O Cunhado [3]

Parte da série O Cunhado

Pensei melhor e resolvi não atender. Recusei a ligação e coloquei o celular no silencioso, pois assim evitaria que meus pais ouvissem o toque dele. De repente, recebo uma mensagem, já sabia que era de Pedro, então resolvi ler. Ele pedia que eu atendesse o celular, pois ele queria pelo menos uma chance de se explicar. Pensando por outro ângulo, ele até que tinha razão, então decidi atender. Mandei uma mensagem de volta informando que aguardava a ligação dele, e segundos depois, seu nome já piscava novamente na tela do meu celular. Eu respirei fundo e atendi, sério e seco.

- Oi – eu disse.

- Theo, olha, eu não sei o que te dizer sobre o que aconteceu hoje... – Ele começou, mas eu interrompi.

- Mas eu sei! Você simplesmente me enganou durante esses meses sobre o seu nome, seu estado civil, se dizendo solteiro, e sobre do que você gostava. Quando nos conhecemos você disse gostar apenas de homens, e hoje você me aparece com a minha irmã – eu dei uma ênfase na palavra “irmã”. -, e ainda mais namorando sério com ela. Você tem noção do que você fez?

- Eu não sabia que ela era a sua irmã, Theo – ele disse, um tom meio desesperado na voz, o que fez com que eu abaixasse a minha guarda e até sentisse pena dele por um momento. – Eu juro para você. Ela já havia me falado que tinha um irmão chamado Theo, mas nem de longe eu imaginei que fosse você. Vocês nem ao menos se parecem fisicamente.

- Certo, pode até ser que você esteja sendo sincero agora, mas e o seu nome? – Eu retruquei. – O tempo todo você sempre se disse Ricardo, e hoje eu descubro que você se chama Pedro. Nisso não há nenhuma armadilha do destino, você mentiu porque quis.

- Eu sei, Theo, meu amor, eu sei, mas me perdoa – ele falou, e eu tive a impressão que ele estava chorando. Besta como eu era, não resisti, e acabei suspirando para depois dizer:

- Calma, Pedro, não precisa ficar assim... – Eu não sabia muito bem o que falar, mas me senti culpado por tê-lo feito chorar, mesmo ele tendo me feito chorar um oceano alguns minutos atrás. Não dizem que quando estamos apaixonados só fazemos “cocô”? Essa é a mais pura verdade. Por fim, acabei dizendo, para quebrar o gelo, pois ele ficara calado de repente: - Vamos fazer o seguinte, amanhã a gente se encontra e conversamos pessoalmente. O que você acha?

- Ai meu Deus, ótimo, ótimo! – Ele exclamou, e eu senti sua voz mais feliz, o que me fez ficar feliz também. – A que horas nos vemos amanhã, e aonde?

- Eu vou à sua casa, pode ser? – eu perguntei, afinal precisaríamos de um local com privacidade para conversar e nos entendermos. – Pela manhã eu dou um jeito de chegar aí. Agora eu preciso dormir e descansar, o dia hoje foi muito cheio de novidades. Primeiro eu perco a minha virgindade com um cara pelo qual sou apaixonado, e depois descubro que esse cara namora a minha

Irmã... É, acho que preciso dormir um pouco. Amanhã conversamos, amo... – Eu parei quando me dei conta de que ia chama-lo de “amor”. Não é que eu não quisesse, mas eu ainda estava machucado. Não me sentia bem em chama-lo assim.

- Tudo bem então, meu amor – ele finalizou, com um tom feliz, porém ainda, digamos que, comedido.

Eu desliguei o celular e coloquei-o no criado mudo. Minha cabeça girava, eu realmente não sabia para onde ir. Parte de mim queria terminar com aquilo e fingir que nada acontecera, e tentar me acostumar ao fato de que ele pertencia a minha irmã; parte de mim queria continuar com aquilo, afinal eu estava apaixonado, loucamente apaixonado por Pedro, e aceitaria continuar com ele mesmo naquela situação. Eu estava em dúvida, então acabei adormecendo profundamente, mas não sem antes chorar mais um pouco as minhas pitangas.

