CAPÍTULO 53: Você é Meu
Parte da série Paixão Secreta
Eu tomei banho primeiro que Roman e desci para esperar por Denny. Eu desci as escadas e em seguida o interfone tocou e eu atendi.
- quem é? – falei atendendo.
- é o Denny.
- vou abrir para você. Está de carro né?
- estou sim – falou ele.
- espera só um pouquinho. – eu então gritei – Roman!
- o que foi? – falou ele atrás de mim.
- que susto. Como eu abro o portão.
- aqui – falou ele apertando um botão. Eu desliguei o telefone no gancho depois que o botão foi apertado.
- você não se importa não é?
- depende – falou ele.
- do que?
- ele já foi seu namorado?
- não, só amigos. Desde sempre.
- tudo bem então – falou ele indo até a porta da frente e abrindo ela. Denny estacionou o carro.
- Mozart, junto – falou Roman. E o cachorro veio até ele e se sentou ao lado dele com a língua para fora apenas olhando para Denny.
- esse cachorro me odeia – falei – com o Denny ele nem late comigo ele já quer matar.
- isso depende do cheiro – falou Roman – você com certeza ainda tinha traços do cheiro do seu ex, por isso ele latiu. Meu cachorro é anti-traição.
- engraçadinho – falei ficando atrás dele com medo do cachorro.
Denny logo chegou até nós dois e apertou a mão de Roman.
- esse é Denny – falei quando eles apertaram as mãos.
- prazer – falou Denny.
- vamos entrando – falou Roman deixando o cachorro de fora e em seguida fechando a porta.
- então, aonde posso colocar o sorvete que agora é suco? – perguntou Denny.
- coloca no Freezer, logo ele via estar gelado – falou Roman abrindo e logo em seguida fechando e apertando uns botões que marcavam o tempo de congelamento.
- espero que goste do mesmo estilo que eu e Mike. – falou Denny colocando a sacola com filmes alugados.
- se eu soubesse, vocês poderiam ter alugado os filmes online e assistiríamos direto na Tv.
- sabe, eu e Denny gostamos do prazer de ir até uma vídeo-locadora poder escolher os filmes. É uma das coisas que as crianças do futuro não irão fazer.
- ok – falou ele com um sorriso – você podem ficar a vontade.
- você não vai assistir com a gente?
- agora não, preciso trabalhar um pouco, esse fim de semana não fiz nada, vou para meu escritório – falou ele mostrando uma porta que dava para ver da sala – mas prometo que mais tarde eu venho assistir com vocês.
- ok – falei dando um selinho na boca dele.
- fique a vontade – falou Roman indo até ao escritório.
- puxa Mike, você tem quem e passar sua receita, qual ritual você fez? Ele é muito bonito, charmoso – falou Denny.
- eu também me pergunto a mesma coisa. – falei.
- você merece, você passou por tanta coisa, você tinha que encontrar alguém que te trate direito.
- com certeza.
Nós pegamos as pipocas e colocamos no micro-ondas e alguns minutos depois ela estava pronta, colocamos o refrigerante e Denny pegou a sacola de com os filmes de cima do balcão e nós fomos para a sala.
Nós nos sentamos na sala e eu coloquei o filme no aparelho de DVD. Eu então olhei para o lado e vi que a porta do escritório de Roman estava aberta, a mesa dele ficava em frente a porta e deu para ver ele fumando um charuto e falando ao celular.
- ele não vai fechar a porta – falei.
- por quê? – Perguntou Denny.
- Ciúmes.
- imagina se ele soubesse que já dormimos juntos uma vez.
- shhh, esquece isso – falei olhando de volta para Roman com medo de ter ouvido, mas a distancia não tinha permitido que ele ouvisse.
Logo o filme começou e nós começamos a assistir. Era um filme de drama.
- vou te contar uma coisa, aproveitar que ele não está aqui.
- o que? – falei olhando para ele.
- quando eu estava indo embora da sua casa adivinha quem estava chegando?
- quem?
- Fritz.
- mentira!
- sim senhor. Eu fingi que nem vi ele chegando entrei no meu carro e desapareci.
- e se ele tiver te seguido?
- sem chances, quando eu entrei no carro, ele estava saindo. Ele deve ter te chamado por um tempão.
- que ridículo – falei – ele não se toca?
- pois é.
- mas já sei o que ele deve estar pensando.
- o que? – perguntou Denny.
- você não sabe, mas Roman é um advogado “rival” do meu chefe e eu só descobri isso na sexta então eu vim aqui para conversar com Roman para saber se ele estava me usando para ganhar acesso dentro da empresa, mas Roman não está me usando, só que todos lá acham que sim. Ele deve achar que estou em casa vulnerável, sozinho e depressivo. Uma hora perfeita para ele jogar sue charme.
- ele não desiste nunca – falou Denny.
- pois é, ele tem o namorado Kenn, mas continua correndo atrás de mim. Quero ver amanhã quando ele descobrir que eu estou com Roman. Ele vai ficar uma fera e com certeza vai ser o primeiro a jogar lenha na fogueira de Adam.
