CAPÍTULO 59: Eu Ainda Não Encontrei O Que Estou Procurando
Parte da série Paixão Secreta
Eu acordei naquela sexta-feira ás 06h30min. Eu tomei um banho na água quente, pois o dia estava frio. Logo desci as escadas para preparar algo para comer.
- bom dia – falou meu pai entrando na cozinha.
- bom dia – falei – quer que eu prepare algo para você comer antes de ir para o trabalho?
- não precisa se incomodar.
- não será incomodo nenhum eu preparo rapidinho algo para você comer.
- tudo bem então – falou ele se sentando já com a roupa do trabalho.
- como foi seu dia ontem?
- foi bom. Nada fora do normal e o seu?
- bom também. Tudo dentro dos conformes como todo dia a não ser por uma reunião no trabalho com todos os meus chefes e o Roman.
- deu tudo certo?
- deu sim. Todos acreditaram em Roman e disseram que eu posso continuar tendo um relacionamento com ele.
- por falar nisso, como vocês estão?
- estamos bem.
- eu fico feliz que você esteja com ele, pelo o que você me contou ele parece ser um bom homem.
- foi sim. Eu te contei né da cicatriz que ele tem?
- não.
- ele tem uma cicatriz bem aqui – falei colocando a mão no quadril. – ele levou uma facada quando estava no colegial ele era usuário de drogas e não pagou uma divida.
- sério?
- sim, mas foi com essa facada que ele mudou para melhor.
- que bom já pensou se ele ainda usasse drogas? Ele não seria um advogado tão importante como é hoje em dia.
- e eu não teria conhecido ele.
- você está caidinho por ele né?
- muito. Eu nunca gostei tanto de uma pessoa como eu gosto dele.
- nem de mim?
- pai eu estou dizendo de namorados.
- te quem especificar se não eu fico mal – falou meu pai rindo.
- bobo – falei colocando torradas na frente dele com um copo de leite com achocolatado.
Eu preparei o meu e me sentei junto com ele e nós comemos enquanto conversávamos.
- fico feliz por ter encontrado alguém.
- lembra quando você dizia que eu teria que arrumar um homem como você?
- sim.
- acho que encontrei. Ele se importa comigo como você.
- fico feliz por saber que quando não está em casa está com alguém como eu. Para dizer a verdade ele é o único que você se envolveu que eu realmente você. Eu não ia muito com a cara do Robbie. Ele era muito folgado já chegava aqui como se fosse a casa dele. Charley não preciso nem dizer, mas antes de tudo que aconteceu não gostava muito dele, eu tinha impressão Charley só queria você para morder a fronha.
- pai para – falei rindo envergonhado.
- O Fritz então... ele salvou sua vida e tal, mas quando me disse que namorava com ele eu sabia que ele ia te trair. Mike ele tem cara de homem traidor.
- bem que eu queria ter visto isso antes.
- agora Roman... ele é o único que eu não tenho do que reclamar. Ele te busca te traz sempre arruma um tempo para conversar comigo. Ele realmente se importa com você com um todo e não só para... você sabe.
- sim – falei terminando de tomar o meu leite. – fico feliz que goste dele pai, significa muito para mim porque eu sei que se o senhor aprova mamãe também aprova.
Ele terminou de comer.
- quer que eu te leve para o trabalho? – perguntou ele.
- se você quiser.
- quero sim – falou ele.
- eu vou lá em cima escovar os dentes e vestir minha roupa.
Ás 07:43 meu pai me deixou na porta da empresa. Eu sai do carro e me despedi fechando a porta.
- te vejo mais tarde filhão.
- te amo paizão – falei.
- senti falta desse paizão.
- estou tentando voltar com novos hábitos. Ultimamente não tenho me sentido como era um ano atrás.
- nós nunca nos sentimos – falou meu pai – estamos sempre mudando.
- mesmo assim... te vejo mais tarde paizão.
- te vejo mais tarde... ratinho.
- nem pense nisso – falei rindo.
- brincadeira.
Eu sai da janela e meu pai foi embora. Eu logo fui para meu posto. Eu sai para almoçar ás 12:00 como de costume e assim que entrei no elevador meu celular tocou. Era um número desconhecido na hora lembrei de Terry e atendi.
- alô.
- Mike?
- sou eu, quem fala?
- Terry.
- oi Terry.
- Mike precisamos nos encontrar. Será que posso mandar te buscarem para te trazer para o hotel?
- pode sim.
- aonde você está?
- no meu trabalho. Podem me buscar aqui na porta.
- tudo bem. Fique ai na porta que em 10 minutos vão estar ai.
- eu saído elevador e fui para a porta da empresa e procurei uma sombra em uma árvore.
Após 20 minutos parou um carro preto na minha frente eu o homem do dia anterior estava dirigindo. Eu entrei no banco do carona na frente.
Logo que chegamos ao hotel eu sai do carro e fui para o elevador e desci no 36º andar e fui até a porta do apartamento anterior e um outro homem abriu a porta e eu entrei.
Terry e Dr. Potter estavam sentados no sofá.
- boa tarde – falou Terry se levantando com Dr. Potter
- boa tarde – falei.
- sente-se por favor – falou Terry.
Eu me sentei como no dia anterior Terry e Dr. Potter ficaram na minha frente.
- então. O que vocês queriam com o meu sangue? Descobriram algo?
- na verdade sim – falou Terry – estávamos procurando algo.
-o que? Sou compatível com alguém em doação? Ou vão mesmo roubar meus órgãos?
- sim você é compatível – falou Dr. Potter.
- em doação? Não era mais fácil ter me pedido?
- bom – falou Terry – na verdade...
- é ele? – falou uma voz masculina.
Eu olhei para trás e um homem tinha aberto a porta. Um homem alto, cabelos grisalhos, olhos azuis e uma barba cor castanha. Estava com roupa social.
- senhor – falou Terry se levantando. –não devia ter vindo aqui... agora...
- é você? – falou o homem fechando a porta e dando dois passos.
- quem é ele? – perguntei me levantando e olhando para Terry. Eu então olhei para o homem – quem é você?
- eu sou seu pai – falou o homem com um sorriso no rosto.