II. Conhecendo Ela e Ele

Conto de Cyruz como (Seguir)

Parte da série Força Assassina

Reparei que um moço lindo entrou na sala, olhei para ele, quando ele virou, tratei de disfarçar. Ele veio sentar calmamente atrás de mim na última fila de carteiras. Suspirei, logo a sala foi recebida por vários alunos, depois o professor entrou e a aula de Física começou.

A aula foi um tédio, pois era revisão da matéria dada no 1º ano da Secundária – Misturas e Substâncias Puras. Quando a aula terminou, aproveitei o intervalo de 5 min para ir a WC, para lavar as mãos e o rosto. Quando entrei, deparei-me com 2 olhos vidrados em mim, estranhei e logo encarei o espelho e vi que as minhas pupilas estavam dilatas e estavam na cor roxa, precisava controlar-me. Respirei fundo, voltando ao normal, olhei para os donos do olhos que, antes me encaravam, que agora se encontravam concentrados em outras tarefas. Sai rapidamente do WC, feliz por ter retomado o controle tão facilmente, o ano que passei treinando o controle do meu dom, valeu a pena.

Sem dar-me conta reparei-me que estava atrasado e o curto intervalo terminara. Pedi licença e desculpei ao professor pelo atraso. Acabei reparando que ele era bonito de corpo, e sorri timidamente, quando me dei conta que tinha uma queda pelo professor.

No final das aulas, sai apressado quando esbarro no lindo moço que, sentou-se atrás de mim nas aulas.

- Desculpe-me – disse, tentando disfarçar a minha vergonha.

- Sem problemas, mas agora procure andar mais atento – disse, olhando para mim e depois voltando a prosseguir o seu caminho.

Senti um arrepio, quando o olhar penetrante dele mirou-se no meu durante os pouco segundos me fez antes de ir-se embora. A sensação de estar a ser analisado e lido por um simples olhar assustou-me. Tratei de despedir-me dele e sair rapidamente.

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Na saída encontro com a Ariel e cumprimentou-a. Pedindo desculpas por não ter ido até a sua sala dela ou ter procurado-a, para juntos caminharmos de volta a casa.

- Desculpa pela pergunta, mas parece que estás distraído – disse ela enquanto encarava-me.

– Eu!? – estava estranho sim, mas estava tão na cara. – Ah!, sim. Algumas coisas por pensar nada de importante. – disse por fim.

– Sei... – disse ela desconfiada. Quando ela fazia aquela cara significa que não tinha acreditado nem um pouco no que tinha ouvido. Diferente de mim, ela parecia ter um detector de mentiras, só com meias verdades é que conseguia despistá-la.

Mudei de assunto, não gostava de ficar nesse silêncio. De clima de enterro já bastava a séries que via.

A tarde ensolarada estava bem bonita para passar um dia na praia, pena que não podia tinha que estar em casa. Durante o caminho falávamos sobre assuntos aleatórios, além de sempre cairmos nas calorosas discussões de fanbases. Vou vos explicar, Ela é fã de carteira da Lorde e eu da Lana del Rey, impossível não discutirmos as vezes, nada tão exagerado, mas o suficiente para render-nos boas gargalhadas no final delas.

Já perto da sua casa, apressei-me a tomar-lhe o telemóvel pela mão. E ela como boa que era nessas horas correu a minha atrás. Nesses momentos era divertido lembrar o quão foi boa a minha infância ao lado da minha amiga. Depois de muito correr, que na verdade quase nem foi nada. Pois apenas parei e levantei o braço para o alto com o aparelho para ela não alcançar. Vantagens de ter altura média...

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De volta a casa só pensava nos olhos dele. Difícil esquecer, eram tão bonitos e hipnotizantes que até temi que talvez estivesse literalmente conhecendo a definição da palavra – bonito. A minha pasta foi de encontro ao sofá deixando um dos cadernos escorregar até ao chão. A porta do meu quarto abria encontrando uma estranha bagunça nele. Não me lembrava de ter o deixado assim neste estado. Tudo bem que não era o exemplo de organização, mas mesmo na aparente desorganização dele conseguia encontrar o que procurava facilmente. Retirei a roupa que tinha no corpo e assim como os sapatos e tratei de arrumar o meu quarto, pois mamãe odiava ver as coisas fora do lugar, e definitivamente tudo no meu quarto gritava fora do lugar. Demorei um bocado a reorganizar tudo.

O cansaço das aulas somadas ao do trabalho no meu quarto deixaram-me de rastos. Caminhei até a banheiro. A água ajudou a relaxar o meu corpo.

A cama agora parecia tão convidativa, vesti-me com a primeira cueca que encontrei e deitei-me na cama. Meus olhos forçaram-se a fechar. Antes de fechar-se completamente podia julgar ter visto um vulto na minha janela. Dormi.

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Olá espero que estejam a acompanhar a fic. Não custa comenter, adoraria responder as vossas perguntas. Abs

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