- e se eles fizerem você escolher entre Roman e o emprego?
- amanhã a essa hora serei um homem desempregado. – falei.
- você gosta mesmo dele – falou Denny.
- e ele gosta realmente de mim.
- fico feliz por vocês.
- aconteceu – falei segurando um sorriso.
- transaram? – perguntou Denny.
- isso não seu pervertido. – falei rindo.
- ainda não fizeram sexo?
- sim, mas não é isso que estou dizendo.
- o que aconteceu.
- finalmente aconteceu, eu disse: Eu te amo.
- sério?
- sim – falei rindo.
- e ele disse o que?
- eu também te amo.
- Mike meu amigo você está mesmo apaixonado. Você não é do tipo que diz eu te amo para todos os caras. Você não disse eu te amo para ninguém. Até para seu pai você levou anos.
- não seja? Tão dramático e exagerado. – falei.
- não estou sendo, mas fico realmente feliz que você esteja feliz.
- e você? Não tem ninguém em vista?
- para falar a verdade sim – falou Denny.
- quem?
- você não conhece ainda.
- não deixe de me apresentar.
- tudo bem – falou Denny.
Nós voltamos a assistir o filme. Ele acabou por volta dás 18h53min.
- que filme enorme – falei me levantando e esticando os braços.
- vamos ao próximo? – perguntou Denny.
- vamos sim.
- eu vou pegar o sorvete, deve estar gelado – falou ele indo até a cozinha.
Eu fui até Roman e bati na porta aberta e ele deu atenção pra mim.
- oi – falou ele sorrindo.
- amor você não vir assistir com a gente não?
- eu ainda não cheguei nem na metade do que preciso fazer – falou ele.
- tudo bem.
- tem certeza? – perguntou ele sentado.
- tenho sim. – você já se ocupou o fim de semana todo comigo.
- vem aqui me dar um beijo – falou ele.
Eu fui até ele e dei a volta na mesa de dei um beijo na boca dele.
- se quiser pode fechar a porta, talvez esteja te atrapalhando.
- nem pensar – falou ele com um sorriso. – me sinto mais confortável com ela aberta.
- tudo bem – falei – você se importa se eu ficar com seu celular?
- não, porque?
- eu queria só ver como ele é.
- é idêntico ou seu – falou ele.
- tudo bem, você que sabe – falei alisando a orelha dele – mas eu vou fechar a porta, trancá-la pelo lado de fora e colocar um som bem alto.
- ok – falou ele rindo e me entregando o celular.
- se quiser usar, usa o meu – falei entregando para ele.
- tudo bem – falou ele.
Eu peguei o celular e logo me sentei ao sofá. Denny chegou com o sorvete.
- obrigado – falei. – Roman você quer sorvete? – perguntei gritando.
- não – gritou ele escrevendo algo no computador.
- você espera um pouco antes de colocar o outro filme?
- sim – falou Denny.
Eu peguei minha taça e fui até ele.
- você precisa comer algo. você ficou dentro dessa sala a tarde toda e não comeu nada depois do almoço.
- não tem problema, eu sou acostumado, já fiquei o dia inteiro sem comer.
- isso porque não tinha ninguém para cuidar de você – falei dando a volta na mesa. – abre a boca enquanto digita assim você não precisa parar de trabalhar. Eu puxei uma cadeira e me sentei ao lado dele, de frente para ele.
Ele abriu a boca e eu coloquei sorvete com a colher dentro dela e ele fechou saboreando e em seguida abriu ela outra vez. Ele tomou o sorvete todo assim. Na quinta colherada ele engoliu o sorvete.
- sabe o que é engraçado? – perguntou ele.
- o que?
- sabia que eu poderia pensar que você me seduziu? Você está dentro da minha casa, no meu escritório me dando sorvete na boca como um bebê, enquanto eu trabalho no caso dos seus chefes.
Eu coloquei outra colherada na boca dele.
- se você quisesse pegar documentos, escutar conversas, você poderia.
- poderia – falei – mas não vou.
- exatamente – falou ele – você não vai. Essa é a prova de que eu falo a verdade. Se eu fosse te seduzir e roubar informações eu estaria dentro da sua empresa agora e não ao contrário.
- eu acredito em você seu bobo. – falei rapando a taça e colocando o resto.
- eu sei, só estou me garantindo caso você ainda tenha alguma duvida.
- não tenho. – falei mostrando a taça – bom menino tomou tudo.
- obrigado – falou ele – minha barba está suja aqui – mostrou ele abaixo do lábio e eu dei um beijo de língua nele e limpei o sorvete. – vou lá assistir ao filme, pode ficar tranquilo e trabalhar, se estivermos atrapalhado pode falar.
- não estão atrapalhando em nada – falou ele sorrindo.
Eu sai da sala dele e voltei para a sala e enchi minha taça de sorvete e coloquei o filme para rodar.