Amor, Eterno Amor - 40
Parte da série Amor, Eterno amor
ThiagoAraújo - Obrigado Thiago, estou com saudades dos seus contos. Melhoras. Beijão.
Ryan Benson - Fico feliz que vc tenha gostado. Vejo que é fan do Philon (Ridículo isso kkk), no próximo vou escrever sobre eles também. Na vdd o próximo sera um pouco mais pq vou tentar escrever sobre todos. Beijão.
hugo - Pois é, estamos nas "ultimas semanas" da primeira faze. Espero que vc goste tanto quanto a primeira. Beijão.
Gente no próximo capitulo eu vou começar a passar o tempo. Espero que vcs não fiquem perdidos.
Beijos e até a próxima.
*
NARRADO POR DIEGO.
Era uma situação engraçada e ao mesmo tempo muito seria.
Minha querida irmãzinha estava me olhando como se eu fosse o fantasma do natal passado. Ela ficou ainda me encarando por um tempo até que me deu passagem para eu entrar na sua humilde residencia.
Nós entramos e ela continuou me olhando. Eu me sentei no sofá que era o mesmo e Rafael se sentou ao meu lado. Eu percebi que ele estava um pouco tenso, e o mesmo disse que era pq iria conhecer os meus pais, não sabia se chorava ou se ria. Ele era bobo, achava que a opinião dos meus pais contavam e outra ele já era meu marido.
- Então Emma, onde esta a família. Eu quero conversar com os meus pais.
- Eles já estão chegando, como é sábado de manha eles sempre vão a ongue.
- Ongue?
- Sim para crianças carentes.
- Vejo que muita coisa mudou depois que eu sai de casa.
- Por onde vc andou Diego? Depois que vc saiu de casa mamãe e papai nem ligaram por pensar que era mais uns de seus delírios, mas vc não voltou. Nunca mais.
- Eles deram um ultimato Emma. Eu não estava brincando, nunca brinquei. E vc sabia muito bem disso.
- Então porque esta aqui?
- Eu não quero mais ser atormentados por esse fantasmas, eu quero mostrar para vcs que eu mudei, que eu não sou mais aquele garoto de 4 anos atrás.
- Então vc veio aqui para jogar na nossa cara.
- Háháhá, pelo visto vc não muda e nunca vai mudar. Eu não vim aqui para jogar nada na cara de ninguém. Eu vim aqui para conversar. Mas que saber, minha conversa não é com vc, se vc estiver aqui ou não, não vai fazer a minima diferença. Eu estou aqui para conversar com quem realmente importa. Meus pais.
Ela fica me olhando como se eu tivesse acabado de cometer um crime, mas eu não vou me deixar abater. Emma sempre foi os meus menores problemas, eu só não a suportava e vejo que mesmo que ela esteja com 22 nos não mudou porcaria nenhuma.
Ficamos em silencio por um bom tempo, até que algum abre a porta.
- Cheguei mana. - Disse o Hunter e quando me viu ficou parado me olhando - Diego? O que vc esta fazendo aqui?
- Mais um. - Eu disse já sem paciência.
- Ele veio falar com o papai e com a mamãe.
- Eles não querem vc aqui, ainda mais com ele.
- Abaixa o seu tom de voz que vc não esta falando com as vadias que vc cata na rua não. - Eu disse me levantando - eu quero mais respeito com o meu marido. E outra não foi o que a sua mãe me disse quando estávamos conversando semana passada. Há e mais uma coisa antes que eu me esqueça, eu quero que vc deixa este demônio da tasmânia longe do meu filho.
- De quem vc esta falando? - Ele perguntou confuso.
- Eu estou falando disso que vc chama de filho.
Quando eu disse isso ele ficou irado e começou a falar um monte de merda.
- Pode parar com o showzinho, pq se não eu vou mandar o Rafael acalar a sua boca, já que ele não calou naquele dia.
Eles ficaram me olhando assustados, acho que era pq no passado eu era muito passivo e agora eu estava mais... Como eu posso dizer? Eu estava mais Kendra.
- Bom eu disse para a Emma que eu não queria falar com vcs, mas eu tenho que falar algumas coisas que ficaram entaladas na minha garganta.
Eu disse me levantando e apontei para a Emma.
- Vc, por muito tempo na minha adolescência eu te idolatrava, pra mim vc era a princesa. Na escola todos te amavam e era a garota perfeita. Nós até eramos juntos, mas quando eu ouvi vc falando de mim naquele dia, eu percebi que vc é tão podre quanto todas as pessoas que existem na face da terra.
