Amor, Eterno Amor - 44

Parte da série Amor, Eterno amor

Ryan Benson - Pois é, não dava para mudar e colocar a Maddie como filha do Leon e do Phil, mas o Hugo me deu uma ótima ideia e espero que vc goste. Beijão.

hugo - Adorei a sua ideia sobre o filho do Leon e do Phil e espero que vc goste dessa nova fase. Beijão.

ThiagoAraújo - Espero que vc goste dessa nova faze também. Beijão

Não deixem de comentar.

Beijos.

***

NARRADO POR MICHELANGELO

DESPERTADOR

Mais um dia na minha bela vida. Na noite passada eu tive uma horrível briga com o meu irmão, mas o que eu podia fazer? Engolir sapos e ficar quieto? Nunca. E Dominic me conhece muito bem, só pq eu não tenho amigos, tenho uma amiga imaginaria que eu fiz quando era criança chamada Sky - que meu irmão chama de Gertrudes -, e sou também um pouco inseguro, mas não muito. Bom, voltando um assunto, meu irmão é um idiota, ele liga mais para sua vida escolar do que para as pessoas que estão na mesma casa que ele e isso me deixa um pouco revoltado, mas infelizmente ele me fez prometer de coração que eu não iria contar para ninguém que tínhamos dois pais. Espero que isso não de um problema para mim.

Hoje era um dia especial, meu tio Leon adotou um filho. Ele era um garoto que perdeu os pais em um acidente de carro quando tinha 10 anos, foi uma fatalidade muito grande e o menino acabou entrando em depressão. Hoje com 17 anos, ele ainda é um pouco excluído, mas ficou muito feliz quando soube que iria sair daquele orfanato, assim disse o meu pai.

Então eu liguei o radio no meu quarto e fui tomar um banho. Começou a tocar uma musica que eu adorava.

Demi Lovato - Really Don't Care

But even if the stars and moon collide

I never want you back into my life

You can take your words

And all your lies

Oh, oh, oh

Eu terminei de tomar meu banho e fui colocar a minha roupa, como eu sempre usava roupas escuras quando era mais novo, eu acabei que pegando essa mania, então eu só uso roupas de cores mais dark. Coloquei uma caça jeans preta, uma camiseta azul escuro e um coturno preto. Arrumei minha franja na testa e vi minha querida "amiga" sentada na cama.

- Como estou?

- Lindo para conhecer um novo primo.

- Sera que ele vai gostar de mim?

- Bem possível, mas mudando de assunto. Que sonho foi aquele? - Ela perguntou com um sorrisinho estranho na cara

- Que sonho? - Eu perguntei desentendido.

- O que o Noah estava em cima de vc!

- Não foi um sonho, foi um pesadelo. E como vc sabe disso?

- Eu sou algo da sua cabeça, não existo. Me pareço com uma boneca que vc viu numa loja quando vc era criança. Eu só estou falando o que vc esta pensando. - Ela disse lixando as unhas.

- Então vamos parar de pensar nisso. - Eu disse pegando meu celular, que estava em um criado mudo - e aquela boneca que eu vi na loja era linda.

- Olha pra mim, eu tenho cabelo azul com mechas rosas, vc me acha mesmo linda?

- Sim.

Eu disse indo para a porta do meu quarto e infelizmente eu tive a desgraça de abrir minha porta na mesma hora que meu irmão. Ele ficou me olhando com uma cara de raiva, mas eu não estava nem ai. Sai do meu quarto e passei por ele sem dar atenção.

Eu não sei como as pessoas tinham a infelicidade de nos confundir. Meu irmão usa aquelas camisetas apertadas no corpo só para mostrar seu corpo definido e seus bracinhos grossos, usava calças jeans super apertadas que deixava a sua bunda bem bonita - oque foi gente? Pode ser meu irmão, mas ele é lindo - e claro seu cabelo arrepiado. Eu não usava meu cabelo arrepiado nunca. E ele só usava roupas claras. Como hoje ele estava usando uma camiseta azul clara, uma calça jeans azul e um tênis branco.

Eu cheguei na cozinha e dei de cara com o meu pai Maurício comendo bolo como se o mundo estivesse acabando. E continuou comendo e nem percebeu a minha presença, depois de um tempo quando ele estava com o bolo todo na boca ele me viu e claro, ele ficou muito sem graça.

- Estou vendo que esse bolo esta muito bom.

- Vc não faz ideia. - Disse ele de boca cheia.

Eu dei risada e me sentei na cadeira.

- Seu tio esta louco, ele não para de falar no garoto que ele adotou.

- Como é o nome dele mesmo? - Eu perguntei passando manteiga no pão.

- Brandon.

- É um nome bonito.

- Philip esta maluco, ele não para de falar no garoto.

