O Noivo Perfeito [Capítulo 21]

Parte da série Papai Me Fodeu!

Tinha se passado um pouco mais de duas semanas. Meu pai e Tony não tinham dado sinal de vida e eu estava agradecido por isso. Peter e eu finalmente estávamos em paz. De uma semana pra cá eu pedi para que não levasse o Max para a creche e que deixasse ele comigo. Eu queria passar mais tempo com ele. Eu queria que ele soubesse que eu fazia parte da vida dele.

Eu adorava passar o tempo com ele e parece que o Max realmente gostava de mim.

Era noite de quarta feira. Eu estava fazendo o jantar e Peter chegou um pouco mais tarde do que o habitual por volta dás 20:30.

- oi amor – disse ele indo até o Max sentado no sofá assistindo TV.

- oi segundo amor – falou ele vindo até mim e me dando um beijo.

- estava com saudades de você quinto amor – falei em tom de brincadeira retribuindo o beijo.

- muito engraçado – falou Peter dando um tapa na minha bunda.

Ele foi até o quarto trocou de roupa e sentou no sofá junto com o Max.

- vocês estão se dando bem? – perguntou Peter deitando no sofá colocando Max em cima dele.

- bem até demais – falei indo até o sofá. – acho que ele gosta mais de mim do que você.

- é uma competição? – falou Peter mostrando Max que estava relaxado deitado em cima dele. Estava quase que dormindo.

- você venceu. – falei voltando para a cozinha.

- não tem coisa melhor do que chegar de um dia cansativo de trabalho e ter meus dois homenzinhos em casa.

- que fofo – falei voltando até ele e dando um beijo – e não tem nada melhor do que meu homem ir trabalhar e voltar. É sério, não sei como você me aguenta.

- faço o que posso.

Dei um beijo no rosto dele e no do Max e voltei pra cozinha. Eu fazia comida e jogava no meu celular.

Logo a comida ficou pronta. Nós sentamos a mesa e começamos a comer. Eu percebi que Peter parecia estar mais cansado do que o habitual.

- você parece estar cansado. Tem alguma coisa acontecendo? – pergunte.

- não é nada é só que tem está tendo muito trabalho.

- se você quiser ir deitar mais cedo hoje pode deixar que eu cuido do Max.

- obrigado, ficaria agradecido.

Depois que nós jantamos Peter tomou um banho e foi se deitar. Fiquei com Max assistindo televisão. Quando foi mais tarde resolvi ir me deitar. Foi difícil fazer o Max dormir, mas depois de uma hora mais ou menos eu consegui vencer ele pelo cansaço.

- não vai me fazer ficar com cara de boco pro seu pai, dorme bebê. – falei enquanto balançava ele pra lá e pra cá depois de uma mamadeira.

Depois que ele dormiu resolvi assistir televisão até mais tarde afinal ia passar um filme de terror que queria assistir.

Como era de se esperar eu dormi no sofá e acordei com o Peter me chamando.

- vamos pra cama – falou ele pegando minha mão e me ajudando a me levantar.

Eu olhei rápido para o relógio e era um pouco mais dás 03:00 da manha.

Eu então me deitei e Peter me abraçou e no calor do corpo quente dele eu adormeci rápido.

Eu acordei no outro dia e Peter não estava mais na cama. Eu levei um susto eu tinha que ficar com Max. Eu levantei em um pulo e fui até o quarto dele e Max não estava. Resolvi ligar pro Peter. Eu liguei e o celular chamava um monte de vezes e ninguém atendia. Eu comecei a prestar atenção e o celular dele chamava da cozinha. Ele tinha esquecido. Eu então liguei no telefone da empresa.

- esqueceu o celular amor – falei assim quem ele atendeu.

- foi mesmo.

- porque você não me acordou – falei indo até a cozinha.

- você merece um descanso você dormia tão belamente que nem me atrevia a te acordar.

- obrigado, mas da próxima vez pode me acordar.

- olha antes que eu me esqueça não precisa fazer jantar essa noite. Eu vou chegar mais cedo e eu vou fazer.

- nossa... minha comida é assim tão ruim?

- que nada. É que hoje é uma noite especial.

- uma noite de quinta feira especial? estou louco pra saber o que é.

- vai ter que esperar até a noite.

- beijo, até a noite então.

