Amor, Eterno Amor - 10
Parte da série Amor, Eterno amor
- Eu tenho nojo de vc Marck. - Eu gritei no telefone.
- Eu só fiz aquilo pq eu te amo. - Ele diz com a voz embargada.
- Me ama? Há vai morrer no Brás.
- Morrer aonde? - Eu me lembrei que ele não conhecia o Brasil.
- Só quero que vc nunca mais me procure se não eu chamo a policia vc entendeu?
- Sinto muito. - Foi o que ele disse antes de sumir da minha vida para sempre.
Eu respirei aliviado, não ia ter mais aquela lesma atrás de mim me atormentando o tempo todo. Eu desliguei o telefone e comecei a fuçar na cozinha do Marcelo para ver se eu achava alguma coisa para fazer e encontrei nhoque pré cozido e foi o que eu fiz, como ele me disse que ia tomar banho eu preparei tudo muito rápido, olhei em sua estante e vi alguns vinhos, como eu não entendia muito eu peguei o que tinha a embalagem mais bonita, vai que o gosto era o melhor. Como ele demorou um pouco lá em cima eu conseguir fazer a tempo. Quando eu terminei eu subi para o seu quarto e entrei sem bater o que foi um erro, quando eu entrei ele estava totalmente nu e ainda molhado. Aquela cena das gotinhas d'água descendo pelo o seu corpo foi muito exitante, mas quando eu cheguei no seu pênis eu levei um choque de realidade e fiquei vermelho.
- Desculpa, ai meu Deis que vergonha. - Eu disse fechando a porta do seu quarto e voltei correndo para a sala. Não conseguia tirar a aquela cena da minha cabeça.
- Hei. - Quando ele disse isso eu dei um pulo de susto - calma não precisa ficar com vergonha.
- Como não? Alem de eu ter entrado no seu quarto sem bater, eu ainda te vi todo, todo... É. - Eu disse olhando para ele de novo e já começando a imaginar coisas.
- É o que? - Ele perguntou sorrindo.
- Nada. - Eu disse fugindo do assunto - vamos comer pq já esta pronto.
E nós fomos para a mesa, quando eu cheguei lá ele puxou a cadeira para mim, acho que eu podia me acostumar com isso. Quando ele se sentou na mesa ele viu o vinho e deu risada. Eu fiquei com vergonha na hora e me senti burro por não ter olhado no Google antes de escolher o vinho.
- Vc pegou o vinho com a embalagem mais bonita acertei? - Ele perguntou rindo.
- Sim. - E nós dois caímos na garalhada.
- Para acompanhar massas é melhor um vinho tinto suave e não um vinho seco kkkkkkk.
- Pode deixar que da próxima vez eu vou olhar no Google. - Quando eu disse isso ele deu uma risada gostosa e foi pegar outro vinho.
- Esse se chama Pinot Noir, é bem suave. - Ele colocou em uma taça e me deu.
- Muito bom. - Eu disse sentindo o gosto do vinho , que era uma maravilha - onde foi que vc aprendeu sobre vinhos.
- David. - Ele disse sorrindo - ele que me ensinou, ele era como se fosse um alcoólatra.
- Não diga isso. - Eu disse olhando para os lados com medo dele aparecer.
- Vc quer me contar alguma coisa? - Ele me perguntou meio desconfiado e eu disse cochichando para ele.
- Ele apareceu pra mim quando eu estava no seu quarto, falou comigo. - Eu disse horrorizado.
- E pq vc não me contou?
- Fantasmas não existem. - Eu imitei ele com voz de retardado e ele caiu na risada.
- Se fosse naquele dia eu não acreditaria mesmo, mas hoje.
- Tá de káo? Ele apareceu pra vc? - Ele fiz sinal de sim com a cabeça
- As luzes do banheiro piscaram e ele trancou a porta. - Quando ele disse isso senti um arrepio.