- Fico feliz que agora eles são uma família completa.

- É, mas eu fico meio assim.

- Pq?

- Pelo motivo dele ser adolescente e os pais terem morrido.

- Eu acho que isso não é motivo para o ser humano ser revoltado. Vem da pessoa.

- E vc e seu irmão.

- Isso dai não tem jeito. Deus quis que ele fosse uma coisa ruim e foi o que aconteceu.

- Não fala assim dele, vcs dois brigam de mais, mas logo logo vão para, pq eu vou trancar os dois no porão e só soltar quando fizerem as pazes.

Eu dei risada e continuei tomando meu café da manha, meu pai Marcelo chegou na cozinha e sentou conosco, minha linda irmãzinha também chegou e se sentou, ela era linda, mesmo com 14 anos, Maddie era linda com seus cabelos cacheados e seus olhos azuis. Ela estava usando um vestido até os pés florido, da cor azul.

Todos se sentaram na mesa e tomamos um café em paz, pelo menos uma vez.

Depois do café todos entramos no carro do meu pai Maurício e fomo para a casa do Leon e Phil conhecer meu novo primo. Minha irmã estava no meio entre eu e meu irmão, ela estava mexendo no seu iphone e meu irmão no seu windows phone, isso mesmo, os dois adoravam chamar seus celulares assim. Minha irmã mexendo no celular e disse no meu ouvido.

- Sera que ele é gato?

- Deve tipo aqueles bad boys gatos sabe? - Eu disse sorrindo.

- Que nem o Noah?

- Não, aquilo é um encosto.

Ela deu uma risada super alta.

Quando ela falo no nome Noah eu senti um arrepio até na minha coluna. Por que meu coração insistia em sentir algo por aquele ogro? Por que o meu corpo regia sempre quando eu estava aquele nome? Eu não sabia responder, mas eu não gostava nada daquilo. Eu me sentia um fraco, um inútil por sentir aquelas coisas e sempre quando eu ouvia seu nome eu fechava a cara, tipo que nem agora.

Fiquei de cara fechada o resto do caminho, estava também pensando no maldito sonho que eu tive com o marginal analfabeto - como dizia Diego -. Por que essas coisas tinham que acontecer comigo? Por que eu tinha que ter esses sonhos, esses sentimentos por ele? Eu me sentia um inútil, ainda mais quando eu passo horas e horas pensando nele.

Fiquei nesses pensamentos até chegar na casa do meu tio.

Quando nós saímos do casso o Phil já veio para cima de nós.

- Ele é lindo, um ótimo menino, eu pensei que ele não se acostumaria com a gente, mas eu estava muito enganado. Esta ótimo ter ele aqui em casa. Vcs tem que conhece-lo.

- Nossa, então eu estava realmente errado. – Disse meu pai Mau.

- Por quê?

- Porque eu pensei que ele não adaptaria aqui na sua casa.

- Na moral, a gente pode conversar lá dentro? - Eu perguntei.

- Sim, claro.

Ele disse e nos arrastou para dentro da sua casa.

Nós entramos na casa e meu tio Leon estava assistindo futebol. Quando ele nos viu ele nos deu em abraço e um beijo - ele sempre foi assim, gostava muito de beijar e abraçar, podia ser homem ou mulher, ele mesmo dizia que era hétero e tinha olhos apenas para o meu tio, eu achava isso muito fofo (e ele é um gato de morrer) -.

- Como vão as coisas? - Ele perguntou para nós.

- Esta tudo ótimo. - Disse Maurício - mas me diz, onde esta o menino.

- Ele esta tomando banho, ele gosta muito de malhar e hoje passamos a manha inteira levantando ferro.

- Ele malhava no orfanato? - Minha irmã perguntou confusa.

- Sim, lá tinha uma academia. Ele malha desde quando tinha 13 anos, ele era muito zoado pelos garotos maiores e não gostava muito de ficar com os outros garotos. Mesmo ele sendo uma criança, ele entrou em depressão quando os pais morreram e trancar ele naquele orfanato não foi uma escolha muito boa. - Disse Leon.

- Então ele começou a malhar, era a unica coisa que ele gostava naquele lugar. Quando ele começou a ganhar corpo os meninos foram parando de mexer com ele, ele foi melhorando da depressão e começou a se socializar com os meninos menores, ele nos disse que era como se fosse um guardião para eles, e começou uma amizade muito intensa com eles, e como ele estava ficando encorpado, as pessoas não queriam adotar ele. - Disse meu tio Phil - então, falamos com uma amiga nossa e dissemos que estávamos interessado em adotar uma criança, mas ela disse que era um pouco difícil já que somos um casal gay, mas como o sonho do Leon e ser pai, ele queria por queria ter um filho e ela disse do Brandon. Disse que o sonho dele é estudar e se tornar um engenheiro, assim como o Leon. E também adora ler.

