Amor, Eterno Amor - 37

Conto de didico445 como (Seguir)

Parte da série Amor, Eterno amor

Mais um meus queridos leitores.

NARRADO POR MARCELO.

Eu estava em casa, limpando o sótão para ser mais especifico. Meu pai tinha me obrigado, enquanto meu namorado estava por ai com os seus amiguinhos nerds e eu não achava aquilo justo, eu trabalhava e o David se divertindo fazendo cálculos de matemática.

Mas o pior disso tudo era que ele tinha um amigo que dava em cima dele na cara dura, nem me respeitava e quando me via se fazia de sínico. Minha vontade era de quebrar a cara do animal, mas o meu pequeno já tinha me dito se eu tocasse no seu amigo nerd ele iria me deixar dormindo na casinha do cachorro.

- Na moral pai, pq eu tenho que limpar isso em plena sexta-feira a noite?

- Pq amanha nós vamos para a casa da sua tia e vc não vai ter tempo de arrumar no domingo.

- Se meu namorado estivesse aqui ele poderia me ajudar.

- Seu namorado merece um dia de descanso.

- Mas pai...

- Mais nada Marcelo, vc tem que aprender a fazer as tarefas de casa e não ficar só jogando futebol, vídeo-game, basquete e essas outras coisas. - Ele disse indo para a escada.

- E vc devia aprender a ir a academia em vez de ficar jogado no sofá assistindo filme e comendo salgadinhos. - Eu disse sussurrando.

- O que vc falou?

- Eu nada, apenas que isso vai ficar mais limpo do que nunca. - Eu disse sorrindo e carregando uns sacos.

- Acho bom mesmo.

Quando ele desceu a escada eu peguei meu celular e liguei para o David. Chamou uma, duas, três, quatro até que ele atendeu dando risada.

- Alo. - Disse aquela voz que eu adorava ouvir.

- Onde vc esta?

- Quem é? - Ele perguntou isso mesmo?

- Como assim quem é? Seu namorado, o único que vc tem. Eu espero.

- Há sim, o que manda?

- Como assim o que manda? Oque seus amigos nerds te deram? A erva da matemática?

- Fala logo oque vc quer Marcelo. - Ele disse impaciente.

- Eu quero que vc venha para a casa agora mesmo.

- E quem vc acha que é?

- Sou seu namorado, então vc tem que me obedecer.

- Vc esta brincando com a minha cara né?

- Vc só tem 17 anos, não pode ficar na rua até uma hora dessa.

- Ainda são 20:30.

- Por isso mesmo.

- Quer saber Marcelo, não me enche o saco.

E desliga o telefone na minha cara. Eu fiquei chocado, esperando um pouco respirei uns momentinhos e não aguentei e acabei gritando.

- OQUE? O.o.

ATUALMENTE.

Eu estava olhando para a janela do nosso quarto, estava um dia muito frio, nublado e chuvoso. As lembranças que eu tinha do David me deixavam pior, Maurício tinha ido trabalhar e eu estava em casa cuidando dos meninos, mas a minha mente não estava ali, estava flutuando no passado. Eu me sentia mal por mim, pelo o Davi e pelo Mau que ficava muito triste ao me ver naquela situação.

Eu só voltei a mim quando eu ouvi o Michelangelo chorando, fui ao seu quarto e vi que ele estava olhando para teto, mas não estava chorando mais. Eu peguei ele no colo e o mesmo ficou me olhando e agarrou o meu dedo mendinho com a sua mão minuscula, ele esboçou um sorriso lindo. Fiquei olhando pra ele até que me veio o sorriso do David na minha mente.

O meu celular tocou no meu quarto e eu fui lá segurando o meu menino que anda segurava meu dedo.

- Alo.

- Oi amigo. - Era o Diego.

- Fala Diego, como vc esta? - Eu perguntei.

- Eu estou bem, mas eu te liguei para perguntar como vc esta?

- Eu estou levando, o pior de tudo são as lembranças né? Mas o que eu posso fazer, é um dia triste, mas nada como um dia após o outro.

- Quando vc vai no cemitério?

