CAPÍTULO 32: O Estranho

Parte da série Paixão Secreta

A festa continuou, mas dessa vez estava bem melhor já que eu estava sentado ao lado de Fritz. Eu merecia ser feliz por um tempo, sofri tanto nesses últimos dias, merecia pelo menos de um pouco de paz.

Kenn se sentou ao meu lado para que conversássemos melhor. Meu pai estava em outra mesa conversando com outros convidados.

- vocês estão juntos há quanto tempo? – perguntou Vanessa.

- a mais de dois meses – respondi.

- e vocês conseguiram esconder por todo esse tempo? – falou Gray.

- sim.

- eu já sabia – falou Xavier.

- como? – perguntei.

- certa vez eu estava indo embora e vi vocês dois conversando dentro de um carro.

- não disse? – falou Gray – é impossível esconder algo trabalhando naquela empresa, se você tiver um segredo pode saber que ele vai ser revelado para todos.

- vamos comigo lá na cozinha, vou pegar algo para beber - falou Fritz se levantando. Eu me levantei e nós fomos até a cozinha.

- vem comigo no banheiro.

Eu segui ele e assim que chegamos na sala nós subimos as escadas.

- você sabe aonde fica? – perguntei.

- não, mas é só procurar que vamos achar.

Nós fomos abrindo as portas e demos de cara com vários quartos até que finalmente eu encontrei o banheiro.

- é aqui – falei.

Ele veio e entrou no banheiro, eu fiquei de fora esperando ele usar o banheiro. Esperei alguns minutos e logo ele abriu a porta.

- vem aqui – falou ele me mandando entrar. – ele então eu entrei e ele fechou a porta do banheiro e se apoiou na pia e me puxou e demos um beijo.

- estava com saudades de mim era? – falou ele no meu ouvido.

- claro, eu estava era triste do outro lado da festa vendo você. Parecia até que Kenn era seu namorado e não eu – falei pegando o rosto dele em minhas mãos e beijando calorosamente.

- é? Estava lá de longe desejando seu homem?

- sim – respondi entre um beijo e outro.

Ele então tirou a camisa e me abraçou.

- o que você está fazendo?

- quero você aqui e agora – falou ele pressionando seu pau já duro em mim e lambendo meu rosto e voltando a me beijar. Ele passou a mão na minha perna por cima da minha calça.

Eu também queria muito, mas não podia, meu ânus ainda estava dolorido e eu não poderia contar nada pra ele.

- eu não sei se estou afim – falei.

Ele parou de me beijar na hora.

- como assim não está afim? Estamos nós dois aqui no banheiro com tesão e você vai me dizer que está afim?

- na verdade tem algo que eu queria te falar, eu estou com uma ferida... – falei.

- tudo bem – falou ele em interrompendo e pegando a camisa para vestir e Kenn abriu a porta na mesma hora.

- nossa, desculpa – falou Kenn.

- sem problemas – falei.

Fritz vestiu a camisa e saiu de cara fechada do banheiro e quando nós dois saímos ele saiu na frente me deixando pra trás.

- aonde você vai? – perguntei.

- é isso que eu não entendo – falou ele voltando – você não é espontâneo, você corta o barato é tão cheio de regras nunca está afim de nada – falou ele alto.

- Shhh – falei, pois Kenn estava no banheiro ouvindo tudo.

- quer saber? vai se foder – falou ele.

- o que? você é meu namorado deveria ser compreensivo, você não confia em mim?

- porque eu deveria? Você não faz nada de diferente desde que namoramos.

- fala baixo droga.

- vai se foder – falou ele virando as costas e saindo.

Eu fui andando atrás dele e coloquei a mão no ombro dele.

- espera, você não vai dizer isso e simplesmente sair andando.

Ele se virou.

- quer saber, você estragou a noite.

- eu estraguei? Você nunca namorou Fritz? Eu não sou uma puta pra você ficar jogando sua merda em mim. Eu não devo estar aceso pronto pra transar todas as vezes que você quiser.

A porta do banheiro se abriu e Kenn saiu.

- não se incomodem comigo – falou ele passando pela gente e descendo as escadas.

- esquece isso – falou ele se virando e descendo as escadas.

- babaca otário – falei com ódio.

Eu fiquei lá parado com cara de idiota e esperei alguns segundos até que me acalmasse e depois desci as escadas, Fritz estava lá na mesa sentado outra vez.

Eu não queria que soubessem que tínhamos brigado outra vez então fui andando até a mesa que ficava do outro lado da grande piscina. De repente eu parei porque senti algo escorrendo nas minhas pernas. Foi quando ouvi alguém gritando.

- segura a bola!

Eu me virei de uma vez e senti algo batendo no meu rosto e eu fiquei tonto por alguns segundos e cai na piscina com roupa de tudo.

Eu fui até o fundo e voltei tossindo. Todos estavam rindo.

- desculpa – falou a esposa de Adam.

- você está bem? – perguntou Adam.

- estou sim! A festa não pode parar – falei tentando parecer animado sentindo a água fria.

Logo eu ouvi as crianças que estavam dentro da piscina gritando. Eu olhei pra trás para ver o que elas viam e eu vi a água em volta de mim estava com uma mancha vermelha. Eu tinha sangrado.

- você se cortou? – falou Adam desesperado – sai dai.

Todos da mesa se levantaram para ver e viram a piscina cheia de sangue. Meu pai se levantou e veio ver também.

Eu sai da piscina com ajuda de Adam e me sentei na beirada.

- Fritz vem aqui, procure aonde ele se machucou.

Fritz veio e olhou todos os lugares e não encontrou nada.

- deve ter saído do machucado da mão – perguntou Adam encabulado.

- pega toalhas pra mim? – falou Fritz

- claro – falou Adam indo pegar dentro da casa.

- Mike, me perdoa eu não...

- esquece – falei – agora você deve estar satisfeito.

Logo Adam veio e trouxe toalhas pretas pra mim.

- o que é isso? – perguntou meu pai.

- não é nada pai, é só sangue dos machucados.

- vamos, eu te levo pra casa – falou meu pai.

Eu me levantei enrolado na toalha.

- eu vou com vocês – falou Fritz se levantando e pegando a chave em cima da mesa.

- não – falei.

-não faz isso – falou ele. Fritz sabia de onde tinha vindo o sangue e agora ele estava arrependido.

- quero você bem longe mim – falei – custava ter confiado em mim? Ter ficado ao meu lado? Precisava falar aquelas coisas pra mim Fritz? Bom, seu desejo se realizou eu estou fodido.

Fritz ficou lá parado sem saber o que fazer e o que dizer.

- vamos – falou meu pai.

Nós fomos até o carro e eu entrei e me sentei no bando de trás e meu pai logo ligou o carro e fomos embora.

- o que aconteceu? Onde você está machucado? – perguntou meu pai.

- o sangue saiu no meu machucado na mão.

- uma pena a festa estava ótima.

- verdade – falei e logo fomos embora.

Comentários

Há 2 comentários.

Por jv em 2014-02-16 12:26:47
A coisas tão tensas
Por dhair em 2014-02-16 11:49:56
Otimo!!! perfeito mas não deixe o mike sofrer mas não.