Amor, Eterno Amor - 29
Parte da série Amor, Eterno amor
Nós chegamos em casa junto com a minha mãe que iria ficar conosco ajudando cuidar das crianças, Amanda também iria ficar mais um tempo na nossa casa, pq tinha que amamentar os meninos. Patrick já estava montando o escritório com o Marcelo, Rafael e Samuel.
Quando chegamos em casa, minha mãe abriu a porta e nós entramos, eu estava segurando o Mick e o Marcelo estava segurando o Nick, agente só conseguia identificar os meninos pelo fato de ter uma pulseirinha com os nomes deles. Dessa vez o Nick estava com um macacão amarelo e o Mick um laranja, e as vezes isso também era fácil de ser identificado.
Noah tinha adorado os meninos, ele chamava os dois de bonequinhos, era até fofo ver ele falando com os meninos. Os dois estavam dormindo, e nós os levamos para os quartos, colocamos eles nos berços e saímos dos quartos.
Fomos para nosso quarto e deitamos na na nossa cama.
- Se eu estivesse a 2 anos atrás e me dissessem que minha vida seria assim agora, eu não iria acreditar.
- Pois é, eu digo o mesmo, como podemos mudar em apenas 1 ano. - Ele disse me dando um beijo no rosto.
- E olha pelo lado bom, nossos trabalhos como pai esta apenas começando.
- É, por um lado isso é bom, mas por outro...
- Como assim?
- Trocar fraldas, acordar de madrugada para dar de mamar, trocar fraldas. Eu já disse trocar fraldas.
- Mas tem os momentos bons, como os primeiros passos, as primeiras palavras e a primeira gargalhada.
- Eu tenho que comprar uma câmera nova. - Ele disse.
- Pra que?
- Para gravar esses momentos belos que vamos ter com eles, e também guardar pelo resto da vida.
- Eu ainda nem acredito nisso Celo.
- Mas esta acontecendo. E olha que loucura, com essas coisas de bebês nem vimos o tempo passar. Já fizemos 9 meses de casados. - Ele disse sorrindo.
- É vdd.
- Quando nós fizermos um ano, eu vou dar uma festa de arromba, chamar todo mundo.
- Não vai ter festa de arromba, pq nós vamos estar cuidando dos nossos filhos, quem sabe quando eles já estiverem mais grandinho.
- Tudo bem, o que eu não faço por vcs meus amores kkkkkkkkkkk.
Quando eu deitei minha cabeça do seu peito eu tirei rapidamente e levantamos correndo, um dos bebês estavam chorando. Era o Mick, eu já tinha percebido que ele era mais manhoso e chorão, então eu tinha que ficar mais encima, caso ele chora-se ou coisa assim. Quando entramos no quarto minha mãe já estava com ele no colo, ele dormia que nem um anjinho.
- Ficam tranquilos, eu estou aqui para ajudar.
- Mãe vc é anjo. - Eu disse fazendo carinho na bochecha do meu anjinho.
- Eu sei cuidar de criança, cuidei de vc até sair de casa.
- Muito engraçadinha vc. - Eu disse fazendo bico.
- Vai descanar.
- Eu vou. Obrigado. - Eu disse dando um beijo nela.
- Não precisa me agradecer, é o minimo que eu posse fazer. Sabe, depois de tudo que passamos.
- Esquece isso mãe, aquilo é passado. - Eu disse ando um beijo em sua testa.
Eu sai do quarto do Mick e fui para a cozinha tomar alguma coisa.
Quando eu cheguei na cozinha o Celo estava tomando sorvete, e quando me viu me mandou um beijinho. Eu fui direção na geladeira e achei um pedaço de torta de limão, foi aquilo mesmo, não tinha nada para comer. Quando eu terminei a Amanda entrou na cozinha e foi direto na geladeira, mas do nada ela ficou quieta olhando pra mim e para o Marcelo.
- O que?- Ele perguntou com a boca cheia de sorvete de chocolate.
- Cade minha torta?
Quando ela disse isso eu me engasguei e comecei a tossir, o Marcelo me olhou e segurou a risada. O olhar da Amanda foi de mim pra ele, e dele para mim, na hora ela percebeu que sua torta não estava mais entre nós.
- Quem foi? - Ela perguntou ficando vermelha.
- Foi o Mau!
- Marcelo!!!
