Confissões [Capítulo 8]

Parte da série Papai Me Fodeu!

Havia se passado 2 semanas desde que meu pai tinha assinado os papeis do divorcio. Continuamos com nossa vida. A única coisa que não estava certo era meu tio. Ele tinha simplesmente desaparecido. Ele não atendia as ligações do meu pai e nem as minhas. Não havia nada que podíamos fazer a não ser ir até sua casa, mas ultimamente não estávamos com tempo. Apenas tentamos não imaginar o pior.

Eu ainda estava de férias da faculdade então ficava só em casa. Meu pai sugeriu que fossemos jantar fora. Nós iriamos ao uma Churrascaria e Rodizio. Meu pai chegou em casa e tomou um banho para nós irmos. Eu obviamente já o esperava arrumado. Saímos de casa e fomos à procura de uma churrascaria que valesse a pena. Procurei no google através do celular e descobri uma onde várias pessoas elogiavam. Chegamos no restaurante e realmente era tudo o que prometia.

Enquanto nós comíamos o celular do meu pai tocou. Ele então ele se levantou da mesa e foi atender lá fora. Ele não demorou muito e depois de alguns minutos ele voltou á mesa. E antes que eu pudesse pensar em perguntar quem era ele me disse enquanto sentava.

- era seu tio.

- o Tony? – perguntei surpreso.

- sim.

- então? Onde ele está? Porque sumiu todos esses meses?

- filho, ele não me disse nada, ele só ligou pra avisar que está aqui na cidade.

- ele está chegando aqui casa?

- na verdade ele disse se hospedaram em um hotel.

- mas porque?

- pelo que parece a Priscilla foi quem não quis. Ele só me falou isso.

- que estranho. – fiquei pensando nos motivos para ele não ficar em casa, apesar de o motivo numero um da minha lista ser a última vez que nós o vimos, mas eu não me conformava eu estava com saudades dele, for alguns segundos pensei que veria ele de novo, mas pelo menos ele deve passar lá em casa.

- ele pelo menos falou onde está hospedado?

- não. Na ligação parecia que ele estava com pressa.

Depois de uma ótima refeição nós nos preparamos para ir a uma praça no centro da cidade. Era sexta-feira por isso ela ia estar cheia e iluminada. A praça era linda de se ver. Tinha um lago no centro que jorrava água para cima e tudo ficava mais bonito porque eles colocavam luzes contra a água, um verdadeiro espetáculo... era realmente um lugar muito agradável de se estar, especialmente com alguém que se ama. Meu pai e eu nos sentamos em um dos bancos e fiquei bem perto do meu pai e demos um beijo apaixonado. Era a primeira vez que nos beijávamos em público. Ninguém sabia que nós éramos pai e filho, mas mesmo que soubessem isso não era conta deles. Quando estávamos juntos tudo o que importava era um ao outro. Mas ao beijar meu pai mais uma vez senti que nenhum de nós dois realmente estava tão à vontade. A ligação repentina do meu tio tinha mexido com nós dois.

Chegamos em casa e já era mais de meia noite. E fomos direto para o banheiro. Tomamos um banho junto. Beijava meu pai na boca e alisava seu peito peludo. Fomos para a cama e apenas nos enxugamos caindo nela e nos atracando como dois leões famintos pelo o corpo um do outro. Sentia a rola dura do meu pai em mim e aquilo só me deixava com mais tesão. Enquanto meu pai se preparava para enfiar seu pau em mim eu comecei a imaginar a loucura de estar apaixonado pelo meu tio. Não era possível se apaixonar por duas pessoas diferentes no mesmo nível, até porque não tinha visto meu tio todos aqueles dias e cheguei a conclusão de que era só coisa da minha cabeça. Meu pai então me tirou dos pensamentos enfiando seu pau bem fundo em mim e me beijando. Ele me fodia com força podia sentir ele estocando meu fundo em mim. Ele então tirou a rola e deitamos em um 69.

Ele chupava minha rola e eu lambia seu saco. E aproveitei para dar umas lambidas no seu cú. Não sabia se ele gostava, mas pelos seus gemidos ele gostou muito. Então meu pai começou a chupar minha rola intensamente e eu gozei dentro da sua boca. Ele engoliu tudo e lambeu o pau limpando o resto então ele me virou de costas e enfiou a rola novamente. Ele ficou deitado em cima de mim cochichando coisas em minha orelha. Sentir sua barba na minha nuca me era a melhor sensação do mundo. Então ele gemeu alto e urrou como um urso tirou a rola do meu cú e gozou na minha todinha.

