo minha punição, eu não vou morrer por isso. Pai Marcelo, eu sei que vc não quer que eu vá, mas eu acho que isso vai ser bom pra mim, eu preciso mesmo relaxar e esfriar a cabeça e vc Maurício, eu sei que quer o melhor pra mim, mas não precisam discutir. Vcs tem opiniões diferentes, sentem-se e conversem, não ficam brigando. Que coisa feia.

Eu disse subindo as escadas e indo para o meu quarto, mas antes eles disseram.

- Pra onde vc acha que vai? - Perguntou Marcelo.

- Pro meu quarto. - Eu disse apontando pra cima.

- Nem ferrando, vc vai tomar banho aqui em baixo.

- Exatamente, não quero o meu filho fornicando dentro da minha própria casa. - Disse meu pai Marcelo.

- Pelo menos os dois concordam em alguma coisa. - Eu disse entrando no banheiro.

***

MICHELANGELO.

Hoje iriamos começar na escola nova, eu não estava muito nervoso pelo fato de ter meus amigos junto comigo, mas mesmo assim dava aquele friozinho na barriga. Eu estava tomando meu café da manha quando Christopher entrou de fininho e me deu uma fungada no pescoço.

AQUILO ME ARREPIOU DOS PÉS A CABEÇA.

Eu me levantei correndo e me afastei dele o mais rápido possível. Meu coração estava batendo muito forte e minhas pernas ficaram mole. Pronto o que é isso agora? Eu nunca fiquei assim por ninguém a não ser o Noah, e isso me deixou alarmado.

- Eu não quero mais que vc faça isso.

- Parece que vc gostou.

- Eu fiquei assustado.

- Que tal eu te deixar mais assustado. - Ele veio correndo pra cima de mim, mas eu desvie e corri para o outro lado da mesa.

- Fica longe de mim, eu não estou com brincadeira, se vc fizer isso novamente eu vou dizer aos meus pais e eles serão obrigados a demitir sua mãe.

Quando eu disse isso seu sorriso sumiu e ele se recompôs e disse:

- Tudo bem, eu não chego mais perto de vc, mas minha mãe precisa desse emprego então por favor não diga nada.

Ele saiu o mais rápido dali.

Quando eu olhei para o lado meu irmão estava me olhando com os olhos arregalados, ele se aproximou de mim e perguntou:

- O que foi isso?

- É o que eu tenho que sofrer com o filho da empregada.

- Acho que agora ele não vai mais te incomodar, vc pisou no calo dele.

- E me sinto mal por ter feito isso, mas ele me deixou de pernas bambas.

- Toma cuidado com essas pernas bambas.

Eu dei um soco no braço do meu irmão e me sentei na cadeira para continuar tomando meu café da manha.

- Como é que nós vamos para a escola?

- Eu não sei, estava pensando nisso.

- Vcs vão comigo.

Nós ouvimos e olhamos.

Eu não acreditei quando eu vi, era o Walter ele finalmente estava de volta. Eu levantei correndo e lhe dei um abraço apertado, meu irmão fez a mesma coisa.

- Como vc está? - Eu perguntei.

- Eu estou bem, melhorei bastante esses meses que fiquei fora.

- Ainda bem que está de volta Walter, estávamos com saudades de vc. - Disse meu irmão.

- Soube que vão começar em uma nova escola hoje.

- Pois é, coisas estranhas aconteceram nesses meses que vc estava fora. - Eu disse sorrindo.

Terminamos de tomar nosso café e fomos para a escola nova.

***

Quando chegamos vimos que era totalmente diferente da escola que estudávamos, descemos do carro e algumas pessoas ficaram nos olhando. Tinha vários grupinhos, mas o mais o interessante era que tinham vários casais gays tanto homens quanto mulheres e ninguém olhava torto que nem no Abraham, aqui eles estavam mais preocupados com suas próprias vidas.

- Isso não é legal. - Disse Dominic.

- O que?

- Chegar em uma escola no final do ano.

- Mas não poderíamos ficar até o ano que vem sem escola.

- Isso é verdade.

