CAPÍTULO 24: Problema

Parte da série Paixão Secreta

Passou-se três semanas que eu e Fritz tínhamos feito sexo pela primeira vez. Eu estava me apaixonando pro ele cada vez mais. Tudo o que eu sentia por Adam desapareceu assim que transamos e a paixão que eu tinha por ele agora eu sentia por Fritz.

Meu pai não ia trabalhar todos os dias, ele estava se sentindo mal quase todos os dias. Às vezes eu chegava em casa e ele estava nocauteado no sofá de tanto beber. Adam tinha conseguido a ordem de restrição contra Charley então eu estava mais calmo.

Eu e Fritz continuávamos namorando em segredo já fazia duas semanas e era uma quarta-feira quando acordei atrasado para o trabalho.

Eu me levantei rápido e fui até o quarto do meu pai. Ele não estava lá como sempre. Eu procurei em todos os quartos, mas ele não estava em nenhum. Eu desci as escadas.

- pai? – falei olhando na sala e vendo-o dormindo no sofá. Em cima da mesa havia uma garrafa de uísque vazia. – pai acorda – falei sacudindo ele, mas ele não respondeu e apenas gemeu.

Eu peguei a garrafa e fui até a cozinha e coloquei embaixo da pia com as outras. Meu pai andava deprimido e eu sabia o porquê, mas eu não tinha nem coragem de tocar no assunto, eu sabia que contar pra ele não seria o melhor caminho, meu pai é homem e um homem orgulhoso, se quando uma mulher é estuprada ela se sente depressiva, impotente e nojenta imagina para um homem descobrir que foi estuprado dentro da própria casa, como sempre eu apenas me arrumei e fui para o trabalho, afinal se continuasse desse jeito meu pai não teria mais o emprego dele.

Logo que cheguei na empresa me troquei e fui para o 20º andar e fui direto na sala de Adam para explicar o motivo de chegar atrasado.

- bom dia – falei.

- bom dia – falou Adam.

Eu fui até a mesa dele e me sentei na cadeira de frente para ele.

- eu só queria dizer que não vai acontecer outra vez o atraso, meu celular não despertou e meu pai não em acordou.

- está tudo bem? É a terceira vez essa semana que você chega atrasado. Algum problema com você ou seu pai?

- está tudo bem – falei mentindo, eu não podia contar o que estava acontecendo, pois isso só pioraria a situação dele.

- qualquer coisa pode falar comigo – falou Adam – nós continuamos amigos, mesmo depois de termos transado eu ainda te considero amigo.

Eu fiquei sem graça quando ele disse aquilo.

- está ficando vermelho porque? – falou Adam.

- Shhh fala baixo, as paredes tem ouvido.

- as paredes e as câmeras – falou ele apontando.

- a pessoa que olha essas câmeras deve estar horrorizada, espero que não seja fofoqueira.

- não se preocupe todas as pessoas que olham as câmeras recebem a mais pelo sigilo, inclusive assinam contrato.

- menos mal. – falei.

- então, eu estou esperando todos chegarem, pois vou anunciar algo e você tem que estar presente.

- tudo bem – falei – vou lá fora ligar meu computador e assim que precisar de mim é só me chamar.

- tudo bem – falou ele.

Eu me levantei e voltei ao posto de trabalho.

Todos iam chegando, me cumprimentando e entrando na sala de Adam. Assim que todos chegaram Adam ligou e pediu que eu entrasse.

Eu entrei e fiquei em pé, pois todos os lugares estavam ocupados.

- bom dia – falou Adam.

Todos responderam.

- bom eu gostaria apenas de conversar com vocês sobre uma ideia que eu tive. – ele então se arrumou na cadeira e olhou pra mim. – Mike como está indo o trabalho? Acumulado?

- um pouco – falei – desde que Fritz chegou eu tenho acumulado mais serviço, especialmente pelo crescimento de investidores e de casos que estamos pegando.

- exatamente e é por isso que eu pensei em contratar outro assistente.

- outro assistente? – falou Xavier – você não acha que o Mike é o suficiente?

