Amor, Eterno Amor - 28
Parte da série Amor, Eterno amor
Eu estava em uma animação que só Deus pondo a mão, mesmo ouvindo os gritos e as juras de morte que Amanda estava fazendo para Patrick que não sabia o que fazer, eu não podia deixar de sorrir em um momento como esse. Eu não podia deixar de avisar meus amigos que meus filhos estavam nascendo, da vontade de colocar a a cabeça para fora da janela que nem cachorro, e começar a gritar. A primeira pessoa que eu liguei foi o Di. Ele demorou para atender, pq ainda estava dormindo, mas eu não desisti, até que ele atendeu.
- Me de um motivo para não te dar um chute nas bolas. - Ele disse com uma voz irada.
- Meus filhos estão nascendo. - Eu disse sorrindo.
- Bom, até que é um bom motivo para não te deixar sem bolas. Vcs estão indo para a maternidade?
- Sim, vamos nos encontrar com o Carter, ele que vai fazer o parto.
- Então nos encontramos lá.
Eu desliguei e liguei logo em seguida para a Kendra, que ia ficar mais puta que o Diego, por eu ter acordado eles 4 horas da manha.
- Hum. - Ela atende gemendo.
- Kendra, meus filhos estão nascendo.
- Quem é?
- Como quem é? É o Maurício.
- Quem?
- O Maurício sua idiota, eu estou dizendo que estamos a caminho do hospital, pq meus filhos estão nascendo.
- Parabéns, agora me deixa dormir.
- Serio que vc vai dormir? Não ai estar do meu lado em um momento como esse?
- Tá, eu já estou indo.
Ela desliga na minha cara.
- Alô mãe?
- Oi meu filho, aconteceu alguma coisa?
- Sim, os bebês estão nascendo.
- Meu Deus, a para onde vcs estão indo?
- Para a maternidade, liga para a Clara ou para o Leon, e diz para um deles trazer a senhora.
- Tudo bem meu filho, eu ligo sim, daqui a poco eu eu estou chegando lá.
- Tudo bem mãe. Te amo.
Eu desliguei e estava tremendo, eu esperei por esse momento, o tempo todo, e agora eu estava muito nervoso. Sinto Marcelo pegando na minha mão, e quando eu olho para ele, eu vejo uma lagrima descendo pelo seu rosto, ele olha pra mim e da um sorrisinho, eu levo sua mão até minha boca e deu um beijo. Amanda ainda esta sofrendo lá traz, tem hora que ela fica mais calma, e tem hora que ela explode e começa a bater o Patrick, mas como um bom marido, ele aguenta tudo calado.
Chegamos ao hospital, quando nós saímos do carro já tinha um enfermeiro com uma cadeira de rodas esperando, não me perguntem como já estava lá, pq nem eu sabia responder, mas enfim. Colocamos ela na cadeira e fomos para dentro do hospital e o Carter já estava a nossa espera.
- Já contaram os intervalos das contrações? - Ele perguntou.
- São de 2 em 2 minutos. - Disse o Patrick.
- Até que em fim serviu para alguma coisa. - Disse o Marcelo.
- Eu sirvo para muitas coisas. - Ele disse fazendo bico.
- Se os dois não calarem as bocas, o único lugar que vão servir vai ser em um caixão. - Disse a Amanda.
- Como são de 2 em 2 minutos, ela já esta preparada. Levem-na para a sala de parto.
- Sim senhor. - Disse uma enfermeira.
- Vcs vão querer entrar com ela? - Perguntou o Dr.
- Sim. - Eu disse.
- Tudo bem Patrick?
- Claro vão lá, caso aconteça alguma coisa, eu vou estar esperando aqui fora.
- Obrigado. - Eu disse e fomos juntos com o Dr. e a Amanda.