Depois que gozou ele bateu a rola na minha bunda umas vezes se abaixou e lambeu minha bunda toda e engoliu a porra. Então ele deitou do meu lado e eu o beijei. Seu beijo estava muito gostoso com o gosto de porra. Então mesmo um pouco suados nós dormimos.

No outro dia acordei primeiro que o meu pai.

- bom dia! – disse dando um beijo na boca dele ainda dormindo. Ele então se mexeu e passou a mão nos olhos.

- bom dia. Disse ele procurando meu rosto e me beijando.

Eu me levantei e usei o banheiro. Tomei um banho e quando sai meu pai estava dormindo de novo. Decidi deixar ele dormir o quanto quisesse pois aquela noite ele sairia com seus amigos e só voltaria tarde da noite então era bom ele descansar. Eu desci e preparei meu café da manha e comi. Enquanto comia e olhava para fora de repente veio um desejo de ter um cachorro. Todo aquele espaço podia ser o playground de um cachorro. Depois que comi decidi ir para a piscina. Tomei um longo banho de piscina e de repente vi meu pai se aproximando apenas de bermuda da piscina.

- por que você não me acordou?

- o senhor estava dormindo tão gostoso que decidi o senhor dormir bastante. – disse isso me sentando na beirada da piscina. Meu pai se agachou e me deu um beijo.

- pai já vou sair e arrumar seu café da manha.

- não precisa. – disse meu pai me dando outro beijo, dessa vez bem demorado. Então ele se levantou tirou sua bermuda e pulou na piscina pelado. Então eu entrei na piscina e fui até ele e por uns 40 minutos tomamos um bom banho de piscina.

Já era de tarde por volta das 17:30 e meu pai já estava pronto. Seus amigos já iam passar para pegar ele. Eu estava sentado no sofá lendo um livro.

- qualquer coisa filho você me liga imediatamente ok? Não vou sair de perto do celular.

- esta certo pai. Divirta-se. Esquece de mim, não muito, só o bastante pra se divertir. – assim que disse isso ouvimos uma buzina.

- já estou indo filho. – disse meu pai vindo até o sofá me dando um beijo. Eu fiz com que o beijo demorasse mais e meu pai teve que sentar no sofá.

- se cuida pai, volta vivo e inteiro.

- eu te amo – disse meu pai retribuindo o beijo. Eu fui com ele até a porta e depois que ele se foi eu voltei a ler meu livro.

Depois que me cansei de ler o livro e assistir um pouco de TV decidi preparar algo para o jantar. Preparei o que mais gostava; frango. Fiz uma comida rápida e depois que jantei decidi ouvir um pouco de música. Coloquei em uma rádio que passava umas músicas bacanas e subi as escadas. Deitei na cama e decidi ler o livro. Meu poder de concentração aumentava enquanto ouvia música. Era um pouco mais das 23:00 e ainda eu lia meu livro e ouvia música. De repente ouço um barulho muito alto vindo de fora. Eu me levantei assustado da cama. Olhei pela janela do quarto e não vi nada nos fundos, desci as escadas bem rápido e abaixei o volume do rádio e fiquei em silencio. Não tinha movimento na rua. Passava alguns carros na rua, mas não ouvi o barulho outra vez.

As luzes da frente estavam desligadas e não podia ver se tinha algo na rua, apesar do enorme portão ser de grade tinha duas árvores de cada lado que tampava as luzes. Ouvi um barulho bem baixo, nada comparado ao que eu tinha ouvido. Eu devia ligar o alarme da casa e chamar a policia, mas minha curiosidade foi maior. Ainda olhando pela janela afastando as cortinas levei a mão no interruptor e liguei as luzes da frente e levei um susto quando ví um carro parado em frente ao portão, na verdade ele estava perto demais da árvore parecia que tinha batido. Abri a porta rápido e fui atravessando todo o jardim e cheguei ao portão:

- tudo bem? Precisa de um médico? – quando disse isso e olhei o carro mais de perto eu percebi que conhecia aquele carro. Era o carro do meu tio Tony. Então meu tio saiu do carro esfregando a mão na cabeça. Não tinha sangue, mas ele parecia estar tonto.

