Amor, Eterno Amor - 4
Parte da série Amor, Eterno amor
Me chamo Maurício Arcanjo, tenho 21 anos e moro com a minha mãe e meu padrasto que eu odeio, faço faculdade de direito e estou trabalhando atualmente como assistente de um advogado chamado Marcelo. Ele não foi muito com a minha cara, só pq eu derrubei café na camisa dele, mas ele é culpado por ter aparecido bem na hora que eu estava saindo, mas eu não vou falar isso pra ele se não perco meu emprego e o George meu padrasto me mata. Eu e minha mãe somos brasileiros e meu padastro é o único americano que vive lá em casa. Eu tenho um namorado chamado Marck e um melhor amigo chamado Chris.
Minha vida era boa, tirando o fato do meu padrasto me odiar pq eu sou homossexual, ele era um homem gordo com pelo no corpo todo e tinha cheiro de bebida, minha mãe amava ele mesmo pq ele a tratava como uma escrava e ela mesmo assim fazia todas as suas vontades. Meu namorado era o tipo de pessoa que só pensava nele mesmo, ele era loiro tinha olhos verdes e um corpo escultural, seu sonho era ser modelo e quando se tratava disso ele passava por cima de qualquer um. Ele sempre disse que me amava, mas eu nunca levei fé nesse sentimento, já eu o amava e muito mesmo ele sendo arrogante comigo as vezes. Já meu amigo Chris ele era mulato com a cabeça raspada na nº1, ele tinha olhos verdes e parava o transito sempre que passava. Nos conhecemos na faculdade e desde então uma amizade muito forte cresceu entre nós.
Meu dia tinha sido muito estressante, meu chefe me tratou muito mal e eu tinha tido uma briga com George antes de sair para trabalhar e claro, minha mãe como sempre ficou do lado dele. Eu estava trabalhando com uma advogada chamada Krysten, ela era muito simpática e nós acabamos virando amigos, quando o meu chefe voltou eu vi que trabalhar naquele escritório dos sonhos não seria nada fácil. Ele ficou fora por mais de 6 meses e ninguém nunca me contou o motivo do afastamento, mas eu também não ia ficar perguntando se quisesse manter meu emprego. Quando eu tinha voltado do almoço ele me pediu desculpas ( eu fiquei chocado ) e disse que não tinha passado muito bem nos últimos meses, e vi que ele estava sendo sincero pois vi em seus olhos.
Quando era 18:00 eu vi que já estava na hora de eu ir embora, como eu não tinha faculdade eu resolvi fazer uma surpresa para o Marck que morava lá perto. Tinha já alguns dias que ele disse que estava ocupado procurando agencias de modelo e falou que não ia ter tempo pra mim, mas como ele não disse nada sobre hoje ele deve estar em casa sem fazer nada.
- Bom senhor Marcelo, eu já vou indo o senhor precisa de mais alguama coisa? - eu perguntei arrumando minhas coisas
- Acho que já esta tudo em ordem. - Ele disse me olhando por cima dos óculos - até amanha.
- Até amanha. - E saio sem falar nada.
Quando chego na rua vejo que vai cair um temporal, mas como eu não tinha carro tive que ir andando mesmo. Foi mais ou menos uns 30 minutos de caminha e eu ainda não tinha pegado a chuva, cheguei no seu apartamento e falei com o porteiro:
- Boa noite Mr. Longbordi, o senhor sabe se o Marck esta em casa? - Vi que ele me olhou com uma cara meio me mostrava pena e disse:
- Desculpe Maurício, mas ele não esta não. - Quando ele disse isso eu fiquei decepcionado.
- Tudo bem então, Brigado. - Quando eu já estava saindo ele me chama de volta.
- Acabei de ligar lá em cima, ele esta lá sim, mas esta entrando no banho agora. - Ele disse me entregando a chave
reserva do ap - entre com essa chave. - Ele me disse sorrindo e eu agradeci.