- Pq vc comeu minha torta? - Ela começou a chorar - é muito pedir para vcs não comerem minha torta?
Eu não sabia o que fazer, eu entrei em panico.
- Não precisa chorar. - Eu disse.
- São os hormônios. - Disse Patrick entrando na cozinha - ontem nós fomos tirar o atraso e ela começou a chorar, agora eu tenho que consultar um psicologo, pq eu eu fiquei traumatizado. Sempre que eu for fazer sexo, vou ficar com lembando dos choros estéricos dela.
- Informação de mais. - Eu digo indo para a sala - A Amanda, eu vou te comprar outro pedaço de torta.
- Agora eu não quero mais, seu viado morto de fome. - Agora ela estava brava.
- Eu vou vazar, antes que vc jogue essa cadeira em mim. - Eu disse saindo.
Marcelo foi atrás de mim e me parou no pé da escada.
- Amor que tal agente sair um pouquinho.
- Andar Celo, mas e os bebês?
- Sua mãe, Amanda e Patrick estão aqui, vamos só um pouquinho.
- Tudo bem.
Nós saímos de casa, e fomos andar por meio a natureza, aquele lugar incrível.
- Eu te amo meu bebê. - Ele disse passando o nariz no meu rosto.
- Eu também te amo, meu amor.
Ele me deu um beijo calmo e apaixonado, e nós ficamos caminhado de mãos dadas pelo bosque.
NARRADO POR DIEGO
- RAFAEL. - Eu gritei.
- O que é, que vc fica me gritando? E... - Ele parou e me olhou - o que aconteceu com vc?
- Seu filho, sua responsabilidade. Eu quero distancia de vc e desse Gramlin. - Eu disse apontando para o Noah que estava me olhando com carinha de bravo.
Eu peguei um pano e comecei a limpar o mingau que o Noah tinha jogado na minha cara, O Rafa disse que hoje era um dia que ele estava meio emburrado, e que não gostava de muito de pessoas por perto, mas jogar um prato de mingau na minha cara já era de mais.
- Filho pq vc fez isso com o papai Diego? - Perguntou Rafael e ele ficou de cara feia.
- Fala Gramlin, o que vc quer?
- Um boneco do homem-aranha, mas vc falou que não ia me dar.
- Eu estava com pressa, e não tinha tempo para comprar brinquedo, mas isso não é motivo para me lavar com mingau de aveia. - Eu disse gritando.
- Amor, não precisa brigar com ele. - Rafael disse limpando a mão do Noah.
- Rafael vem aqui. - Eu disse chamando ele com o dedo - vem mais.
- O que é amor? - Ele perguntou rindo e eu disse no seu ouvido.
- Vai se fode. - Eu disse e fui para o banheiro e me tranquei lá.
Fiquei me olhando no espelho e fiquei vendo o estrago que o baixinho fez em mim. E eu acabei desviando meu olhar para privada, e me lembrei do meu problema. Eu dizia para todos que eu estava curado, mas eu sempre tinha recaída algumas vezes e quando eu comia de mais eu acabava colocando o dedo na goela. E eu acabei me lembrando de como eu conheci o Rafael, eu tinha acabado de discutir com a minha mãe.
FLASH BACK
Eu estava no meu quarto quando minha mãe grita que dizendo que o jantar estava pronto. Naquela época eu era mio gordinho, mas não era exagerado, mas como minha mãe gostava de humilhar sempre, quando eu me olhava no espelho eu via um garoto deformado, enorme, obeso e que nunca iria encontrar ninguém.
Eu tenho dois irmãos, um se chama Hunter, ele era o cara lindo que todas queriam pegar. Estudante de administração de empresa, loiro e dos olhos azuis, meus pais tinham muito orgulho dele, ainda mais agora que ele estava de casamento marcado a ridícula da Olivia, que por ironia do destino também não gostava de mim. E a outra era a minha irmã Ema, A garota perfeita aos olhos do meu pai, ela era um ano mais velha que eu, também loira dos olhos azuis, ela era linda, mas uma criatura amarga e sem coração, por isso eu fazia de tudo para não ficar perto dos dois quando estavam em casa.
Meus pais eram os perfeitos empresários da elite californiana, mas eu não me enquadrava nesse posto que ele sempre queriam me impor, eu queria ser um chef profissional e foi isso que começou essa briga naquela noite.
