Amor, Eterno Amor - 74

Parte da série Amor, Eterno amor

Demorei pra cacete, mas eu estou aqui. Sei que alguns querem me bater, mas espero que me perdoem.

Espero que gostem desse, vamos saber mais sobre o nosso querido David.

hugo - Oi meu querido, fico muito feliz que vc esteja gostando. Mas fica calmo que ainda vai ter mais uma temporada, mas vai demorar hein kkkk. E o Dominic vai conseguir sair dessa, ele vai tentar mudar, eu acho kkkk. Beijão.

ell - Oi coração, fico feliz que tenha gostado. O Dom tem que dar um jeito de não ir para a Suíça, Maurício deu a sentença, vamos ver se nosso loirinho vai dar um jeito de mudar, pe se não já sabe kkkk. Mas é claro que o irmão vai ajudar, se não ele não seria o Mick kkk. Beijão.

Ryan Benson - Tudo depende do Dominic, mas acho que ele vai sim receber um empurrão dos seus amigos e principalmente do seu irmão kkkk. E sobre o outro conto, quem sabe eu escrevo também sobre terror, mas vamos ver ainda kkk. Beijão.

-ooOoo-

São Paulo.

Dia de um ano qualquer.

Eu não me prendo muito em datas, mas vamos lá.

Ganhei esse diário do Tony, ele me disse que eu sou um pouco disperso, então me deu esse diário para eu ficar mais um pouco focado, como se isso fosse me ajudar.

Hoje o dia foi bom e ruim, eu ainda estou meio que em choque com tudo o que aconteceu, meu coração está em pedaços e não sei como agir. Tudo começou assim...

***

Eu estava caminhando, minha mãe disse que era bom para eu tirar essas dores que eu ando sentindo por não fazer nada, meu irmão estava do meu lado, no caso dele, ele precisava andar para perder uns quilinhos, pois é, Matheus era um pouco acima do peso, mas eu não podia juga-lo, assim como eu, ele não fazia exercício nenhum, a única diferença é que eu comia de menos e ele comia de mais.

Sou uma pessoa bem calma, gosto de ficar na minha e não arrumar confusão, mas quando o assunto são os meus amigos ai a coisa muda de figura. Antonio e Larissa eram as coisas mais preciosas pra mim, assim como o Matheus.

Eles são os únicos que sabem da minha sexualidade, isso mesmo, sou gay e ainda estou no armário, mas o que eu posso fazer? Tenho dois pais preconceituosos. Minha mãe enfermeira e quase nunca está em casa, já o meu pai é vendedor e pastor, acho que é por isso que ele tem tolerância com esse tipo de coisa. Sou baixinho, branquinho e muito emo kkkk, adoro ouvir músicas góticas e tenho uma queda por instrumentos de musicas, sei tocar piano, fiz aula quando mais novo, suei a camisa, mas agora eu sei que valeu a pena.

Tenho 14 anos Matheus é meu irmão gêmeo, claro que não temos nada a ver, nossas diferenças são enormes, acho que a única coisa que temos em comum é altura e nossos olhos que são da mesma cor.

- Não aguento mais essa vida. - Ele disse andando e de cabeça baixa.

- O que foi gordinho? Aconteceu alguma coisa? - Eu perguntei passando a mãe na sua cabeça.

- Vc sabe que eu choro atoa, estou apaixonado por uma menina que nem liga para a minha existência e tenho que lidar com o Marcelo e o time de futebol zoando comigo no vestiário. - Ele disse limpando as suas lagrimas.

- Oh gordinho, não fica assim, eu vou falar com ele e vou... - Ele me interrompeu.

- Promete que não vai falar, pra ninguém, promete de coração?

- Tudo bem Matheus, mas saiba que se eu ver ele te zoando de novo, eu vou tirar satisfação.

- Ta legal.

Ele disse e entrou na escola, eu me sentia responsável pelo Math, ele tinha sérios problemas de autoestima e isso o deixava meio que com medo de tudo, eu não tinha força para brigar com os meninos, mas quando se tratava dele, eu sempre dava uma de machão.

- Problema com os valentões? - Perguntou Tony, ele parou ao meu lado e ficamos olhando ele se afastar.

- Existe pessoas cruéis nesse mundo Antonio, pessoas que adoram ver as outras sofrerem e não estão nem ai para o sentimento delas.

- Bem vinda ao mundo real.

- E vc? Parece que está triste, aconteceu alguma coisa?

