Eu Sabia Que Você Era Problema - Parte 41

Parte da série Eu Sabia Que Você Era Problema

-Marcello? Ai meu deus – pulei em cima dele, com os olhos marejados e rindo ao mesmo tempo – Tá fazendo o que aqui em Goiânia? – perguntei

-Eu que te pergunto – disse ele rindo e com os olhos marejados também e começou a me abraçar forte como se não quisesse me soltar

-Eu estou fazendo tetro agora, e vim fazer uma peça aqui – disse – mas espera, como você me reconheceu? – perguntei

-Sua boca, pode me chamar de tarado, mas reconheci, e essa lente vermelha bizarra não me engana – disse ele rindo

-Bizarra nada, eu amo minha lente – disse rindo

-Você está tão lindo, pegou um corpo, mudou o cabelo, por até piercing pôs, eu não curto muito, mas ficou bem em você – disse ele com um sorriso

-Obrigado, você também está lindo, mudou muito, ficou com uma ruga aqui, outra ali, mas ainda está no ponto, com aquele corpão, com um sorriso fofo, e deixou a barba crescer – disse rindo

-A parte das rugas não é verdade – disse ele sorrindo

-Eu sei, estou brincando com você – disse rindo

-Mas você está fazendo o que da vida? – perguntei

-Administrador da empresa ***** ******* - disse ele

-Sério isso? Nossa que bom viu, meus parabéns – disse

-Parabéns pra você também – disse ele – quando é sua peça? – perguntou ele

-Na verdade não é minha, eu só sou um personagem – disse rindo

-Não mudou seu comportamento, ainda é aquele menino rebelde que eu conheci – disse ele rindo

-Isso é ruim? – perguntei

-Não. Eu amo isso em você – disse ele

-Ok, voltando – disse meio nervoso com medo de me apaixonar por ele de novo e no fim só dar merda – ela vai ser amanhã as 19:00 no ****** ********** ******* - disse

-Onde que vende ingressos? Quero ver se você é um ator profissional – disse ele rindo

Falei pra ele onde vendia ingressos, ele me fez ir com ele comprar o ingresso, aproveitamos e fomos a uma pizzaria, eu disse a ele que tínhamos acabado de lanchar, mas parece que a idade dele aumentou e a fome aumentou junto. Eu só comi a sobremesa e ele comeu mais que um bicho, achei até fofo e comecei a rir por que ele não parava de comer. Quando fui embora, ele fez questão de me levar em casa, e quando chegamos.

-E aí? Eu venho aqui amanhã pra te levar pra peça? – perguntou

-Uai, não sei, vou pensar – disse

-Por favor por favor por favor – disse ele fazendo carinha manhosa

-Tá bom seu manhoso – disse rindo

Saí do carro, e entrei em casa sorrindo igual a um bobo, estava super feliz de ter reencontrado o Marcello. Dormi como um anjo. No outro dia, fui cantando “Big Girls Don’t Cry” da Fergie até a panificadora, vejo uma mulher brigando com o dono da panificadora, quando ela vem com tudo e eu esbarro nela.

-Ai meu deus, que povo doido – disse a moça e pelo visto de mal humor, e pelo visto eu conseguia reconhecer aquela voz irritante

-Ai meu deus, eu não estou acreditando. – disse

-Ah não, quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece – disse ela

-Ingryd? – perguntei

-Papai Noel que eu não sou – disse ela

-Mas pelo visto tá parecendo a rena do papai Noel. Não...tadinha, a rena é fofinha – disse fazendo uma cara sarcástica

-Muito engraçado você não é Edu, se passou 4 anos e você não mudou nada – disse ela

-Se passaram 5 anos genius – disse

-5? Isso é pior ainda, estou 1 ano mais velha. – disse ela

-E você pelo visto mudou muita coisa – disse sarcasticamente

-Olha aqui Edu... – alguém interrompeu ela dizendo “Mamãe eu quero um algodão doce”

-Até filha você tem? – perguntei rindo

-Não é da sua conta – disse ela

-Pelo menos é lindinha, não puxou a mãe – disse rindo

-Então é linda igual ao pai – disse ela

-Quem foi o coitado? – perguntei

-Diego Diego Diego meu querido – disse ela

Fiquei meio paralisado, engoli seco, mas mantive a pose

-Dois coitados então, mas não vou exagerar, por que pelo menos a filha de você é linda – disse

-Mamãe, eu quero algodão doce, o tio já vai embora e vai levar o algodão doce e... – falava a menina puxando o vestido da mãe

-Para de me encher o saco menina, você sabe que não pode comer o tempo todo, vai ficar com diabetes querendo comer o tempo todo – disse ela gritando

-Você quer de que? – perguntei pra menina

-O rosinha – disse ela sorrindo

-Edu, ela não pode comer doce o tempo todo, você só dá mal exemplo mesmo – disse Ingryd

-Esse rosinha? – perguntei pra menina que confirmou

Comprei um e dei pra ela, que ficou toda sorridente.

-Eu não quero que minha filha fique comendo besteiras o tempo todo – disse Ingryd meio furiosa

-Ai Ingryd, deixa de ser ranzinza é só um algodão doce – disse

-Depois, é um chocolate, e depois ela vai ficar obesa, e ela tem que seguir o exemplo da mãe, ficar magra – disse ela

-Ingryd, fala com o chão antes que ele te ignore – disse – como é seu nome? – perguntei a menina

-Larissa – disse ela

-Por que sua mãe não quer te dar algodão doce? – perguntei

-Ela quase não tem dinheiro, e diz que o papai não manda. – disse ela

-O papai não manda? – perguntei olhando pra Ingryd

-Não escuta ela, ela conta mentiras e... – eu a interrompi

-Vamos conversar Ingryd, quero saber disso – disse

Fomos a uma praça próxima, e tinha um parquinho.

