CAPÍTULO 142: Chave

Parte da série Paixão Secreta

Havia chegado a sexta-feira. E como sempre eu coloquei meu despertador para despertar ás 04:30 da manha, mas dessa vez eu me levantei ás 05:00 porque eu estava muito cansado. Eu coloquei uma música bem baixinho para ouvir enquanto eu me arrumava.

Eu tomei meu banho, escovei meus dentes, vesti minha roupa e depois que eu arrumei minha cama eu peguei minha mochila meu celular e desci ás escadas.

- eu não posso esquecer de pegar o terno de Gordon no horário do almoço – falei alto quando cheguei na cozinha.

Eu arrumei o café da manhã de meu pai e de Vanessa. Eu já não tomava mais café da manhã em casa porque Gordon trazia meu café da manhã todos os dias.

Eu subi as escadas e fui me despedir do meu pai. Como sempre eu abri a porta do quarto sem acender a luz e fui até meu pai.

- pai, pai – falei movendo o braço dele, mas ele não se moveu. – pai acorda! – falei mais alto e dessa vez ele acordou com um susto.

- o que foi? – perguntou ele assustado.

- me mata de susto, estou te chamando e você não dá sinal de vida.

- esse dai dorme igual pedra. – falou Vanessa.

- pois é.

- você já vai? – perguntou meu pai.

- vou sim – falei dando um abraço nele – eu te amo pai.

- também te amo filho – falou ele dando um selinho na minha boca – vai com cuidado ok?

- o senhor também – falei me levantando.

- bom trabalho – falou Vanessa.

- pra você também – falei saindo do quarto – tenham um ótimo dia.

Eu fechei a porta e em seguida desci as escadas peguei minha mochila e sai pela porta. o clima estava tão frio que eu usava toca e luvas nas mãos. Todo mundo que conversava deixava sair vapor de suas bocas. Esse era oficialmente o dia mais frio da história de San Diego. hoje quando chegasse no trabalho eu não ligaria o ar-condicionado e sim o aquecedor.

Enquanto ia para o trabalho meu celular tocou e mesmo ele escorregando através das luvas eu consegui atender.

- oi pai – falei atendendo.

- bom dia filho – falou meu pai Stephen.

- acordou cedo hoje – falei quase chegando nas escadas para ir a estação.

- foi sim, e você parece estar com muito frio.

- estou sim. como você sabe?

- olha para o lado esquerdo – falou ele.

Eu então olhei para o lado e vi meu pai Stephen parado ao longe todo agasalhado. Eu fui andando até ele e dei um abraço forte.

- senti saudades pai – falei sentindo ele me dar um beijo no rosto.

- também senti sua falta filho.

- chegou quando na cidade?

- hoje de madrugada.

- veio fazer algum trabalho?

- sim, ver meu filho. Não que isso seja trabalho.

- senti sua falta – falei abraçando ele outra vez.

- quer uma carona para o trabalho? – perguntou ele.

- sem guarda costas por favor. – falei olhando para ele – sem querer ofender.

- tudo bem – respondeu o guarda costas.

Meu pai tirou algum dinheiro do bolso e entregou para o guarda-costas.

- vá de metro, porque eu vou dirigindo – falou meu pai – bom que você conhece a cidade.

- sim senhor – falou ele pegando o dinheiro e indo em direção a estação.

- não durma na estação de metro – falei para ele – é sério, essas pessoas são animais e sentem o cheiro de turistas.

- venha – falou meu pai se sentando no banco do motorista e eu me sentei ao lado dele.

- confortável – falei olhando para ele.

- eu me sinto até estranho me sentando no banco do motorista – falou meu pai.

- você não se esqueceu como se dirige não é?

- acho que não falou ele ligando o carro e em seguida nós partimos.

- como está indo o trabalho?

- está ótimo. Meu chefe é um carrancudo, mas ele está me ensinando muita coisa. ele é uma pessoa inteligente.

- fico feliz que esteja se virando sozinho.

- vira a esquerda – falei para o meu pai. – eu também estou feliz por estar me virando.

- e seu pai? como está?

- esperando outro filho.

- sério?

- sim.

- ele vai adotar?

- a namorada está grávida.

- mas ele não é… você sabe.

- ele é, mas fez tratamento.

- você ficou chateado com ele?

- um pouco, mas depois eu percebi que ele me ama do mesmo jeito.

- fico feliz que tenha entendido, mesmo você sendo adotado você é filho dele. ele que te criou, ele te deu educação. Você é tão filho como o de sangue.

- você também é meu pai – falei colocando a mão em cima da dele – eu não tenho raiva de você por ter me abandonado.

- eu sei, mas a verdade é que ele é seu pai de verdade.

- você também é meu pai.

- você tem um coração tão bom. É por isso que se dá tão mal – falou meu pai – as pessoas sabem quando as outras tem o coração tão bom como o seu e se aproveitam disso.

- eu sei.

- isso não é uma coisa ruim – falou meu pai parando no sinal.

- eu sei – falei pausando – não gosto de ver você dizendo que não é meu pai de verdade e nem coisas como: que foi fraco e que não merece ter um filho como eu. Eu fico triste quando ouço isso. eu já disse que te amo como meu pai.

- ok – falou ele com um sorriso dando um beijo no meu rosto. – a Marienn mandou um abraço e um beijo para você.

