CAPÍTULO 79: Senhor Griffiths
Parte da série Paixão Secreta
O relógio marcava 12h48min. O almoço ainda não estava pronto. Roman foi até a casa dele para tomar um banho e se arrumar ele voltou ás 12h30min. Vanessa e meu pai também se arrumaram. Vanessa tinha deixado algumas roupas na casa do meu pai. Agora só faltava meu pai Stephen.
- o almoço vai demorar pai?
- se você me perguntar outra vez eu vou dar essa comida para o Pluto – falou meu pai brincando.
- fica calmo – falou Roman.
- vou sim – falei balançado minhas pernas. – por falar nisso, o que eu vou dizer quando te apresentar? Amigo? Parceiro? Companheiro?
- que tal: Namorado? – falou Roman.
- e se ele tiver preconceito?
- então ele não te merece – falou Roman.
- falou e disse – falou meu pai.
- tudo bem, namorado – eu respirei fundo.
- eu vou arrumar a mesa – falou Vanessa pegando pratos, talheres e organizando uma linda mesa com guardanapos bem dobrados. Parecia uma mesa de gala.
- que bonito. Aonde aprendeu a fazer isso?
- eu trabalhei como garçonete durante três anos quando tinha 17 anos.
- ficou bonito – falei olhando no relógio – já são 13h18min. Ele está atrasado será que não vai vir?
- os voos se atrasam sempre – falou Roman.
- espero que sim.
Eu mal terminei a frase e o interfone tocou.
- ele chegou – falei ansioso.
Meu pai continuou na cozinha terminando o almoço.
- boa tarde – falei atendendo.
- Mike? – falou uma voz que eu reconheci.
- Stephen? – falei.
- eu mesmo – respondeu ele.
- eu já vou te receber.
Eu então fui até o portão rapidamente e abri para receber meu pai. Ele estava em pé com seu terno preto; Dois daqueles homens tinham vindo com ele.
-o lá – falou ele com um sorriso no rosto.
Eu me aproximei dele e dei um abraço.
- estava com saudades – falei ainda abraçado com ele.
- também – falou ele me olhando com um sorriso – foram quase duas semanas, mas pareceu uma eternidade.
- também achei – falei olhando a roupa dele – agora você vai deixar todos sem graça. Não precisava vir de terno.
- desculpa, eu não sabia o que vestir – falou ele entrando.
- vai deixar os dois de fora? – perguntei.
- sim. Eles são meus guarda-costas.
- guarda-costas? Quem é você? – falei brincando.
- não é nada de mais. É que hoje em dia não se pode confiar em ninguém.
- tudo bem – falei fechando o portão.
Nós então entramos.
- boa tarde – falou meu pai para Vanessa e Roman que estavam na sala.
- boa tarde – falou Vanessa estendendo a mão.
- você é…
- Vanessa, sou namorada do pai do Mike e amiga dele.
- prazer Vanessa.
- boa tarde – falou Roman estendendo a mão.
- pai esse é Roman, meu… é… meu…
- namorado? – perguntou meu pai Stephen.
- sim, como sabe?
- bom, digamos que em quanto eu procurava por você eu acabei sabendo que você namora homens e me surgiu um nome: Roman.
Roman apertou a mão de Stephen com um sorriso, mas logo sua cara mudou. Roman estava com uma expressão mista de confusão e tristeza. O que eu não sabia era que Roman tinha reconhecido Stephen.
- onde está seu pai de verdade? – falou ele.
- está na cozinha.
Ele foi à frente e eu fiquei ao lado de Roman.
- que cara foi aquela? – perguntei baixo.
- não foi nada – falou Roman.
- boa tarde – falou meu pai Larry. Enxugando as mãos com um pano e estendendo a mão para ele.
Stephen apertou a mão dele.
- muito prazer, meu nome é Stephen.
- meu nome é Larry – falou meu pai com um sorriso – é bom te conhecer o Mike tem falado muito em você ultimamente. Ele está feliz por te conhecer.
- eu fico feliz que isso não seja problema para você, eu quero deixar bem claro que não quero interferir no relacionamento de vocês.
- como você disse que é seu nome? – perguntou meu pai Larry.
- é Stephen, Stephen Griffiths.
- seu nome não me é estranho.
Stephen deu apenas um meio sorriso de lado como se estivesse sem graça.
- então, posso te ajudar com o almoço, não se engane por meu terno eu posso colocar a mão na massa.
Ele então tirou o terno e tirou a camisa verde de dentro da calça social ficando assim menos formal. Eu peguei o terno dele e coloquei no cabide.
- não precisa, está quase pronto. Quer beber algo? – falou meu pai Larry – Mike pega algumas cervejas pra gente.
Eu então fui até a geladeira e peguei garrafinhas de cervejas e dei uma para meu pai, uma para Stephen e uma para Roman.
- então, você mora aonde? – perguntou meu pai Larry.
- vivo em New Hampshire – respondeu ele dando gole.
Eu percebi que Roman estava disperso como se estivesse pensando em algo. eu me sentei ao lado dele no balcão da cozinha.
- algum problema? Você parece estar distraído.
- não é nada – falou ele tomando um gole da cerveja.
- ok – falei.
- Mike, você sabe que eu te amo não é mesmo?
- claro que sim.
- eu vou ficar ao seu lado em todos os momentos.
- sim, eu sei, mas porque está dizendo isso?
- por nada. – falou ele tomando outro gole.
- eu não sou bobo Roman. É porque eu pedi para ficar um dia por semana com o Steve?
- não. Não tem a ver com isso.
- então tem a ver com outra coisa – falei.
- tem sim – falou Roman respirando fundo – mas não vamos falar sobre isso agora.
- me fala.
Ele respirou fundo e não disse nada e apenas tomou outro gole da cerveja.
- você trabalha com o que? – perguntou Vanessa.
Ele não respondeu imediatamente.
- bom… eu… eu trabalho com…
- tome cuidado com o que vai dizer – falou Roman.
Todos nós olhamos para ele.
- para com isso Roman – falei.
- eu conheço seu filho, ele não gosta que mintam para ele então eu repito: cuidado com o que vai dizer a ele.
- me desculpa – falei para Stephen. – acho que você bebeu rápido demais – falei para Roman.
- eu ia contar – falou Stephen.
- contar o que? – perguntou meu pai.
- eu soube no momento que olhou para mim que você me reconheceu. – falou Stephen – eu já ouvi falar de você Dr. Roman Pearce Orth.
- eu sei – falou Roman dando outro gole da cerveja terminando com ela.
- gente o que está acontecendo? – perguntei preocupado.
- Mike, eu ia te contar quem sou eu.
- você não é Stephen? Você não é meu pai?
- sou. Sou Stephen, eu sou seu pai biológico, mas você ainda não conhece quem realmente sou ou pelo menos não sabe quem sou.
Eu fiquei apreensivo.
- eu deveria saber quem é você?
- não, mas quando te encontrei eu pensei que você talvez me reconhecesse.
- quem é você? – perguntei olhando para meu pai Larry e depois para Stephen.