Essa noite ia ser a melhor de todas, quando eu cheguei no andar respirei fundo e entrei no seu ap, sua casa estava silenciosa e não ouvia o barulho do chuveiro, mas sim gemidos, isso mesmo eu ouvia gemidos. Quando eu fui me aproximando do seu quarto os gemidos foram ficando mais alto, e abri a porta e olhei para dentro do quarto, vi uma sena que eu nunca vou esquecer, meu namorado estava em cima daquele ser que eu pensava ser o meu melhor amigo, eles estavam nus, e tinham acabado de transar. Marck deitou Chris dobre seu peito e começaram a conversar.
- Sabe meu amor, eu não gosto de fazer isso com o Mau. - Ele diz fazendo carinho na barriga do Marck.
- Vc sabe que eu também não gosto. - Ele disse beijando a cabeça dele - mas eu não quero magoá-lo.
- Mas enquanto eu estou aqui vc esta lá transando com ele. - Ele diz com cara feia.
- Não é vdd, eu e Maurício não transamos a dias, tenta entender Chris eu te amo. - Aquelas palavras me doeram a alma - mas eu sinto pena do Mau por ter aquela família que ele tem. - Quando ele disse que tem pena de mim, me subiu um 5 minutos e quando eu vi já estava dentro daquele quarto e eles me olhando assustados. Marck nem fez questão de levantar quem veio falar comigo foi o Chris que levou um soco na cara assim que se aproximou.
- A unica coisa que eu não quero de vcs é pena. - Eu disse sem derramar uma lagrima - se vcs chegarem perto de mim de novo eu peço uma ordem judicial e vcs vão ver - eu digo saindo correndo daquele apartamento que a partir de agora só me trazia lembranças ruins.
Eu entrei no elevador e quando e porta se fechava o Marck apareceu na minha frente, mas ele não conseguiu chegar a tempo, quando a porta se fechou por inteiro eu não aguentei e cai no chão de tanto chorar, como pode existir pessoas como essa que fazem as outras sofrerem só pra sentir prazer e ainda dizer que tinha pena de mim foi a gota d'água. Quando as portas do elevador se abriram eu sai correndo e passei pela portaria sem falar com o Mr. Longbordi e fui correndo na chuva que agora estava forte com relâmpagos e trovoes, eu continuei correndo sem olhar pra traz e quando fui atravessar a rua um carro parou em cima de mim, eu ainda estava chorando que nem uma criança que perdeu algo precioso e o homem que quase me atropelou saiu do carro.
- Maurício. - Disse senhor Marcelo, e quando eu o vi corri para seus braços e não parava de chorar - o que foi que ouve? - ele me pergunta preocupado e alguns carros começam a buzinar.
- Me tira daqui senhor, por favor. - Quando eu disse isso ele me agarrou pelo pulso e me levou para dentro do seu carro.
Nós fomos o caminho todo sem falar uma palavra e percebi que ele estava tenso, eu já tinha parado de chorar, mas via que por alguma razão ele estava com medo de dirigir na chuva.
- Estou vendo que o senhor esta tenso. - Eu digo - quer que eu dirija? - Eu perguntei e ele olhou pra mim e parou o carro.
- Obrigado. - Disse ele e nós mudamos de lugar.
- Para onde o senhor estava me levando? - Eu perguntei.
- Minha casa, segue essa rua e quando estiver chegando eu te falo pra onde seguir. - Ele disse ficando mais calmo.
Quando chegamos a sua casa vi que era grande e muito bonita, que ao contrario da minha era pequena e muito simples, com esse pensamento eu fiquei até com vergonha. Entramos na sua casa que por dentro era tão bonita quanto por fora, ele percebeu que eu estava olhando a casa e deu um sorrisinho.
- Quer um copo d'agua? - Ele me perguntou e eu aceitei, ele foi na cozinha e eu me sentei no sofá colocando a mão no rosto e me lembrando do que aconteceu mais cedo. Ele voltou com o copo me deu e perguntou:
- Então, qual o motivo de vc estar correndo daquele jeito na chuva? - Disse me entregando uma toalha.