Eu me sentei a mesa e estavam meu pai, minha mãe, minha irmã e seu namorado tapado, meu irmão e sua noiva cadáver.
- Então querido, quando vai ser sua formatura? - Perguntou minha mãe para o Hunter.
- Vai ser semana que vem.
- E vc Diego? Quando vai dar orgulho a essa família. - Disse meu pai.
- Claro, a conversa sempre tem que ser direcionada a mim.
- Claro, vc só sabe ficar enfiado naquele quarto o dia inteiro.
- O que vc quer que é faça, eu nem terminei a escola ainda.
- Eu quero que vc deixe de ser uma vergonha.
- Mas pq eu sou uma vergonha? - Eu já estava ficando irado com tudo aquilo, eu estava cansado de ser motivo de piada para os meus familiares.
- Olha só para vc? - Disse minha mãe - alem de ser obeso, nunca fez nada para emagrecer.
- Eu tento mãe, mas eu não consigo.
- Claro que nunca vai conseguir, vive na cozinha dia inteiro. - Disse meu pai.
- Mas é o meu sonho.
- Não, vc faz isso para afrontar seus pais, e alem de tudo é viado.
- Não fala assim. - Eu disse já chorando.
- E vc quer que eu falo como? - Ele perguntou.
- Mas deixa, é melhor assim, pq só homem para querer ele mesmo. - Minha mãe disse.
- Chega. Chega. Eu não aguento mais essa família, vcs são podres, piores que porcos. Vc é nojenta só sabe falar de beleza. - Eu disse apontando para minha mãe - Vc só pensa em si mesma. - Eu disse para a minha irmã - Vc fica lambendo a cu de todo mundo nessa casa, só para eles sentirem orgulho de vc, mas vc é apenas mais um manipulado - Eu disse para o meu irmão - E por ultimo vc, que não tem amor próprio, que não tem amor com o próprio filho. Eu estou cansado dessa família.
- Então vá embora. - Disse meu pai olhando nos meus olhos.
- Eu tenho dó de todos vcs. - Eu disse.
Eu me levantei da mesa e sai daquela casa só com a roupa do corpo, com uns trocados no meu bolso e o meu celular, eu estava saindo para nunca mais voltar, eu chorava que nem um bebezinho, eu não estava me aguentado em pé, então fui fazer o que faço de melhor, que foi comer.
Eu entrei em uma lanchonete, eu me sentei e um homem trouxe o cardápio e percebeu que eu estava chorando e perguntou se e estava bem, mas eu acabei desconversando e inventando algo sem importância.
- Eu quero um x-bacon, uma coca de 1 litro, uma porção de batatas fritas, uma porção de calabresa e cebola impanada.
Ele ficou em olhando como se eu fosse um morto de fome, mas não falou nada, quando ele foi tirar o cardápio, e segurei.
- Pode deixar, depois eu vou pedir mais coisa.
- Tudo bem. - Ele disse e saiu.
Eu não percebi que o Rafa estava em uma mesa ao lado da minha, e estava assustado com tudo o que eu tina pedido, mas achou melhor ficar quieto para não levar patada mais tarde. Depois que a minha comida chegou, eu comecei a comer como se fosse o fim do mundo, eu acho que a comida acabou depois de uns 30 minutos e eu chamei o garçom novamente, ele veio e eu pedi.
- Um x-egg, uma poção de mandioquinha, mais uma coca, e um Sunday de morango.
- Sim senhor. Mais alguma coisa.
- Sim, minha dignidade. - Eu disse sussurrando.
- Não entendi.
- Nada não, obrigado.
Depois a comida chegou e eu comecei a comer, mas dessa vez a comida acabou mais rápido que a primeira. Depois eu pedi a conta e fui correndo para o banheiro. Eu estava muito cheio e já sabia o que fazer, quando eu entrei no banheiro me certifiquei que estava vazio e fui para um dos boxes, naquele momento o vazo sanitário era o meu melhor amigo, eu estava mesmo no fundo do poço. Então eu coloquei o dedo na goela e coloquei tudo pra fora. Quando terminei o que estava fazendo eu dei descarga e abri a porta do box e dei de cara com o Rafael.
- Cara o que vc pensa que esta fazendo? Vc acha que eu não sei que vc se empanturrou de comida e vem aqui vomitar de proposito. - Ele diz me olhando.