- Mais tarde, vou esperar o Mau sair do escritório. Ele vai sair mais cedo hoje.

- Tudo bem, quando vcs forem eu quero estar com vcs tudo bem?

- Sim, eu me lembro como vc gostava do David. E lembro como ele gostava de vc.

- Ele me achava estranho. - Ele disse dando risada.

- Isso era verdade. - Eu também disse sorrindo.

- Noah filho do demo. - Ele gritou no meu ouvido - vou ter que desligar Marcelo.

- Tudo bem Diego. - Eu disse sorrindo - até mais.

- Até.

Quando eu olhei para o meu menino ele estava dormindo, mas mesmo assim ele ainda segurava meu dedo. Eu dei um sorrisinho e o levei de volta para o quarto, coloquei ele no berço e me sentei na poltrona que tem no seu quarto. Fiquei olhando pro teto e acabei caindo no sono.

*

Eu estava quase dormindo quando esculto meu pai gritando lá de baixo.

- Marcelo vem aqui agora. - Como eu tinha a mania de dormir de cueca e corri seminu pela a casa.

Quando eu cheguei na sala meu pai estava segurando o David pela gola do casaco, ele estava todo sujo de vomito e também estava bêbado.

- O que os nerds de hoje em dia andam fazendo?

- O que os nerds andam fazendo eu não sei, mas eu não quero um bêbado aqui na minha casa, ainda mais sendo de menor.

- Quem trouxe ele? - Eu perguntei vendo a situação.

- Um amigo, ele esta lá fora.

Na hora eu fui ver que amigo era aquele. Quando eu sai de casa eu vi que era o amigo cara de pau, que dava em cima dele na cara dura, meu sangue ferveu então eu fui pra cima daquele ser estranho que estava me encarando, ele parecia que estava com medo. Tem medo, mas não tem vergonha na cara.

- Vcs estão louco em dar bebida pra ele?

- Cara, ele quem quis beber e outra o David não é mais criança.

- Olha amizade eu vou te mandar a real, seu eu ver vc conversando com ele, olhando pra ele ou até mesmo pensando nele, vc pode correr pq eu vou dar um jeito em vc e nessa sua cara filha da puta vc me entendeu?

Ele concordou com medo e saiu correndo, eu ainda xinguei ele e entrei em casa.

Eu vi que meu pai estava no banheiro dando banho no David, ver aquele corpinho gostoso no banho me deu um tesão enorme, mas eu ia fazer o David aprender a não me tratar mal, ele ia ganhar um gelo legal meu. Meu pai ainda reclamou e disse que eu iria dar banho nele, eu ainda disse que eu estava com gripe e não poderia dar banho nele, mas a unica coisa que ele me disse foi.

- Foda-se, seu namorado sua obrigação. - Disse isso e saiu do banheiro.

- Obrigado.

- Celo a água esta gelada.

- Se fosse por mim vc não estava tomando banho com água e sim com acido.

Ele ficou resmungando da água gelada e jogou água em mim, eu fiquei bravo e falei um monte pra ele que ficou rindo da minha cara. Depois eu ajudei ele a se limpar e o levei para o seu quarto. Joguei ele na cama e e fui para o meu quarto, mas antes eu ainda fui pra sala e xinguei meu pai por ter me deixado sozinho com o David bêbado no banheiro.

No dia seguinte eu acordei bem cedinho e fui tomar meu banho para ir para a casa da minha tia que ficava em campinas. Eu me arrumei e fui para a cozinha, meu pai estava sentado e me olhou por cima do óculos, eu fiz careta pra ele e fui tomar meu café, eu olhei no meu relógio e percebi que o bêbado não tinha acordado ainda, então eu fui para o seu quarto e entrei.

- David.

- Hum. - Ele gemeu.

- Acorda, nós temos que sair cedo.

- Não. - Ele disse ainda gemendo.

- David eu não vou falar de novo. - Eu disse já sem paciência.

- Me deixa dormir Marcelo.

- Tudo bem.

Eu fui para a área esterna da casa e enchi um balde com água, passei por meu pai com um sorriso sádico, ele apenas me observou e voltou a tomar seu café, entrei no quarto do David.