No dia seguinte eu acordei um pouco tarde devido ao horário que eu havia ido dormir. Preparei-me psicologicamente para encontrar o Pedro e corri para o banheiro. Fiz minha higiene matinal, me arrumei e desci. Minha mãe estava sozinha na cozinha, meu pai havia ido trabalhar e minha irmã devia estar na casa dela. Minha mãe parecia muito feliz e foi logo perguntando o porquê que eu estava arrumado e para onde eu iria.

- Vou visitar uma amiga, mãe – eu respondi, pegando um pedaço de bolo. – Aquela que estudava comigo, mas teve que mudar. Pois é, ela me ligou implorando por uma visita, e eu não tive como recusar.

- Tudo bem, Theo, pode ir, mas não volte tarde – Mãe disse. – Nossa, fiquei impressionada com o Pedro, namorado da sua irmã. Ele é um rapaz lindo e parece querer realmente algo sério com a Thalia. Aleluia Senhor, minha filha encontrou alguém que presta!

Ao ouvir o nome de Pedro meu estômago deu uma guinchada, e eu quase engasguei com o bolo. Meus pais haviam gostado dele demais: um rapaz bonito, educado, estudava em uma das melhores universidades do estado, fazendo Direito, diga-se de passagem, e parecia realmente gostar da minha irmã. Isso na opinião deles, não é?

- É mãe, é verdade – eu falei a contragosto. Não queria dar a entender que não gostara nem um pouco do namoro da minha irmã.

- Seu pai está até pensando em arrumar uma colocação para ele lá na empresa, como assistente de um dos advogados de lá, coisa assim – minha mãe disse, e eu olhei de soslaio para ela.

- Que legal, ele parece ser bastante estudioso mesmo – por fim eu concordei, já estava quase roendo as unhas de ansiedade para encontrar o “Meu Cunhado Gostoso”.

Quando finalmente terminei de tomar meu café da manhã, peguei o primeiro táxi que passou perto da minha casa e segui para o apartamento do Pedro. Quando cheguei lá, o porteiro liberou a minha entrada, pois segundo ele o Pedro já havia informado que eu iria lá, e eu subi o mais rápido possível para o apartamento dele. Dessa vez ele não me atendeu pelado, ele parecia realmente triste. Aquilo me tocou.

- Oi – eu disse, meio sem jeito. Ele me respondeu com outro “oi” e me indicou o sofá, perguntando se eu queria beber alguma coisa. Eu estava com sede, porém não conseguia pensar em mais nada a não ser em beijá-lo ali mesmo, mas eu precisava me controlar. Acima de tudo eu precisava de uma explicação.

Pedro se sentou ao meu lado no sofá e deu um suspiro. Seus olhos estavam um pouco inchados, então eu supus que ele havia chorado também. Instalou-se sobre nós um silêncio sepulcral, até que eu tomei coragem e iniciei a conversa:

- Bom, Ric... Quero dizer, Pedro, só peço que você não omita nada dessa vez, nem seu nome, nada, nada mesmo, quero que você me conte só a verdade, pois caso contrário, acho que é impossível mantermos esse namoro.

Ele olhou para mim envergonhado, e começou a falar. Falou tudo: que mentira sobre seu nome, pois não era assumido para a sociedade e teve medo que eu fosse daquelas “bixas” – ele realmente usou esse termo – insistentes que, quando o cara não quer mais nada, elas insistem e os ameaçam, mas que depois ele descobriu que eu era o sonho de consumo de qualquer cara; disse também que não contou sobre o nome verdadeiro por insegurança, pois ele havia se apegado a mim e que ficou com medo de eu deixar de gostar dele por causa disso. Percebi que, quando Pedro se referia a outros gays, ele os taxava de “bixas”, “viados”, este tipo de termo. Era como se ele não fosse gay também, aquela típica auto homofobia. Resolvi deixar para lá, e perguntei sobre a minha irmã, o porquê que ele a namorava se nem de mulher ele gostava.