- não será pra mim – falou Adam. – vai ser o seguinte, assim que eu contratar um novo assistente Mike vai estar apenas a meus serviços, novo assistente ira fazer apenas o serviço que vocês cinco passarem para ele. O que vocês acham?

- ótimo – falou Gray – faz tempo que precisamos de um assistente, as vezes precisamos e ficamos sem jeito de pedir para Mike, afinal você passa praticamente todo o serviço que precisamos.

- por isso vou contratar só um. – falou Adam.

- perfeito – falou Vanessa.

- mas como vamos fazer no caso de mim? – perguntou Fritz. – eu quase não fico na empresa e às vezes estou com pacientes e vou precisar que o assistente vá até meu trabalho ou onde estiver.

- sim, eu pensei nisso e o assistente ficará em transição, onde vocês estiverem ou precisarem dele, ele estará.

- se for assim, eu concordo – falou Fritz.

- ele não será como o Mike que tem uma mesa de trabalho. – falou Adam – Mike eu vou começar as entrevistas e assim que contratá-lo vou precisar que você o treine.

- sim senhor.

- ótimo – falou ele. – bom pessoal é só isso que eu tenho para dizer por enquanto.

Eu sai da sala e todos aos poucos foram embora. Antes de ir embora Fritz veio até mim.

- Mike, você vai fazer algo hoje à noite? – perguntou ele quase sussurrando.

- não.

- o que você acha de passar a noite lá em casa? Nós podemos ir a locadora de filmes e passara noite assistindo filme, como você disseque gosta.

- pode ser – falei.

- ok, eu venho te buscar ás 18h00min. – falou ele – até mais tarde.

- até – respondi.

Na parte da tarde eu liguei para meu pai para avisar que não passaria a noite em casa. O telefone chamou, mas ninguém atendeu. Eu liguei no trabalho dele, mas ele não ido trabalhar. Eu teria que passar em casa antes de ir para ver como meu pai estava.

Assim que o expediente acabou eu me arrumei e desci até o estacionamento do subsolo e esperei Fritz chegar. Depois de 15 minutos esperando eu vi o carro dele se aproximando.

Ele parou e eu entrei e assim que fechei a porta eu fui até ele e demos um selinho.

- que saudades – falou ele.

- também – falei. – é difícil te ver de manhã e não poder te dar um beijo.

- concordo, por isso digo que devemos contar para todos.

- não – falei – já te disse que não quero.

- tudo bem – falou ele.

- olha, eu vou precisar fazer algo antes de ir embora.

- o que? – falou ele saindo do estacionamento e indo para a rua.

- eu vou precisar ir lá em casa, eu preciso falar para meu pai que não vou dormir em casa e acho que o celular dele está descarregado – menti.

- tudo bem – falou ele.

Assim que cheguei em casa eu sai do carro e abri o portão e a porta e vi a casa toda escura.

- pai? – falei ligando as luzes. Fui até a área, a cozinha e ele não estava. Eu subi as escadas e ele não estava no quarto dele e nem no meu. Fui no primeiro quarto de hospedes e ele não estava.

- ele só pode estar lá – falei indo em direção ao último quarto. Eu abri a porta e meu pai estava sentado na cama com um copo de bebida na mão olhando para nada.

- pai? – falei – mas ele não se moveu e nem olhou pra mim. – o senhor está bem?

Ele tomou um gole da bebida e olhou pra mim.

- oi?

- pai eu só queria dizer que não vou dormir em casa.

- ok – falou ele tomando outro gole e voltando a olhar para o nada.

Eu sai do quarto e fechei a porta. Eu fui andando e desci as escadas pensando no meu pai. eu tinha que ajuda-lo, mas não sabia se conseguiria ajuda-lo sozinho. Eu tranquei toda a casa e entrei no carro do Fritz.

- falou com ele? – perguntou Fritz.

- sim.

- vamos então?

- sim. – falei.

E logo ele partiu.

Comentários

Há 1 comentários.

Por em 2014-02-14 05:05:11
otimo