- Eu acho que vou virar gay. - Quando ele disse isso eu não aguentei e cai na risada.

- O que foi agora?

- Cara não aguento mais a Luana, ela vive com ciúmes da Larissa, acho que ela está arrumando motivo para terminar.

- Ou está procurando um jeito de salvar o relacionamento de vcs. - Eu disse.

- Pq? A Larissa e eu somos apenas amigos, não vejo motivo pra tanto grilo.

- Vc é amigo da Larissa a mais tempo que eu, então é fato que vcs dois são mais juntados, então isso meio que fica estranho. Na minha casa mesmo, minha mãe acha que vcs dois são um casal e na minha opinião, eu acho que os dois ficaram lindos juntos.

- Só que não! - Ele disse e entrou na escola.

Eu dei risada e fui atrás dele, mas antes de entrar eu vi o Juca, um menino que eu sempre gostei, ele estava conversando com os seus amigos e quando me viu abriu aquele sorriso lindo que só ele sabe fazer. Eu acenei com a cabeça fui para a minha sala.

Quando eu entrei na sala de aula eu vi que os meninos estavam rindo de alguém e aquilo cortou o meu coração, eu cheguei mais perto e vi que a piada da vez era o meu irmão, de novo.

Eles estavam zoando com ele pq o Math deixou uma foto da Paty, uma menina que ele gosta, no caderno e essa foto acabou caindo.

- O que está acontecendo aqui?

- Chegou o irmãozinho defensor. - Disse um idiota.

- Diz pra mim, como é ter um irmão froxo desse?

- Do mesmo jeito que sua mãe atura um filho insuportável como vc. - Eu disse para o Marcelo e todos caíram na risada.

- Vc não fala da minha mãe.

- Então não meche com alguém da minha família, meu irmão é a coisa mais importante pra mim e eu não admito o jeito que vcs tratem ele.

Marcelo me olhou mais uma vez e saiu fora com os seus amigos, Math estava de cabeça baixa e disse:

- Vc precisava ver a cara com que ela me olhou quando viu sua foto no meu caderno.

- Ela não te merece, um dia vc vai encontrar alguém que te ame e te aceite do jeitinho que vc é, não fique assim.

Eu disse passando a mão na sua cabeça.

- Tenho orgulho de ter um irmão como vc David, papai e mamãe também.

- Vamos ver se eles vão sentir orgulho de mim quando descobrirem sobre a minha sexualidade.

- Não fala assim, vamos mudar de assunto. Vamos falar sobre aqueles dois.

Ele disse apontando para a Larissa e o Antonio que estavam sentados nas carteiras da frente, ela falava coisas no ouvido dele e ele gargalhava como um idiota.

Ela disse mais uma coisa e bem na hora a Luana entra na sala, ela fica olhando os dois que nem percebem a presença dela. Ela passou por eles sem dizer nada e se sentou ao meu lado.

- Oi Lu.

- Oi David, oi Math.

- Oi Luana. - Disse meu irmão olhando para ela.

- Está tudo bem?

- Não, não esta tudo bem, eu acho que o meu relacionamento já está quase no fim.

- Não fala assim Lu, o Tony te ama como ninguém.

- Mas ele gosta mais da Larissa, olha para eles David, nem perceberam a minha presença. Eu já cheguei no meu limite, cansei de ficar chorando por ele, de ficar brigando pedindo um pouco de atenção. Eu o amo, mas eu me amo mais.

- É por isso que eu evito ao máximo namorar alguém, somos muito jovens, não temos nossa cabeça no lugar ainda, pensamos com imaturidade e e acaba dando nisso. Temos apenas 14 anos, vamos aproveitar a vida, temos muito o que aprender ainda.

- Vc tem razão, vou focar nos meus estudos, estou caindo muito nas matérias e isso não pode acontecer.

- Verdade, soube que está com problemas em ciências, acho que posso de ajudar. - Disse meu irmão.

- Seria a melhor coisa que vc poderia fazer por mim Math.

- Então combinado, passa na minha casa depois da escola que eu vou te ajudar com essa matéria maldita. Aproveito e ajudo vc também. - Disse apontando para mim que não manjava nada de ciências.

- Que carinha é essa Theu?

- Coração partido.

- Então somos dois. - Ela disse deitando a cabeça no ombro dele.

- Não esqueça que vcs dois ainda estão namorando. - Eu disse para Luana.