*
FLASH BACK
Eu estava sentando atrás de uma arvore no patio externo da escola. Eu sempre ficava lá quado as pessoas começavam a me olhar de mais. Eu estava tomando uma coca de 1 litro e comendo um x-burger, claro que depois que iria colocar tudo para fora, só para minha mãe não perceber.
Lá estava eu terminando meu lanche quando esculto a voz de uma amiga da Emma.
- Eu não acredito que seu irmão também vai, ele é tipo, assassino de vida escolar.
- Ai eu não sei como ele pode ser seu irmão. Vc vai mesmo levar ele na festa?
- Não. - Disse a Emma - e outra, ele não é meu irmão. Quando ele era pequeno a mãe dele que era nossa empregada morreu e meus pais resolveram cuidar dele.
FLASH BACK OFF
*
- Quando eu ouvi aquilo era como se eu não tivesse ninguém no mundo, eu ainda considerei a hipótese de ser verdade e por esse motivo eu quase entrei em depressão, mas eu percebi que isso não era verdade, eu sabia que vcs me odiavam mesmo pelo fato de eu ser diferente. Depois daquele dia sempre quando eu olhava para vc as palavras vinham em minha mente e isso me fazia ter mais ódio de vc. Mas agora eu te olho e vejo que vc é apenas uma pobre coitada, que é manipulada pelos outros assim como a metade da humanidade. Hoje eu tenho pena de vc só isso.
Eu disse lavando minha alma e olho para o meu maninho que esta me olhando.
- E vc eu nem considero da família. Para mim sempre foi um estranho que adorava me bater, me chamar de gordo e tudo mais, vc só ajudou a te ver como o inimigo e nunca chegar perto de vc. Apenas isso. E eu já tenho pena dessa criança, pq eu percebi que infelizmente ele vai ser igual ao pai.
- E quem vc acha que é para falar do meu filho.
- Ninguém, vc mesmo disse ele é o seu filho. Sua responsabilidade, de mais ninguém.
Quando eu disse isso meus pais entraram pela porta da sala. Meu pai estava exatamente igual a quando eu sai de casa e quando eu o vi no restaurante aquele dia. Um Homem lindo, ele podia ter 49 anos, mas ele estava com o corpo em forma, com os cabelos loiros, os fios brancos não davam nem para ver. E com seus lindos olhos azuis.
Minha mãe também, continuava uma mulher belíssima. Também loira, seu corpo também era muito belo - devia ser resultados de plasticas pq seu rosto estava lisinho - e seus cabelos loiros estavam preso em um rabo de cavalo. Para resumir minha família era composta apenas por pessoas loiras, minha disse quado eu era mais novo que se casou com meu pai pq ele era seu par ideal, se ele tivesse os cabelos pretos ou os olhos escuros ela não se casaria com ele. Ela poderia sofrer por amor, mas preferia ficar sozinha.
- Diego. - Ela disse sorrindo e me deu um abraço que não foi correspondido por mim é claro.
- Meu Deus. - Disse meu pai.
Eu acho que ele estava chocado pelo fato de eu ter emagrecido, já que ele me olhava dos pés a cabeça. Eu acho que tinha emagrecido uns 20 kg. E aquilo me deixava feliz pq mostra que o Rafael não era o tipo de pessoa que liga apenas para aparência, pq eu comecei a perder peso quando eu estava já namorando com ele.
Mas voltando ao assunto, meu pai ainda estava em choque, ele me olhava, mas parecia que estava com medo de se aproximar. Já minha mãe não me largava - no fundo eu estava gostando daquele abraço, pq era que queria todos os dias quando era mais novo -, mas eu não iria me deixar abater, então eu me afastei dela gentilmente.
- Meu filho que bom que voltou para a casa.
- Desculpa, mas eu não voltei para casa, eu vim para apenas conversar com vcs. E alias esse é o meu marido Rafael e meu filho Noah.
Eu disse para os meus pais já que não conheciam o Rafael, minha mãe ficou um pouco desconfortável e eu pai não saiu do lugar e isso foi bom, pq eu não estava querendo uma seção de abraços e choro da parte dele.
- Bom vamos ao que interessa?
- Claro, vamos nos sentar na sala de jantar. Todos.
Então nós fomo atrás da minha mãe.
Todos nos sentamos na mesa e ficamos nos olhando. Eu acho que eles estavam com medo de falar alguma coisa e eu não iria ficar olhando para eles como se estivesse em uma roda de alto ajuda.