- tio!! Espera um pouco que eu vou abrir o portão. – corri pra dentro de casa e não encontrava a chave e abri o portão para a entrada de carros. Sai correndo de casa de novo. O chão doida um pouco meus pés pois estava descalço, mas nem me importei.

- tio o senhor está bem? – disse chegando perto dele e o apoiando.

- estou bem sim. – ele disse isso e percebi que ele estava um pouco tonto. E senti bafo de bebida alcoólica.

- o senhor está bêbado! Como o senhor tem coragem de dirigir bêbado? – eu briguei ajudando ele a subir os quatro degraus que tinham até a porta de entrada.

- eu não estou bêbado, eu estou bem - disse ele entrando em casa e levei ele até o sofá e ele sentou.

- eu não estou muito tonto, sim... eu bebi algumas garrafas, ainda bem que eu estava devagar.

- ainda bem. Ele escorou no sofá. Foi quando eu percebi que suas tatuagens do braço esquerdo estavam diferentes e logo percebi tinha alguns arranhões no braço.

- o senhor está machucado no braço.

- isso não é nada. Vou sobreviver.

- senhor nos deixou preocupado, não atendia as ligações, desapareceu e ontem teve aquela ligação estranha.

- eu sei me desculpa. Por falar nisso... cadê seu pai?

- ele saiu com uns amigos, só volta amanhã.

- eu estava com saudades de você – disse meu tio me abraçando de surpresa. Eu nem abracei ele direito pois ainda estava assustado com tudo. Eu me levantei.

- fica sentado o senhor bateu a cabeça é melhor ficar parado. – eu me levantei e apertei o botão fechando o portão. Então de repente senti meu tio colocando as mãos na minha cintura.

- eu estava com muitas saudades suas! – disse meu tio me dando um beijo gelado no pescoço. – eu então bem rápido consegui escapar dele.

- tio se senta você está bêbado. – disse indo em direção do meu iPod para colocar uma música para tocar. Quando apertei o botão de play meu tio me virou segurando no meu ombro e me deu um beijo na boca. Tinha gosto de bebida, realmente ele não sabia o que fazia. Mas aquele beijo conseguiu provar que meu amor pelo meu tio não estava só na minha cabeça. Enquanto nos beijávamos mil imagens passaram por minha cabeça. Um furacão de sentimentos não me deixou parar aquele beijo. “Seven Devils” da Florence + The Machine começou a tocar. Com aquela música de fundo era difícil se concentra no que eu estava sentindo. Eu empurrei ele de leve.

- para tio. Isso é errado. O senhor está bêbado e não sabe o que faz, o que a Priscilla vai dizer? – eu falei isso subindo as escadas.

- eu e a Priscilla terminamos. – disse ele me fazendo parar. Eu me virei pra ele.

- vocês terminaram? Porque que?

- por você! – disse ele se ajoelhando e começou a chorar. Eu desci rápido para acalmá-lo.

- não precisa chorar eu tenho certeza que ela vai te aceitar de volta.

- você não entende – disse ele limpando os olhos – eu te amo Ricardo.

Eu então me ajoelhei em sua frente e alisei seus cabelos.

- eu também te amo. – então nós começamos a nos beijar. Apesar de já termos tranados nós dois nos sentíamos como se fosse a primeira vez. Nós primeiramente demos apenas alguns selinhos. Eu alisei seu rosto liso e então beijei meu tio de língua bem demorado. Sentia o gosto de cerveja. Então enquanto nos beijávamos meu tio me apoiou e me deitou no chão e continuamos nos beijando. Eu alisava seus braços fortes me segurando. Eu não podia evitar, eu amava meu tio do mesmo jeito que amava meu pai. Eu simplesmente não conseguia renunciar a esse sentimento.

- eu esperei loucamente pelo dia em que teria você nos meus braços outra vez. – disse meu tio entre um beijo e outro. – meu tio então se levantou com um pouco de dificuldade, pois estava tonto por causa da bebida e do acidente. Eu também me levantei.

- vamos pro meu quarto. – disse pra ele segurando o braço dele e subindo as escadas. Depois que subimos as escadas entramos no meu quarto e deitei meu tio na cama. Então fui em direção ao banheiro, mas meu tio segurou meu braço.