- Mas nem precisamos de um rompimento formal.

- Uma coisa eu sei, não vou me meter que é melhor pra todo mundo.

- Isso eu concordo.

Quando ela disse isso o Tony deu uma risada Super alta - que eu achei um exagero - e ficou com vergonha, quando olhou pra trás viu que Luana estava olhando para eles, Larissa ficou Super sem graça e os dois resolveram se juntar a nós.

- Oi amor.

- Precisamos conversar. - Ela disse com um tom firme.

- Olha Luana, eu não estou afim de brigas, depois a gente conversa.

- Não, eu não vou brigar, só quero dizer que essa relação não está dando certo, eu acho que vc e eu estamos em níveis diferentes e também somos muito novos.

- Ela precisava fazer isso aqui? - Perguntou meu irmão me olhando com os olhos arregalados.

- Não, não precisava.

- Como é que é? - Ele perguntou se levantando.

- Isso mesmo, somos diferentes. Eu sabia que essa relação já não tinha mais cabimento.

- Tudo isso é ciúmes? Para de ser criança Luana. Que saber, se vc não tem a capacidade de confiar em mim, eu que não quero namorar mais com alguém como vc.

- Por isso que eu não namoro agora, adolescentes tem sérios problemas. - Eu disse no ouvido do meu irmão.

- Eu que o diga.

- Meu Deus que vergonha. - Disse Larissa.

- Ele está livre para ficar com vc. - Eu disse para ela.

- Nem brinca com isso.

- Gente vamos parar com isso. Antonio, ela não te quer mais, aceite e respeite e vc Luana, quando eu disse para conversar com ele não era para conversar aqui. - Eu disse bravo.

Ela deu de ombros e abriu seu caderno, a professora chegou na sala de aula e nós começamos a fazer nossas lições.

Depois de um bom tempo eu ouvi o sinal do fim da terceira aula, estávamos todos sem silêncio e fui com o meu irmão para longe deles, eles tinham que conversar. Quando eu estava passando por um grupo de alunos eu vi o Marcelo sentado com uma carinha triste, sei que não devia ter falado da mãe dele, então resolvi me desculpar.

- Math vai pegar o lanche que eu tenho que falar com uma pessoa.

- Tudo bem.

Ele foi e eu fui falar com o Marcelo, ele estava segurando uma foto na mão e eu vi que era uma mulher segurando um bebê.

- Marcelo.

- Agora não David, eu não quero falar com vc.

- Mas eu preciso falar com vc. Quero me desculpar por dizer aquelas coisas da sua mãe, sei que vc sente muita falta dela e eu não tinha o direito de dizer aquilo.

- Tudo bem, eu acho que vc tem razão, não sou a melhor pessoa do mundo.

- Mas não é a pior, é apenas um adolescente desviado, assim como a maioria dos outros.

Ele deu risada e disse:

- Pena que vc é hétero, se não eu te pegava. - Ele disse bagunçando meu cabelo.

- Ainda bem que eu sou hétero, imagine eu aguentando esse seu bafo de onça. - Disse dando um soco no seu braço.

- Aquela sua amiga é bem bonita, será que ela sairia comigo?

- Cara vc muda de interesse rápido, nunca vou entender esses bissexuais kkkkk. Mas se vc estiver falando da Luana, aproveita que ela está solteira, só não sei se ela vai te querer, conhece sua fama de galinha.

- Eu dou um jeito. Vlw David, vc é uma cara legal, e pode deixar que eu vou pedir desculpa para o Matheus.

- Chega devagar, ele pode pensar que vc vai bater nele. - E era verdade.

- Blz. - Ele disse sorrindo e foi correndo falar com a Luana l.

Eu me levantei e fui para a cantina da escola comprar meu lanche, mas acabei esbarrando em alguém, ele ou ela estava segurando um copo de suco de manga e acabou derrubando na minha cabeça (eu acabei caindo no chão), quando eu olhei pra cima eu vi que o Juca estava com os olhos arregalados e com a face assustada, as pessoas que estavam por perto se mataram de dar risada. Juca me levantou e me levou ao banheiro.

- Desculpa David, eu não queria...

- Kkkkkkkkkkkkkkkkk. - Eu não aguentei e comecei a dar risada da situação.

Ele ficou me olhando com uma carinha de confuso e começou a dar risada em seguida.

- Vc é louquinho, me desculpa mesmo, vc agora está cheirando a manga.