- E é um garoto muito bom, achei que seria difícil, mas ele esta levando tudo numa boa.

- Que lindo. - Eu disse realmente emocionado com a história.

Ouvimos barulho de passos na entrada da sala e todos nós olhamos para quem estava parado lá.

Era um garoto MUITO LINDO, ele tinha acho que 1,85 á 1,90. Pele branca, cabelos pretos escorrido a testa. Tinha um corpo maravilhoso, realmente malhar tinha feito muito bem para ele. E seu olhos era a coisa mais linda que eu já tinha visto em toda minha vida, ele tinha um olho azul - igual ao do meu pai - e o outro era castanho claro. E seu olhar era bem intenso e ele não parava de me olhar.

- Bom dia. - Disse ele.

- Bom dia, prazer eu sou o Marcelo. - Disse meu pai estendendo a mão para ele.

- Prazer Marcelo me chamo Brandon.

- Ola Brandon. - Disse meu pai Mau, estendendo a mão - Maurício.

- Prazer Maurício.

- Oi, me chamo Madson, mas pode me chamar de Maddie. Eu já disse que eu sou solteira. - Ela diz e meu pai Marcelo a puxa para o lado.

- Oi Maddie, eu também sou solteiro. - Ele diz sorrindo e dando um abraço nela.

- Perfeito. - Ela grita e fica vermelha - o que vc disse?

Ela pergunta olhando pra mim, mas o estranho é que eu não tinha falado nada.

- Garota, vai se tratar. - Disse meu irmão dando risada - prazer me chamo Dominic e a copia aqui se chama Michelangelo.

- Prazer Dominic. - Ele disse apertando a mão do meu irmão, e seus lindo olhos me fitaram.

- Prazer em conhece-lo Brandon. - Eu disse estendendo minha mão.

- O prazer é todo meu. - Ele disse apertando minha mão.

- Então, vamos todos nos sentar.

Nós nos setamos e começamos a conversar. As vezes o Maurício era meio indiscreto e falava pelos cotovelos, tipo que nem agora, ele não parou de fazer perguntas para o Brandon.

- Então Brandon, como é para vc ser adotado agora?

- Eu nem estou acreditando ainda, é tudo muito recente, mas já posso dizer que estou adorando viver com Leon e com o Phil, eles dois são pessoas incríveis. Eu já tinha desistido de pensar que alguém iria me adotar sabe? As pessoas só adotavam os menores e as vezes os maiores, mas era muito difícil. Então eu me dediquei a estudar, eu adoro matemática meu sonho é ser engenheiro, adoro também literatura, nós sempre ganhávamos livros e eu me acabava de ler.

Ele diz sorrindo.

- E como é para vc ter dois pais?

- É uma coisa normal. Desde pequeno meus pais sempre me ensinaram a respeitar as pessoas, outras religiões, outras culturas e também pessoas que gostam do mesmo sexo. E quando mais novo eu descobri que eu gosto dos dois.

- Como assim? - Perguntou meu irmão.

- Eu sou bissexual. No começo eu pensei que era coisa da minha cabeça, mas com o tempo eu entendi.

- Sente muita saudade dos seus pais? - Perguntou Marcelo.

- No começo foi muito difícil. Ainda mais como meus pais eram filhos únicos e não meus avos tinham morrido, eu não tinha ninguém para cuidar de mim, e me senti muito solitário. Não falava com ninguém, sempre tinha um batendo em mim e isso ajudou eu a me afastar das pessoas. Então fiquei no meu quarto lendo e malhando. Com um tempo eu fui percebendo que eles estariam comigo não importa onde eu estivesse. Então hoje eu sei que eles dois olham por mim. - Lindo de morrer.

- Seus olhos são muito bonitos. - Eu disse.

- Obrigado. No orfanato costumavam a me zoar, mas eu nem ligava. Quando eu era pequeno, eu perguntei a minha mãe por que o motivo de eu ter olhos assim e ela me disse que era porque eu era único. E isso era um dom.

Ficamos conversado a tarde inteira.

Depois resolvemos almoçar, meus pais e meus tios resolveram fazer um churrasco e todos fomos para a parte esterna da casa. Eu fiquei observando eles de longe até um figura de vestido azul, cabelos preso em uma trança embutida azul com umas mechas rosas, pele branca e olhos rosas e segurando uma rosa branca, apareceu ao meu lado.

- Ele é lindo não é? - Ela perguntou com uma voz melosa.

- Se eu não te conhece-se diria que esta apaixonada.

- Mas de que adiantaria? Eu não existo mesmo, mas vc pode ter uma chance com ele.

- Não, não posso.

- Mas que burra eu sou, é claro que não. Ainda mais porque ele não é o Noah.

