CAPÍTULO 95: Cavalo Negro
Parte da série Paixão Secreta
Eu fiquei deitado com meu pai por certo tempo e logo eu adormeci ao lado dele porque meu pai Stephen estava demorando muito a chegar e o sono bateu.
Por volta dás 18h00min meu pai Larry me deu uma sacudida e chamou meu nome
- Mike? – falou ele.
- o que? – falei abrindo os olhos.
- seu pai Stephen chegou.
Eu esfreguei meus olhos e meu pai Stephen estava em pé ao lado de mim na cama.
- olá Mike – falou ele.
- oi – falei me sentando na cama.
- vou deixar vocês a sós. Vou estar aqui em frente com o Roman.
- ok – falei.
Ele abriu a porta e saiu. Meu pai se sentou ao meu lado na cama.
- como você está se sentindo? – perguntou Stephen.
- muito mal.
- por quê? Só pelo vídeo? Não precisa se sentir mal por isso.
- se eu não me sentir mal por isso não vou me sentir mal por nada. O mundo inteiro nesse momento está fazendo download de um vídeo de me u fazendo sexo como eu posso me sentir indiferente quanto a isso?
- eu sei, me desculpa estou só tentando te animar.
- não precisa pedir desculpas eu é que preciso afinal eu vou te prejudicar com isso.
- meu adversário da campanha usou uma boa arma para tentar acabar com minha reputação, mas não excelente isso é algo que eu consigo contornar.
- mesmo assim eu sinto que devo me afastar.
- como assim? – perguntou ele confuso.
- eu estou pensando em passar um tempo com meu tio Roger, ele vive em Shelbyville no Tennessee.
- não precisa, você consegue passar por isso.
- não consigo… eu não quero eu sinto que me tornei uma pessoa detestável.
- eu não te detesto.
- eu me detesto. – falei vendo que ele não queria que eu ficasse longe dele. – eu me odeio pai, eu trai o meu namorado apenas por vingança e agora ele nem olhar na minha cara consegue de tanto nojo que ele sente de mim. Eu sinto nojo de mim nesse momento. Eu não pedi a vida que estou tendo e não vou conseguir viver com ela.
- sinto muito – falou ele – a culpa é toda minha eu não devia ter entrado em sua vida.
- a culpa não é sua nem minha é a vida.
- eu te entendo eu não sei como eu pude te incluir em toda essa bagunça eu devia ter adivinhado que era muita coisa para você conseguir. – falou ele passando o braço nas minhas costas e me abraçando.
- quer dizer que o senhor não vai ficar com raiva de mim por colocar o rabo entre as pernas e sair correndo? – falei olhando para ele.
- não. Essa briga não é sua é minha eu não devia ter insistido para que participasse disso eu só achei que seria melhor se você fizesse parte disso.
- eu entendo seu lado também o senhor só queria o melhor para mim.
- só o melhor – falou ele colocando a mão no meu ombro. – e se todos descobrirem para onde você viajou?
- o pessoal do interior vai botar todos para correr – falei rindo. – e meu tio Roger tem porte de arma ele e a espingarda dele vão cuidar que qualquer pessoa indesejada que os pés nas terras dele.
- nesse caso tudo o que eu tenho a dizer é: boa viagem – falou ele me abraçando emocionado. – vou sentir sua falta filho.
- também, vou sentir sua falta.
- eu trouxe algo para você – falou ele pegando um pacote que ele trouxe com ele e me entregando. Era um envelope grande na cor camurça. – feliz aniversário – falou ele com um sorriso me abraçando.
- obrigado – falei abrindo o envelope.
- eu não sabia o que te dar então conversei com Terry para que ele entrasse em contato com a minha escola no ensino médio e procurasse por fotografias minhas e de sua mãe e ele conseguiu várias. Não deu nem tempo de embrulhá-las ou fazer um álbum porque Terry me entregou hoje quando eu entrei no avião para vir para cá.
Eu tirei várias fotos de dentro do envelope. Fotos tiradas durante o último ano dos dois, no baile de formatura, campeonato de líderes de torcida e do time de futebol americano ao qual meu pai participava.
- eu nem sei o que dizer – falei abraçando ele – o melhor presente que o senhor poderia me dar – falei molhando os olhos de lágrimas.
- fico feliz que tenha gostado – falou ele.
- muito, eu vou guarda-las para sempre.
- olha a última foto – falou ele.
Eu passei todas as fotos e a última era uma foto do meu pai abraçado com minha mãe na frente com a barriga de fora. Ela estava grávida de mim.
- esse sou eu? – falei passando o dedo na barriga dela na fotografia.
- sim. A única foto de nós três.
- essa foto eu vou colocar em um porta retrato e levar comigo para o Tennessee. – falei abraçando meu pai outra vez – muito obrigado – falei beijando o rosto dele.