- Não é o meu perfume favorito, mas eu gosto desse cheiro.

- Eu também. - Ele ficou me olhando e disse - eu queria que vc fosse comigo a um lugar especial hoje, vc topa?

- Claro.

- Tudo bem então, na hora da saída vc me espera que nós vamos direto. - Ele disse empolgado.

- Tudo bem. - Eu disse sorrindo.

- Agora deixa eu te ajudar pq o bagulho está serio.

Ele disse passando o papel molhado na minha cara e no meu cabelo. Depois que eu sai do banheiro eu fui surpreendido pelo Marcelo que estava com uma cara feia.

- Depois a gente conversa. - Disse Juca saindo.

Eu acenei com a cabeça, olhei para o Marcelo e ele estava me olhando estranho.

- O que?

- O que? Sabe o que a sua amiga me disse? Que eu não valho o chão que eu piso, que eu sou um cara sem alma e sem coração e que eu nunca, nunca, NUNCA teria uma chance com ela.

Eu dei risada, na verdade eu comecei a gargalhar. Luana estava um pouco triste por ter terminado seu namoro com o Antonio, e eu acho que ela descontou toda sua raiva no coitado do Marcelo.

- Tem mais, o namorado dela ainda deu uma de louco e começou a gritar comigo pelo fato de eu ter dado em cima dela na frente dele, mas vc me disse que ela tinha dado o pé na bunda dele.

- E deu mesmo.

Ele estava mexendo seu pé em uma velocidade anormal, eu fazia a mesma coisa quando estava com raiva, então do nada Marcelo parou e ficou me olhando e deu um sorriso e enorme.

- Que foi?

- Vc vai me ajudar a conquistar-lá.

- Por favor me de uma missão possível de ser feita.

- Vc não adora aventura? Então, vai me ajudar a conquistar a Luana e seremos felizes para sempre.

- Marcelo, eu não sou fazer isso. Vc é muito galinha, fica com uma menina e depois fica com um garoto e é assim o tempo todo.

- Mas com ela é diferente.

- Claro, ela é um desafio. Vc deu em cima dela e ela não te quis, agora vc está ai sofrendo por ela.

Eu disse atravessando o pátio da escola e ele veio correndo atrás de mim.

- Cara, eu nunca te pedi nada.

- Pediu sim, te ajudo com todos os trabalhos, não apenas vc, mas seus amigos inúteis também. Já tentei ensinar o time de futebol inteiro, mas matemática não é o forte de vcs.

- Mas eu te ajudei em história. - Eu parei e olhei pra ele - lembra? Quando vc não sabia mais o que fazer, então eu fui a sua luz no fim do túnel.

- Tudo bem, vc me convenceu, só espero que a Luana não me odeie.

- Cara já disse que vc é de mais? - Ele disse me abraçando e saiu correndo.

Retards.

O tempo passou rápido e quando eu dei por mim já estávamos na ultima aula, meu coração acelerou e minhas mãos começaram a tremer, percebi que meus amigos estavam naquele climão de mais cedo, com certeza o Tony iria querer chorar as pitangas e falar mal da Luana, mas como eu tinha compromisso eu iria deixar isso para o meu querido irmãozinho.

- Tenho que ir. - Eu disse pegando minha mochila quando o sinal tocou.

- Onde vc vai? - Perguntou Matheus.

- Math eu vou sair, me faz um favor e diz para a mãe que eu tive que fazer trabalho na biblioteca.

- Tudo bem.

- Vai para a casa com o Tony que mais tarde eu estou chegando.

- E vou ter que ouvir ele reclamar esse tempo todo?

- Sim, mas depois eu faço o que vc quiser.

- Eu vou anotar.

Ele disse e eu fui para perto do Juca que estava me esperando, quando eu cheguei perto dele, ele deu um sorriso tímido e disse.

- Vamos ter que ir de ônibus, tem algum problema para vc?

- Não, de maneira alguma.

Eu disse rápido de mais e fiquei olhando aquele garoto de pele morena, cabelos pretos arrepiados e olhos castanho sorrindo com aqueles dentinhos brancos e perfeitos.

- Vamos?

- O que? - Eu perguntei ainda olhando para ele.

Juca apenas deu um sorriso fofo e fomos para o ponto de ônibus.

Depois de muito andar de ônibus, pegar outro ônibus e andar mais um pouco, nós chegamos a pedra da cantareira. Eu nunca tinha ido, mas sempre achei muito bonito olhando nas fotos, e o lugar era perfeito mesmo. Ele se sentou e eu sentei ao seu lado, ele ficou olhando para o horizonte e respirou fundo.