Colocamos uma roupa própria para entrar na sala, uma mascara na cara e esperamos deitaram e Amanda na mesa, eu fiquei de um lado e o Marcelo do outro segurando a mão dela, eu percebia que ela estava muito nervosa, a respiração dela estava falhando e as mãos dela tremiam de mais, mas eu entendia, ela estava parindo os meus filhos, tipo os dois.
- Agora precisamos da sua ajuda também, vc vai ter que respirar e empurrar tudo bem? - Perguntou o Dr. Carter.
- Sim, entendi.
- Por tudo que é mais sagrado Marcelo, não desmaie. - Eu disse para Marcelo.
- Pode deixar, eu vou fazer o máximo para ficar lucido.
- Empurra Amanda.
Ele dizia e ela empurrava, mas ela dizia chorando que não tinha força, vendo ela naquele estado me deu vontade de chorar também, mas eu não podia abrir o berreiro na sala de parto, então eu tinha que me controlar. Eu percebia que Marcelo estava igual a mim, pq seus olhos estavam tomados de lagrimas, mas ele não deixava cair nenhuma.
- Vc tem que empurrar Amanda.
- Eu não consigo. - Ela dizia.
- É claro que consegue, estamos aqui com vc. - Eu disse.
- Pode apertar minha mão se quiser. - Disse o Celo.
- Mais uma vez, mas agora coloca bastante força, vamos lá.
Disse o medico e assim ela fez, ela deu um gemido mais alto e com mais força, até eu ouvi uma coisa que eu eu acho que vou lembrar pelo resto da minha vida, o choro do nosso menino, o medico pegou ele no colo, e o levou para uma mesinha que tinha dentro da sala, enrolaram o nº1 em um pano branco e trouxeram até nós.
Ele estava chorando ainda de olhinhos fechados, o primeiro que pegou no colo foi o o Marcelo que não estava acreditando no que estava vendo, ele ria e chorava ao mesmo tempo, como se fosse uma criança boba. Quando eu peguei ele no meu colo, o mesmo abriu os olhinhos e segurou meu dedo mindinho, ai que eu não aguentei mesmo e desabei a chorar, era umas das melhores coisas da vida, segurar seu filho pela primeira vez, e poder olhar em seus olhos.
A enfermeira pegou ele do meu colo e o tirou da sala, eu fiquei meio besta, mas eu voltei a realidade quando a Amanda deu outro grito.
- Bom, agora esta vindo o segundo, eu quero que vc faça a mesma coisa que fez com o primeiro entendeu.
- Sim. - Ela disse, e uma lagrima saiu dos seus olhos.
- Vai ficar tudo bem. - Eu disse falando no seu ouvido, e ela concordou.
- Empurra com força, vamos. - Disse o Carter - ele já esta vindo.
Ela fez mais força, e foi que nem da primeira vez, ela deu grito mais alto e ouvimos mais um choro.
Celo estava rindo e chorando ao mesmo tempo. Eu vi a figura do David em um canto da sala dando risada e desaparecendo aos poucos, como se estivesse se despedindo. Marcelo segurou o nº2 no colo e depois foi a minha vez, ele era igualzinho ao primeiro, pequeno e lindo de mais, meus olhos já não aguentavam de tantas lagrimas, e novamente ele foi levado dos meus braços. Eu juro que depois que tudo já estivesse bem, eu iria dar uns tapas na cara daquela enfermeira maldita.
- Vc conseguiu. - Eu disse olhando para a Amanda.
- Eu não quero isso pra mim, nos próximos 10 anos. - Ela disse sorrindo.
- Vc é nossa heroína.
Lentamente ela foi fechando seus olhos e caiu em um sono profundo, o Dr. Carter disse que era normal e que ela só ia acordar no quarto. Nós saímos da sala de parto e fomos para a recepção do hospital, todos estavam lá, e quando nos viram quase pularam em cima de nossas cabeças.
- Cade eles? - Perguntou o Rafael.
- Uma enfermeira levou eles de mim. - Eu disse com cara feia.
- Eles tinha que se preparar. - Disse minha mãe - como é que eles são?