- aonde você vai?

- vou ao banheiro pegar um remédio para passar no meu braço, esses aranhões estão começando a inchar. – ele soltou meu braço e procurei no banheiro um remédio para passar no braço dele. Peguei também um pacote de gaze. Sentei na cama e com cuidado passei o remédio. E com a gaze eu cobri e coloquei esparadrapo para segurar.

- tio eu já volto, eu vou trancar a porta e trazer algo para o senhor comer e beber.

- não demora – disse ele me puxando e me dando um beijo que eu tive o prazer de retribuir.

- eu vou voltar.

Fui até a cozinha e preparei uma sopa e levei pra ele no quarto. Eu então coloquei comida na boca dele, pois seu braço estava doendo.

- então. Você e a Priscilla terminaram? A quanto tempo?

- a uma semana.

- e porque eu fui o motivo?

- depois daquele dia que nós passamos a noite juntos eu não consegui tirar você da cabeça. Depois de um mês mais ou menos eu percebi que estava apaixonado por você. Eu não conseguia mais tranzar com a Priscilla e também não ia mais ao clube de troca de casais. Era como se eu nunca a tivesse amado. Era como se eu tinha tivesse amado ninguém na vida.

eu então coloquei o prato na cômoda.

- eu confesso também não parei de pensar em você. – meu tio então rui pra mim e alisou meu braço.

- vou levar o prato lá em baixo na cozinha, se o senhor quiser escovar os dentes posso pegar uma para o senhor lá em baixo. – ele aceitou e peguei uma escova de dentes pra ele. Ele escovou os dentes com um pouco de dificuldade por causa do machucado no braço ele não conseguia fazer movimentos repetidos.

- vamos ao quarto do meu pai, lá o senhor tomas um banho quente e veste uma roupa dele - Eu fui na frente e abri as portas. Ele se sentou na cama e peguei apenas a parte de baixo de um pijama, uma calça e uma das cuecas do meu pai. Ele então se levantou eu me aproximei e olhei o curativo.

- o senhor pode tomar banho normalmente e quando sair eu faço outro curativo. Então o deixei ir tomar banho.

Quando ele ligou o chuveiro eu fui até a cozinha tomar uma água. Fui para o meu quarto e também fui tomar um banho. Depois que me vesti fui até o quarto do meu pai ver se ele estava vestido pra mim fazer o curativo. Bati na porta e ele me mandou entrar. Ele estava de costas. Então eu fui andando até ele e antes que eu chegasse ele se virou então eu avancei nele e dei um beijo quente.

- eu te amo – disse pra ele. – continuamos a nos beijar.

- você não ama mais o Ben? – perguntou ele parando de me beijar.

- amo sim! Esses dias minha cabeça esteve uma bagunça porque esse sentimento me corroía por dentro, mas eu percebi que se pode amar duas pessoas ao mesmo tempo e se for correspondido é melhor ainda. – eu terminei a frase dando um selinho nele.

- senta na cama que eu vou terminar de fazer seu curativo. – ele sentou na cama e eu fiz o curativo nele.

- meu braço já não foi tanto. Obrigado. – ele disse me beijando.

Então eu me levantei e disse que ia desligar as luzes lá de baixo. Desci as escadas, verifiquei todas as portas, janelas, liguei o alarme e apaguei as luzes e voltei ao andar de cima. Fui até o quarto do meu pai e abri a porta.

- olha... você dormir, porque você bateu a cabeça e tem que ficar de observação pelo menos mais algumas horas.

- mas você fica acordado comigo?

- é claro, se você quiser.

Então eu fui até meu quarto e peguei um travesseiro e um cobertor extra. Voltei apaguei a luz do quarto, mas deixei a luz do banheiro acesa iluminando toda a cama. Me deitei ao lado dele. Ficamos longe um do outro por causa do braço machucado.

- chega mais perto, deita no meu peito, quero sentir seu perfume de perto.

- mas o braço do senhor está machucado.

- é só deitar do outro lado.

- desculpa, sou acostumado a deitar desse lado que as vezes esqueço que existe o outro. – eu me levantei e meu tio ficou do outro lado da cama e eu me deitei do lado dele. Cheguei perto e deitei a cabeça no seu peito quente. Ele deu um beijo na minha testa e com o braço direito me abraçou. Eu então coloquei minha perna em cima da dele ficando com minha coxa sentindo seu pau.