- dê um abraço nela e nas crianças, eu estou com saudade deles.

- dou sim – falou ele.

Nós seguimos caminho e paramos mais uma vez no sinal. Eu olhei no relógio e ele marcava 06:05.

- a namorada do meu primo também está grávida.

- do Leo?

- sim, vai ser um menino e o nome dele será Mickey Cory Russell Fabray.

- sério? – perguntou meu pai com um sorriso.

- sim. ele vai ter o meu nome e o nome que o senhor iria me dar.

- diz para ele que eu fiquei muito feliz ao saber disso.

- digo sim.

- e você filho?

- o que?

- tem alguém especial na sua vida?

- romanticamente dizendo?

- exato.

- ninguém.

- e o Roman? ele não te deu uma outra chance?

- não, e nem se ele der eu quero.

- sério? Ele parecia te amar.

- sim, ele me amava, mas eu conheci o Roman que não é apaixonado por mim e eu detestei a pessoa.

- entendo.

- eu na verdade não estou procurando um amor sabe. Eu estou mais preocupado em seguir minha vida, carreira. É possível ser feliz sem ter um amor. É machismo achar que só posso ser feliz se eu tiver um homem na minha vida

- eu te entendo – falou ele parando em frente a um prédio.

- porque parou pai?

- onde nós estamos? – perguntou ele.

- estamos exatamente no meio do caminho. Eu sei porque tem aquele outdoor sobre maus-tratos aos animais e toda vez que passo por aqui eu sei que estou no meio do caminho.

- vamos ficar conversando um pouco aqui? Depois continuamos.

- ok.

Meu pai desligou o carro e ligou o aquecedor.

- quer dizer então que você está pensando no futuro?

- sim. eu quero manter meu emprego, comprar ou alugar um apartamento e quem sabe em dois anos eu não consigo uma bolsa para a faculdade.

- sabe o que eu acho mais incrível?

- o que?

- seu pai é governador e você nunca me pediu nada. Bolsa na faculdade, um emprego, você sabe que eu sou bastante influente nessas coisas, mas você não gosta de conseguir do jeito mais fácil.

- exatamente, eu gosto de batalhar pelas minhas coisa, se não que graça teria a vida?

- você me deixa orgulhoso – falou ele apertando minha perna.

- obrigado.

- filho, eu sei que não fui presenta na sua vida, se eu tivesse te procurado antes talvez muitas coisas fossem diferentes do que são agora, mas quando eu olho para você eu sinto orgulho. Você foi criado direito e cresceu uma boa pessoa.

- obrigado pai. estou até sem graça depois de tantos elogios.

- por isso que gostaria que aceitasse esse presente – falou ele me entregando um molho de chaves. Eu peguei as chaves e fiquei sem entender.

- o que é isso?

- você está vendo aquele prédio do outro lado da rua?

- sim.

- eu comprei para você um apartamento no 13º andar.

- o que? Um… apa…?

- já está no seu nome. Ele é todo seu, na verdade só falta você assinar os papéis e eu já pedi para o tabelião ir ao seu trabalho. Ele vai ainda hoje.

- eu não posso aceitar – falei tremendo

- por que não? Eu sou seu pai. é um presente para você meu filho. Você merece, eu vejo como você tem batalhado todos esses anos.

- obrigado – falei abraçando ele em prantos.

- você merece – falou ele me abraçando forte.

- obrigado – limpando meus olhos.

- ele fica exatamente entre sue trabalho e a casa do seu pai Larry. Dessa maneira você vai estar sempre próximo aos dois.

- muito obrigado pai – falei olhando para as chaves e depois para ele – não sei como agradecer.

- continue sendo você mesmo.

- obrigado pai.

- por nada – falou ele ligando o carro.

Nós então seguimos caminho para o meu trabalho.

- você vai adorar o apartamento – falou meu pai – tem dois quartos, um deles é suíte. Uma sala, cozinha, varanda enorme no quarto, dois banheiros e um deles em um dos quartos suítes. Ele é todo mobiliado, eu mandei decorar para você.

- obrigado mesmo pai.

Nós finalmente chegamos em frente ao meu trabalho e ele desligou o carro.

- agora eu preciso ir filho.

Eu dei outro abraço nele e enchi ele de beijos.

- muito obrigado mesmo pai. eu te amo.

- também ter amo filho – falou ele me abraçando forte.

- quando o senhor vem outra vez?

- não sei, mas eu ligo para te avisar.

- liga mesmo.

- até mais filho.

- até – falei saindo do carro.

Guarda costas estava parado de fora da empresa. Meu pai saiu do carro também.

- vou sentir sua falta pai.

- também vou sentir a sua.

- se eu ligar para o senhor vir para um almoço o senhor promete que aparece?

- prometo – falou ele me dando um abraço.

- até mais pai – falei dando um beijo no rosto dele – eu gostei muito do presente.

- até mais filho, fico feliz que tenha gostado – falou ele me dando um beijo.

Ele então entrou no carro e o guarda costas foi no banco do motorista e logo ele acenou para mim e logo ele partiram. Eu guardei a chave dentro da mochila e entrei dentro do prédio.

Comentários

Há 2 comentários.

Por NillDidas em 2014-04-24 12:20:43
Eu simplismente amo homem de touca :P
Por NewDoctor em 2014-04-24 12:01:33
Que legal! Independência! Hahahaha.