- Ai mãe eles são lindos, um deles agarrou meu dedo e olhou nos meus olhos.
- E como esta a Amanda? - Perguntou o Patrick.
- Ela esta bem. - Disse o Marcelo - foi muito forte, e agora ela esta descanando.
- Quando eu poderei vê-la?
- Assim que as visitas forem liberadas. - Disse o Marcelo.
Passou-se mais algum tempo e o Dr. Carter apareceu lá na recepção dizendo que nós poderíamos ver a Amanda, e que os meninos estavam no quarto junto com ela. Como somos muitos organizados (SQN) nos entramos no quarto todos de uma vez, ela estava na cama sentada, e os meninos estavam dentro de um bercinho que tinha do lado da cama.
Patrick foi logo na Amanada perguntar se ela estava bem, se não sentia dor nenhuma e pergunto quantos dedos ela estava vendo em suas mãos. Já Celo e eu fomos nos bercinhos que tinham do lado da cama, e lá estavam eles, um estava vestindo uma macacão azul e o outro vestia uma verde, os dois eram lindo de mais, mas e estava com medo de pegar no colo e fazer merda, e acho que eu não era o único pq o Celo só ficava olhando e sorrindo, tipo sera que pego ou não? Mas eu acabei pegando o de azul no colo. Ele se mexeu um pouquinho, mas continuo quieto, e o Celo pegou o outro.
- Que lindos. - Disse minha mãe.
- Meu Deus, eu quero um. - Disse a Kendra.
- Duvido que vc aguenta o que eu aguentei. - Disse a Amanda para a Kendra.
- E quem disse que vai sair de mim? Vc pode fazer outro, se fez para um amigo, vai fazer para todos. - Ela disse e todos riram.
- Só daqui a dez anos.
- Muito tempo meu amor, e quando formos fazer o nosso.
- Eu marco uma cesária. - Ela disse.
- E qual vai os nomes deles?
- Bom esse que esta no meu colo vai se chamar Michaelangelo. Que no caso vai ser Mick.
- E esse vai se chamar Dominc. Que vai ser Nick.
- Que lindo. - Disse Leon com s olhos cheios de lagrimas.
- Amanda, se não fosse vc, esse momento não estaria acontecendo, eu não tenho nem palavras para expressar minha gratidão. - Eu disse olhando para ela.
- Vc pode expressa-la sendo feliz, e fazendo essas crianças felizes. Vcs dois são pais maravilhosos, eu sei que vão cuidar muito bem deles. - Ela disse olhando para os dois.
- Eu quero segurar. - Disse o Rafael.
- Eu também quero. - Disse minha prima.
Diego estava com o Noah dormindo em seu colo, então não pode segurar os bebês, ele e Noah já estavam em uma relação linda de pai e filho, o Noah passou a chamar o Diego de pai, e o mesmo aceitou essa situação.
Minha mãe estava maravilhada por ter dois netos, e ela que pensou que nunca teria nenhum. E Marcelo não tirava o sorriso da cara, ele ficava olhando os dois com os olhinhos brilhando, e morria de medo de alguém derruba-los, mas eu não o culpava, eu estava assim também. Meu sogro quando descobriu que era avo, pegou um avião na mesma hora e veio o mais rápido o possível para a califórnia.
Depois a mesma enfermeira que pegou meus meninos e levou eles sem deixar me despedir, pegou eles novamente e os levou para o berçário, eu ainda fiquei olhado para os dois pelo vidro do hospital e depois eu voltei para o quarto. No começo eu fiquei meio assim com medo da Amanda querer os bebes para ela, mas ela me tranquilizou que não estava na hora de ser mãe, mas ia nos ajudar no que quiséssemos.
Estávamos entrando em uma nova vida, e eu estava muito feliz com isso, agora sim íamos ser uma família completa.
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Continua.
ThiagoAraújo - Agradeço que vc também esteja acompanhando. Espero que tenha gostado desse.