Ouvi alguém me chamando e olhamos e vimos que era Fawceet e ela estava de cara feia. Como sempre minha amiga estava divando no salto alto, uma calça jeans preta e uma jaqueta vermelha, seus cabelos loiros estavam escovados e preso em uma rabo de cavalo.

- Eu odeio isso. - Ela disse me dando um beijo.

- O que vc odeia?

- Chegar em escola nova e todo mundo ficar me olhando, só espero que não tenha Belles da vida aqui também.

Thakira vinha correndo em nossa direção, ele estava vestido com uma calça branca, e um blazer cinza, estava muito bonito como de costume. Ele deu um beijo na Fawcett e esperamos nossos outros amigos que não demoraram muito.

Depois que todos já estávamos juntos, principalmente meu lindo namorado nós entramos na escola e vimos que estávamos em salas separadas, na verdade eu estava com o Thakira, meu namorado com o Jason, meu irmão com o Justin e Fawcett com Jade. Estava tudo perfeito.

Quando entramos na sala todos nos olharam.

- Modo vergonha ativado. - Disse Thakira.

Eu olhei pra ele e dei risada.

Nós nos sentamos no fundo e ficamos em silencio esperando a professora ou o professor, quando um menino (lindo de mais), ele era alto, bem branco, estava usando uma toca, mas dava pra ver que ele era ruivo. Ele estava usando um suéter, mas ele tinha uns músculos definidos, mas não chegava a ser que nem o Brandon ou o Noah.

- Vc é lindo. - Ele disse para o Thakira que arregalou os olhos - parece um manga e da vontade de apertar.

Thakira ficou vermelho que nem um pimentão, as outras pessoas que estavam na sala começaram a dar risada e eu tive que me segurar muito para não gargalhar também.

- Prazer, eu me chamo Sacha. - Ele disse estendendo a mão para o Thakira que ainda estava meio que com vergonha.

- Prazer Sacha, me chamo Michelangelo e ele é o Thakira. - Eu disse apertando a sua mão.

- Bem vindo a nossa escola, espero que aqui vc faça muitos amigos. - Ele disse sorrindo pra mim e disse para o Thakira - vc é muito lindo, eu espero que sejamos amigos.

Nisso ele passou a mão no rosto do Thakira e foi para o seu lugar.

Thakira me olhou com os olhos arregalados e ficamos em silencio até que ele disse:

- Eu espero que vc não conte nada para a minha namorada.

- Se até o final do ano vc não largar ela pra ficar com o Sacha.

- Isso não vai acontecer, vc me entendeu?

- Sim senhor manga, não está mais aqui quem falou.

Ele deu um soco no meu braço e olhou de rabo de olho para o Sacha que estava sustentando sua cabeça em suas mãos e olhava para o Thakira com um sorrisinho bobo na cara.

***

Já estávamos em casa, meus pais não paravam de perguntar como foi a escola nova e como o meu irmão se comportou, eu falei sobre o Sacha que deu em cima do Thakira e meu pai Marcelo falou:

- Isso é triste, o menino é claramente gay e fica se escondendo no armário.

- Pai, ele não é gay, apenas é muito sensível.

- Sensível até de mais, mas isso não é da minha conta, eu vou voltar para o escritório que eu ganho mais.

- Nisso vc tem razão e eu vou com vc.

Os dois saíram de casa e eu fui para o meu quarto.

Me troquei e me sentei na minha cama e peguei o diário do David que estava de baixo do colchão. A porta do meu quarto abriu e meus irmãos entraram no quarto e se sentaram ao meu lado.

- Vamos começar a leitura de hoje?

- Começa logo.

***

SÃO PAULO.

O dia hoje me pegou de surpresa, aconteceu algumas coisas estranhas e isso meio que me deixou perturbado, foi assim...

*

Eu ainda estava meio que triste com a ida do Juca, meu irmão percebeu que eu estava triste e me perguntou o que tinha acontecido e a unica coisa que eu disse foi:

- Coração partido.

Ele me olhou e colocou sua mão por cima da minha. Eu apenas dei um sorriso para ele e voltei a tomar o meu café. Meu pai como sempre se sentou a mesa e começou a ler o seu jornal, minha mãe estava trabalhando e o meu irmão e eu estávamos prontos para ir a escola. Dei tchau para o meu pai e fomos.