- Mais uma chance, acorda.

- Não. - Ele gritou.

- Tudo bem, eu avisei.

Eu disse e joguei água do balde tudo em cima dele, o mesmo pulou da cama e começou a correr de um lado para o outro. Eu não me aguentava de tanto rir, acho que até me mijei naquele dia.

- Vc é louco?

- Pronto, esta de banho tomado, agora vai trocar de roupa.

Eu disse saindo do quarto, mas não antes de levar um tênis na cabeça.

Depois disso fomos para a casa da minha tia sem trocar uma palavra. Meu pai ainda tentou conversar com a gente, mas ninguém deu atenção. Meu pai ainda disse que o David estava proibido de sair a noite por um bom tempo, quando ele me olhou eu estava sorrindo pra ele, como se estivesse provocando. Ele me mostrou o dedo do meio e feia cara feia.

Chegamos ao sitio que minha tia morava, era um lugar lindo, eu sempre gostei de lá.

Quando minha tia me viu foi uma gritaria, era até engraçado. Ela amava o bêbado - era assim que eu o chamava depois do mico da noite passada -, não admitia que ninguém falava mal dele.

Ficamos o dia inteiro sem nos falar, quando foi a noite eu estava olhando o céu estrelado, percebi que ele foi chegando perto de mim como se fosse um gato, ele passou a mão por meus cabelos loiros e disse ao meu ouvido.

- Me perdoa? Eu fui um idiota, quando eu falei no telefono com vc ontem e hoje de manha, eu nunca faço essas coisas e acabei passando dos limites, já pedi desculpa para o seu pai e agora eu peço para vc.

- Vc sabe que pode até tentar, mas eu nunca vou ficar com raiva de vc. Eu te amo meu pequeno .

- Eu te amo mais. - Ele disse e me deu um abraço apertado.

A Thousand Years - A Thousand Years

I have died every day waiting for you

Darling, don't be afraid I have loved you

For a thousand years

I'll love you for a thousand more

*

ATUALMENTE

- Marcelo?

Eu acordei e meu amor estava me olhando.

- Oi amor.

- Oi.

- Que horas são?

- Já são 3:00 pm.

- Nossa já esta tarde, eu capotei legal. - Eu disse puxando ele que sentou no meu colo.

- Esta tudo bem?

- Sim e vc?

- Eu estou bem. Vc já comeu?

- Ainda não, eu acabei capotando e nem deu para almoçar. - Disse dando um beijo no seu pescoço.

- Então vai tomar um banho que eu vou esquentar alguma coisa para nós comermos.

- Não precisa, vamos almoçar fora.

- Acho melhor nós comermos aqui mesmo e depois outro dia almoçar em um restaurante. Esta um dia frio e eu não estou muito afim de sair.

- Tudo bem meu lindão.

Dei mais um beijo nele. E fui para o banheiro. Tirei minha roupa e entrei de baixo da água quente.

Eu não podia ficar daquele jeito, não podia ficar abalado sempre no aniversario da morte dele. Eu sabia que ele estava comigo, eu sabia que onde seja que ele estiver, ele vai olhar por mim. E também sei que ele não gostaria nenhum pouco que eu ficasse sofrendo, ainda mais agora que eu era pai de dois meninos e era casado com um menino lindo e eu também sabia que mesmo que o Mau não falasse, ele ficava incomodado com a maneira que eu fico.

Não posse me deixar a abater.

Sai do banheiro e vesti uma roupa preta, calça jeans preta, uma suéter preto e um palito. usava um sapato social e um colar que era do David, era um medalhão lindo que ele tinha me dado. Eu desci e vi que o Mau estava terminando de colocar os pratos na mesa.

- Oi amor. - Eu disse.

- Oi. Vamos comer.

- Sim.

Nos sentamos na mesa de jantar e começamos almoçar Ele me falava das coisas que acontecerem no trabalho e que o Rafael não estava falando com o Samuel, eu não sabia o porque, mas quando o Mau me falou eu fiquei com muita raiva do Samuel, eu iria ter uma conversa com aquele idiota.