- Então, começando por vc papai, que não falo nada até agora. Eu quero saber o motivo de tanto ódio por mim.
Ele ainda ficou me olhando e olhando para o Rafael e eu já tinha entendido que era por causa da minha sexualidade.
- Naquele tempo eu não aceitava um filho homossexual, todos os meus sócios falando mal de vc, meus amigos me zoando dizendo que me filho era fruta. Eu não queria ter um filho viado. E também um garoto que não queria seguir a minha profissão. - Aquelas palavras doeram na minha alma, mas eu continuei com o rosto sem expressão nenhuma - então eu meio que criei uma barreira com vc, mas eu hoje eu me arrependo. Meu filho vc não sabe o quanto eu sofri sabendo que vc poderia estar por ai, jogado em um beco, passando fome e pedindo esmola. Eu quero seu perdão. Vc me perdoa Diego?
- E vc mãe? Eu quero saber o pq de vc sempre me dize aquelas coisas horríveis. - Eu ignorei o eu pai.
- Há mesma coisa do seu pai. - Ela estava com um pouco de dificuldade para falar e não me olhava nos olhos - eu também não aceitava o fato do meu filho ser homossexual, mas também eu não aceitava vc ser acima do peso. Minhas amigas sempre me criticaram, sempre falaram que um ser humano deveria vestir o manaquim ideal. Todos os filhos delas eram perfeitos, lindos, namoravam com mulheres e iam ter a vida que os pais sempre quiseram. Mas meu filho ia ser diferente e aquilo eu não aceitava de maneira nenhuma... - Rafael a interrompeu.
- Espera um momento. - Ele levantou irado que até assustou o Noah já que nunca viu o ai bravo daquela maneira, já eu não consegui segurar minhas lagrimas e elas teimavam a descer no meu rosto - vc estragou a vida do seu filho por causa dos outros? Vc tem ideia do inferno que vc da vida desse garoto.
- Eu sei. - Ela disse.
- Vc não sabe porra nenhuma.
- Abaixa o seu tom. - Disse meu pai.
- E o senhor cale a boca, já que todos falaram eu vou falar também. Quando eu conheci o Diego nós estávamos em uma lanchonete. Ele pediu tudo o que queria, mas vcs não tem noção. Ele pediu tanta coisa que a conta dele deu mais de 50 dólares. Quando ele terminou de comer tudo aquilo que foi de mais até para uma pessoa morta de fome, ele foi para o banheiro. Como eu estava preocupado com ele, eu resolvi ir atrás e quando eu cheguei lá sabe o que ele estava fazendo? Ele estava forçando para vomitar, isso mesmo. Ele colocou o dedo na garganta, mas antes de eu falar alguma coisa ele desmaiou. Eu entre em panico, não sabia o que fazer. Então coloquei ele no meu colo e corri com ele para o hospital e sabe o que descobrimos? Que ele estava morrendo. Se ele não desse um jeito na vida dele ele iria morrer. Então eu cuidei dele e acabei me apaixonando. Mas ele sempre comia de mais, e ia correndo para o banheiro vomitar. Eu com medo resolvi levar ele no psicologo e sabe o que descobrimos? Que seu filho tinha bulimia. Eu quase entrei em depressão porque não sabia o que poderia acontecer com o amor da minha vida, mas o Dr. disse que a melhor maneira de ajuda-lo era estando sempre do lado dele. E é isso que eu faço até hoje, eu estou do lado do seu filho ajudando ele a não ter mais deslizes. Mas mesmo estando com ele eu percebo que ele ainda faz isso. - Ele disse chorando e olhando pra mim, mas eu não tinha coragem de olha-lo pq ele estava certo. Eu ainda tinha serias recaídas - Diego ainda tem bulimia, mas eu vou estar com ele até o fim da minha vida ajudando-o e dando apoio. Pq quem ama faz isso.
Eu já estava chorando que nem uma criança. Rafael sabia mesmo como fazer alguém chorar. A unica coisa que eu fiz foi me levantar e dar um abraço nele e no meu filho que estava assustado me olhando chorar. E então aconteceu uma coisa que eu pensei que nunca aconteceria na minha vida, minha mãe se levantou ainda chorando e foi lentamente se abaixando até que ficou de joelhos pra mim.
- Me perdoa, eu lhe imploro.
- Mãe levanta desse chão. - Disse Hunter.
- Cala a boca. - Ela gritou para o Hunter - por favor Diego,me perdoa.
Eu me abaixei e fiquei de joelhos e olhando nos seus olhos.