Quando eu estava chegando fui abordado pelo Marcelo e pelo Antonio ao mesmo tempo, os dois ficaram se encarando e disseram juntos.

- Onde vc estava? Te liguei a tarde toda. - Eu olhei para os dois e fiquei calado.

- Cara vc nem fala direito com ele, e outra deixa ele em paz. - Disse Tony.

- Cala a sua boca, pq eu nem falei com vc.

- Cara fica longe dele, ele nem gosta de vc.

- Ou é vc que não gosta? Perguntou Marcelo de cara feia.

- Vai se foder.

- Entendi, está com medo de eu pegar a sua ex? Mas não fica com medo não, eu vou mesmo namorar com ela.

- E eu vou quebrar essa sua cara.

Quando ele ia pra cima do Marcelo eu entrei na frente dos dois.

- Por favor, pode parar com essa palhaçada. Eu não estou em um dia bom, então não vou ficar escultando vcs discutindo. - Eu disse entrando na escola e vi a Luana falando com o meu irmão.

Eles estavam sorrindo, era bom ver meu irmão bem novamente, sem estar pesando naquela menina. Eu me aproximei dos dois e Luana ainda rindo disse.

- David seu irmão me mata de rir. - Ela disse passando a mão no meu ombro.

- Seu ex-namorado também, ele está lá fora quase se atracando com o Marcelo.

- Eu quero que os dois fiquem longe de mim. Principalmente o Marcelo, aquele galinha.

- Tudo bem.

- Agora vem Math, temos que conversar mais, vc me mata de rir.

Ele dois foram para a sala e eu fui para a cantina comprar uma garrafa de água, quando eu estava indo pra sala, Marcelo me para e pede para eu ir ao vestiário com ele, eu fui meio que forçado, mas já que ele tinha me pedido...

- Eu tenho um plano. - Ele disse sorrindo.

- Que plano. - Eu disse me segurando nas paredes já que o chão estava escorregadio.

- Hoje quando chegarmos da escola vc vai levar a Luana na sua casa e ajudar ela em uma matéria.

- Na verdade quem vai ajudar a Luana é meu irmão.

- Tanto faz, eu vou lá com a desculpa de te ajudar com a lição de historia, quando a Luana me vir eu vou fazer de tudo para ela se apaixonar por mim e vamos ser felizes.

- Perfeito, só espero que não sobre pra mim, eu sou uma pessoa muito boa para morrer assim.

- Seu dramático, só não leva aquela sua amiga fura olho.

- Larissa não é fura olho. Ela... - Eu realmente não sabia o que falar - Agora vamos para a sala de aula pq eu não quero me atrasar.

Quando eu disse isso eu acabei escorregando e caindo, mas antes eu segurei no Marcelo que acabou caindo por cima de mim, ele ficou me olhando com aqueles olhos verdes penetrantes, sua boca rosada estava bem perto da minha e seu halito de menta batia no meu rosto.

Por um momento eu fiquei paralisado, ele era tão lindo, tão perfeito.

Ele foi aproximando de mim, quando eu pensei que ia dar merda, alguém abre a porta do vestiário e nós dois levamos um susto. Eu tirei Marcelo de sima de mim e me levantei.

- Atrapalho alguma coisa? - Pergunta um amigo do Marcelo.

- Não, vc não atrapalha nada. Eu tenho que ir para a sala de aula se não vou levar bomba em ciências.

- É português.

- Tanto faz.

- Espera. - Era o amigo do Marcelo - eu estava te procurando, preciso de ajuda em geografia.

- Vc é um mal caráter, seus amigos são todos assim, só me procuram quando precisam de ajuda.

- Vai ajudar ou não?

- Amanha depois da aula pode ser?

- Vc é de mais.

Ele saiu correndo e ficamos apenas Marcelo e eu, eu acenei com a cabeça a sai correndo.

*

Eu estava em casa fazendo comida.

Na verdade eu estava tentando fazer macarrão, eu sou muito ruim na cozinha, eu estava terminando de colocar o molho e meu gordinho entra na cozinha e se senta na mesa, fica me olhando e solta um sorriso besta.

- Está bem?

- Muito.

- Se eu não te conhece diria que vc está apaixonado.