- Vou mandar exorcizar essa casa e colocar crucifixos nos cômodos e sal nas entradas. - Eu ia fazer ele para de atormentar nossas vidas a eu ia. Marcelo começou a rir que nem um idiota e aquilo me deixou bravo, ele não podia brincar com essas coisas, fantasmas são coisas ruins e de coisas ruins minha vida esta cheia.
Como eu fiz aquela janta e tomei um banho eu não fui para a faculdade naquele dia, Eu e o Marcelo ficamos arrumando minhas coisas no quarto dele. Eu preferiria colocar no quarto de hospedes, mas ele insistiu e eu acabei aceitando, quando nós terminamos de arrumar tudo ele colocou um filme de terror para nós vermos, mas ele não deixou eu ver o nome antes de por no DVD. Quando eu vi que era O Grito eu quase bate no Marcelo e ele ficou dando risada da minha cara, o começo do filme até que era suave, mas quando aquela coisa começou a aparecer meu coração quase parou, mas eu me assustei mesmo quando a linda mulher de cabelos longos flutuantes que fazia um barulho agonizante esta em baixo do edredom do cara. Aquilo foi gota d'água e eu mandei o Marcelo tirar o DVD, mas ele ficava rindo e toda hora eu ficava olhando para de baixo das cobertas. Como eu não queria assistir mais aquele filme eu tive uma ideia que ia fazer ele ficar em choque, mas ia funcionar. Ele estava com os olhos vidrados na tela e eu comecei a cariciar o seu tanquinho e o seu rosto, dei um beijo no seu pescoço e disse no seu ouvido morrendo de vergonha.
- Quero dar para vc. - Quando ele ouviu isso ele engasgou e começou a tossir que nem um louco e disse.
- Eu acho melhor nós irmos dormir, amanha temos que acordar cedo né? - Ele disse desligando a tv e virando para o outro lado, eu vi que ele ficou muito vermelho e não aguentei e cai na risada, eu ria tanto que até chorava, ele ligou o abajur e me olhou com uma carinha brava - vc estava me zuando né?
- Precisava ver a sua cara kkkkkk. Foi hilario.
- Vc vai ver o hilario. - Ele começou a me fazer cocegas, depois de gritar, me debater e implorar ele parou e me deu um beijo - acho melhor irmos dormir.
- Concordo.
Demos um ultimo beijo e fomos dormir, eu coloquei a cabeça no seu peito e fiquei ouvindo seu coração até pegar no sono. Minha noite de sono foi calma, dormi como um bebe.
DO OUTRO LADO DA CIDADE (NARRADO POR DIEGO)
- RAFAEL MATA ESSE MONSTRO. - Eu disse correndo de um lado para o outro no apartamento.
- Calma Diego é só um rato. - Ele diz procurando em baixo do balcão da cozinha.
- Só um rato? Esse bicho passa doenças vc sabia disso? - Eu disse em cima da mesa da sala de jantar.
- Eu não acredito nisso, estávamos tendo uma noite maravilhosa, e vc trava quando vê um ratinho. - Nós dois estávamos de cueca pq paramos de transar na metade - e sai de cima dessa mesa porque vai quebrar.
- Esta me chamando de gordo? - Eu perguntei chocado. Eu sai correndo e fui para o banheiro me olhar no espelho, eu tinha o cabelo cor de mel e os olhos azuis. Sempre quando eu me olho na frente do espelho e me vejo obeso acabo vomitando tudo o que eu comi, mas de um tempo para cá eu estava indo ao psicologo e estava parando com isso, mas quado o Rafa me falava algo que desse a entender que estava me chamando de gordo eu corria para o banheiro para colocar tudo para fora.
Eu estava me olhando e já estava preparado quando o Rafael quase derruba a porta gritando meu nome, com o susto eu me afasto correndo do vaso sanitário.