- Uma coisa que o mundo me ensinou é para não ter rancor de alguém. Eu te perdoo sim, vc pode ficar tranquila.
Eu disse me levantando, eu olhei para o meu pai. Ele também estava chorando, eu fui chegando perto dele estendi minha mão, mas ele me puxou para um abraço. Ficamos naquilo por vários minutos e depois nos desgrudamos.
- Fico muito feliz que as coisas tenham se esclarecido.
- Eu também, mas vamos com calma. Eu posso ter perdoado, mas eu não esqueci. Vamos deixar o tempo passar.
- Tudo bem. - Disse meus pais.
Eu nem falei com os meus irmãos, acho que foi perdão de mais por hoje e eu não iria ficar distribuindo os meus em um dia só. Olhei para o Rafa e chamei ele para ir embora. Dei tchau para os meus pais e fui para o carro com o Rafa, mas antes dele entrar e segurar ele eu disse:
- Eu te amo e não vou esquecer aquelas palavras nunca.
- Eu te amo mais e vou estar com vc até o fim da minha vida.
Demos um beijo apaixonado nem ligando para quem estava na rua.
Entramos no carro e ele me perguntou como eu estava.
- Mais leve. E feliz.
- Então esse momento merece uma musica.
- Sempre.
Ele ligou a radio e começou uma musica que eu adorava.
Pharrell Williams - Happy
Because I’m happy
Clap along, if you feel like a room without a roof
Because I’m happy
Clap along, if you feel like happiness is the truth
Because I’m happy
Clap along, if you know what happiness is to you
Because I’m happy
Clap along, if you feel like that’s what you wanna do
Ficamos cantando e ele disse:
- É o começo de um novo ciclo.
- Que coisa mais rei leão. Agora cala a boca que eu estou ouvindo a musica.
- O mesmo de sempre.
- E que nunca vai mudar.
Eu dou um beijo na sua bochecha e continuei cantando.
*
NARRADO POR MAURÍCIO
- Ai filho. - Eu disse passando a mão na minha testa, onde o Mick jogou um bendito carrinho.
Ele ficou rindo da minha cara e eu não achei aquilo nada engraçado. Marcelo estava na piscina com o Don e aquilo me deixava morrendo de medo pelo fato de ser um bebezinho e o Marcelo um retardado que poderia sair da piscina e esquecer o menino lá, mas ele não faria isso.
- Eu acho que vc deve ir com o seu pai. - Eu disse pegando o gordinho no colo e indo até a piscina - Celo fica com ele também?
- Há amor acho que não dou conta de dois ao mesmo tempo não. Entra aqui comigo.
- Acho melhor não.
- Para com isso, a água esta uma delicia. E vai ser bom para eles.
- Tudo bem.
Eu disse tirando minha bermuda. Eu estava com uma sunga vermelha por baio e Marcelo ficou me elogiando.
- Nossa que rabão lindo.
- Marcelo! Não fala isso na frente das crianças.
- Ele não entendem amor.
- Mas eu não quero que fique no subconsciente deles e a primeira seja rabão lindo.
- KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Não sei se choro ou se rio com suas palhaçadas.
- Também te amo.
Ficamos a manha inteira brincando na piscina com os meninos, a água estava realmente uma delicia, mas eu não queria que meus filhos virassem uvas passas então resolvi sair da água. Marcelo ainda reclamou, mas eu nem liguei. Dei um banho nos dois e os coloquie para brincarem no chiqueirinho.
Eu fui para a cozinha e Marcelo ele estava lá, apenas de roupão aberto e sem nada por baixo.
- Que visão tentadora.
- Vc não faz deia. Que provar? - Ele pergunta passando a mão na sua barriga e indo até o seu pênis.
- Por que não.
Eu digo indo até ele e dou um beijo, minhas mãos descem até o seu pau e eu começo a estimula-lo, quando eu vejo que esta bem ereto eu paro e beijo e digo.
- Quem sabe mais tarde.
- O que? - Ele perguntou incrédulo - vc vai me deixar assim.
- Sim. - Eu digo sorrindo e ele começa a correr atrás de mim.
- Vem cá seu safadinho.
Ficamos brincando de pega pega. Parecia até uma coisa boba, mas para nós dois não era. Ter Marcelo daquele jeito comigo era uma maravilha, mesmo estando casados a quase um ano, nós dois ainda vivamos como eternos namorados e aquilo era uma beleza.
Cada dia que passava eu amava mais esse homem.
E tenho orgulho em chama-lo de meu.
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Continua.
Espero que vcs tenham gostado.
Beijos e Boa Noite.