- Que nada, é que a Luana é muito engraçada.

- A Luana.

- Não é nada disso que vc está pensando.

- Espero mesmo que não.

Eu disse voltando a mexer na panela.

Eu espero mesmo que meu irmão não esteja apaixonado pela Luana, pq eu vou ficar com muito remorso de juntar o Marcelo com ela e ainda tinha a Larissa que eu tinha que ajudar a namorar o Tony e só eu fiquei pra titia, mas fazer o que, assim era a vida.

A campainha de casa tocou e meu irmão foi correndo atender, era a Luana, ela entrou já sorrindo e assim qeu fecharam a porta a campainha tocou de novo, quando meu irmão abriu deu de cara com o Marcelo sorrindo que nem um idiota, e aquele sorriso me trouxe uma sensação esquisita.

- O que vc está fazendo aqui? - Perguntou Luana.

- Calma ai gata, eu estou te ajudando o Marcelo com a lição de historia e vc? O que está fazendo aqui?

- Não é da sua conta.

Ela foi para a cozinha e Marcelo fez joinha pra mim.

A campainha tocou novamente e eu fui ver quem era e dei de cara com o Tony, ele entrou sorrindo e foi para a cozinha, sem ao menos me pedir licença, quando chegou lá ele gritou:

- Que merda é essa?

Eu respirei fundo e fui para o meu quarto, me sentei na minha cama e comecei a fazer minhas lições de casa, meu irmão entrou no meu quarto de cara feia e se sentou ao meu lado, eu olhei pra ele falei:

- Que cara é essa gordinho?

- Aquele Marcelo é um folgado, acredita que ele ficou alisando a Luana na minha frente... Quer dizer, na frente do Antonio.

- Está acontecendo alguma coisa que não quer me contar?

- Não, eu só acho que... - Ouvimos um barulho de prato quebrando lá em baixo.

- OS PRATOS DA MAMÃE.

Nós corremos escada baixo e quando chegamos na cozinha eu levei uma macarronada na cara. Tony e Marcelo estavam todos sujos de molhos, Luana estava com um pedaço de almondega colada na testa, ela estava me olhando com os olhos soltando lava.

Eu tirei o resto do macarrão da minha cara e disse:

- Eu quero que vcs dois saiam da minha casa, mas antes eu quero que limpem tudo aqui antes da minha mãe chegar.

Eu subi as escadas correndo e fui para o banheiro, tirei a minha camiseta e comecei a passar a toalha na minha minha cara e a porta do banheiro se abriu e fechou, eu tirei a toalha da cara e vi que era o Marcelo, ele estava me olhando e disse:

- Por chamou aquele cara?

- Eu não chamei aquele cara, ele é o meu amigo e costuma vir aqui na minha casa, sera que vc pode sair?

- Vc me mandou ir em embora, mas eu não vou sair, disse que ia te ajudar em historia e vou, mas antes eu preciso me limpar.

- Tem um banheiro lá em baixo. E para de olhar pra mim.

- Vc é gostosinho.

- Idiota.

Quando eu ia sair, o Marcelo passou o braço de brincadeira na minha cintura e me puxou para o seu corpo. Ele parou de rir e novamente ficou olhando nos meus olhos, eu encostei minha mão no seu peito e tentei empurrar, mas Marcelo não saiu, ele passou seu nariz pelo meu rosto e aspirou, aquilo me deixou arrepiado.

- Para com isso. - Eu disse empurrando ele.

- Calma.

- Eu não sou igual a vc, para de ficar com essas brincadeiras idiotas.

Eu sai do banheiro e entrei no meu quarto, para tirar aquela historia da minha cabeça, eu resolvi prestar atenção nos meus estudos e passei a tarde toda de cara nos livros tentando saber o que é fotossíntese.

***

E aqui estou eu, escrevendo sobre esses incidentes com o Marcelo, eu não posso deixar ele se aproximar de mais, eu tenho medo dele acaber fazendo o que não deve e espalhar para a escola inteira que acabou pegando o idiota aqui, e chegar ao ouvido dos meus pais, sera que ele teria coragem de fazer isso?

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Continua!

Faltam 11 capítulos para o final da serie.