- Eu conheci a Thalia alguns meses antes de te conhecer, na faculdade – ele respondeu. – A gente meio que se tornou amigo, mas eu não queria namorá-la. Foi então que meus pais vieram me visitar e verificar como eu estava vivendo. A Thalia havia me confessado que estava gostando de mim, então por um impulso ou medo, sei lá, acabei pedindo-a em namoro, apesar de não gostar dela como mulher, e sim como amiga. Meus pais a adoraram. E disseram que estavam felizes por verem que o filho deles já havia tomado um rumo na vida e que havia encontrado uma namorada também. Depois disso, Theo, eu não consegui mais desfazer o que eu havia inventado, e eu gosto muito da sua irmã, dá para perceber que ela realmente me curte de verdade, então tenho medo de machuca-la e faze-la sofrer. É por isso que não te contei nada sobre isso. Perdoa-me, Theo.

Quando Pedro terminou de falar, acabou desabando em lágrimas, me fazendo chorar também. Mais uma vez me vi dividido entre os ensinamentos da minha família, e o meu amor – sim, amor, pois eu realmente estava amando o Pedro. – por aquele cara que havia acabado de me contar um história surreal, mas ao mesmo tempo verdadeira. De repente, ele se ajoelhou diante de mim, agarrando nas minhas pernas e chorando copiosamente.

- Me perdoa, meu amor, me perdoa – ele dizia, entre lágrimas e mais lágrimas. – Me perdoa por ter te feito sofrer, eu não tinha esse direito.

Eu só conseguia chorar também, enquanto alisava seus cabelos sedosos e me sentia finalmente aliviado por ele ter me contado a verdade. Eu entendia o lado dele: uma família também conservadora, como a minha, um pai e uma mãe que o bancavam com o bom e o melhor, pagando apartamento em bairro nobre da cidade para ele apenas estudar, e investindo em seu futuro. Ele realmente não poderia quebrar aquela imagem de “bom rapaz” para os pais dele de uma hora para outra, sem segurança de nada. Como ele iria sobreviver sem a mesada dos pais?

- Eu te compreendo, Pedro – eu disse, o que fez com que ele levantasse a cabeça e me olhasse com aqueles olhos verdes lacrimados brilhando á luz do dia. – Tudo bem se para você é difícil assumir agora, pois para mim também é. Eu só acho que essa situação com a minha irmã não vai dar certo.

- Eu só te peço tempo, amor – ele disse, agora com uma expressão mais serena, parando de chorar. – Só tempo para que eu possa me organizar financeiramente, tentar guardar algum dinheiro e terminar com a sua irmã.

- Você tem certeza disso, amor? – Eu já o chamava de amor novamente, não conseguia resistir e manter durão.

- Tenho, assim que eu conseguir uma independência financeira, eu termino com ela, assim meus pais me deixam em paz e não vão ficar me cobrando nada – Ele continuou. – Eu gosto muito da Thalia e sei que ela vai sofrer, mas tenho certeza que ela vai encontrar alguém que a ame de verdade. E nós vamos poder ficar juntos, no nosso cantinho, eu só peço que você seja paciente.

Ele havia me convencido. Pensei por uns minutos, enquanto Pedro voltou a se sentar do meu lado, e cheguei à conclusão de que, se ele realmente estivesse falando a verdade, e não seria possível que ele não estivesse, nós seriamos muito felizes. Eu só precisaria ser paciente, como ele mesmo pedira. Balancei a cabeça positivamente, e vi que ele entendera o que eu queria dizer.

- Eu sabia que você me entenderia, amor – ele disse, segurando a minha cabeça com as mãos e encostando a testa na minha. – Eu sabia! Eu prometo que nós vamos ser muito felizes! Eu te amo.

- Eu também te amo, Pedro.