- Oque vc esta fazendo aqui? -Eu perguntei para ela.

- Foi vc que me chamou. - Ela disse e desapareceu.

- Eu só queria conversar. - Disse Brandon - se vc quiser eu volto depois.

- Não, eu não estava falando com vc. - Ai que mico - eu tenho essa mania de falar sozinho.

Eu disse sorrindo e dando espaço para se sentar ao meu lado.

- Então esta mesmo gostando daqui?

- Muito.

- Já se acostumou com o jeito meloso do Leon?

- Ele é um cara legal, e não tem medo de expressar seus sentimentos. - Ele disse olhando nos meus olhos.

- Pois é. - Meu Pai eterno, só o sangue do cordeiro, que garoto lindo - então, soube que vc vai estudar com agente.

- Pois é, mas vc esta no primeiro né?

- Sim.

- Eu vou estudar no segundo.

- Que bom, pelo menos nós vamos nos ver no intervalo.

- Verdade. Esta animado para amanha? Começa as aulas.

- Não estou animado nenhum pouco.

- Por quê? - Ele perguntou.

- Porque eu não tenho amigos. Eu sou o nerd estranho que fala sozinho.

Eu disse dando risada.

- Seu irmão também é assim?

- Não, ele é mais legal que eu. Conversa com todo mundo, tem uma namorada, faz parte do futebol da escola e anda com o garoto que eu mais odeio. - Eu disse dando um suspiro.

- Odeia? - Ele perguntou dando risada.

- Sim, odeio. Qual o motivo da risada?

- Vc não parece que odeia ele, falou de um jeito que deu a entender que vc gosta dele.

- Vc só pode estar ficando louco. Nunca que eu vou me apaixonar pelo cavalo do Noah. Vc vai conhece-lo amanha e vai ver do que eu estou falando. - Eu disse ficando vermelho.

- Tudo bem.

Ele disse sorrindo e foi para a mesa onde já estavam servindo o almoço.

Meu pai me chamou e eu me juntei a eles. Meu irmão estava sentado ao meu lado e veio ao meu ouvido.

- Ele não para de olhar para vc.

- Vc esta ficando louco.

- Ou vc esta ficando cego, ele parecia que estava te comendo com os olhos, e eu sei que vc adora.

- Vc não tem ideia. - Eu disse sorrindo e ele sorriu logo em seguida.

Minha relação com o Dom não era das melhores, nós sempre brigávamos, mas sempre por coisas banais. Como nossos gostos por musicas, eu gostava de pop e ele adorava ouvir aquele homem que alto se intitula 50 centavos - eu não tinha ideia o poque do nome, mas ele adorava - eu gostava de assistir romance e ele adorava filmes de terror, eu adorava doce e ele salgado. E por causa disso nós sempre acabávamos discutindo - há e antes que eu me esqueça, ele sempre me zoava pelo fato de eu ter uma amiga imaginaria e falar com o meu ursinho (que eu amo de paixão). Mas tirando essas coisas, tinha alguma hora do dia que nós nos dávamos bem, sem briga, sem provocações, sem xingamentos. Só nós dois, como irmãos conversando normalmente.

Depois daquela tarde muito agradável nós tivemos que nos despedir de todos e fomos para casa.

Quando chegamos eu fui direto para o meu quarto. Estava exausto e o pior era que amanha era o primeiro dia de aula e isso não era nada legal.

Então eu fui para o banheiro e tomei um banho, fiquei lá por mais ou menos uns 20 minutos e sai. Passei o creme hidratante na pele se não minha cara enchia de espinhas - ser adolescentes é foda - escovei meus dentes e fui para minha cama, eu me sentei e me encostei na cabeceira e agarrei meu sapo de pelúcia que eu amava - Caco estava comigo desde que eu era criança, eu sempre me apeguei as coisas materiais e não gostava de me desfazer delas - eu ganhei esse sapo no natal depois de assistir os Muppets, e nunca mais larguei dele.

- Pois é Caco, amanha começa minha tortura, mais um ano sendo o excluído.

Eu disse dando um beijo nele.

Peguei meu diário e comecei a escrever.

*

HOJE foi um dia interessante, eu conheci o novo membro da família, Brandon. Ele é um garoto incrível e muito fofo, acho que agora eu vou ter um amigo na escola. E o mais assustador é que ele foi o único que até hoje percebeu que eu gosto do Noah, sera que eu estou deixando meus sentimentos muito amostra? Bom não quero pensar nisso, não agora. Amanha eu vou vê-lo depois de dois meses e estou nervoso, mas vou fazer de tudo para ficar longe dele. Como sempre.

*

Fechei meu diário, desliguei a luz. Suspirei fundo lembrando mais uma vez desse dia que já acabou e ai em sono profundo.

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Continua!

Beijão.