- David, eu tenho uma coisa para te contar.

- Pode falar. - Eu disse já tremendo de novo.

- Vc é uma pessoa incrível, não tem medo de nada, defende seus amigos com garras e dentes, é amigo de todos e todas e ainda por cima tirar notas incríveis. Menos em historia e ciências. - Ele disse sorrindo.

- Nem me fale. - Eu disse lembrando do meu boletim.

- Eu... Tenho que arrumar muita coragem para falar. - Ele disse sorrindo.

- Pode falar, eu sou todos ouvidos.

- Eu te amo.

E nesse momento meu mundo ficou colorido.

Pombas brancas começaram a voar em nossa volta, esquilos, borboletas, passarinhos e outros animais fofinhos começaram a aparecer e dançar ao ritmo da musica que estava cantando no meu ouvido e ele estava em câmera lenta sorrindo pra mim.

- David. - Ele falou suavemente.

- Juca. - Eu disse que nem ele.

- David. - Disse ele novamente.

- Juca.

- David! - Ele disse me chacoalhando.

Eu fiquei meio desnotado, mas voltei ao mundo real.

- Eu também te amo Juca. - Eu disse sorrindo e Juca me deu um beijo.

Foi o melhor que eu já tinha dado na minha, na verdade era o primeiro, mas esperar tinha valido a pena.

Ficamos assim por um longo tempo até ele me dizer.

- Tenho mais uma coisa para falar.

- O que foi? - Eu já fiquei preocupado.

- Eu vou embora amanha.

- Como é que é? - Eu perguntei me afastando.

- Desculpa não ter falado antes, me perdoa por nunca ter dito que te amava, mas eu sei como são seus pais e os meus também não aceitariam, mas eu tinha que dizer antes de ir embora, eu queria sentir o seu beijo, o seu amor e quando eu ouvi que vc me amava, foi a melhor coisa da minha vida. Me perdoa.

Eu fiquei ouvindo aquilo de cabeça baixa e disse para ele:

- Vc não sabe como eu estou triste, mas já que vc vai amanha, vamos aproveitar o tempo que nos resta.

Ele me deu um abraço e passamos o resto da tarde naquele lugar lindo, quando percebemos já estava na hora de ir embora, aquilo me deixou depressivo, mas o que eu podia fazer, o meu destino era sofrer mesmo.

Quando chegamos na frente da minha casa ele me estendeu a mão.

- Um dia eu vou voltar David e espero que vc esteja esperando por mim.

- Eu vou estar.

Eu disse e ele desapareceu na rua.

Dei mais uma olhada e entrei em casa.

***

Agora estou aqui sofrendo e escrevendo sobre meu dia, essa ideia do Tony de me dar um diário me deixou grato, poder escrever sobre isso aqui, é uma coisa reconfortante.

Espero que quando eu acordar de manha, eu já esteja melhor. Se um dia alguém ler esse diário, saiba que eu conheci um cara incrível chamado Juca e que ele foi o meu primeiro amor, e que eu nunca mais vou esquece-lo.

***

MICHELANGELO.

Eu terminei de ler a primeira historia do David e fechei o diário, Dominic estava na minha frente com os olhos arregalados e Maddie estava limpando suas lagrimas.

- Nossa, nunca imaginei que encontraria isso. - Eu disse emocionado.

- Agora entendo pq o papai amou o David, ela era um cara incrível. - Disse meu irmão.

- Pensei que papai e ele se amaram desde a primeira vista.

- Acho que ainda vamos ter muito chão até chegar no bendito acampamento. - Eu disse.

- Mau posso esperar, quando chegarmos da festa de Halloween eu espero que vc continue com essa historia. - Madson disse.

- Amanha Maddie, quando chegarmos vai estar tarde e não estou nenhum pouco afim de ficar lendo não.

- Tudo bem. - Ela disse de cara feia.

- Vc vai contar para o papai?

- Sim, quando terminarmos de ler.

- Perfeito. - Os dois disseram juntos.

- Agora vamos nos vestir, que a noite vai ser foda. - Disse Dominic.

- Eu vou divar. - Disse minha irmã.

Eu dei risada e fui tomar meu banho. Eu ia me acabar de dançar.

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Continua!

Faltam 13 capítulos para o final da serie.