Mãos À Obra - Capítulo 1

Conto de Danyel como (Seguir)

Parte da série Mãos À Obra

Final de tarde. A correria do dia cansativo já cobrava seu preço. Os ombros largos de Hugo Gasparini estavam doloridos. Mal conseguia esperar chegar em casa para tomar um banho quente e relaxante. Ainda teria que aturar sua mulher falando em seus ouvidos sem parar, mas isso era um pequeno preço a se pagar. Sua cabeça latejava, enquanto, do outro lado da linha, o gerente da rede de escritórios falava agitado.

- O certo, Bruno, é saber porque diminuiu o ritmo da obra... - Hugo disse, apoiando a cabeça em uma mão, enquanto segurava o telefone com a outra.

- Vou ligar na empreiteira, para ver isso - disse Bruno, o gerente.

- Diga para eles, que se eles não resolverem esse problema, nós vamos cancelar o contrato. Diga que o escritório precisa estar pronto o quanto antes.

- Sim senhor, vou resolver isso. Logo trarei a resposta deles.

Hugo desligou o telefone. Se alongou em sua cadeira, esticando os braços por trás da cabeça. A reconstrução da fachada do escritório estava dando mais problemas do que o esperado. A empreiteira atrasou a obra, e não deram nenhuma satisfação do que ocorrera. Olhou em seu relógio. 17 horas. Finalmente poderia sair. Começou a arrumar seus documentos que estavam espalhados pela mesa. O sol entrava pela janela de vidro de sua sala, dando um tom alaranjado à tudo.

- Senhor Gasparini, sua esposa ligou, está em espera na linha três - diz sua secretária, colocando a cabeça pela porta, depois de bater. - Ela disse que era meio urgente...

- Já estou indo embora, chegando lá, eu converso com ela - disse Hugo, sem olhar para o rosto de sua secretária.

- Mas senhor...

- Sim? - Pergunta ele, finalmente levantando a cabeça.

- O senhor esqueceu de que teria que se encontrar com um cliente, assim que terminasse o expediente?

- Ah, é, é verdade... - diz ele, desanimado. O que ele menos queria era se encontrar com um cliente irritante naquele momento. Mas entre se encontrar com um cliente, e encarar sua esposa fútil, ele preferiria mil vezes a primeira opção. - Então diga à Silvana que falo com ela depois. Diga que eu tenho um compromisso inadiável.

- Sim, senhor - diz a secretária, fechando a porta.

Depois de arrumar todos os arquivos, Hugo olhou para fora. Os poucos raios de sol que ainda resistiam, teimavam em passar pelos arranha céus, e refletiam nas janelas dos prédios. O céu estava em tons de roxo e laranja. Nas ruas, os carros passavam de um lado para outro, em um eterno caos.

Passou pelos funcionários que estavam se preparando para ir embora, ignorando os olhares famintos das mulheres e também de alguns homens. Ninguém conseguia não olhar para um homem daqueles. O rosto perfeito, os olhos marcantes, os braços musculosos apertados no terno, as pernas torneadas, marcadas pela calça, o volume proeminente que estava entre suas pernas. Tudo era um banquete para os olhos.

Desceu as escadas, pois o elevador estava interditado. A cada passo, suas pernas esticavam o fino tecido de sua calça, marcando mais o seu volume. Foi ao estacionamento e entrou em seu carro. Colocou a maleta no banco do carona, e deu mais uma alongada. Desabotoou o terno e afrouxou a gravata.

Ligou o carro e saiu. Havia materiais de construção na entrada, e os trabalhadores que faziam a reforma da fachada do prédio estavam se preparando para ir para suas respectivas casas. Mas um em especial, chamou sua atenção.

Um homem alto, forte, com os braços musculosos para fora da camisa toda suja, caminhava lentamente pela rua, em direção a um ponto de ônibus. Sua bunda ficava marcada no jeans, suas costas largas estavam suadas, e os músculos se flexionavam a cada passada que aquele homem dava.

Hugo Gasparini sentiu o pênis enrijecer, sendo marcado na calça. A bunda daquele homem, com cara e jeito de macho o enlouqueceram. Parou ao lado do homem, e, antes de abrir a janela, colocou a mão dentro da calça, ajeitando o pau pro lado, para não dar muito nas vistas a sua excitação.

- Está indo para onde? - Perguntou para o homem. Mesmo com aquele jeito malhado, com cara de jovem machão, dava para ver que era tímido. Seu rosto avermelhado, somado à sua expressão de incredulidade, demonstrava isso.

- Indo para casa - disse ele, surpreendendo Hugo com sua voz doce.

- Fica para que lado? - Perguntou Hugo, olhando para os lábios finos do rapaz.

- Fica pra lá! - respondeu ele, apontando para a direção que Hugo ia se encontrar com o cliente.

- Entra aí, te dou uma carona - disse Hugo, dando uma olhada no volume formado entre as pernas do rapaz.

- Obrigado senhor, - respondeu ele - mas não precisa... Estou sujo... Eu vou de ônibus mesmo...

- E daí? Você não vai para o centro? - Insistiu.

- Vou sim... ãn, perto, na verdade...

- Então entra aí cara, deixa disso! - Diz Hugo. O rapaz fica mais vermelho, mas depois de pensar um pouco, ele entra no carro - Hugo Gasparini - diz, esticando a mão para o rapaz, que a aperta meio sem jeito. O toque da mão grossa do rapaz faz seu pênis dar um salto dentro da cueca.

- O senhor é o patrão né? - Pergunta, sem jeito. Hugo confirma com a cabeça. - Nosso encarregado te mostrou para nós. Eu sou Juliano...

Hugo arranca com carro. Juliano ficou desconfortável ao lado do patrão. Sua calça suja o banco do carro, e fica mais sem jeito ainda.

- Me desculpa, senhor Hugo! Eu...

- Aqui sou apenas Hugo - diz ele, com um sorriso no rosto. - Não liga pra isso não, foi eu que te ofereci a carona...

Juliano se acalma um pouco. A vermelhidão do rosto desapareceu, por hora.

Durante o trajeto, eles se conheceram um pouco. Mas a mente de Hugo viajava. Prestava atenção em todos os detalhes do corpo do homem ao seu lado. Seu rosto era fofo, mas tinha uma masculinidade presente. Seu corpo grande, relaxado, era um convite. O volume que seu pênis fazia na calça suja, que parecia ter aumentado de tamanho enquanto conversavam. O jeito que olhava de canto de olho. Voltou a si, quando Juliano deu uma olhada entre suas pernas, e percebeu que estava excitado.

Juliano deu um sorriso safado, mas Hugo se sentiu culpado. Não podia estar pensar nisso mesmo. Não depois do que acontecera com ele. O restante do trajeto, Hugo ficou sério, afastando todos aqueles pensamentos que invadiam sua mente.

Continua.

Autores

Daniel

Geandeson

Luccas

Daiane

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