Dizendo isso, eu o beijei. Foi um beijo calmo e terno, que depois se tornou rápido e intenso. Eu não pensava em mais nada, apenas em dar prazer àquele cara que eu passei a amar tanto em tão pouco tempo. Que se dane o namoro dele com a minha irmã, o que importava era que ele era MEU, só meu, e de mais ninguém! Não dizem que quem está na chuva é para se molhar? Pois bem, eu entrei não só em uma simples chuva, e sim em um tornado, e se era para ser arrastado pela força do destino, contanto que eu fosse arrastado com Pedro, eu iria sem problema algum.

Ele tirou a minha camisa lentamente e começou a chupar os meus mamilos com vontade, me fazendo revirar os olhos de excitação. Depois beijou o meu pescoço e sussurrou palavras lindas no meu ouvido. Eu já estava completamente entregue a ele, e Pedro sabia disso. Voltou a me beijar tirando a sua própria camisa, logo após desabotoou a sua bermuda, ficando só de cueca. O corpo dele era lindo demais, meu Deus! Enquanto eu tirava a minha calça, eu beijava todo o seu peitoral e sua barriga, arrancando-lhe gemidos de prazer. Em poucos segundos já estávamos completamente nús, se beijando avidamente no sofá.

Mais uma vez, ele me pediu para chupá-lo, e eu o fiz. Não timidamente como da primeira vez, mas com vontade, sem nem ao menos parar para respirar. Eu não queria deixa-lo nem ao menos por um segundo sem sentir prazer por estar comigo ali. Alguns minutos depois, ele avisou que iria gozar, e pediu para eu abrir minha boca, recebendo assim vários jatos de esperma na minha garganta, os quais engoli apenas para satisfazê-lo.

Logo após, ele passou a me chupar também. Eu não tinha a capacidade dele para segurar meu orgasmo, então logo já anunciei que estava ejaculando, pedindo para ele abrir a boca. Ele disse que não, que não gostava, e como eu não queria contraria-lo, acabei gozando apenas em seu peito.

Beijamo-nos profundamente, e logo Pedro já estava excitado de novo, pronto para mais uma. Dessa vez fomos para o seu quarto, no qual caímos na cama se acariciando e quase arrancando um a língua do outro. Ele pegou o lubrificante e a camisinha no criado mudo e pediu para que eu colocasse no pênis dele com a língua, o que foi prontamente atendido por mim. Ele gemia de prazer toda vez que meus lábios tocavam o seu pênis, que parecia uma rocha. Após colocar a camisinha, ele me pediu para que lambuzasse seu pênis com lubrificante.

Minutos depois, eu já estava de quatro, esperando que Pedro passasse lubrificante em mim. Ele lambuzou meu ânus com o creme, e logo depois se posicionou para finalmente me penetrar, o que ocorreu com um pouco de dificuldade, mas ocorreu. Ele me dava tapas na bunda e mordia minhas costas enquanto me penetrava, sempre com furor, de uma forma frenética. Fizemos amor em todas as posições que existem e que não existem naquele dia, porem ele sempre ativo, e eu sempre passivo. Ainda tentei ser ativo com ele, mas ele disse que não curtia, que preferia me dar prazer. Mais uma vez eu cedi, pois o amava e queria o satisfazer de qualquer forma. O amor é realmente uma flor roxa que nasce no coração dos trouxas!

Comentários

Há 7 comentários.

Por em 2013-05-13 12:27:22
Absolutely indited subject material, Really enjoyed looking at.
Por em 2013-04-11 23:33:05
troxa voce tem medo voce pemsei muito melhor
Por em 2013-04-11 23:32:01
muito coisas fala muito pemsei dor semtir por voce doi muito coisas
Por em 2013-04-11 23:30:51
melhor assim trocar
Por em 2013-04-11 23:29:24
pemsei melhor muito coisa temho comta mimha historia
Por em 2013-04-11 23:28:34
mao quero proxima voce mumca mais repedir muito quero tempo pemsar muito acertar chamce
Por em 2013-04-11 23:26:54
mao sabia comta para alguem posso mao comtaria voce