Eu não podia dormir, mas aquele aconchego não iria ajudar.

- vamos conversar se não vamos acabar dormindo. – disse meu tio.

- tenho uma idéia melhor! – disse lambendo seu peito.

- bem melhor! – disse meu tio alisando minha cabeça – titio é todo seu!

- você é todo meu titio. Quero você de corpo e alma. – disse isso dando um beijo na sua boca. Então desci e fui até o volume que se formava entre suas pernas. Coloquei a mão e massageei. Então eu desci a calça do pijama e segurei sua rola. Lambi todo o corpo da rola da base até a cabeça e enfiei-a toda na boca. Tinha me esquecido o quão cabeçuda era sua rola. Chupei com gosto como se fosse um doce.

- chupa a rola do seu tio! – disse meu tio.

Enquanto me deliciava com sua rola minha outra mão alisava sua barriga e os pelos do seu pau. Então eu fui até o seu ouvido e perguntei.

- você quer me foder ou vou te machucar?

- é só sentar e cavalgar na minha rola – disse ele lambendo minha orelha.

Então eu subi em cima dele e cheguei pra trás passei cuspe na mão esfreguei na cabeça do pau. Passei mais cuspe e passei no meu cú. Então fui sentando na sua rola bem devagar. Depois que enfiou tudo meu tio me puxou e me deu um beijo na boca e começou a me foder bem devagarinho. Ele gemia com aquela cara de safado que ele tem. Eu rebolava na sua pica. Ele me fodia devagar e continuou em um ritmo calmo.

- vou gozar!! Estou com muito tesão!

- goza gostoso tio. – quando disse isso ele acelerou um pouco o ritmo e logo urrou alto e começou a suar e gozou no meu rabo. Esporrou jatos quentes do seu suco espesso dentro de mim. Então ficamos naquela posição por um tempo até que nos acalmamos. Quando sai de cima dele seu pau saiu já meio mole do meu rabo. Então eu vesti de novo a calça nele e deitei ao seu lado. Deitei em seu peito.

- Ricardo, estou com vontade de fumar, mas não tenho charutos, por acaso tem cigarro do seu pai aí?

- tem sim, eu vou pegar. – abri o guarda roupa do meu pai e peguei um isqueiro. Coloquei o cigarro na boca dele e acendi. E mesmo com o braço dolorido ele fumou. Quando ele assoprou a fumaça pela primeira vez eu lembrei do cheiro que apesar de não ser muito agradável era o cheiro que lembrava meu pai e que agora me lembraria ele também. O cheiro do cigarro mentolado me lembrava as duas pessoas que mais amava no mundo. Dei um beijo de língua nele e perguntei se um dia ele iria nos abandonar, eu e meu pai e ele disse que nunca. Deitei a cabeça no seu peito e ficamos por duas horas conversando e trocando caricias.

- acho que o senhor já pode dormir. – me levantei e cobri ele, dei a volta na cama e me deitei com ele bem agarradinho. Sentindo seu corpo quente me esquentando. Ele não tinha barba para que eu alisasse.

- tio vai ser difícil dormir com o senhor – falei.

- porque? Sou muito feio? – demos boas risadas com essa brincadeira.

- não é isso... é que pra dormir eu fico alisando a barba do meu pai até cair no sono, mas o senhor não tem pelos e nem barba o único lugar que tem pelos é no saco. Ele então pegou minha mão e colocou em seu rosto e disse:

- qual o lugar mais perto do meu rosto que tem cabelo? Feche os olhos e procure bem devagar. – fiz o que ele mandou e devagarinho fui procurando um lugar até que finalmente senti os cabelos que ficam de lado na sua nuca.

- assim está bom? – disse meu tio.

- ótimo!

- eu não gosto de usar barba me dá muita coceira, mas se você quiser eu deixo crescer igual a do seu pai.

- não precisa!

Essa foi à última coisa que me lembro de dizer antes de finalmente apagar. Estava tendo um pesadelo. Tinha sangue pra todos os lados e um homem, ou melhor, uma sombra preta com um facão matando todos. Eu corria, mas quase não saia do lugar e finalmente quando a sombra me esfaqueou eu acordei assustado com meu pai abrindo a porta do quarto.

- filho você está aí?

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