Eu peguei um taxi e fui para a fisioterapia e assim que cheguei em casa era por volta dás 16:00. Eu me deitei no sofá para assistir a um filme. Estava passando um filme de comédia “Cada Um Têm a Gêmea Que Merece”. Eu fiquei envolvido no filme, mas logo algo desviou minha atenção. O celular do Peter tocava. Eu ignorei a primeira vez que tocou, mas 10 minutos depois ele tocou outra vez. Eu então fui até a cozinha.

- tenho que guardar essa coisa debaixo das cobertas pra ver se não me atrapalha mais a ver o filme – falei alto e peguei o celular.

Enquanto eu me dirigia até o quarto. O celular tocou na minha mão. Era um número confidencial. Talvez fosse algo importante. Não sei o que me deu e resolvi atender.

Assim que eu disse alô uma voz falou.

- não foge de mim – falou a voz do outro lado. Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar e em qualquer situação. Era o Tony.

- Tony? – falei sem perceber.

Na mesma hora o celular desligou. Eu não acreditei que Tony tinha ligado pro Peter. Fiquei curioso e com uma pulga atrás da orelha. Resolvi olhar o celular e ver se tinha outras ligações.

Tinha várias mensagens do Tony. Mensagens não respondidas. As mensagens eram de apenas “me liga” e “atende”. Tinha também várias ligações inclusive do celular do meu pai.

Estaria eu sendo traído outra vez? De todas as pessoas a última que eu imaginaria isso era o Peter.

Estava eu destinado a sofrer toda minha vida?

- não vou tomar decisões precipitadas – falei pra mim mesmo.

Eu então coloquei o celular dentro de uma gaveta no quarto e voltei até a sala e continuei a assistir o filme.

Confesso que não assisti direito afinal eu tinha descoberto algo sujo. Não queria pensar nisso. Peter era honesto comigo e eu era honesto com ele. porque Tony estaria ligando pra ele?

Assim que deu por volta dás 17:30 Peter chegou em casa trazendo Max nos braços.

Nós nos cumprimentamos com um beijo. Ele colocou Max no sofá.

- como foi seu dia? – perguntei seguindo ele até a cozinha.

- foi bom, e você foi para a fisioterapia?

- fui sim. Ainda bem que semana que vem é a última. Já não aguento mais.

Eu queria perguntar sobre o celular e as ligações e mensagens do Tony, mas não queria estragar a noite e esperaria até que fossemos nos deitar.

Eu fiz companhia para o Peter enquanto ele fazia o jantar. Nós conversamos bastante e antes que o jantar ficasse pronto ele disse que só jantaria quem tomasse um banho bem demorado.

- por quê? – falei sarcástico – não quer minha companhia.

- é uma noite especial lembra? Agora para de perguntar e vai logo.

Eu fui até o banheiro e tomei um banho demorado. Demorei pelo menos uns 20 minutos. Depois que tomei meu banho fui até a sala e as luzes estavam apagadas então quando cheguei na sala de jantar as luzes se acenderam. Peter tinha arrumado uma mesa muito bonita. Tinha até velas. Ele acendeu as velas,

- falei que era especial.

Max estava sentado na cadeira parecendo um homenzinho grande.

Eu me aproximei dele e dei um beijo.

- vamos jantar. – falou ele fazendo sinal para que eu me sentasse.

Nós então jantamos. A comida estava realmente boa. Depois que terminei eu resolvi perguntar.

- a noite foi especial até agora, mas... o que faz dela mais especial?

- calma – falou ele se levantando e indo até a sala e voltou com algo na mão.

- eu tenho algo pra te perguntar. – falou ele chegando sua cadeira perto da minha e se sentando.

- você está me deixando nervoso.

- olha. Eu sei que eu te amo e acredito que esse sentimento é o mesmo que sente por mim. Eu sei que vai parecer muito clichê, mas eu não tenho ideias de como isso pode ser melhor.

Ele então se ajoelhou e abriu a mão.

- me desculpa por ter tirado da embalagem, mas achei melhor que estivesse em minhas não.

Ele abriu a mão e tinha duas alianças de ouro.

Eu fiquei em choque.

- eu sei que nos conhecemos a pouco tempo, mas eu sinto que nosso amor é algo maior do que o tempo. Eu sei que o casamento não é perfeito, mas o amor é.

Eu nem acreditava que aquilo estava acontecendo. Em meio tantas duvidas que eu tinha ele me pedia em casamento. Ele então me entregou uma das alianças e ficou com a outra.

- então, aceita que eu seja seu noivo e posteriormente seu marido ou parceiro... o que você preferir – falou ele rindo.

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