- Abre essa porta agora Diego. - Ele diz socando a porta - vc sabe muito bem que eu não te chamei de gordo e nem insinuei isso. - Enquanto ele batia na porta eu já estava chorando dentro do banheiro.
- Me deixa Rafael. - Eu disse ainda chorando.
Em uma ultima tentativa ele da mais um empurrão na porta e ela acaba abrindo. Quando ele me vê sentado no chão ele vai correndo no vaso para ver se estava sujo já que ele não tinha ouvido barulho de privada e foi ao meu encontro e me abraçou também chorando no chão do banheiro. Ele me disse que juntos nós íamos superar essa doença e disse que ia ficar tudo bem. Quando eu já estava mais calmo eu o abracei forte.
- Eu te amo meu ninfeto. - Ele diz sorrindo e me beija, quando eu olho para traz dele eu vejo o ratos no olhando na porta do banheiro.
- HAAAAAAAAA. - Eu grito empurrando o Rafael que cai pra traz.
- O que foi? - Ele me pergunta ainda no chão.
- Se vc não matar esse rato eu vou sair e só volto amanha. - Eu digo em um tom ameaçador.
- Eu vou chamar o exterminador.
- Mas nós vamos ter que passar um tempo fora. - Eu não estava nem um pouco afim de passar minha semana em um hotel.
- Não tem problema, ficamos na casa do Samuel.
- Nem pensar, vc acha que eu vou aguentar a Kendra gritando no meu ouvido?
- Mas ela é sua melhor amiga. - Diz fazendo cara de confuso.
- Não a torna menos barraqueira, e vc sabe que seu amigo fica se engraçando por um belo par de pernas como diz vc, a Kendra fica revoltada. - Eu digo pegando a sua mão e ajudando ele a se levantar.
- Então amanha eu vou falar com o Marcelo e ver se ele pode nos abrigar ok?
- Sim. - Digo sorrindo e dando um beijo nele.
- Agora vamos voltar de onde paramos. - Diz ele apertando minha bunda.
- Nem fodendo, ou vc acha que eu fazer sexo com vc com o rato nos observando? - Quando eu disse isso ele me olhou com cara feia e ficou emburrado. Eu nem liguei para a sua cara, eu estava mais preocupado com o Stuart Little que estava fazendo guarda na nossa casa. Obriguei ele a me pegar no colo e me levar de volta para o quarto, pq não estava nem um pouco afim de pisar em um chão ratado, mas não estava mesmo.
DE VOLTA A NARRAÇÃO DO MAURÍCIO.
Quando eu acordei de manha eu percebi que o Marcelo não estava mais na nossa cama, eu estava com medo do fantasma estar de novo no quarto, mas estava com medo da Kayako estar de baixo do edredom até por que o David era um fantasma bonitinho e a outra não. Eu olhei para o quarto e percebi que estava um dia nublado, fiz uma ronda no espaço e sai de baixo do edredom e fui correndo para o banheiro, mas não olhei no espelho pq no filme a mulher sugada para dentro do mesmo. Minha vontade era de matar o Marcelo por ter me feito assistir um filme desses, eu ia ficar pensando naquilo o dia inteiro e não ia ser legal '-'. Depois de tomar meu banho eu fui e vestir e desci para tomar café e o Marcelo já estava terminando de arrumar a mesa e disse que queria falar comigo.
- Pode falar.
- O Rafael precisa dedetizar a casa e perguntou de pode passar uma semana aqui.
- Mas que pergunta é essa Marcelo? Essa casa é sua, não precisa pedir minha opinião.
- Mas vc mora aqui agora e quero saber se vc esta de acordo?
- Por mim tudo bem.
- Quem bom, agora ele vai poder me ajudar. - Ele disse com entusiasmo e eu achei estranho.
- Ajudar em que?
- No trabalho horas - Ele disse fazendo cara de obvio.
- Vou acreditar. - Disse dando um beijo nele e voltamos a tomar café da manha.
Continua.