- Obrigado. - Eu disse pegando a toalha - eu encontrei o amor da minha vida na cama com outro. - Eu disse com vergonha.
- Nossa que barra. - ele disse.
- E sabe qual é o pior? - Ele fez que não com a cabeça - era meu melhor amigo.
- Eu não sou muito bom em dar conselhos. - Ele disse sorrindo sem graça e eu ri logo em seguida - mas não fique se corroendo por isso, eu aprendi da pior maneira que temos que seguir em frente. - Ele disse com uma carinha triste que me deixou com vontade de abraça-lo dele.
- Mas porque? - Eu perguntei sem entender - sua esposa te deixou? - Quando eu perguntei ele deu um sorrisinho de lado com os olhos cheios de lagrimas.
- Meu marido morreu em um acidente de carro a 6 meses atrás. - Ele disse de cabeça baixa.
- Sinto muito pelo senhor e por ela. - Quando ele disse isso caiu a ficha do que ele tinha dito - o senhor disse marido?
- Sim. - Ele se levantou e pegou um porta retrato que estava em cima do piano de quado que tinha na sala - David, estávamos juntos há 10 anos, ficamos três meses casados e ele morreu em um acidente de carro. - Quando ele disse isso eu me lembrei o porque dele estar muito tenso dirigindo na chuva - ele que fez a decoração da casa, gostava de tocar piano. - Ele disse todo sorridente
- Eu também sei tocar. - Eu digo com um sorrisinho de lado, me lembrando de quando era criança e meu pai me ensinou a tocar piano - ele era muito bonito, e vejo que o amor de vcs era verdadeiro.
- Ainda é. - Ele diz pegando o quandro da minha mão e colocando em cima do piano de novo - então toca piano? - Quando ele perguntou isso sentir meu rosto ficar vermelho - não fique com vergonha, toque um pouco pra mim ver.
- Magina senhor, eu duvido que toco melhor que seu marido. - eu disse olhando pra baixo.
- Mas eu nunca vou saber se vc não me mostrar. - Ele diz sorrindo e pega na minha mão, eu sinto uma coisa diferente uma coisa que eu nuca senti quando eu peguei na mão do Marck ou de qualquer outro homem.
Quando me sentei na frente do piano, eu me senti quando tinha 8 anos novamente e meu olhos se encheram de lagrimas, eu comecei a tocar uma musica que eu sempre gostei e me senti bem, (My Immortal - Evanescence), quando eu comecei a tocar eu não conseguir segurar minhas lagrimas e tudo o que aconteceu na minha vida se passou na frente dos meus olhos com em um filme. Enquanto as melodias saim dos meus dedos eu olhei para o Sr. Marcelo que estava na minha frente assustado e com os olhos cheios de lagrimas, ele me olhava nos olhos e eu senti como se estivesse olhando minha alma e aquilo me fez flutuar e me sentir bem, esquecer daquela noite sombria por um momento.
Quando eu parei de tocar eu enxuguei minhas lagrimas e sai do banquinho que ficava na frente do piano, quando eu menos esperava o Sr. Marcelo me deu abraço apertado e senti suas lagrimas no meu ombro, fiquei assustado, pq eu podia ter feito uma coisa ruim que lembrou o seu amor que se foi tão de repente.
- Essa foi a primeira musica que ele aprendeu a tocar quando tinha 14 anos. - Ele disse me largando e ainda olhando nos meus olhos, era a primeira vez que eu o via sem o óculos, e eu mergulhei em seus olhos verdes - obrigado por me proporcionar esse momento. - E me abraçou de novo, eu não sabia explicar, mas eu não queria sair daquele abraço nunca mais. Quando ele me soltou eu o olhei e sem pensar dei um beijo em sua boca, quando ele correspondeu eu me senti em outro mundo, eu me senti seguro.
Continua....
Agradeço os comentários de vcs e que também estão gostando do meu novo conto. Vou tentar postar mais um amanha bjs...