- Cala sua boca, vc nem me conhece. - Eu não estava acostumado com aquele tipo de tratamento, nunca ninguém se preocupou comigo, então eu estranhei aquilo, ainda mais vindo de um estranho.
- Meu isso faz muito mal, não estraga a sua vida.
- Olha aqui cara. - Eu disse colocando a mão na cabeça - Vc cuida da sua vida.
- Vc esta bem?
- Estou. Não, não estou. - Eu digo perdendo os sentidos. E não me lembro mais nada daquele dia.
FLASH BACK OFF
Eu estava me olhando no espelho e minha lagrimas teimavam a sair, sempre quando eu me lembrava da minha mãe, eu me sentia gordo, obeso e tudo mais. Eu ainda pensei em fazer aquilo de novo, mas eu não podia, eu não queria, e ainda mais não podia decepcionar o meu amor. Então limpei as minhas lagrimas e abri a porta do banheiro, quando eu sai eu dei de cara com o Rafael sentado no chão do corredor com os olhos vermelhos.
- Vc me prometeu. - Ele disse soluçando.
- Mas eu não fiz. Olha pra mim. - Ele olhou nos meus olhos - sempre quando eu vou fazer isso eu me lembro que te fiz uma promessa, e faço de tudo para cumprir.
- Vc quer que eu marque uma consulta com o seu psicologo?
- Sim. - Eu disse tentando não chorar mais.
Ele concorda coma cabeça, e vai indo em direção ao nosso quarto.
- Rafael. - Ele me olhou - eu te amo, obrigado por acreditar em mim.
- Eu também te amo, e sempre vou estar ao seu lado.
Pretty hurts
Shine the light on whatever's worse
Perfection is the disease of a nation (pretty hurts, pretty hurts)
Pretty hurts
Shine the light on whatever's worse
Tryna fix something
But you can't fix what you can't see
It's the soul that needs a surgery
Eu fui para o meu quarto e tomei um banho demorado, eu sai e disse para os meninos que eu iria no shopping, comprar o boneco do Noah que ficou muito feliz, Rafael ainda fez ele me pedir desculpa por ter me jogado mingau. Os dois também se arrumaram e foram comigo.
Quando chegamos lá o primeiro lugar que nós fomos foi comprar o boneco do Noah.
- Olha só pra isso Noah. - Eu disse indignado.
- Oque? - Ele pergunta me olhando com aqueles olhinhos cor de folha.
- Olha o preço disso, é o olho da cara. Não nada melhor e mais barato para vc não?
- Não. - Ele diz fazendo bico.
Eu olhei para o Rafael que estava sorrindo.
- Tudo bem, vc pode levar esse.
Ele abriu um lindo sorriso e me deu um abraço na perna, quando ele foi pegar o boneco um menino mais ou menos do tamanho dele pegou o boneco da sua mão.
- Eu quero esse papai.
- Que es tu estranho? - Eu perguntei para o menino.
- Pode fazer o favor de devolver para o meu filho. - Disse Rafael.
- Ele não tem que devolver nada. - Disse uma voz que congelou a minha espinha.
- Meu caro amigo, meu filho estava com o boneco na mão e seu filho veio e o tomou. - Eu respirei fundo e resolvi agir como se eu não o conhece-se.
- Na boa Rafael. - Quando eu me virei os olhos do Hunter se arregalaram.
- Diego!!!
- Olha Noah. - Eu disse sem dar atenção - tem outro igualzinho.
- Mas papai.
- Amor, são todos iguaizinhos, e com certeza tem os mesmos preços, que custa os olhos da acara. Que no caso vai sair do bolso do Rafa. Então vamos. - Eu disse pegando o Noah no colo e querendo sair dali o mais rápido possível.
- Diego! Vai fugir de novo? - Perguntou Hunter.
- Quem é ele? - Perguntou Rafa.
- Um parente distante. - Eu disse frio.
- Eu sou o irmão dele.
Quando ele disse isso, eu vi que o Rafael mudou da água pro vinho, ele foi pra ciam do Hunter e segurou ele pela camiseta.
- Eu estava esperando por esse dia...
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Continua.
Povos, desculpem demorar esses dois dias para postar, mas tive alguns problemas, mas não foi problemas de preguiça kkk.
ThiagoAraújo, Ryan Benson, LittleJo2, hugo. Agradeço os comentários de vcs, espero que vcs tenham curtido esse cap.