-Filha, vai lá brincar vai, eu vou ficar aqui conversando com o tio Edu – disse ela e a menina foi brincar

-O que está acontecendo Ingryd? – disse isso e ela começou a chorar

Ela disse que estava desempregada, e que o Diego estava trabalhando com engenharia, mas não mandava dinheiro pra ela, ela tinha que ir até ele, e ele dava algum agrado, os pais mandaram ela pra fora de casa desde que souberam que ela estava grávida, estava morando de aluguel, e estava devendo um mês.

-Ingryd, me fala onde ele mora, eu vou lá cobrar dele, mas você também tem que me prometer que vai se mexer, e arrumar um emprego, por que dinheiro não cai do céu. – disse

-Jura? – disse ela fazendo uma cara

-Você quer o que? – perguntei

-Não sei, mas trabalhar é difícil. – disse ela

-Querida, se tudo fácil, a gente hoje morreria de tédio. Mas tem uma pergunta que não quer calar...por que você estava brigando com o dono da panificadora? – perguntei

Ela começou a chorar, e disse que estava devendo ele, ela tinha pegado uma grana emprestado com ele, e ele vivia cobrando ela.

-Pra você ver. – disse ela

-Quanto você está devendo? – perguntei

-500 reais – disse ela

-Vamos em um restaurante? – disse

-Oba, eu amo restaurante – disse Larissa pulando

-Não sei se vamos querida – disse Ingryd

-Por que não? – perguntei

-Por que eu não gosto de caridades, e eu sei cozinhar – disse ela

-Então eu vou comprar umas coisinhas a mais, e fazemos um almoço – disse

-Tudo bem então – pela primeira vez Ingryd sorriu pra mim

Saí, fui no banco, fiz um saque, fui no mercado e comprei umas coisinhas pro almoço, e algumas coisinhas pra geladeira da Ingryd. Passo na panificadora, e pago o homem que Ingryd estava devendo, ele fez uma cara do tipo “Hum, deve ser namoradinho dela” e eu retribui com uma cara de “Vai tomar no c* bolota dos infernos”. Cheguei na casa dela, e ela estava cortando uma cebola.

-Aqui, algumas coisinhas, inclusive uma caixa de chocolates pra você fofa – disse entragando pra Larissa, que correu e se trancou no quarto pra comer tudo de uma vez

-Vê se não come tudo querida, você já vai almoçar – disse ela

-Deixa ela – disse rindo

-Paguei sua divida lá naquele bolota – disse ela

-É sério Edu, não precisava mesmo – disse ela

-Mas já paguei e ponto final – disse e entreguei um envelope

-O que é isso? – perguntou

-Pra você, pagar o aluguel atrasado, e manter essa casa, até eu achar o Diego pra encher a cara dele de tapas – disse

-Não Edu, você já fez o bastante – disse ela tentando me entregar o envelope

-Ingryd, pega logo, e para de ser fresca, é um presente. – disse

-Obrigado Edu, obrigado mesmo. – disse ela chorando e pela primeira vez, ela me deu um abraço

-O que é isso Ingryd. – disse

Fizemos o almoço, passamos a tarde conversando sobre o que houve em 5 anos. E de noite, eu tive que ir pra peça, eu insisti que ela fosse junto, mas ela não quis. Fui pra casa, me arrumei rapidinho, eram 17:00 e Marcello já estava me esperando. Fomos conversando no caminho, falei sobre a Ingryd, e ele se comoveu. Eram exatamente 19:00 e a peça começou, tudo saiu perfeitamente bem (graças a deus), e no fim, Marcello jogou uma rosa no palco pra mim, eu comecei a rir, peguei a rosa, e as cortinas se fecharam. Tinham pessoas no camarim querendo tirar fotos, estava indo tudo bem, quando alguém me entrega um folheto da peça.

-Oi boa noite – disse

-Boa noite, me dá um autografo – diz o moço

-Qual seu nome? – perguntei

-Coloca assim “pra um velho amigo...Diego” – quando ele diz isso eu olho no fundo dos olhos dele

-Diego?

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Comentários

Há 5 comentários.

Por wteens em 2013-12-01 14:09:14
OMG!!!! São muitas emoções
Por Thiago em 2013-12-01 10:43:20
Nossa, nunca imaginei a Ingryd dar uma abraço kkkk.. Aguardando ansioso a continuação..
Por Hugo Werneck em 2013-12-01 05:28:27
"-Ingryd? -Papai Noel que eu não sou." KKKKK Ah, toda vaca tem coração no final das contas(ou não). Diego deve sofrer com ácido sulfúrico em seus olhos. Marcello fofo como sempre. Edu besta em vez de dark. Evolução dos personagens interessante. Só capricha mais na gramática viu Vih? Bjos
Por Jason_ em 2013-11-30 23:21:41
Chocante. Edu tem um coração bom que lindo <3, sinceramente não gosto mais do Diego... Victor, não nos torture com sua demora, bjs :-*
Por König em 2013-11-30 22:19:41
Que fofo, estou adorando essa nova parte, mas por favor, me garanta que o Diego vai sofrer um pouco (muito). PS: Shippo o Edu e o Marcello