Depois do almoço nós pegamos os meninos e fomos para o cemitério. O Mau foi dirigindo pq eu estava com muito sono já que não dormi na noite passada. O Dominic tinha passado mal, e eu fiquei muito preocupado. Fui pensando na vida e acabei pegando no sono.

*

- Alo?

- Oi amor, sou eu.

- Fale Jorgão.

- Jorgão? - Eu perguntei incrédulo.

- KKKKKKKK estou brincando Celo. O que vc manda.

- Hoje eu conheci um cara no trabalho, ele me chamou para jantar.

- Qual o nome desse desgraçado?

- Calma David, ele nos chamou para jantar. Ele e o namorado.

- Hum, prossiga.

- Como nós somos novos na cidade e não tenho amigos, nós marcamos de jantar em um restaurante no centro.

- Tudo bem.

- O nome dele é Rafael.

- Okay.

- Mais tarde eu passo ai, esteja arrumado.

- Tá.

Ele desligou o telefone e eu voltei ao meu trabalho.

Depois do expediente, eu combinei com o Rafael de nos encontrarmos na frente da empresa e eu iria seguindo ele. Na volta pra casa eu ainda me perdi e acabei chegando em cima da hora, David estava me olhando com uma cara feia do lado de fora da casa. Quando ele entrou no carro eu ainda levei uma bronca por não usar o gps e voltamos para a empresa.

Quando eu cheguei lá eu buzinei para o Rafael que piscou os faróis e começou a andar, o restaurante não era muito longe e chegamos rápido. Quando saímos do carro eu percebi que o Rafael estava puxando um garoto e quando chegamos mais perto, pude ver um garoto loirinho muito lindo, ele estava preso na porta, na verdade sua jaqueta estava presa na porta.

- Vc sempre faz isso Diego.

- O que eu posso fazer, esse carro maldito que me prendeu.

- Vcs querem ajuda? - Eu perguntei.

- Não querido, eu faço isso sozinho. - Ele disse puxando sua blusa que não saia de jeito nenhum.

David me olhou e empurrou a porta e puxou, a porta abriu e o garoto acabou caindo - mal sabia eu que ele fazia isso todo dia -, David se assustou e pediu desculpas. Ele ainda olhou feio, mas acabou aceitando as desculpas.

Nós entramos no restaurante e nos sentamos. Foi uma noite muito agradável, tirando o fato que o Diego brigou com o Rafael, com o garçom e com o gerente, mas foi uma noite muito agradável. Quando nós nos despedimos cada um foi para um lado, quando nós entramos em nosso carro o Davi disse:

- Aquele garoto é estranho.

- Amor, ele só é temperamental.

- Ele é um louco, espero não ter muito contato com ele. - Mal sabia ele que iam ser bons amigos.

- Chato.

- Bobo.

- Lindo.

E fomos para a casa para terminarmos de ter uma noite perfeita.

*

ATUALMENTE

Eu estava olhando o tumulo dele, a foto dele sorrindo me cortava o coração. Todos estavam juntos comigo. Colocamos flores e fizemos uma reza para ele. Fizemos um momento de silencio.

Eu segurava uma rosa e me lembrei de uma coisa que ele me disse:

"Eu sempre vou estar com vc, não importa para onde eu vá"

- Eu sei que vc esta comigo agora. - Eu disse dando um beijo na rosa e coloquei em cima do seu tumulo.

Mau me deu um abraço apertado e fomos todos para a acasa.

Aquele foi um dia longo, mas foi um bom dia. O dia que eu matei a sdd do meu pequeno.

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Continua.

Comentários

Há 5 comentários.

Por hugo em 2014-06-11 02:25:40
senti sua falta hj !!! pq nao postou esta tudo bem ???
Por dfc em 2014-06-10 15:59:03
coitado do Celo :( , ansiosissimo pro prox Cap
Por em 2014-06-10 11:06:07
adoro esse conto.
Por hugo em 2014-06-10 02:04:18
Mto bom parabéns. Tudo perfeito não vejo a,hora. Que Leonardo ficar com Philips
Por Ryan Benson em 2014-06-10 00:07:27
Emocionante como sempre! ^^ continuaa...