- de nada.
- você tem que ficar aqui meu pai e eu vamos pedir um bolo e comer para comemorar meu aniversário.
- ok – falou meu pai – na verdade eu tinha que ir embora daqui um a hora, mas esse será sue primeiro aniversário que terá nós dois.
- obrigado – quando disse isso o telefone do quarto ligou e eu atendi.
- boa tarde desculpe incomodar o senhor Adam está aqui.
- pode deixá-lo subir – falei.
- obrigada – falou ela desligando.
- quem é? – perguntou meu pai.
- é o Adam, meu pai deve ter ligado dizendo que eu estou aqui. – eu disse isso me levantando e abrindo a portas e indo até em frente eu bati na porta do quarto de Roman.
Logo Roman abriu a porta.
- olá – falou ele.
- meu pai está ai?
- está sim – falou ele abrindo mais a porta e meu pai estava sentado em uma poltrona. – pai o senhor ligou para Adam?
- sim. Ele já chegou?
- sim, está subindo – meu pai se levantou e se despediu de Roman.
- obrigado – falei para Roman.
- por nada – falou ele forçando um sorriso e em seguida fechou a porta.
Antes de entrarmos no quarto o elevador se abriu e Adam apareceu. Vanessa estava com ele.
- olá – falei esperando eles chegarem e logo dei um abraço na Vanessa e depois Adam me deu um abraço.
- vamos entrando – falei.
Todos então entraram no quarto.
- boa tarde – falou meu pai Stephen cumprimentando todos.
- Mike como você está? – perguntou Adam.
- eu estou bem apesar dos apesares.
- sinto muito pelo o que está acontecendo – falou Vanessa ao lado do meu pai Larry.
- eu é que sinto por estar passando esse vexame, vocês devem estar morrendo de vergonha de mim.
- que nada – falou Adam – onde está Roman? ele está se dando bem isso?
- ele está no quarto da frente, ele nem quis ficar aqui comigo. – falei.
- ele vai esquecer isso – falou Adam – eu sei disso.
- todos dizem isso, eu espero que vocês estejam certos.
- Mike você não quer dizer nada para o Adam? – falou meu pai Larry.
- quero…
- o que? – perguntou Vanessa – aconteceu algo?
- não, mas vai. Adam eu queria falar isso pessoalmente para você – falei olhando para ele – eu vou pedir demissão.
- Mike não precisa, eu já te disse que…
- dessa vez é sério.
- porque?
- Adam eu vou viajar por um tempo. Vou para a casa do meu tio Roger no Tennessee eu preciso desse tempo para saber quem eu realmente sou, tenho que fugir de tudo isso.
- tem certeza? – perguntou Adam – seu pai me contou quando me ligou, mas eu quero saber se você pensou bastante nisso.
- nunca tive tanta certeza na vida.
- tudo bem – falou Adam – saiba que não estou feliz com isso, mas eu sou seu amigo além de chefe e eu entendo que você precise de um tempo para se encontrar.
- obrigado por entender – falei abraçando ele.
- saiba que você será bem vindo de volta se um dia resolver voltar.
- eu não sei se vou continuar com 5% da empresa se por acaso as coisas entre Roman e eu não derem certo eu vou devolver.
- tudo bem – falou Adam – mas não pense que eu me esqueci do seu aniversário.
- é mesmo! – falou Vanessa vindo até mim e me dando um abraço – feliz aniversário Mike.
- obrigado Vanessa.
- este é seu presente – falou Adam me entregando um envelope – um presente meu do Xavier e do Gray. Infelizmente eles não puderam vir aqui hoje, mas mandaram te dar os parabéns.
Eu abri o envelope e tinha uma foto dentro. A foto de um cavalo.
- esse é seu presente – falou Adam.
- um cavalo? – perguntei animado.
- sim.
- obrigado – falei abraçando ele.
- seu pai me ligou a umas três horas atrás me dizendo que você viajaria e eu decidi comprar algo que você se lembrasse daqui e das pessoas que vivem em San Diego e te amam.
- muito obrigado – falei olhando a foto de um cavalo preto – você o comprou lá?
- sim. Seu tio Roger intermediou o negócio. Quando você chegar ele já estará na fazenda.
- muito obrigado mesmo – falei guardando a foto no envelope.
- então? – falou meu pai – vamos comemorar seu aniversário?
- vamos – falei – mas eu não quero comemorar aqui pai. Eu quero sair.
- tem certeza? – perguntou ele.
- sim. O que eu aprendi com vocês é que não devo ter vergonha do passado e sim saudades então se eu me esconder significa que eles venceram. Eu quero sair e comemorar meu aniversário assim como no ano passado.
- ok – falou meu pai.